É com este título que Helena Araújo diz da sua justiça no blog "Dois dedos de Conversa", acerca das polémicas e infelizes considerações do director do semanário "Sol", sobre o caso do divórcio de um casal do mesmo sexo e já amplamente divulgado.
Aqui vai o texto de HA:
"Recebi no facebook um convite para boicotar o semanário Sol devido a este texto de António José Saraiva.
Não o vou fazer, por duas razões:
- nunca comprei o semanário Sol, pelo que dizer agora que o vou boicotar era uma grande piada para a insider que há em mim;
- a liberdade de expressão existe para promover o debate de ideias - e é o debate que nos faz avançar.
Ora então, por partes:
1. À data em que este artigo de opinião foi escrito, o casamento de pessoas do mesmo sexo já era permitido na Holanda há dez anos, na Bélgica há oito, em Massachusetts (EUA) há sete, na Espanha e no Canadá há seis. Nos últimos cinco anos, muitos outros estados se juntaram a essa lista. Em Portugal, a respectiva lei foi aprovada há mais de um ano - e após um intenso debate.
Ou seja: hoje em dia, qualquer pessoa minimamente informada que leia sobre um casal em que ambos os cônjuges têm nomes masculinos, não precisa de ler segunda vez para verificar se leu bem. Pode concluir logo à primeira leitura que se trata de um casal de pessoas do mesmo sexo.
2. "Separado? Mas os gays, que travaram uma luta tão grande, tão longa e tão dura para poderem casar-se, separam-se afinal com a mesma facilidade dos outros casais? Não seria normal que, pelo menos nos primeiros tempos de vigência da nova lei, procurassem ser exemplares, até para provarem aos opositores que as suas convicções eram fortes e sua luta era justa?"
Sim, os gays separam-se afinal com a mesma facilidade dos outros casais. O que está em causa é a igualdade: o direito de casar, e o direito de se separar com a mesma facilidade dos outros casais.
(nesta frase, gosto especialmente da palavra "facilidade" - não fazia ideia que os casais heterossexuais se separavam com facilidade, o que pressupõe uma certa leviandade na decisão de casar - e eu a pensar que os heterossexuais levavam essa instituição muito a sério!)
E não, não seria normal que, pelo menos nos primeiros tempos de vigência da nova lei, procurassem ser exemplares. Um casamento não é uma bandeira, é um acto fundado no amor. Se a relação não funciona e não se lhe vê futuro, o mais normal é que se desfaça o casamento: por respeito a si próprio, ao outro membro do casal e até à própria instituição.
Surpreende-me que alguém sequer imagine que se possa prolongar o vínculo do casamento por motivos exteriores à relação, mascarando e pervertendo a sua verdade.
3. "Acresce que um dos membros do ‘casal’, Jorge Nuno de Sá, na altura deputado, pessoa com alguma notoriedade social, ao assumir o risco de tornar pública a sua homossexualidade e o seu amor por um homem, parecia querer dizer a todos que a decisão de se casar fora devidamente amadurecida. Ora, depois disso, qual o sentido de se separar ao fim de meia dúzia de meses?"
Acontece nas melhores famílias. Alguém precisa de exemplos?
4. "Mas a leitura de mais pormenores sobre o ‘casal’ ajuda a lançar alguma luz sobre a história. O ainda marido (ou mulher?) de Nuno de Sá é um massagista de nacionalidade venezuelana, de nome Carlos Eduardo Yanez Marcano (e não Maceno como dizia o DN), com menos 10 anos do que ele. Perante este bilhete de identidade, compreendem-se melhor as zangas, as agressões – e finalmente a lavagem de roupa suja na praça pública."
Depois do conselho às raparigas portuguesas para pensarem duas vezes antes de casar com muçulmanos, vem o conselho aos rapazes portugueses para que pensem duas vezes antes de casar com estrangeiros 10 anos mais novos e com profissões mal remuneradas. Atentem no aviso que vos é feito: podem meter-se num monte de sarilhos!
