sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Taxar os ricos - (um conto de fadas animado)

Depois de ver esta animação, que não retrata a situação do nosso país, mas ajuda a compreendê-la, talvez se perceba melhor o porquê de tantas afirmações repetidas até à exaustão por esta cambada que nos governa, tais como a famigerada "não há alternativa"; também se percebe melhor o que significa o "custe o que custar" obcessivo do indivíduo que quiseram pôr a (des)governar-nos. E principalmente se entendem ainda melhor as palavras de um conhecido banqueiro acerca da forma como o povo reage a tanta austeridade: "ai aguenta, aguenta!"
Mas quando o povo quer, não precisa de partidos políticos, nem de sindicatos - ele próprio se congrega e mostra a força da razão, como o fez em todo o país a 15 de Setembro.

16 comentários:

  1. Francisco
    faz-nos pensar se devemos continuar a aguentar, aguentar, aguentar...
    Abraço amigo.

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  2. Um vídeo bem elucidativo, feito com "bonecos" muito realistas.
    O outro acha que o povo aguenta, porque não sabe a força que pode ter a revolta de um povo oprimido e desesperado. Sabes, João? Até tremo só de pensar que sendo o ser humano um animal de hábitos, se acomode, e voltemos a ficar como que hipnotizados, sem conseguir reagir e esta nova forma de ditadura.

    Reconheceste bem a minha irmã, não foi, João? Quando publiquei a foto pensei em ti por duas razões: a terra que te deixou tão boas recordações e por saber que irias identificar a mulher do malogrado Carlos Fazenda.
    Ainda há poucos dias atrás a minha irmã me falou na enorme consideração e respeito que o marido sentia pelo senhor Humberto, teu Pai. Acho que em relação ao teu tio as coisas eram um pouco diferentes, mas não percebi bem a razão.
    Se a visses agora, não a reconhecias, de certeza.
    Beijinhos.

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  3. Janita
    vamos por partes.
    No que respeita ao post e ao vídeo, não concordo contigo quando dizes temer que o povo se acomode pois além de não haver nada de hipnótico nas medidas governamentais há uma diferença grande em relação aos tempos da ditadura: podemos falar!!!
    E basta que nos capacitemos, sei que não é fácil, que também podemos agir.
    Ir contra maiorias democraticamente eleitas não é algo muito acessível, eu sei, mas lá voltamos ao problema de sempre: as mentalidades.
    Tivesse o PS um secretário geral à altura e de certeza que a imensa maioria que quer este governo na rua, também quereria eleições imediatas.
    Quanto à tua foto, reconheci, de facto e de imediato, a tua irmã. E ela tem toda a razão em estabelecer diferenças entre as maneiras de ser do meu Pai e do meu tio. Porque pensas que eu e os meus irmãos saímos da empresa, alguns, poucos anos após o falecimento do meu Pai?
    As empresas familiares poucas vezes resultam, a médio prazo.
    Beijinho.

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  4. 2012 a terminar e qual é o balanço? desemprego, mais pobreza, cortes no estado social, os ricos mais ricos, a comunicação social amordaçada. vamos ver o que sairá da grande fusão anunciada ontem.
    2012 abriu caminho para um 2013 terrível, não sei onde vamos parar. o outro disse 'ai aguenta, aguenta', até a bolha rebentar. o povo é sereno, passivo, comodista, mas tem limites.
    e o senhor de belém não fará nada... quero dizer, atirará uns bitatites pelo facebook.
    bjs.

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  5. Margarida
    só mesmo os ricos, os banqueiros e os patetas acreditam que este governo escolhendo a via que escolheu e mantendo-a sem desvios, seguindo à risca e até ultrapassando os ditames duma troika, que até a soberania nos alienou, que chegaremos a resultados positivos.
    O que se vê hoje é, claro que sim, resultado de políticas passadas, a começar em Cavaco Silva (é bom não esquecer) e continuadas por Guterres, Barroso e Sócrates, mas principalmente da ineficácia da execução das medidas de austeridade tomadas, que levam a uma recessão galopante e a uma estagnação e até ao recuo dos objectivos económicos.
    Vamos caminhando para o abismo, e ninguém faz nada?
    Beijinho.

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  6. realmente, postas assim as coisas, na sua expressão mais simples e essencial, é ainda maior o sentimento de injustiça e de revolta.
    por razões que não vêm ao caso, mas que certamente serão sentidas por muitíssimos outros compatriotas, tenho a sensação de que me estão a tentar arruinar. eu tento ter a minha vida, e a subsistência dos meus familiares, controlada, e só dependo de mim e do meu esforço para o fazer, mas sinto que me estão a cercar para me levar à ruína.
    é horrível: muito desanimador e sobretudo preocupante quanto às perspectivas futuras.

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  7. A maior revolta vem com algumas declarações dadas por determinados indivíduos aos órgãos de Comunicação Social... O povo aguenta? Aguentarão eles, não quem vive de uma parca reforma e ainda vê os seus direitos congelados.

