segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Insuspeitos

O texto que aqui transcrevo é da autoria da jornalista Clara Ferreira Alves, tantas vezes apontada como incondicional apoiante de Sócrates e das suas políticas e foi publicado recentemente no semanário Expresso.

Também eu próprio aqui tenho deixado de forma inequívoca o meu apoio a muitas das políticas de Sócrates, mas nem sempre concordo com elas, como é óbvio. Discordo, isso sim, da forma de "vale tudo" usada por certas pessoas (Manuela Moura Guedes , Mário Crespo, Medina Carreira, por exemplo), para denegrirem tudo o que tem a ver com Sócrates, incluindo o achincalhamento do seu bom nome e com isso não pactuo, pois conhecendo-o pessoalmente, sei que tem sido alvo de calúnias como possivelmente mais ninguém foi na nossa vida política.

No entanto, a situação a que chegou o nosso país, por culpa de Sócrates, mas também de todos os anteriores governos, leva-me a concordar com a análise lúcida que Clara F.Alves aqui faz da actual situação de Portugal.

Mas também questiono quais as soluções que TODA a oposição propõe para a saída desta terrível situação, pois apenas vejo criticas e criticas, o enumerar de algumas situações pontuais, mas não um conjunto de medidas concretas que me façam pensar que vale a pena modificar o sentido de voto.
Sejamos francos: o nosso país só tem dois partidos que possam chegar ao poder - o PS e o PSD; que garantias me dá Pedro Passos Coelho? Absolutamente nenhumas!
Por outro lado, o CDS e o seu populismo podem chamar a atenção para alguns pontos interessantes, mas essencialmente não são mais que isso mesmo . populismo.
À esquerda, o PCP continua, e sempre continuará, agarrado aos velhos slogans sem dar alguma garantia de se desfazer deles, para poder ser encarado como um parceiro credível. Finalmente o BE, o partido que me  parece mais capaz de contribuir para uma renovação da política portuguesa, se se conseguir libertar dum centralismo de decisões que não é tão democrático como parece - Louçã reina e certas vozes lúcidas nem sempre chegam a fazer-se ouvir como mereceriam.

Aqui fica o texto, aqui fica o retrato deste nosso Portugal. 


"Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, (Olá! camaradas Sócrates...Olá! Armando Vara...), que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.
Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, em governação socialista, distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.
Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora continua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido. 
Para garantir que vai continuar burro o grande "cavallia" (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.
Gente assim mal formada vai aceitar tudo, e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.
A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. 
Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. 
Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. 
Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituamo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?
Vale e Azevedo pagou por todos?
Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência do Ministério da Saúde Leonor Beleza com o vírus da sida?
Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?
Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?
Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?
Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.
No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?
As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.
E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?
E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu? Alguns até arranjaram cargos em organismos da UE.
Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.
E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?
E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?
O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?
E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.
Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.
Ninguém quer saber a verdade. 
Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.
Este é o maior fracasso da democracia portuguesa"

 

26 comentários:

  1. A vantagem deste post é que já me foi lido na integra por ti! ;) Li novamente e é incrivel como não consigo dissociar o texto da tua voz agora.

    Mas enfim, é o estado na nação, a tornar-se infelizmente cada vez mais negro. Um dia destes salta-nos a tampo e não vai ser nada bonito.

    Abraço

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  2. Félix
    o post não foi lido na integra, mas sim o texto de Clara Ferreira Alves.
    Eu quando transcrevo algo ou mesmo quando ponho um vídeo, gosto sempre de pôr algo meu, e daí a minha introdução a este texto, e que por ser de alguém que não está sistematicamente contra Sócrates, como também a autora do texto, me levou a intitular este post com o nome de "Insuspeitos".
    Abraço grande.

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  3. Aquele texto é um pouco dos dois. Eu às realmente acordo com um vazio, sinto a falta dele. Depois às vezes vou para a janela ver o céu porque é em todo o mundo o que me acalma mais, ver a lua (de preferencia cheia) rodeada de estrelas. E realmente penso muito nele. Tudo é verdade, apenas as partes da cara dele na constelaçao e o reflexo na água sao metáforas para aquilo que eu penso. O reflexo é a metáfora para o meu enorme desejo para que ele estivesse comigo. E a constelação é apenas a metáfora que significa que eu penso sempre nele quando vejo as estrelas, quase como se ele estivesse lá representado e fosse impossivel nao pensar nele.
    Gostaste do texto?
    Abraço

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  4. Diogo
    se gostei? Se não tivesse gostado, não teria comentado; e mais gostei de ler o que a Fernanda escreveu sobre ti: fico muito feliz; parece que a rapaziada nova (tu e o Mark), estão a descobrir o amor...
    Abraço amigo.

