Não é meu hábito fazer transcrições de textos de outros blogs, e ainda menos, integralmente, embora já o tenha feito uma ou duas vezes, a última foi de um texto do
Volto a fazê-lo agora e justifico-o por duas razões, ambas fortes: a primeira, é óbvia, porque se trata de um texto muito bom, bem escrito, actual e com o qual concordo por inteiro. A segunda, porque o blogue que a publicou – “Natcho Box” – é um blog interessantíssimo, a que muito pouca gente parece prestar atenção; pelo menos, parece-me ser eu o único comentador, o que é uma pena, pois o seu autor, um jovem estudante do Porto, parece-me dotado de uma grande cultura e personalidade e tem um âmbito alargado de temas, alguns tratados ao de leve, com frases certeiras e curtas, outros, como o da música, que eu nunca comento, por desconhecimento apenas, bastante desenvolvidos, e de vez em quando com uma exposição fotográfica apurada e exaustiva de certas figuras masculinas que são da sua preferência (eu tenho outros gostos, mas por isso o mundo não cai); enfim, é um blog que merece uma maior divulgação e é com o maior prazer que aqui o apresento.
“É um facto reconhecido o recente fenómeno do crescimento do racismo/xenofobia nos países da Europa Ocidental. Tal fenómeno é visível na crescente visibilidade dos partidos de extrema-direita. O caso da liberal Holanda é prova disso. Mas será que esse súbito (?) crescimento será assim tão recente? Quais as razões que potencializam essa subida da extrema-direita em países tão liberais, como por exemplo, a Holanda?
Detesto iniciar um texto com um cliché mas, em certa parte, é uma realidade: a História é cíclica e tende-se a repetir.
Basta olharmos os factos históricos em todas as suas dimensões – cultural, social, económica – para nos darmos conta que os eventos históricos, no que se refere às ideologias (conservadora/liberal) que transportam, não obedecem a uma linhagem contínua mas antes a uma espécie de ondulação, ora reaccionária, ora libertária.
Da libertinagem sadia dos impérios greco-romanos à ascensão do cristianismo (que se aproveitou e muito bem, das invasões bárbaras), da ascensão do cristianismo e do surgimento da idade das trevas (Idade Média), com tudo a que isso tinha direito (Inquisição, por exemplo) ao Renascimento, do Renascimento à expansão marítima nacionalista dos impérios europeus (com Portugal e Espanha lá no meio), da expansão nacionalista à indagação dos cânones pré-estabelecidos, ao confronto ciência versus religião (O “Contrato Social” de Rosseau), do Absolutismo barroco (Napoleão, Luíses qualquer coisa) ao Iluminismo e à Revolução Francesa (Liberdade, Igualdade, Fraternidade), da Revolução Francesa e da queda do Ancient Régime aos nacionalismos bárbaros que desencadearam a I Grande Guerra, da I Grande Guerra à Belle Epoque dos anos 20 (a emancipação da mulher, o álcool, o jazz, o cabaret burlesco), da Belle Epoque à crise económica e financeira do Wall Street em NY, 1930 (o pico da II Guerra Mundial) trazendo consigo a ascensão do nazismo italiano e alemão (Salazar
Do Holocausto aos movimentos de contracultura dos anos 60 nos USA (movimento dos direitos civis de mulheres, negros, homossexuais; descontentamento face à guerra do Vietname; ascensão do flower power hippie com os Beatles e Rolling Stones a darem uma ajuda).
Dos movimentos de contracultura à iminência da ameaça nuclear da Guerra Fria, da Guerra Fria à libertinagem sexual dos anos 80 (o punk e o disco de mão dadas, o sexo hardcore e a sida). Já nos anos
É uma visão estruturalista, eu sei, mas faz algum sentido. Esse sentido nas coisas nos levanta uma questão crucial: o que é que o futuro nos reserva? Não vou recorrer da Maya para pressupor uma série de coisas mas posso sempre tentar.