Caramba, está cada vez mais difícil escolher a pessoa certa e infalível para casar.
Agora, a sério: não caia na tentação de generalizar, José António Saraiva. Não venha com insinuações sobre os sul-americanos de baixos rendimentos que são mais novos que o parceiro. Olhe que o Ben Kingsley pode não achar muita graça.
5. Que nome dar a um dos elementos de um casal de homens: marido ou mulher? É uma questão complicada, reconheço, porque nos habituámos a dizer casamento-marido-mulher, e agora é preciso construir novos troços nas auto-estradas dos neurónios. Boas notícias para todos: consta que essas obras nas auto-estradas cerebrais são um óptimo exercício para prevenir o Alzheimer.
Quanto ao mais, esclareça-se que um marido é um cônjuge do sexo masculino. Não há que hesitar.
Porquê chamar-lhe mulher? Um homem não é uma mulher (sim, eu sei: foi a lapalissade do dia). Pese embora a polissemia do termo "mulher", parece-me que dizer que um homem é a mulher de outro comporta o seu quê de chacota e humilhação premeditadas, atitudes que convinha evitar nos discursos que se pretendem construtivos, respeitadores e pacíficos.
Porque (cá vamos nós fazer uma pequena revisão da matéria dada) a Democracia defende a liberdade de expressão não para que cada um diga tudo o que lhe apetece, mas para que as suas ideias possam enriquecer o debate público e alargar os horizontes da sociedade. Esse direito pressupõe a aceitação dos princípios básicos da mesma Democracia, nomeadamente o respeito pela dignidade do ser humano.
6. "As palavras que usamos têm um significado que o tempo e o uso foram consolidando – e ‘casamento’ na nossa civilização quer dizer a união entre um homem e uma mulher, ou seja, o acto fundador de uma família. Querer que a palavra tenha outros significados é uma aberração que põe em causa as próprias referências do meio em que vivemos."
O significado das palavras não é imutável. O tempo e o uso tanto consolidam como transformam. Na nossa civilização (atenção: já vamos na segunda década do séc.XXI) o casamento está cada vez mais assente no aspecto afectivo.
Olhemos para a História, observemos como foi evoluindo o modo como a sociedade entende esta instituição. Porquê parar algures em meados do século passado, porquê recusar à sociedade o direito de se continuar a transformar? Concretamente: se nos nossos dias o elemento fundador do casamento é o amor, porquê recusá-lo aos casais do mesmo sexo?
Olhemos também para as contradições do nosso presente: o casamento (heterossexual) é muitas vezes usado para fins diferentes daqueles que se diz serem a sua essência, o que põe em causa as referências do meio em que vivemos. Pensemos no casamento tipo golpe do baú, no casamento entre o estudante de vinte anos e a velhota que lhe subaluga o quarto, no casamento para sair finalmente da casa dos pais...
7. "(...) não é necessário pôr em causa as nossas referências nem baralhar os nossos pobres espíritos.
Nem – já agora – complicar a vida aos pobres jornalistas, pondo-os a pensar se estará certo dizer ‘o ex-marido de Jorge Nuno de Sá’."
"baralhar os nossos pobres espíritos" e "complicar a vida aos pobres jornalistas, pondo-os a pensar"
Homem, porque não avisou logo no princípio
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Gostei. Só dei por esta polémica por ter lido o artigo num mural do FB. Vê lá tu João que há tempos atrás, foi no SOL que nasceu o "Ma Ke Jeto, Mosso", o qual, quando comemorou 1 ano, aliou-se a um almoço que reuniu os escritores dos blogues que haviam por lá. Ingenuidade nossa. Mas foi um tempo engraçado. Depois disso, foi descobrir que os gajos estavam-se a lixar para a potencialidade que tinham com aquela plataforma de bologues e foi descobrir que o SOL, que eu até comprava todas as semanas, estava a cair a pique e a afundar-se num pântano. Para isso contribuía os textos e as decisões do alarve do JAS e o jornalismo de sarjeta da dona Felícia. Em boa hora tirei de lá o blogue e nunca mais comprei o SOL.