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  5. Eu sou povo e não suporto que falem por mim como uma pessoa que fecha os olhos ao que se passa no meu país. Quero resposta mas ninguém as consegue dar... Quero conclusões e o que me mostram é confusão.
    Igual a mim, existem milhares de portugueses que não acham normal todas estas injustiças, protecções, segredos económicos, políticos e outros. Eu e a maioria dos portugueses queremos respostas, Clara F. Alves!

    Foi um desabafo, querido Pinguim!
    beijinhos

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  6. MZ
    e os desabafos são para se fazerem!
    Mas, na minha opinião, que resposta poderia dar Clara F. Alves? Afinal o seu texto é também um desabafo de toda uma confusão em que está mergulhado o nosso país.
    Eu vou mais longe, não quero conclusões, pois conclusões, as mais variadas, mas todas más, já nós temos de sobra.
    Quero é acções, quero POLÍTICOS, que parece que desapareceram todos do planeta na viragem do século.
    A política foi substituída, no nosso país e no mundo, pelos objectivos económicos, essa é a realidade.
    Sinceramente, MZ, estou céptico, completamente céptico quanto ao nosso futuro.
    Beijinho.

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  7. Descubrir o amor... Sim acho que se pode dizer que é isso :D

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  8. Sócrates fez coisas boas e coisas más; outros fizeram ou farão coisas más e coisas boas. O mal maior é que nunca saímos disto, no que diz respeito ao desenvolvimento económico/social do País... Como diziam os anarcas de outros tempos: "Portugal estava à beira do abismo. Agora deu um grande passo em frente!". Espero que isso não aconteça, que o País vá a tempo de parar o avanço louco para o abismo e que os seus líderes não se deixem continuar a tentar pelo venha-a-nós e pelo sacrifício dos portugueses. Mas também há que ter medo dos falsos profetas. Muito, mesmo muito!!!

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  9. Luís
    haverá alguém crente numa solução positiva para Portugal?
    Eu não quero ser alarmista, mas neste momento, em plena consciência não posso estar mais pessimista...
    E aqui continuamos nós a assacar culpas a A,B ou C e a não apontar soluções.
    Abraço amigo.

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  10. O último parágrafo é espectacular.

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  11. Johnny
    e é a mais pura das verdades!!!
    Abraço amigo.

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  12. Nós também partilhamos da tua opinião, quanto à falta de (novas) propostas... Só que há tantos interesses na praça, que de outra forma não poderia ser. Esse é que é o problema!!

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  13. Luís
    nem mais a propósito; o que tu referes é exactamente o que o Johnny aponta: o último parágrafo do texto da CFA.
    Abraços.

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  14. pinguim pode não haver um partido que satisfaça mas já vimos que não será um PS ou um PSD que modificarão mentalidades, pelo contrário irão vincar todos os defeitos que nos levaram a esta situação. Eu penso que só uma ditadura conseguiria resolver a nossa situação. Criaram-se vícios que destruíram todas as virtudes e só por imposição e medo se voltará a viver sem facilitismos. Esta é a verdade que numa sociedade de consumo custa a aceitar. Pior que os problemas económicos são os sociais, a perca de segurança. Beijinhos e obrigada por teres publicado o texto de Clara Ferreira Alves que não tinha lido e que encerra muitas verdades.

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  15. Vivemos em Democracia? LOL
    Ok, a democracia é a vontade da maioria e onde está essa maioria?

    Somos o país dos "amigos" e se não tens dinheiro, estás lixado com um grande F...

    Por isso é que já nem sequer vou votar. Que me perdoem os que morreram para nos dar o direito ao voto.

    Ñão concordo com o voto igual. O meu voto não pode ter a mesma "força" ao desta senhora que escreveu este texto, mas também não pode ser igual a um analfabeto.

    Enfim, opiniões. Pode ser que um dia mude de opinião...