Ficamos no ponto da
A crise do Wall Street dos anos 30 estabeleceu as condições necessárias para a ascensão do nazismo na Alemanha e na Itália. Uma análise mais crítica e desconstrutivista permitia-nos concluir que um dos culpados dessa crise foi o capitalismo mas não. A população estava demasiada revoltada e não tinha tempo para reflexões, precisava de respostas rápidas, urgentes, concretas e eficazes.
A somar a essa realidade, uma população sem emprego, pobre, descontente, revoltada precisava de um bode expiatório. De preferência, um grupo minoritário que contrarie a norma dominante. Hitler sugeriu um: os judeus.
Hitler não era burro. Os judeus tinham jeito para os negócios, logo, dinheiro (aliás, esse é um dos estereótipos mais comuns associados aos judeus, naquela época). De referir que o estado alemão precisava de dinheiro para concretizar os planos militaristas do seu tresloucado líder, na sua ganância para conquistar o mundo.
Curioso que os novos yuppies do século XXI sejam agora os homossexuais (a importância crescente do comércio rosa e as críticas do extrema-direita aos homossexuais chamando-os de lobby – como o lobby judeu –), mas os homossexuais tem essencialmente uma imagem, deveras, clean e capitalista para serem o alvo preferencial dos grupos neonazis actuais embora a crescente mobilização e aquisição de direitos fundamentais para os homossexuais como o de casar e o de constituir família torna-os uma ameaça (preservação da família tradicional, valorização do aspecto biológico para a manutenção da herança genética).
Continuando nos judeus. Se dantes eram os judeus, agora é a Islamofobia que guia cegamente os movimentos neonazis. Aumenta o fosso sociedade decente (= ocidentais; não árabes) vs sociedade primitiva (= muçulmanos).
A crise faz reaparecer os discursos pró-salazaristas. Basta irem de bus e reparam. Discursos como “esses imigrantes vêem para aqui roubar os nossos empregos” são o prato do dia. Eles são sempre os responsáveis pela crescente onda de violência (carjacking, crimes da noite, assaltos violentos a joalharias, supermercados, farmácias, bancos e estações de serviço) mesmo que os estudos nos provem o contrário.
Em suma, as crises económicas potencializam discursos reaccionários de direita. Mesmo que perante as evidências a possibilidade da culpa seja do capitalismo desregrado e irresponsável. Mesmo que os estados não hesitem, um segundo se quer, a nacionalizar os bancos para salvaguardarem a economia.
Não há valores morais quando a base para a manutenção dos mesmos falta (Já viram o filme “O Senhor das Moscas”?), e essa base é o dinheiro. É o dinheiro que nos gere muitos dos nossos comportamentos, quer queiramos quer não. O dinheiro representa o acesso aos bens essenciais e sem esses bens a nossa vida/existência está comprometida. Por isso toca a atacar os imigrantes (como se os imigrantes não representassem mais de 10% do nosso PIB ou como se existissem milhões e milhões de portugueses noutros países, nomeadamente, França ou Canadá).
A mentalidade conservadora (direita e Religião) está fortemente enraizada na dimensão da Natureza e essa dimensão tem que ver com o mito das origens (Adão e Eva). Qualquer mudança é um perigo. Representa uma reviravolta com o estabelecido. Cheira e sabe a futuro. Expressões comuns, normalmente, em pessoas mais idosas, como “no meu tempo é que era”, leva-nos ao passado, ao primitivismo cavernoso. Transporta-nos a Adão e Eva. Brancos, heterossexuais e com o homem, à imagem e semelhança de Deus, a liderar o processo da evolução (Eva surge depois e é ela a culpada do pecado da imperfeição, da desobediência, do acesso à liberdade individual).