ResponderEliminarO JAS é uma besta. E o ponto positivo das alarvidades que publica, é permitir que depois nos possamos satisfazer a escrever textos de repudio, como foi o caso desse. E dá um grando gozo usar as palavras para bater no JAS :)
Votos de um excelente fim-de-semana
óptimo texto. e eu estou na mesma: não posso boiocotar o jornal, porque nunca o compro. houve uma altura em que às vezes o trazia para casa porque o distribuíam no cinema, mas agora nem isso. o JAS já me tinha feito deixar de ler o Expresso. como é que um fulano que tem uma leitura tão enviesada da realidade, do país, da sociedade, dos outros (como se prova por este artigo, pelo outro que correu por aí sobre a poupança, e por muitos outros) pode ser director de um jornal que se quer levar a sério?! só neste país de anedota e de compadrios.
ResponderEliminarabração
ps: viva o bowie :)
Blue
ResponderEliminarqueres acreditar que eu NUNCA li o Sol?
O que tenho lido, são infelizmente, coisas deste tipo, principalmente da autoria do "grande chefe" JAS.
Quanta a Felícia Cabrita é o exemplo total do que é uma jornalista sem escrúpulos e que não me merece a menor credibilidade.
Mas é curiosa a tua "conexão" com o Sol.
Abraço amigo.
Miguel
ResponderEliminarcomo já deves ter percebido pertenço à mesma categoria de não leitores desse jornal.
As referências sobre JAS são as mais negativas que posso encontrar como jornalista; ainda por cima, director!
Já é o segundo director de jornais portugueses que está no meu index, mas o outro, já deu à costa: José Manuel Fernandes, do "Público" do "pobrezinho" Belmiro de Azevedo...
Abraço amigo.
ai João, este é um daqueles casos em que a crónica/artigo/whatever de JAS parece um daqueles comentários deixados por leitores ressabiados. não perco o meu tempo com dislates destes. não tenho tempo nem paciência. além disso, acho que nunca comprei um sol! ninguém precisa de sóis destes.
ResponderEliminarah, em todo o caso, a reflexão de Helena Araújo é obviamente interessante, ok!
abraços
Como é que um fulano destes no Séc. XXI e ainda escreve estas barbaridades? Ok. Liberdade de expressão é muito bonita, quando se sabe do fala. No entanto, remeto-o para o período da Grécia antiga para aprender mais algumas coisas sobre a homossexualidade.
ResponderEliminarSobre o teu artigo: excelente. Não podia ser mais esclarecedor.
Sobre o semanário, bom, não é mais que um "Correio da Manhã", mais requintado. Um beijo para ti Pinguim. ;)
Fernanda Antim
Caro Pinguim,
ResponderEliminarParabéns pela tua crónica e pela tua lucidez.
É preciso continuar a lutar, sempre, contra estes pregadores de falsa moral, cujas mentes estão cheias de teias de aranha e que parecem ter parado no tempo. E que, apesar de serem quem são, parece terem alguma dificuldade em exercitar a mente racionalmente.
Sabes Pinguim, o que me parece que esta gente ainda não entendeu? Que os "gays e lésbicas" são indivíduos como quaisquer outros, nem melhores nem piores, apenas diferentes no que respeita à orientação sexual Em tudo o mais são seres humanos. Com todos os defeitos e virtudes que são apanágio de qualquer Ser Humano.
Li, hoje mesmo, no FB um comentário de um indivíduo, de quem já nem lembro o nome, a propósito do facto de os autarcas de algumas das principais cidades europeias como Paris e Berlim, serem homossexuais assumidos. Dizia o dito indivíduo sentir-se muito ofendido com esse facto e afirmando que parece que estamos na selva.
Mais um que tem teias de aranha no lugar de neurónios, mais um cuja mente parou no passado.
