Eu sou a onda branca, perdida no âmago do mar azul, que te acaricia e chama.
Eu sou o cheiro profundo, que brota da areia molhada, e se mistura às algas e detritos.
Eu sou um barco à deriva, de velas desfraldadas, pedindo-te, em socorro, um beijo.
Eu sou a Lua, no horizonte, e seus reflexos de prata, na quietude do lago adormecido.
Eu sou a tempestade súbita, grossas bátegas jorrando impetuosamente, de uns olhos que te querem ver.
Eu sou o mar!
Revoltado, sereno, liberto e...só!
Eu sou o mar!
Que te abraça e envolve.
Vem banhar-te em mim, bebe o Sol dourado das minhas cristas, ajuda-me a acalmar as fúrias, mergulha nas minhas águas, violando-me!
Eu sou o mar!
Peixe, sereia, Neptuno;
viagem de hoje, repetida sempre, sem cessar, sonho no Sol que me abrasa.
Navega-me, sente o meu murmúrio, que é grito, lamento e apelo,
sem medo, meu amor...
Eu sou o cheiro profundo, que brota da areia molhada, e se mistura às algas e detritos.
Eu sou um barco à deriva, de velas desfraldadas, pedindo-te, em socorro, um beijo.
Eu sou a Lua, no horizonte, e seus reflexos de prata, na quietude do lago adormecido.
Eu sou a tempestade súbita, grossas bátegas jorrando impetuosamente, de uns olhos que te querem ver.
Eu sou o mar!
Revoltado, sereno, liberto e...só!
Eu sou o mar!
Que te abraça e envolve.
Vem banhar-te em mim, bebe o Sol dourado das minhas cristas, ajuda-me a acalmar as fúrias, mergulha nas minhas águas, violando-me!
Eu sou o mar!
Peixe, sereia, Neptuno;
viagem de hoje, repetida sempre, sem cessar, sonho no Sol que me abrasa.
Navega-me, sente o meu murmúrio, que é grito, lamento e apelo,
sem medo, meu amor...
Mais um post da parte desaparecida do meu blog, publicado em 29 de Novembro de 2006, com um dos poemas escritos por mim, quando ainda os conseguia transmitir ao papel; agora continuo "a fazer" poesia, mas fica retida num canto de mim mesmo, e de lá não sai...
(foto: Agosto 1993-Grécia)
(poema: Setembro 1979-Serpa)
(foto: Agosto 1993-Grécia)
(poema: Setembro 1979-Serpa)
©Todos os direitos reservados
A utlilização dos textos deste blogue, qualquer que seja o seu fim, em parte ou no seu todo, requer prévio consentimento do seu autor.
É lindo este teu poema, amei.
ResponderEliminarÉ pena que não partilhes mais a poesia que fazes. Mas eu compreendo, se fores como eu és um pouco "hermético" escreves, escreves... e guardas tudo escondido num canto escuro para mais tarde destruir.
Mais uma vez, amei este poema.
Um grande abraço.
que pena que a poesia fique escondida nesse rcanto e não a partilhes...este teu grito (mais de apelo que de lamento, me parece) deixou-me plena da força que o mar tem
ResponderEliminarbeijos e boa semana
este texto é belíssimo, Pinguim. ainda bem que o recuperas aqui. a imagem do mar é fortíssima. sempre. e só lamento que a poesia fique retida num canto de ti! fazia bem sair.
ResponderEliminarabraço
Arsène
ResponderEliminareu últimamente não escrevo nada; "penso" determinadas coisas que se resolvesse pô-las no papel, estou certo que dariam poemas, mas como disse guardo esses "pensamentos" quer na memória, quer no coração.
Abraço amigo.
Carla
ResponderEliminaro mar é realmente uma enorme fonte de inspiração e de formas variadas, daí este poema.
Sophia foi quem mais e melhor se inspirou no mar: sublime!
beijinho.
Paulinho
ResponderEliminaré realmente avassaladora a força que o mar nos transmite, quer na sua acalmia, quer na sua fúria.
Sobre a minha poesia, a que tenho escrita, ela é pouca e de alguma forma algo ingénua; há excepções e este poema é uma delas.
Abração.
