segunda-feira, 25 de abril de 2011

Dia da Liberdade


Hoje, 37 anos passados, é mais importante que nunca, relembrar Abril. Agora, quando fruto de uma crise que a todos atinge, e que, em grande parte, se deve a uma crise mundial que pretende acima de tudo, destruir o euro, tanta voz se começa a levantar a pedir um novo Salazar, ou seja uma nova ditadura, das duas uma: ou se tem medo de perder regalias ou se é idiota chapado, caso deste palhaço

Pergunto a mim mesmo se este homem é digno de Abril?
Abril foi feito por homens de fibra, que apenas quiseram acabar com uma ditadura e uma guerra e entregar-nos a Liberdade de um país novo.
Na antítese desse palhaço está um grande militar e um grande Homem, que a morte ceifou cedo de mais, e que é, na realidade o rosto desta data que hoje se comemora: Salgueiro Maia.


Infelizmente, nos países democráticos da Europa Central e do Norte, começam a tomar uma força assustadora, alguns partidos da extrema direita, apologistas de políticas xenófobas e neo-nazis.
A Europa é um continente que está a perder a sua força, não só em relação aos EUA, mas e principalmente aos países chamados emergentes: Brasil, Índia, Rússia e principalmente China.
As novas gerações, que com honrosas excepções, quase desconhecem o que foi o 25 de Abril, e que sempre puderam expressar livremente as suas opiniões, decerto pensariam um pouco mais e com maior preocupação, se soubessem o que é viver em ditadura.

42 comentários:

  1. O que me parece ser a questão aqui é que na tentativa de se querer enfrentar a crise da melhor maneira muita gente é capaz de regredir e apoiar uma ditadura.
    E a minha pergunta é:
    - Mas está tudo parvo?!?

    Abraço, e viva o 25 de Abril! ;)

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  2. Cp
    essa é a questão que mais me preocupa; e faz-se isso, com uma desfaçatez tremenda.
    Abraço amigo.

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  3. Lamento muito os jovens que defendem os "belos tempos" do salazarismo. Anda tudo doido ou quê?!
    As recentes declarações infelizes de Otelo deixaram-me descolhoado, mas acho que o homem está a ficar senil.
    As crises posteriores ao 25ABR não se devem à Revolução, mas antes ao nosso comodismo. Só nos lembramos dos direitos e esquecemo-nos dos deveres.
    Prefiro uma crise em liberdade do que uma falsa prosperidade em ditadura. Se esta regressar enquanto eu estiver vivo, serei o primeiro a entrar na clandestinidade e actuar como o IRA ou as Brigadas Vermelhas... Palavra de honra!
    Abril sempre! Fascismo nunca mais!

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  4. infelizmente é um perigo real; podem-nos tirar muita coisa, mas há algo que é impossível alienar - a nossa liberdade e a nossa capacidade de resistir.
    As declarações de Otelo, embora vindas de um individuo desequilibrado e a quem sempre se prestou demasiada importância , devem no entanto ser ouvidas como um sinal do perigo a que se chegou.
    E a anunciada vinda de novos "Messias" que ponham cobro a esta "desgraça de país", defendida por certos abutres que enchem os órgãos de comunicação social (Medina Carreira, João César das Neves e tantos outros), deve ser vista não como uma esperança, mas como uma real ameaça.
    Enquanto continuarem a existirem pasquins que lhes dão cobertura, esse perigo é verdadeiro.
    E, eu posso não ser, e não sou um analista político, mas tenho uma noção explicativa do que possa conduzir a um inexplicável, para muitos, renovado voto socialista: é que o povo português, desde que o deixaram exercer o seu real poder através do voto, raramente se engana, e tem noção do perigo que é entregar à direita a chave da porta de uma eventual ditadura a médio prazo. O povo português não quer voltar ao passado e não vai voltar. Foi para se construir um país livre que se fez o 25 de Abril, e não o destruirão, jamais!
    Abraço amigo.