Mais uma vez parabéns e um abraço de amizade
Eu ainda não li o artigo no SOL, não tenho por hábito lê-lo...
ResponderEliminarMas sinceramente, o que me tem parecido, é que em vez de o boicotarem, está a ser feita uma grande publicidade a ele.
Porque por exemplo eu fiquei com vontade de ir a correr ler o artigo.
Liberdade de expressão, liberdade de viver, não é mesmo?
Concordo contigo.
Abraço
http://www.rabiscosincertossaltoemceuaberto.blogspot.com/
Paulo
ResponderEliminarestamos na mesma onda; só leio o que escreve o AJS, quando a asneira é tanta que transborda dos leitores do Sol para a parangona dos restante media, como é o caso.
Abraço amigo.
Olá Fernanda
ResponderEliminarobrigado pela tua visita.
Este "troglodita", candidato ao Nobel é um "study case" do jornalismo português.
Quando deixar de escrever terão que inventar um cromo, pois só um cretino escreve assim.
Beijinho.
Lear
ResponderEliminarvamos lá a esclarecer um ponto prévio e importante: o texto não é meu, é de Helena Araújo, e precisamente por achá-lo muito lúcido aqui o transcrevi.
Quanto ao que dizes ter lido no FB sobre o facto dos presidentes das câmaras de Berlim e Paris serem gays, é pena não terem completado a informação com o facto da presidente da república da Islândia ser lésbica, assim como gays são o ministro dos estrangeiros da Alemanha e outros ministros de diversos países europeus. E não o são porque se diz que são, mas sim porque eles o assumiram publicamente e no caso dos PC de Paris e Berlim, antes de se sujeitarem a eleições.
Para quando em Portugal algum político terá a coragem de fazer o mesmo? E sabe-se (ouve-se pelo menos dizer), de vários, alguns até com destaque na vida partidária dos últimos tempos. Claro que ninguém tem nada com isso, mas evitava terem que votar na AR, sobre matérias que contrariam a sua orientação sexual - e não me refiro só àquele que todos estamos a pensar...
Abraço amigo.
Zé
ResponderEliminarse queres ler o artigo, basta clicares na chamada de atenção aqui no blog.
Eu também sou pela liberdade de expressão e contra boicotes deste género, mas ao contrário de ti, acho que não vem mal ao mundo que este artigo seja por este meio publicitado, pois quanto mais pessoas o lerem, mais conhecedoras ficam da cretinismo do seu autor.
Abraço amigo.
Estão a dar-lhe importância a mais. Esse tipo deve ser mal resolvido. É assim. Um abraço pinguim
ResponderEliminarOlá Astor
ResponderEliminaré um prazer "ver-te" por aqui; infelizmente não tenho acesso ao teu blog, e mesmo se tivesse, sendo privado, não pode constar no Google Reader, pelo que não te tenho seguido, como gostaria.
Quanto ao AJS, infelizmente ele deve ser daqueles que preferem ser falados, mesmo mal, do que ser ignorados, o que talvez te dê alguma razão.
Abraço amigo.
De novo, concordando com "Rabisco".
ResponderEliminarSou outra não leitora do Sol e também não me vou dar ao trabalho de ler o artigo em questão. Acredito que deve haver algo mais importante e interessante para ler...
Simplesmente Excelente! Não só no conteúdo como na comparação do próprio estilo de escrita adotado por ambos. Sim, o Sr. do Sol certamente será do ramos das ciências experimentais, como eu, denotando significativas dificuldades de expressão e tendo escrito um artigo completamente descontextualizado dos nossos tempos.
ResponderEliminarAbraço.
Rosa
ResponderEliminarpodemos concluir que não é com "prosa" deste tipo que o Sol vai aumentar tiragens.
Beijinho.
Paulo
ResponderEliminartomara esse senhor do Sol chegar às tuas clarividências escritas e conceptuais...
Abraço amigo.
Eu sou a favor da liberdade de expressão, querem casar, façam-no, querem separa-se? façam-no também...