Está lindo! Grande poema! :)
ResponderEliminarBeijinhos
Martinha
ResponderEliminarainda bem que gostaste; saíu-me da alma!!!
beijinho.
Passei por aqui para saber da tua mana!
ResponderEliminarHoje soube notícias do Porto, e tá tudo na mesma!
A minha vida anda a 1000, mas não me consigo esquecer de vós.
Vai dando notícias, please.
Se precisares de alguma coisa, já sabes: GRITAS!
Jokas
O mar é para mim essencial. Sem ele por perto sinto-me vazio.
ResponderEliminarO poema é lindo, parabéns!
Abraço
Olá Keratina
ResponderEliminarsei que a tua vida está a dar uma volta grande...e positiva e folgo muito com isso.
As notícias sobre a minha irmã mantêm-se sob grandes reservas, mas a vida tem que continuar; sobre o Porto, pareceu-me haver uma melhoria, pelo menos psicológica no final da semana passada, mas continuo pessimista, infelizmente.
Obrigado pelo teu interesse e as maiores felicidades na tua nova vida profissional: mereces isso!
Beijinhos.
Tong
ResponderEliminarestás completamente certo; não consigo estar sem ver o mar durante muito tempo; imagino tu, que vives á sua beira.
Abraço forte.
Lindo poema:) BOm ano!!! Abraço
ResponderEliminarUm bom ano também para ti, Tiago, e obrigado por teres gostado do poema.
ResponderEliminarAbraço.
O mar é tão inspirador...
ResponderEliminarLindo poema, meu amigo!
Abraço.
Acho que poucas coisas despertam tanta paixão como o mar, né?
ResponderEliminarEu adoro o mar e o poder q ele exerce sobre mim.
Bjo, amigo
Sócrates
ResponderEliminarquantas vezes o mar é refúgio para os meus males...
Como não poderia ser inspirador?
Fico bem por saber que gostaste do poema, embora os poemas sejam sempre muito pessoais...
Abração.
Autor
ResponderEliminaracho que ninguém irá negar esse efeito do mar nas pessoas; e como ele é poderoso!!!!
Beijo.
Adorei! Fiquei extasiada a ler-te. Repeti. Tu és o mar, tu tens dentro de ti a força que irrompe de oceano e transforma-la em poesia.Este grito lancinante, este apelo, esta entrega deixaram-me comovida.
ResponderEliminarBem-hajas!
Beijinhos
Amiga Cata-vento
ResponderEliminarquem ficou comovido fui eu com a leitura do teu comentário; acho que exageraste um pouco pois é um simples poema sobre o mar e a influência que sobre mim exerce...
Obrigado.
Beilinhos.
Eu sou o mar!
ResponderEliminarQue te abraça e envolve.
Mas que lindo o teu momento. Naõ deixes de escrever poesia.
Um bj
ADORO este poema, mesmo! Dos mais sinceros e bonitos que já li!
ResponderEliminarbeijinhos *
Masvaisaindo, até na recuperação dos papiros perdidos... E de grécia 93 a serpa 79 é só um mês!
ResponderEliminarObrigado por partilhares (e com copyright, bem lembrado!)
Abraço imperial, imperioso.
Violeta
ResponderEliminarescrever poesia "acontece" e tem acontecido cada vez menos...
Se calhar preciso de ir mais vezes perto do mar...
Beijinhos.
Sandrinha
ResponderEliminaré muito bom quando encontramos alguém que gosta do que nós fazemos; não digo isto por vaidadde, acredita.
Beijinhos.
Ophiu
ResponderEliminareu tenhp todos os "papiros" recuperados, menos os do mês de maio de 2007; simplesmente não os repito todos, pois alguns perderam actualidade ou outras razões; publico os mais significativos, apenas...
A questão do copyright, foi-me lembrada por um amigo e só o uso em determinadas postagens.
Os abraços de ti e para ti, são sempre imperiosos, e imperiais, claro!!!
Oi
ResponderEliminaradoraria que voce me indicasse mais sites onde encontro filmes com a temática.
grande abraço
Olá Vincenzo
ResponderEliminareu vou mandar-te por mail uma lista com os endereços desses sites.
Abraço amigo.
:)...
ResponderEliminarQue pena ficarem retidas num canto de ti... Mas sei do que falas porque me acontece o mesmo... ;)
beijinhos...