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  5. Eu tenho 23 anos e não sou a favor de nenhuma ditadura e muito agradeço o facto de ter existido o "25 de Abril", mas temos de ser honestos e ver que a Democracia que temos está podre e que Salazar apesar de ter feito muito coisa má e errada, também tinha coisas boas. Era exigente e organizado nas contas do Estado, servia o País e encheu os cofres. Não estou a dizer que quero um Salazar, estou a dizer é que a nossa Democracia devia ser organizada e exigente, e não esta palhaçada em que mudam as moscas e a merda é a mesma...
    Abr

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  6. @Miguel, é muito fácil ter-se as contas públicas organizadas e os cofres cheios quando se tem colónias mais desenvolvidas do que metrópole e não se aposta em investimentos sociais (saúde, educação, Segurança Social, etc)...
    Não existe nenhum mérito na filosofia do governo de Salazar.

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  7. Olá Miguel
    obrigado pela tua visita.
    Quanto ao teu comentário, há a salientar duas ou três coisas.
    Primeiro, não há nenhum ser humano completamente bom ou completamente bom; Salazar não era excepção; mas era um ditador e qualquer ditadura, quer de direita quer de esquerda é, a meu ver, reprovável. Teve o seu tempo e construiu o seu (pequenino) mundo, isolado do mundo, da realidade da evolução deste e construiu-o na base do poder incontestado e incontestável; tu não imaginas o que é viver sem liberdade...
    O nosso país era pobre, muito mais pobre que hoje, com níveis de analfabetismo e de mortalidade infantil espantosos. Que interessa se acumulou riqueza, se não a aplicou?
    E a riqueza foi essencialmente alcançada através das riquezas coloniais, numa visão obscura e retrógrada de um império português do Minho a Timor.
    O 25 de Abril veio devolver-nos o orgulho nacional.
    Claro que a nossa Democracia é ainda recente, só tem 37 anos, e não tem sido fácil.
    Já cá tivemos o FMI e ultrapassámos a situação, porque quando a sua intervenção findou, vieram os abundantes dinheiros da então CEE, que Cavaco desbaratou em obras como o CCB, que na altura, pouco foram contestadas.
    Hoje a política é comandada pela economia, estamos na UE e no euro e a nossa capacidade de manobra é pequena, perante a ingerência insuportável dos grandes bancos americanos através das agências de ranking.
    Mas, com uma crise que atinge (quase) todos, os bancos nacionais e as grandes empresas continuam a apresentar lucros fabulosos!!!
    É isto que é preciso que acabe e não é com um governo de direita que lá chegamos, pois é através dele que esses senhores saudosos do passado sonham com um novo Salazar.
    Como o nosso povo não é de extremos, ou vota maioritariamente PS ou PSD, e quanto a mim, só um governo alargado, maioritário, de esquerda, do PS coligado com a esquerda democrática (que para isso não pode ser tão ortodoxa como é), poderá levar à salvação do país.
    Isso e uma concertação internacional dos países já atingidos por esta crise ou em risco de o serem, para sair da asfixia a que estão sujeitos economicamente e que até põe em causa a soberania nacional.
    Desculpa o testamento.
    Abraço amigo.

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  8. respondi ao Miguel, antes de ler este teu segundo comentário: mas tu só tiveste a sabedoria de reduzir o que eu disse num testamento, numa excelente síntese.
    Abraço amigo.

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  9. Vi os comentários, e lembrei-me do que disse a minha irmã quando minha mãe referiu a questão dos cofres cheios, "os cofres estavam cheios, nomeadamente de ouro judeu, mas os estômagos estavam vazios...". Ainda assim prefiro levar uma vida de miséria, fome e sem luxos, do que não poder ir para a rua e gritar os nomes da Liberdade.
    E convenhamos João, fala-se fala-se fala-se que era preciso um Salazar e não sei quê, mas se já chamam de ditador ao actual primeiro ministro, e se já se anda na rua e sabe Deus o que lhe chamam e o mal que dele dizem, esquecem-se que não poderiam sequer pensar em dizer o que dizem dum governo ditador. Paradoxal...