ResponderEliminarIgualdade de direitos acima de tudo
Enfim, o Sol no seu melhor
Um abraço
Já tinha lido, e tal como tu não posso boicotar visto nunca o ter comprado. Mas vindo de quem vem, este artigo não me supreende, esse Sr. é a Manuela Moura Guedes do jornal impresso.
ResponderEliminarA unica musica adequada a esse tipo de gente é mesmo aquela da Lily Allen... Fuck you... Fuck you... Fuck you very very muuuuuch...
Independentemente do tema em si, creio que o que ressalva neste e noutras intervenções de outras figuras públicas sobre este e outros temas, é que existe um determinado grupo de pessoas que vive dentro de uma redoma e recusam-se a sair dela. O único contacto que tiveram com a realidade foi quando eram novos e nessa altura tinham que conviver com diversas realidades. Na fase adulta o seu contacto com o mundo ficou confinado à comunicação social e ao seu grupo de amigos. E acham que o mundo continua tal como eles o deixaram.
ResponderEliminarHá anos, por exemplo, tivemos um caso desses, quando perguntaram ao nosso presidente da república a razão que o tinha levado a conceder um indulto a um homem acusado de pedofilia. Nessa altura tinha rebentado o caso casa pia e dez dos treze arguidos do processo eram acusados de práticas ou envolvimento em casos de pedofilia. A justificação que ele evocou foi que não estava sensibilizado para o assunto, esquecendo-se ele dos casos que tinham trazido a Bélgica para as primeiras páginas dos jornais alguns meses antes!! Este caso do jas é mais um caso de “falta de sensibilidade”. Se um dos seus filhos ou netos lhe comunicasse que ía casar com alguém do mesmo sexo, aí ele já teria tempo para “se sensibilizar” para a questão e nessa altura de certeza que iria aconselhar-se com alguns dos seus amigos gays que diz ter!...
Não admira portanto as posições que algumas figuras públicas têm sobre determinados assuntos sobre os quais não têm qualquer sensibilidade. Como não fazem parte da sua redoma opinam e por vezes admitem não perceber aquilo que outros apreenderam há décadas. E todos nós já temos ouvido as barbaridades que algumas figuras públicas proferem acerca da eutanásia, aborto, ….
Por isso, em vez de devolver ao jas alguns dos “mimos” que aqui li, prefiro antes dizer que existem determinadas pessoas que a mim não me assistem!...
Talvez o mais estranho neste artigo de opinião é ele ser inserido na rubrica “política a sério”!!
Já fiz um post sobre este pedaço de arrogância e ignorânica que é este senhor. Completamente fora da realidade
ResponderEliminarFoi bom que o José António Saraiva tivesse escrito o que escreveu... porque ele revelou agora o que pensa de uma forma que não deixa qualquer dúvida!
ResponderEliminarConcorde-se ou não, pode-se dizer que ele é estúpido, ignorante, preconceituoso e tudo o mais a que tem direito, mas pelo menos aqui não terá sido hipocrita!
O que ele não revelou ainda foi o motivo que o levou a escrever um artigo de opinião num jornal nacional sobre um caso trivial que é da esfera da vida privada de outras pessoas.
O que eu sinceramente não percebi, e confesso que não me interessa perceber, que frustação, recalcamento ou confusão mental leva a um jornalista com tantos anos de carreira (até aqui com algum prestígio) a pegar num pequeno caso de desentendimento conjugal e, a partir dele extrair conclusões que roçam o absurdo!
Confesso que me ri imenso com o seu artigo. Não sei se estará ao nível do humor dos Gatos Fedorentos, mas que é um texto fedorento é!
Será que José António Saraiva não encontrou nada de mais importante no País e no Mundo para ele abordar. Parece que para ele afinal, os assuntos ligados a uma temática que se prende com a vida dos homossexuais assumem a maior importância do mundo!