Existem alguns que devem ficar mesmo dentro de nós outros como este devem sair e dar asas aos sentimentos de cada um que o leu! Belas palavras! ;)
ResponderEliminarCarpe
ResponderEliminarcom a idade há coisas que queremos guardar só para nós, não sei bem porquê?
Beijinhos.
Ibearicos
ResponderEliminare há ainda outros tão pessoais e direccionados que só os damos a ler ao destinatário!
Abração.
belo poema, Pinguim. pena haver esses que não 'transbordam' cá para fora.
ResponderEliminarum abração
Miguel
ResponderEliminarestas coisas de poesia são um pouco indefinidas; nada imkpede que um dia surjam...
Abração.
Um mar, sereno e revolto!
ResponderEliminarForte e directa, a tua poesia - como o mar!
Arranca-a aí de dentro:))
ahh o meu querido amigo além de ser especial também é poeta, ou é poeta porque é especial?;-)
ResponderEliminarlindissimo o poema...
Gostei!
ResponderEliminarEu gosto do muito do mar... sou caranguejo :)
E muito bem: direitos de autor! ;)
Justine
ResponderEliminarse reparares bem, não sou só eu, somos todos nós que temos as múltiplas características do mar; dias há em que estamos tão calmos como aquele mar chão e outros vêm em que feitos loucos investimos contra tudo e contra todos como o mar a destruir arribas...
E no meio destes extremos há todas as outras vivências como o mar se vai apresentando aos nossos olhos!
Beijo.
Ima, querido amigo
ResponderEliminarnem sou especial, nem muito menos poeta; sou um tipo normal, com alguma sensibilidade e essa é a condição fundamental para de vez em quando escrever um poema.
Engine
ResponderEliminareu de signos nada sei, além das características do carneiro, de que sou um bom exemplo. Mas claro que o caranguejo é um animal maeinho e é mais que natural que as pessoas desse signo tenham o mar como referência especial...
Sobre os direitos de autor, sabes melhor que ninguém que nisto de informática percebo pouco, mas sou muito atento, para aprender; e outro dia um amigo aconselhou-me a pôr nalguns posts mais específicos esta anotação e eu acho que ele tem razão...
Abraço amigo.
Mas não devia ficar retida num canto de ti mesmo, devia de sair cá para fora...
ResponderEliminarGostei de reler, muito bonito, cheio de sentimento...
Abração!
Amigo Lampejo
ResponderEliminarhá tanta coisa que devia ser, mas não é...esta, apesar de tudo é supérflua.
Abração.
Caro pinguim, este lindo pedaço de ti , não é em absoluto supérfulo, é essencial. Falo por experiência própria, tantas vezes escrevi para não enlouquecer, para encontrar nalgumas linhas um pedaço de mim, algo que me dissesse que ainda sou eu. Que o teu eu mais profundo não venha para o blogue, é compreesível e digno de respeito. Mas creio que te faria bem tirar a poesia do canto de ti e gritá-la nas linhas que depois podem ser fechadas num caderno...mas estão lá; nós estamos lá. Acredit que sei o que é escrever poemas com lágrimas e sangue, mas a poesia é tão essencial como o oxigénio. Morre-se sem ambos.
ResponderEliminarNão leves a mal esta minha divagação com a qual até podes não concordar.
Um abraço , homem-mar!
S.M.
ResponderEliminarcomo poderei levar a mal um tão belo comentário...
É quase um poema; obrigado pelo que dizes e pela forma como o expressas.
Beijinho.
Uma poesia sobre o mar...!
ResponderEliminarAdorei!!!!
Por que razão não partilhas connosco esse teu lado de poeta!?
Abraço sincero de amizade.
Paula
ResponderEliminareste elogio, vindo de ti, poetisa por excelência, tem ainda maior significado.
Obrigado.
Beijinho.
Muito bonito, ó Pinguin. ;)
ResponderEliminarTens veia de poeta.
*
Ginger
ResponderEliminarObrigado pela tua visita.
Todos somos poetas de alguma forma; para tal só é preciso ter sensibilidade.
Visitei os teus dois blogs, que vou começar a seguir.
A Fábrica das Letras já me fez descobrir alguém interessante: esse é o objectivo.
Beijinho.