    Tenho 24 anos, não vi nem vivi nada do que tu viveste, ainda no outro dia comentei de ti num almoço de família das histórias que aqui publicas de vez em quando, e só posso dizer que tenho muito respeito.

    Mas, infelizmente há um ponto que faz sentido, há uma certa tendência a adoptar e a simpatizar por políticas extremistas, fala-se muito na crise de valores, além das crises económicas e penso haver uma ilusão que em determinadas políticas mais conservadoras e autoritárias esses valores são mais respeitados e há abundância e ostentação (estou-me a lembrar das grandes paradas militares, das propagandas de que tudo está bem e tudo está como devia ser...só que, é tudo uma ilusão. Os valores (que muitas vezes não são os bons e os verdadeiros) não são respeitados pelos motivos certos, e a abundância e ostentação que são transmitidas não passam de ilusão barata.Só que quando tudo à nossa volta parece estar mal, parece estar pobre e podre, é mais fácil semi-cerrar os olhos, optar pelo caminho mais fácil, e eleger alguém que tome as rédeas do poder a seu bel-prazer.
    Temos que a nossa sociedade está a chegar a esse ponto...João, olha à tua volta, se surgisse uma pessoa nova, com um aspecto agradável e sério, que defendesse os valores da moral e da família, que mostrasse integridade e ferocidade, carácter e firmeza, pulso e visões extremas, olha à tua volta e João e imagina se essa pessoa não seria eleita nos dias que correm...
    Temos se calhar sorte de vivermos numa sociedade corrompida e ser muito difícil a um homem desses chegar à ribalta, teria que ultrapassar fortes lobbies e obstáculos burocráticos, mas se esse homem chegasse...achas que não seria imediatamente eleito?

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  10. Ima
    infelizmente tenho que te dar razão, embora nos moldes em que o defines não seja exactamente a figura de um ditador clássico; embora cada vez acredite menos que apareça uma pessoa desse tipo, quer dentro dos partidos, que apesar de tudo são democráticos, quer fora dele - o caso de Fernando Nobre é sintomático.
    Um país como Portugal, enquanto houver pessoas que saibam fazer a distinção entre Liberdade e falta dela, não vai cair nisso, via eleições.
    E não te esqueças: uma ditadura nunca começa, ou raramente começa por via eleitoral, pois os povos não são estúpidos.
    Abraço amigo.

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  11. hummm olha que do que sei da história de Hitler e Mussolini...estes ditadores jogaram conforme as suas propagandas, sob a ilusão do que não eram...o ditador estava lá escondido sob as vestes de um patriota convicto e íntegro.Mas não sei migo, cada vez menos há certezas, mas muitos cinzentos...

    abração e um bom dia da liberdade:-)

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  12. Ima
    presta atenção às minhas palavras: o que defines como um potencial ditador, tem, desde logo muito limitada a sua esfera de acção, devido às especificidades quer dos tempos que correm, completamente ao momento histórico da ascensão de Hitler ou Mussolini ao poder, quer do próprio contexto do povo que nós somos, que saiu precisamente de uma ditadura e que o povo derrubou, via Forças Armadas.
    E a propaganda, realmente fundamental nos casos que apontas foi essencialmente exercida para a consolidação do poder do que para a sua obtenção, devido a um fanatismo que nós cá, felizmente, não possuímos.
    Abraço amigo.

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  13. Apesar do rol de cretinices a que se tem assistido, continuo a defender incondicionalmente o espírito de Abril. Não quero mais guerras desnecessárias, com milhares de mortos e mutilados,com presos políticos, com censura.
    É possível uma convivência saudável entre a Liberdade, a Paz, o Pão e o Trabalho. Haja quem saiba governar!
    Quanto a Salgueiro Maia, o inesquecível capitão de Abril, é digno da nossa memória. Ele prescindiu dos louros, do mediatismo político e fez incidir os holofotes no povo que entusiasticamente apoiava os militares nas ruas e ajudava a fazer a revolução tão desejada.

    Bem-hajas, amigo!