    Há fome em Portugal; há cada vez mais miséria. Não consigo compreender como é que este Governo consegue ser indiferente a isso! Fala-se da Troika, mas, enfim, renegociem a dívida.

    Espera-se que Cavaco Silva promulgue o Orçamento de Estado... Expectável, tratando-se dele.


    abraço :3

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  8. Miguel
    tu, eu e toda a gente estamos a ser cercados, como dizes.
    Vejamos, o meu caso: tenho uma reforma de merda, é certo, mas não tenho quaisquer compromissos bancários: casa própria, carro, com um consumo mínimo pois se meto 30 euros por mês já é muito, enfim, sem gastos supérfluos, o que me vão tirando (injustamente) até nem é muito.
    Mas quando vejo o que me rodeia, fico indignado, principalmente com as consequências do desemprego. Famílias num total desespero, casos gritantes de miséria e a solidariedade social, a institucional, a não ligar nada, os bancos a quererem o que é deles e os políticos a continuarem a rir alarvemente como faz o Relvas quando aparece na TV.
    É demais para mim. Revolta-me tanto que anseio por um fim desta merda toda, seja como for...com todas as consequências, pois pior parece não poder estar.
    E falta-me a fé para esperar dias melhores, quando vejo um presidente senil e amedrontado, um líder da oposição perfeitamente idiota, e o regresso de práticas que me lembram muita coisa da altura da ditadura.
    Desculpa o desabafo.
    Abraço amigo.

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  9. Mark
    claro como a água que Cavaco vai promulgar o OE; depois envia-o para o Tribunal Constitucional por suspeitas (certeza) de inconstitucionalidades. O TC vai dizer que sim, tal como há uma ano, que as há, mas que devido a estarem já implementadas, só em 2014 serão revistas, para não prejudicar o "normal" processamento em curso.
    Processo esse que se não for revisto nos conduz ao descalabro, com uma espiral de recessão, do desemprego, da baixa do consumo e outros efeitos reais da austeridade implementada e que só o governo não vê, ou pior, não quer ver.
    Há quem diga, e eu não sei se não será verdade que isto é uma forma de pôr em prática uma ideologia do tipo comunista, mas de direita.
    De qualquer forma é perfeitamente catastrófico.
    Abraço amigo.

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  10. João que dizer mais sobre esta cambada? Já o disse e repito, Salazar ao pé deles vira Santo. Ando sem palavras. Beijinhos

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  11. Mary
    é quase um paradoxo, mas é verdade.
    Beijinho.

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  12. João,
    Estou 100% de acordo com o teu post de 16 de Dezembro de 2012 12:33.
    Isto já não se aguenta e não sei como vai acabar, mas presumo que irá terminar da pior forma para a maioria dos portugueses! Pior que tudo: já não há esperança! Estes .... nem sei que nome lhes dar, roubaram-no-la!


    Um abraço com amizade.

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  13. Lear
    é o pôr em prática do que há muito advogo na blogosfera: a troca de pontos de vista através dos comentários.
    Apenas lamento que a maioria das pessoas se demitam de emitir as suas opiniões, quando os temas são sobre política; repara na escassez de comentários comparativamente a postagens muito mais pueris...
    É assim, num post como este, que eu dialogando com os comentadores (no caso que apontas, com o Miguel) eu acabo por ampliar imenso o pequeno texto que acompanha o vídeo.
    E ganha afinal o post, pois esté é o conjunto daquilo que eu escrevo, mais aquilo que vocês, comentadores dizem e fazem dizer.
    Abraço amigo.

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  14. Acho o video, para o que se compromete, bem elaborado. Parece narrado como um conto, não de fadas, mas de f*das, em que os prejudicados são sistematicamente os mesmos.
    Fazendo um pequeno paralelismo, invediu-me recentemente um certo ódio por um ator que até prezava, Depardieu, que numa bem conseguida evasão fiscal, infelizmente completamente legal, se pôs a enaltecer as características democráticas e de igualdade russas. Oxalá não volte a arranjar trabalho tão depressa.

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    Respostas
    1. Um coelho
      eu sei que estou cá no fim, e depois vem tudo junto, hehehe...
      Mas às vezes cpmpensa o atraso, como neste caso,pois na altura em queescrevi o texto sobre este vídeo ainda não era conhecido o caso Depardieu, que é muito bem referenciado por ti.
      Claro que o senhor é livre de defender os seus bens, mas escolher a Rússia eos mafiosos que a governam? Enfim.
      Mas na França de Hollande ainda há a coragem de taxar "forte e feio" estas fortunas, enquanto cá continuamos a permitir que os ricos sejam cada vez mais ricos. Estes novos impostos recaem mais sobre a classe média rica, do que propriamento sobre os ricos; e mesmo assim, estes, que nas primeiras medidas de austeridade não tinham sido "incomodados", agora queixam-se que não podem mudar de carro topo de gama todos os anos ou têm que desistir de uma ou outra viagem à Tailândia, ao Perú ou de fazer menos compras em Nova York...
      Abraço amigo.

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