Já houve tempos que o admirei enquanto jornalista e comentador político, agora que já é sexagenário em vez do amadurecimento próprio da idade, vejo apenas decadência! Fiquei triste.... mas simultaneamente contente por ter graças a ele ficado a conhecer um belíssimo texto de um blog até aqui desconhecido para mim! Obrigado João! Um abraço!
Luís
Ainda tanto preconveito, tanta ideia-feita, tanto medo da diferença! O "Sol" é um pasquim sem honra...
ResponderEliminarAbraço
O sol lê-se mais aí nessas bandas... sabe-se lá porquê...Nunca li esse jornal, por isso faço minhas as palavras (excelentes diga-se) da Helena Araújo!! O homem tem problemas pronto... fui ler o texto e ainda li os comentários dele, piores que o texto!! Acredito, infelizmente, que esta atitude de espanto(??) perante uma separação de um casal de homossexuais casados recentemente, terá eco em várias franjas da sociedade, quando precisamente, é apenas mais um, indício de que são relações, e casamentos, em tudo, iguais aos demais... :) Beijinhos. Até vim antes do dia 1, viste?, rrssss
ResponderEliminarSérgio
ResponderEliminarno seu pior, queres tu dizer, que aliás é o normal num jornal dirigido por JAS.
Abraço amigo.
TUSB
ResponderEliminarolha que há mais além deste e da MMG!
Junta-lhe o Mário Crespo, o José Manuel Fernandes, a Felícia Cabrita e outros mais e tens quase uma equipa de futebol...
Abraço amigo.
Corre
ResponderEliminarjá tinha saudades dos teus comentários, sempre muito ponderados e correctos.
Talvez seja como dizes, mas essa falta de sensibilidade de AJS neste tipo de assuntos não tem qualquer justificação, pois sendo ele um individuo ligado à comunicação social, não se pode "resguardar" nessa redoma de vidro de que falas, a não ser que seja mesmo um preconceito, o que é muito grave num homem director de um semanário que quer ser alternativa ao Expresso.
Abraço amigo.
Lyn
ResponderEliminarresta saber as causas desta posição dele: convicção ou apenas falta de sensibilidade misturada com preconceito?
Beijinho.
Luís
ResponderEliminaro teu comentário está um pouco na linha do de Corre; só que chegas à única conclusão possível - este homem é um "caso perdido" no jornalismo nacional.
Abraço amigo.
Justine
ResponderEliminarum jornal é sempre o espelho do seu corpo redactorial, principalmente do seu director.
Considero o caso do "Sol" muito mais grave do que o do "Correio da Manhã", pois o semanário tem pretensões de público que o matutino nunca teve.
Beijinho.
Eva
ResponderEliminarbom regresso, embora este Outono vá ser muito difícil; e depois ainda nos aparecem cromos destes a "abrilhantar" a festa...
Beijinho.
Soube do artigo através de uma publicação de que não me recordo e achei extremamente infeliz e de mau gosto. Eram evitáveis aqueles disparates todos, pese embora o facto de vivermos numa sociedade que preza a liberdade de expressão.
ResponderEliminarE, assim como tu e como muitos, não boicotarei o SOL apenas porque... não o leio! :)
Abraço, my dear. ^^
Mark
ResponderEliminarcomo numa sociedade democrática se preza a liberdade de expressão, do mesmo modo tem que se arcar com a responsabilidade daquilo que se escreve e também se preza a liberdade da critica, num plano muito mais vasto que o subjectivo.
Simplesmente lamentável.
Abraço amigo.
faz Domingo uma semana estive a actualizar o E. sobre esta questão toda que ele estava completamente à nora, ainda estivemos em conjunto a ler este post.
ResponderEliminarAté tinha ideia que se tratava de uma jornalista, só depois vi que era um blog pessoal...que só ganha mais mérito.
Ima
ResponderEliminarhá blogs pessoais que mostram uma riqueza imensa, quer nas ideias,quer nas palavras - é o caso da Helena Araújo.
Inversamente há jornalistas que envergonham a classe a que pertencem - é o caso do AJS.
Abraço amigo.