    Beijinhos

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  14. Isabel
    são esses ideais que me fazem jamais esquecer este dia.
    E eu, que "fiz" essa guerra injusta, em que me privaram alguns dos mais belos anos da minha vida, tenho uma razão acrescida para tal.
    Beijinho.

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  15. Pinguim, aos que se dizem a favor de uma ditadura. Eu respondo:

    Vão para CUBA(não em Cuba do Alentejo), Não é feria num resort de 5 estrelas, é estadia de um mês naquela ilha fantástica onde não há nada para a população local.

    Somos conhecidos na Europa, pelo povo que toma mais banhos por dia(graças a Deus, que não nos falta água). Esses senhores deveria m ir para Cuba onde não há shampoo nem gel de banho. Água só nos hoteis e nas praias.

    Creio que muitos portugueses estavam de férias, quando DEUS começou a distribuir a INTELIGÊNCIA... Só pode...

    Abraço

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  16. sem duvida hoje é um dia importante para Portugal

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  17. Resumindo, precisamos de alguém que saiba governar, que seja tolerante/liberal, incorruptível, organizado/responsável e sincero. O problema é que as máquinas partidárias estão feitas de tal forma que quando entras, sofres um processo de corrupção dos teus valores até chegares ao topo. Fruta boa junto da má, fica tudo podre...
    Abr

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  18. Nem ouso dizer que já vivi em ditadura (eu tenho 25 anos) mas ouso dizer que sem dúvida que ainda há muita censura e falta de liberdade!
    Um bom feriado para ti :) **

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  19. O Otelo devia era estar calado em vez de dizer disparates...
    Penso que a tua chamada de atenção é muito pertinente, pois são em tempos de crise que partidos de extrema direita ganham terreno e seduzem populações em dificuldades, principalmente as que nunca viveram ou já se esqueceram do que é uma ditadura... A democracia, está sempre em risco... nunca é um dado adquirido... é como a amizade, ou como uma flor de abril...tem de ser cultivada e bem tratada, senão corre o risco de ervas daninhas oportunistas, a destruírem! Beijinho

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  20. Será que esses jovens que defendem o regresso ao "antigamente" e a que no tempo do Salazar é que se estava bem, tem noção que se assim fosse estava a malhar com os ossos em Africa obrigatoriamente? É que os que agora vão para o Afganistão, para Timor vão porque vão ganhar mais dinheiro, antes de 25 de abril de 1974 iam para Africa porque eram obrigados. E sempre ouvi dizer que o que é mais dificil mudar é a mentalidade das pessoas e continuamos a achar que o estado deve dar-nos tudo, como o Estado Novo sempre fez. 37 anos depois a mentalidade perdedora mantém-se, infelizmente...Mas continuo a ter uma esperançazinha que as proximas gerações tenham uma mentalidade diferente

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  21. J. Macdonaldo e tu disseram tudo...


    Para mim não viver em liberdade é uma visão que, embora certamente não fiel à realidade, se afigura aterrorizadora... Se Salazar teve coisas boas eu desconheço. Riqueza que não se traduz em desenvolvimento e cujo suporte se esvazia na fome e carestia dos governados não tem nada de meritório... E se houvesse balança. esse homem desceria há categoria de monstro,.,..

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  22. Francisco
    é difícil por vezes, quando se encontra tudo bem, imaginar quão mau estava...
    Mas ao menos não façam a apologia de situações que não conhecem...
    Abraço amigo.

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  23. Fábio
    muito importante mesmo!
    Abraço amigo.

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  24. Miguel
    claro que não é fácil; é muito mais fácil, para quem governa, fazê-lo através de uma ditadura do que em democracia.
    Mas a democracia é apesar de tudo o modo de governar que melhor serve o povo; Salazar era, e disso não há qualquer dúvida, um ditador e ansiar por novos "salazares", como muito boa gente, à direita, pretende, é algo impensável no nosso país.
    Custou muito estar calado e sofrer 48 anos...
    Abraço amigo.