A realidade biológica é fruto de todo o tipo de preconceitos. Há um século não se pensava que os negros eram incapazes de ter o mesmo nível de intelectualidade de um branco só porque tinha uma cor de pele diferente? Para depois se descobrir que o problema era cultural… Mesmo que, hoje em dia, a ciência comprove que há mais genes que separam o ser humano branco do ser humano nórdico do que o homem branco e homem negro, há sempre qualquer coisa a dizer que não parece que seja assim.
Chegou-se a argumentar que as mulheres não poderiam votar porque estariam muito ligadas à metafísica, logo não sabiam discernir a Razão (que o Homem possuía em doses modestas) da Emoção (Mulheres – Reprodução – Natureza – Deus).
A esmagadora maioria das pessoas têm determinados preconceitos e estereótipos que, de certa forma, são necessários q.b. mas não se pense que isso sirva para legitimar ódios infundados. Quando não temos consciência deles nem capacidade de desconstrução aí é mau.
Temos que ter espírito crítico e inconformista para escavarmos fundo e perceber como as coisas (inclusive os factos históricos) foram meramente contingentes. Não é esse o espírito que sempre caracterizou a esquerda liberal? Quantos Galileus têm que ser mortos para percebermos isso?
De facto, tomando como linha de raciocínio a minha frase acima mencionada: a História é cíclica mas nós podemos fazer com que ela nunca mais se repita.”
Pinguim e já agora o autor do texto :)
ResponderEliminarA história tem de facto tendência a apagar das memórias o aterrador e a fazê-lo regressar sob novos trajes. também estou muito inquieta com a progressão da extrema-direita na Europa, isto num mundo apaziguado por um maravilhoso Obama. temos que estar de facto sempre alerta.
beijinhos
Tudo se resume ao "MEDO", se as pessoas tiverem medo são mais fáceis de serem controladas.
ResponderEliminarÉ fácil de entender o Porquê da extrema direita estar a ganhar força na Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha, França entre outros.
Um breve resumo do Porquê:
Durante a segunda guerra mundial, foram mortos judeus, prostitutas, pobres, pessoas com os ideias diferentes, amigos que denunciavam amigos com falsos testemunhos e muitos gays, lésbicas e transexusais. Como a Holanda, Bélgica e Luxemburgo são países pequenos e vizinhos da poderosa Alemanha. Assim que acabou a guerra fizeram um acordo(Benelux)inicias dos 3 países, para não voltarem a serem invadidos.
Quem viu a Lista de Schindler? Este filme narra 1% das atrocidades contra todos os que estiveram nos campos de concentração, independetemente de serem judeus ou não? os judeus que lá foram parar foi por denuncia de próprios judeus. O Hitler nunca disse para se matar judeus.
Dizem que foi roubado ouro aos Judeus e aos outros? Só os judeus é que tinham dinheiro?
O que está acontecer agora com os mulçumanos é que estes casam com as raparigas nacionais para obterem a nacionalidade. Engravidam nas e tem em média 6/7/8 filhos senão mais. As raparigas são vendidas a outros mulçumanos para obterem a nacionalidade e os filhos vão para o exercito do país de origem. A mãe que é de origem europeia é enviada para o país de origem do marido e os laços são cortados com a sua familia na europa. Este é um dos maiores problemas sociais actuais da Holanda, Bélgica e Alemanha entre outros.
Para além de sustentarem estes parasitas com os subsidios e mais alguns beneficios e tem de sustentar os países da união europeia e o caso mais evidente é Portugal, para onde são enviados milhões de euros e aí compra-se ferraris.
Eu pago impostos para voces comprarem ferraris?
os alemães nos dias de hoje ainda tem uma divida perante os judeus e quem paga aos belgas as vacas, as galinha, os patos etc que serviram de alimentação aos Nazis?
O Holandês, Belga ou Luxemburgues não quer dinheiro, porque o dinheiro não paga a vida tirada de um filho, pai, mãe etc.