    Abraço

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  16. Brown Eyes
    penso que estará no pensamento de muita gente essa ideia que afloras (tenho muito medo da palavra ditadura), de que só uma mão de ferro, poderá pôr rumo a este desgovernado país.
    É triste que depois de mais de 40 anos a ansiar por uma democracia, ela esteja a ser desbaratada ao longo dos últimos anos por políticos sem carisma e que vêem a política não como um serviço público, mas como uma alavanca para uma vida de nababos.
    Beijinho.

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  17. Francisco
    quase me apetece remeter-te para o meu comentário anterior.
    O voto é a arma do povo, diz-se; e penso que com razão. Mas há muitas formas de expressar esse mesmo voto.
    Abraço amigo.

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  18. Bem... nem sei por onde começar, mas...
    Para já um muito Obrigado, Amigo
    Vou ler outra vez!!!

    Abraço-te

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  19. Abraço-te
    é curioso; eu também tive que repetir a leitura...
    Abraço amigo.

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  20. Bem e o que dizer do Brasil? Ond agora temos 2 candidatos que não falam de seus projectos e sim tentam achar os podres um do outro para jogar no ventilador da campanha política. Erros todos cometem, é impossível ainda mais quando o assunto milhares de milhões, sejam reais, euros ou dólares. Quanto mais se tem mais se compra, compra-se silêncio, compra-se falsos testemunhos, etc. Muito disso aprendemos com vocês porém tenho a certeza que aperfeiçoamos e fazemos muito melhor (pior) e isso revolta-me como a tantos outros porém não sei o que nos falta para dar um basta nisso, somos muito acomodados deixando as rédeas soltas eles literalmente (desculpe a expressão) cagam em nossas cabeças e ainda rimos da situação porém como disse o Sinest3sico «Um dia destes salta-nos a tampo e não vai ser nada bonito.»

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  21. Theo
    eu sei que o "problema" não exclusivo nosso, nem vosso...atinge inúmeros países.
    Mas penso que é triste o vosso caso, em que estão a eleger um novo Presidente e nenhum dos dois vos dá as garantias de vir a pôr as coisas no seu lugar.
    Eu não percebo muito de política brasileira, mas penso que a Marina seria a melhor candidata; mas não tem uma grande máquina partidária a apoiá-la, pelo que ficou pelo caminho; mesmo assim, teve imensos votos, o que mostra o descontentamento do povo com os outros candidatos.
    Abraço amigo.

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  22. Pinguim, infelizmente não consigo ser tão politicamente correcto como tu, amigo. Aliás, penso que o Sócrates não precisa de ninguém para denegrir o seu nome...
    Abraço.

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  23. Catso
    olha que não tem sido o único a dar tiros no próprio pé...
    Abração.

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  24. Sou da opinião que não é a política que deve mudar, não é o Direito, não são os Media...o que deve mudar é a educação! É a formação do indíviduo! Só com a educação, com a formação dos valores é que tudo começa a mudar. Portugal é e sempre foi assim, inconclusivo, provavelmente porque somos diletantes por natureza. Ora o que eu vejo, e o que me faz sentir profundamente frustrado com este país à beira mar plantado, é a subcultura, é a subconsciência, é o "burrismo" e a ignorância, mas ach que tudo se deve a uma só coisa, incapacidade. Não somos capazes de mudar as nossas mentes mesquinhas, críticas, negativas, corrupttíveis...este artigo que transcreveste é magistral, mas eu pessoalmente acrescentaria um novo final: "este é o maior fracasso da mentalidade portuguesa!"
    Em suma, se se cortar o mal pela raiz, se se mudarem as mentes, este espírito tão pequenino, paradoxalmente numa terra onde o poeta disse: não sou do tamanho do que sou, mas do tamanho do que vejo; enquanto não se cortar o mal pela raiz em que cada um, individualmente e à sua maneira conspurca um bocadinho mais a sociedade, as coisas não vão mudar, e continuaremos inconclusivos, injustos, diletantes, corruptos e pequeninos!
    E eu não estou a dizer:"vocês são", estou a dizer que somos todos, acredito contudo, que uns são mais do que outros.

    abração enorme

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  25. Emanuel
    eu concordo em absoluto com o que dizes; mas sou céptico em que tal se possa fazer. E caso isso possa acontecer seria preciso a conjugação de dois factores: tempo e principalmente vontade.
    O tempo escasseia cada vez mais e a vontade - com a vida "acomodada" de quem manda - será muito reduzida ou mesmo nula.
    Que fazer?
    Uma revolução???? Talvez...
    Abraço grande.

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!