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  25. Di
    que censura vês tu hoje e que falta de liberdade?
    Desculpa, mas não estou de acordo.
    Podemos falar de tudo, criticar tudo e ninguém vai preso ou é perseguido por isso.
    Até se calunia. E isso sim, é reprovável.
    Beijinho.

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  26. resumindo isto tudo: a igualdade, cada vez mais, parece uma utopia.
    de resto, não me parece que seja medo de perder regalias, mas crise de valores - a que a (des)educação tem dado um valente empurrão. além disso, e em geral, o que se advoga aponta ou para o apocalipse ou para o dom sebastião.

    abraços

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  27. Salgueiro Maia, o homem que mais respeito desse feito!
    Mas sabes tão bem quanto eu que morreu quase no esquecimento! Talvez por ser muito íntegro! Verdadeiro. Discreto.
    Já reparaste bem no que transmite seu olhar?

    Faço votos que tenhas passado uma serena Páscoa!

    Abraço,

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  28. Eva
    quanto ao Otelo, não é só por esta tirada que o considero um palhaço; toda a sua vida quis armar-se, um gabarola e um idiota.
    Eu não quero transformar este texto que aqui escrevi, como a elaboração de soluções para o fim da crise: isso são outros assuntos. Apenas frisei e repeti a importância desta data e o facto de a situação actual, no país e na Europa serem de molde a sonhar-se com ditaduras, o que eu repudio veementemente.
    Beijinho.

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  29. Fernanda
    já quando foi da manifestação da geração à rasca, eu referi que, de uma maneira geral, a juventude actual está muito mal habituada: nasceu num país livre, com uma situação de algum desafogo económico, não prescindindo de roupas de marca e dos últimos lançamentos da moderna tecnologia.
    Se tivessem tido problemas como a juventude de então, talvez pensassem de outra forma.
    E não defendessem um Salazar passado e um Salazar futuro.
    Beijinho.

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  30. Nelson
    perfeito o teu raciocínio; é evidente que estou inteiramente de acordo.
    Abraço amigo.

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  31. Paulo
    mas a igualdade sempre foi e será uma utopia! O que se pretende é que a desigualdade não seja tão abismal...
    Quanto à situação, é um misto de medo de perder regalias e de falta de valores.
    Como disse atrás, não é do âmbito deste post, elaborar cenários, mas uma coisa é certa: o povo português sempre evitou extremismos e daí me recuso a seguir nessa única dualidade que apontas. Até porque o caso português não é único e ultrapassa a questão nacional. Deixa a coisa chegar à Espanha e logo verás uma reacção consertada da Europa.
    Abraço amigo.

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  32. Fragmentos
    faz agora um ano, utilizei a figura de Salgueiro Maia para simbolizar o 25 de Abril, e cada vez o vejo mais como tal.
    Beijinho.

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  33. http://youtu.be/yC-_HuJ3VpE
    e mais não digo.

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  34. Pedro
    tive conhecimento desse filme há dois dias e claro que desejo vê-lo.
    E tens toda a razão, não é preciso dizer mais nada.
    Abraço amigo.

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  35. Pinguim,
    concordo com o que dizes acerca das novas gerações, nas quais me incluo e às vezes com vergonha disso mesmo. Mas esses, perdoai-os que eles não sabem o que dizem...
    O que mais perplexa me deixa é que, nessas vozes que se levantam, como dizes, se incluam personalidades de renome que de facto viveram num regime ditatorial(?!).
    Abraço, gostei do teu post

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  36. Entretanto fui ler os comentários que aqui se fizeram e vejo que mais uma vez apenas se referem os mais jovens como autores das tais vozes que referi. Mas e o que pensar quando os "apelos" à ditadura vêm de vozes como Manuela Ferreira Leite ou Medina Carreira, já para não falar da personagem da tua caricatura?!

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  37. Cabe-nos a nós, que tivemos o privilégio de viver "o dia inicial inteiro e limpo" como escreveu Sophia, relembrar sempre homens como Salgueiro Maia e tantos, tantos outros que nos abriram o caminho para a construção de um país mais justo. Difícil? Demorado? Pois é, mas não será isso que nos fará deixar de lutar!