A história repete-se e podemos mudar? claro que sim mas depende da vontade de cada um.
Abraço
MiguelBA
Antes de comentar os amáveis comentários que se seguem, recusei publicar um comentário anónimo, não porque fosse ofensivo, longe disso, mas por uma questão de princípio; eu sei que estar lá um "nick" ou um Zé ou uma Maria, vem dar no mesmo, mas individualiza o comentário.
ResponderEliminarOlá Popelina
ResponderEliminara mim, parece-me que o texto é do próprio Nacho (pelo menos assim vem assinado) e pelo que dele conheço é perfeitamente coincidente com a sua maneira de pensar.
Este texto para além da componente de um futuro pouco risonho, políticamente falando, vai mais além e historia algumas das causas.
Vale a pena lê-lo com atenção.
Beijinho.
Olá Miguel
ResponderEliminaros factos que apontas na realidade actual dos países do Benelux, podem explicar muita coisa, e vocês vivendo aí são observadores priveligiados, mas não explica tudo; o problema da imigração de cidadãos muçulmanos ou não muçulmanos nos países ricos da UE existe, mas também existe nos países menos ricos, como o nosso. É um fenómeno mundial que está a afectar muitas regiões (veja-se o caso EUA/México); e tem que ser resolvido sem medidas ou políticas extremistas, potencialmente muito perigosas. Estes partidos de extrema direita são contra tudo o que são minorias, quer sexuais, quer rácicas ou de outros géneros.
E quanto ao Hitler não lhe interessar o extermínio dos judeus, não estou de acordo contigo; então onde entronca o espírito da raça ariana?
É um assunto que dá pano para mangas, mas que na minha modesta opinião, não se pode generalizar baseando-o em casos pontuais; é uma onda que está a "encher" e que, quanto a mim, é explosiva potencialmente.
Abraço amigo.
Tiveste o caso do Pim Fortuny que era gay e que foi assassinado por dizer basta aos emigrantes mulçumanos, devido ao problema social que eles representam.
ResponderEliminarOs EUA não são exemplo para ninguem, Se não fosse New York, Las vegas e Miami, os EUA eram mais um país da américa latina.
A raça ariana apareceu como a necessidade de um povo bonito que unisse a beleza dos nordico, loiros de olhos azuis e robustos como os noruegueses e latinos. Este era a ideologia que depois foi deturpada. O hilter tinha tudo dessa raça? claro que não, ele queria uma raça que não morresse aos 50/60 anos e que se falasse apenas uma lingua em toda a europa. Claro que nas maiorias existem depois os abusadores que se aproveitam para abusar desse poder que detem.
É verdade com as experiencias horriveis que foram praticadas descobriu-se muita coisa. Mas não continuam a ser praticadas nos dias de hoje? O que eu mais gosto é de ouvir as palavras dos cinicos e hipocritas que falam mal dos nazis mas que usam muita maquilhagem? Então e as experiencias com animais e com doentes mentais que ninguem quer saber?
Só quem passou por uma guerra é que sabe os horrores que é e entende a palavra da solideariedade e de fazer o bem ao próximo para que não se volte a cometer erros do passado.
Podemos não mudar o passado mas podemos não voltar a cometer os mesmos erros.
Abraço
MiguelBA
é por isso que tremo sempre que penso numa aliança PSD/CDS-PP a voltar ao poder... espero que os portugueses tenham juizo, mas duvido.
ResponderEliminarÉ um lindo texto, parabens ao autor, e obrigato a ti por divulgares.
Abraço
Meu caro Miguel
ResponderEliminardesculpa-me mas neste caso estamos em campos diversos; tu vens-me com exemplos isolados que de forma alguma se podem generalizar. Claro que o Pim Fortuny era gay , dirigente de um partido de extrema direita e foi assassinado; o que é que isso prova? Que há gays nesses partidos? Pois há, há-os em todos os lados, e ainda bem. Mas que esses partidos são completamente homofóbicos é uma verdade; que os Skins se satisfazem em matar ou pelo menos agredir é um facto!
