terça-feira, 5 de agosto de 2014

Winslow Homer

Winslow Homer (Boston, 24 de Fevereiro de 1836) – (Prout’s Neck, 29 de Setembro de 1910), foi um importante pintor e gravurista dos Estados Unidos.
Era filho de Charles Savage Homer e Henrietta Benson Homer, ela sendo aguarelista amadora e a primeira professora do filho, com quem manteve uma relação forte por toda a vida.
Winslow Homer desde cedo manifestou talento artístico, e começou a trabalhar como ilustrador comercial, persistindo no ramo gráfico durante vinte anos, e essas características lineares impuseram-se no seu trabalho de pintura.
Mas ao mesmo tempo passou a trabalhar num estúdio com pinturas a óleo, explorando as suas capacidades de textura e densidade.
Também pesquisou a aguarela, criando obras de aspecto fluido e espontâneo.
Em 1859 abriu um estúdio em Nova Iorque e até 1863 teve aulas na Academia Nacional de Desenho.
Sua mãe queria que ele se aperfeiçoasse na Europa, mas a revista Harper’s enviou-o para a frente de batalha da Guerra Civil, onde desenhou cenas de combate e a vida militar.
Voltando para o seu estúdio, iniciou uma série de pinturas sobre a Guerra, que tiveram imediata aceitação. Depois desse período, voltou a sua atenção para cenas familiares e tranquilas.
Por fim conseguiu ir a Paris, permanecendo aí um ano, trabalhando como desenhista da vida parisiense para a Harper’s, e produzindo apenas pinturas pequenas sobre a vida camponesa.
No seu regresso à América, continuou a retratar cenas campestres numa visão idílica, que foram recebidas com muito gosto.
Na década de 1870 começou a retirar-se da vida social, vivendo num farol e despertando um amor pelo mar que daria origem a uma importante série de obras sobre pescadores e cenas litorais.
Entre 1881 e 1882 viveu na vila de Cullercoats, na Inglaterra, pintando o cenário local e suas figuras características, num estilo sóbrio, vigoroso e directo, em telas maiores que o seu usual, e com uma abordagem mais universal do que típica.
Voltando aos Estados Unidos em 1882, os críticos imediatamente perceberam que ele havia mudado, e que suas obras recentes se alçavam a patamares superiores de qualidade e significado.
Mudando-se para o Maine em 1883, começou a sua série de marinhas monumentais e dramáticas, isolando-se cada vez mais do mundo.
Era descrito como um Robinson Crusoé yankee e como um eremita com um pincel.
Apesar do respeito conseguido junto à crítica, as suas obras nunca se tornaram realmente populares.
Nos anos seguintes visitou a Flórida, Cuba e as Bahamas, mudando a sua paleta para cores vivas em aguarelas de belo impacto, que tiveram o efeito de rejuvenescer a sua mente e refinar a sua técnica aguarelística, que até hoje é altamente elogiada pela crítica, ao mesmo tempo em que se aventurava para temas de animais.
Homer jamais deu aulas regulares, mas as suas obras influenciaram as gerações seguintes pela sua honestidade no retrato das relações do homem com a natureza, e hoje é considerado um dos maiores pintores norte-americanos.





























8 comentários:

  1. penso que falta ali uma palavra: que foram recebidas com muito...
    só o nome tem força. e gosto, por exemplo, do rapaz a mondar, da rapariga a ler, dos negros e da mulher com a rede a olhar para o mar, será o mar, suponho.
    e gosto da foto dele. o bigode. o chapéu de palhinhas, a gravata e da música, adoro...
    bjs.

    ResponderEliminar
  2. Margarida
    já está acrescentada a palavra que faltava.
    No resto, também tens razão em tudo o que dizes.
    A música é das mais belas que conheço.
    Beijinho.

    ResponderEliminar
  3. Acho uma pena que o classicismo esteja perdendo tanto espaço para a arte moderna hoje em dia, meus olhos não cansam de ver coisas bonitas...

    ResponderEliminar
  4. Caro HHP
    tens toda a razão. Eu não desgosto da arte moderna, mas os clássicos têm um encanto especial.
    Tenho vindo nos últimos tempos a partilhar os pintores americanos e ainda me faltam três, antes de chegar ao modernismo.
    Já aqui foram mostrados, John Singer Sargent, Edward Hopper, Henry Scott Tucker, Thomas Eakins, Bernard Perlin, Grant Wood, Julie Heffernan, Mardsen Hartley, Geoffrey Lawrence, George Bellows e Alfred Henry Maurer.
    Se quiseres podes encontrá-los em postagens antigas do blog, mas razoavelmente recentes, apesar de tudo.
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  5. Gostei das telas. Aparentemente simples, mas revestidas de um profundo significado. E esta também é a arte em que mais me identifico, a par do cubismo e do surrealismo, diferentes entre si e em relação ao pintor que aqui apresentas, mas que adoro em igual medida.

    um abraço.

    ResponderEliminar
  6. Mark
    este é um pintor que nós facilmente identificamos como um pintor americano da viragem do século XIX para o século XX, mesmo com variados temas ou até por isso mesmo.
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  7. Um trabalho valioso. Pintores que nos deram o seu saber e a sua arte.
    Muitos quadros são poemas ou textos com uma história que cada pessoa pode ler.
    Basta olhar e ver.

    ResponderEliminar
  8. Luís
    é essa a mais valia de uma tela; representam de uma forma colorida, em traços muito pessoais as visões que outros comunicam de diferentes maneiras. Cada pormenor é uma página...
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar

Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!