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  38. Karen
    claro, aos mais jovens e até menos politizados, devido às circunstâncias que se lhes depararam, é muito mais desculpável, pois são mais influenciados pelo que ouvem dizer dos pais e associam facilmente que perderem o estatuto de privilégios que hoje têm (mesmo os da classe média baixa, com as suas roupas de marca e telemóveis, PC's, etc), é sinónimo de que venha aí alguém que acabe rapidamente com a crise; como se isso fosse dependente de um ditadorzeco qualquer...
    Mas de pessoas, adultas, que viveram os acontecimentos e foram políticos, é inadmissível.
    O Medina Carreira é o profeta da desgraça, esquecendo-se que como M.Ferreira Leite, ambos foram Ministros das Finanças e contribuíram com a sua quota parte para a situação do país, pois é preciso não esquecer que o descalabro das contas públicas começou com Cavaco Silva.
    A este governo, claro que podem e devem ser assacadas culpas, mas foi aquele que encontrou uma conjuntura internacional terrível, da qual dificilmente se poderia escapar na condição de país periférico.
    Enfim, as coisas são contadas conforme interessam.
    Quanto a Cavaco, prefiro um mentiroso a um hipócrita...
    Beijinho.

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  39. Justine
    se Salgueiro Maia é o rosto da revolução dos cravos, que frase poderia superar essa de Sophia para qualificar o dia 25 de Abril de 1974: "o dia inicial inteiro e limpo"!!!
    Beijinho.

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  40. Este ano, o 25 de Abril pareceu um qualquer dia 25. Infelizmente vai sendo cada vez o esquecimento e a pouca importância que se vai dando ao 25 de Abril.
    Quer seja por desculpa de que não há Governo e que por isso não há cerimónias na Assembleia, quer seja porque estamos em crise ou mesmo porque o feriado calhou num dia a seguir a um fim de semana prolongado.
    Nenhuma desculpa serve para o esquecimento a que o dia foi sujeito. E já nem digo na comunicação social que essa tem outras coisas mais importantes, mas o público (leia-se povo) em geral parece esquecer-se da importância desta data.
    Abraço.

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  41. Aquilo que vou escrever vai soar um bocadinho mal, mas eu me confesso! O 25 de Abril é uma data que não me diz aquilo que deveria, á semelhança de muitos outros feriados como o 1 de Maio ou o 1 de Dezembro! Mas compreendo a importância do acontecimento, simplesmente falta-me o sentimento associado, acho eu! Não sei se o consigo expressar correctamente...
    De certeza que o facto de ter nascido anos depois do mesmo e não ter vivenciado a ditadura (assim como não tenho nenhum familiar que a tenha vivenciado de forma mais próxima!) tem uma importância significativa neste facto.
    Por isso concordo com a tua última frase e, em parte significativa, ela aplica-se a mim também!
    Mea culpa!

    Agora não compreendo as afirmações de que deveria voltar o Salazar ou que deveria vir um novo! Posso não ter vivenciado a ditadura, mas nunca me identificaria com algo semelhante! Penso que quem o afirma não o faz de forma sentida, apenas o expressa de um ponto de vista metafórico. É a única explicação que consigo encaixar! Diz-se, e penso que com verdade, que só damos valor ás coisas quando as perdemos. Penso que se pode perfeitamente aplicar á Liberdade!

    Vi na TV uma entrevista, que penso já bastante antiga, ao Capitão Salgueiro Maia. Fiquei muito impressionado com ele, com o á-vontade e, pareceu-me, com a humildade! Um senhor, pelo que me pareceu!

    Abraço e espero que o feriado tenha sido bem passado!
    Ikki

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  42. Ikki
    o que aqui disseste não soa absolutamente nada mal, antes pelo contrário.
    Sem grandes referências pessoais ou familiares, tens no entanto, a consciência do que seria, numa situação completamente nova para ti, viver em ditadura.
    E, juntas a essa percepção o desconforto que tal situação te causaria.
    Foi um dos comentários mais interessantes que aqui encontrei.
    Abraço amigo.

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!