A tua frase sobre a América, prefiro esquecê-la e olha que eu sou bastante anti-americano (não confundir com anti-Bush, que isso éramos todos). Sei que os EUA são um "melting pot" de variadas raças em que o predomínio da raça branca vai sendo substituído pelas raças latinas e negras e qual é o problema? O Obama é mestiço e ainda bem, representa a própria América. Agora o exemplo das 3 cidade que apontas, não o entendo; N.York é o exemplo mais concreto do tal "melting pot"; Miami, com a concentração de refugiados cubanos, deve ser das cidades americanas com mais latinos; só Las Vegas, construída de um sonho de um milionário no meio do deserto pode ser considerada uma excepção, pois é realmente uma "ilha" nesse "melting pot".
Quanto à raça ariana, ou como lhe queiras chamar, raça que não morresse aos 50/60 anos e que falasse toda a mesma língua, concordas com isso?
Claro que todos os horrores cometidos pelos nazis, e não foram só o extermínio em massa dos judeus, espero que nos dêem suficiente juízo para os não querermos NUNCA MAIS!!!!
Meu bom amigo, não quero polemizar este assunto e sempre sou de opinião que em casos de política e de religião devemos respeitar opiniões alheias; já disse o que disse e não quero ser mal interpretado; prezo acima de tudo a amizade.
Abraço amigo.
Caro Swear
ResponderEliminareste assunto é muito mais abrangente do que o caso português, mas claro que estou de acordo contigo no receio que tal coligação se venha instalar no nosso país. Uma das primeiras consequências é que tudo o que ansiamos no que respeita aos direitos LGBT iriam cair em saco roto...
Portanto, e embora concordando com o mais que justificado cartão amarelo ao Governo, nas eleições europeias, o voto nas legislativas tem que ser e deve ser reformulado, não só da parte de muita gente que votou nos partidos de direita, mas até no número de votantes no Bloco; toda a gente sabe que o resultado eleitorado do Bloco está inflacionado por questões muito particulares destas eleições; são um partido simpático, e necessário, mas algo utópico em termos de governação efectiva.
Abraço amigo.
Desculpa se não me fiz entender. Claro que os gays estão em todos os lados e ainda bem que assim seja.
ResponderEliminarQuanto ao Obama, foi bom ser eleito para mostrar que os emigrantes podem vingar no país que os recebe e que podem ir mais longe do que se estivessem no seu país de origem.
Eu sou filho de pais emigrantes e quando conheci o Francisco conheci o que era ser emigrante em "Bidon Ville". Eu cresci no Luxemburgo e sei o que é ouvir na primeira pessoa os horrores de quem perdeu um familiar/amigo num campo de concentração por ter um gosto diferente.
Identifico-me mais nos dias de hoje com a direita por alguns motivos:
A) Eu pago impostos atrás de impostos para dar dinheiro a países mais pobres e depois estes comprarem Ferraris e Porches
B)Eu concordo com todos os subsidios e mais alguns para ajudar os mais necesitados e na realidade estes emigrantes(mulçumanos) vendem as filhas e os filhos vão para campos militares para andarem a por bombas aqui e ali.
C) Eu não conheço a realidade de emigração em Portugal, mas se eu digo aqui que sou Cristão, sou considerado um fanático e não respeito os outros, mas as mulheres andam de véu e de burka e ai da escola ou do professor diga alguma coisa. Então eu quando vou a um país mulçumano não sou obrigado a respeitar as leis de lá? então eles quando vem para cá, só tem direitos? e as Obrigações e Deveres?
D) Sim, sou a favor de uma lingua comum no espaço da união europeia e que todos tenham os mesmos Direitos, Deveres e Obrigações. Muitos só gostam de ter Direitos...
Abraço
MiguelBA
P.S- Ainda bem que todos temos pensamentos diferentes e podermos os partilhar. Assim se começa uma amizade. O principio do respeito e aceitar o outro como é...
O que te posso dizer é que a Economia é cíclica, quanto à história tenho a minhas dúvidas, é certo que o ser humano evolui mas isso não o impede de cometer os mesmos erros.
ResponderEliminarSe há algo que não muda, é a tendência de catalogar o ser humano pelas mais diversas razões, seja pelo sexo, raça...por aí fora.
Abraço,
Carlos
O ser humano teima em não aprender com os erros. Basta olhar para a destruição que estamos a infligir ao nosso planeta, nada fazemos para o evitar...
ResponderEliminarParece-me a mim que ao ser humano interessa sim o poder a qualquer custo...
Abraço!
Caro Miguel
ResponderEliminarhá uma coisa em que nos entendemos em toda esta questão e que é a mais importante: ter opiniões diferentes até é salutar, desde que a palavra tolerância faça parte dos nossos dicionários, o que é um facto.
Eu respeito perfeitamente quem é de direita e até posso concordar com alguns dos teus argumentos para o seres; mas não te esqueças, embora a noção de patriotismo, hoje em dia, não esteja tão vinculada aos valores de antanho, que continuas a ser português e a exprimir-te na língua portuguesa...
A questão dos muçulmanos tem que ser vista sob dois prismas diferentes:a religião em si, com o seu livro sagrado, o seu Deus e o seu profeta, que eu respeito como respeito qualquer outra religião, e os fanáticos religiosos, que em nome da sua religião, não hesitam em matar e matar-se e a praticar actos e costumes que não entendo nem acho próprios dos tempos em que vivemos; aí, estamos do mesmo lado da barricada, mas não confundo a profunda e até tocante religiosidade dos muçulmanos, como pude observar agora na Tunísia.
Mais uma vez, um grande abraço.
Fica bem.
Carlos
ResponderEliminareu gosto muito de História e também não acredito nos ciclos históricos; quando muito, a História adapta.~-se aos grandes ciclos da vida...
E, isso sim, concordo em absoluto que o racional ser humano, parece perder toda a razão quando na sua evolução repete grisseiramente os erros do passado; é disso que o texto fala, é disso que eu tenho medo.
Abraço grande.
Amigo Lampejo
ResponderEliminarentre os enormes erros que o ser humano hoje vai praticando, assume particular importância e perigosidade, a ignorância com que se trata o nosso planeta; somos egoístas e hipotecamos o futuro dos nossos filhos, infelizmente.
Abraço amigo.
Ora bem já hoje tinha começado a ler o texto mas por falta de tempo não pude fazer comentário! E agora com um pouco de mais li tudo e vou comentar.
ResponderEliminarOra bem, tudo o quanto sei da historia da humanidade aprendi na escola ou apenas por curiosidade, mas nem tudo o que lemos na net ou até mesmo em livros é a verdade.
Sim lá que existiu o holocausto ninguém tem dúvidas, nem muito menos as experiencias que Hitler mandava fazer, que nem só Judeus foram mortos e torturados também e verdade.
Que existe um ascensão de estrema direita? Pois deve ser verdade se em Portugal ela também cresce porque é que os outros países vão ser diferentes? Por serem mais liberais? Lol deve ser para rir! Se são nesses mesmo países que existe as maiores descriminações…
Erros humanos… uiii se vamos enumerar não vão ter blogues disponíveis para tudo! Sim somos irresponsáveis todos os dias nos nossos comportamentos! Estamos a mudar e verdade mas penso que não vamos a tempo, isto é nós não estaremos cá para ver mas muito provavelmente nos próximos séculos irá ser como nos filmes Mad Max, a luta pelo petróleo, a lei do mais forte ganha! O que não é muito diferente de hoje.
Bom texto do “Nacho” e muito bom teres publicado Pinguim. E sempre bom comentar temas social que dá que pensar e refletir.
já agora para problemas ambientais vejam o filme “Home” está na Fnac por 5 € em dvd.
Caro Panicman
ResponderEliminarObrigado pela tua colaboração, quanto a mim muito correcta no comentário que fizeste.
Já vi o vídeo "Home" que está disponível no You Tube e que é imperdível, claro.
Abraço amigo.
Em resposta ao teu comentário do bitoque... Não há nada por estes lados que lhe chegue à borda do prato!
ResponderEliminarAté da comida estou cansado... E as alternativas são tão poucas!
É que eu não gosto de sushi!!!
Angelo
ResponderEliminarimagino que não será só da comida que terás saudades...
Eu não sei se aguentaria.
Abraço amigo.
CR/51
ResponderEliminarAntes de mais, estes comentários deviam de estar no blogue original, mas já que existiu a amável divulgação deste, pena é que se tenha mantido as letras vermelhas, que me causaram tantas dificuldades de leitura.
Parabéns ao autor, pela preocupação das FOBIAS, sejam elas quais forem.
“Fecha a porta quem vem frio lá de fora
Diz o coxo, ao despernado…”
EMIGRANTES DA QUARTA DIMENSÃO ( CARTA A J.C.)
JOSÉ MÁRIO BRANCO
A minha família do lado materno, espalhou-se por este planeta.
Um tio partiu para o Brasil. Casou com uma “nativa”.
Deu-me 7 primos luso-descendentes.
Outro fixou-se n’América, depois de ter vagueado pelo Brasil e “na França”, para onde levou os 3 filhos nascidos cá. Um casou com uma porto-riquenha e deram-me 2 segundos-primos.
Um deles casou com uma cubana.
Outra casou, e descasou, com um brasileiro de gema. Deu-me uma segunda-prima “lusa-brasileira-americana”. A outra casou com um Alemão ( será ariano?) e foram para Manila, com uma “luso-germano-americana “.
Mais acima, no Canadá, outro tio, fixou-se com os seus 2 filhos nascidos na Beira, portugueses-de-áfrica, com diziam quando eram miúdos.
Segundos/terceiros-primos, n’América, Canadá, “na França”, …
Nada que nos 500 anos de império colonial, não tivesse sido feito por um punhado de “pseudo-marinheiros”, que entretanto se formaram em alto mar e foram espalhando o seu sémen nos úteros das nativas.
Ora fruto paixões escaldantes, ora utilizando os úteros como meros ejaculatórios, à força ou “deixa-lá-ver-como-é-que-o-homem-branco-faz-ao-brincar” deitados em cima de mim e não de cócoras, como sempre fizemos.
“olha vamos chama-lhe posição-de-missionário?”
É verdade, que também pilhamos, massacramos, humilhamos, em nome de DEUS, mas como não podemos nem devemos ver tudo pela MESMA BITOLA, em África foram também muitos os que respeitaram e abraçaram os seus irmãos.
Há casos e casos e TODOS os atentados à dignidade humana devem ser denunciados, como as lapidações, excisões, circuncisões, e muitas outras
“ões”.
Ainda há emigrantes portugueses no sentido clássico do termo?
Ainda há emigrantes no sentido clássico do termo?
FOBIAS NUNCA MAIS! XENO’s/HOMO’s
PS1: anónimos, afinal tinha razão em não abrires excepções;
PS2. parabéns pela Mísia.
CR/51
CARLOS
meu caro, só me apraz dizer que o recrudescer da direita, dos extremismos, fanatismos, fobias et caetera são um muito mau indício. augura que poderão ter que morrer muitos mais galileus. até porque a ser humano tem péssima memória... sobretudo quando perde a noção da História, i.e., do passado e se agarra a princípios que nem deveriam ter a oportunidade de existir.
ResponderEliminarabraços!
corrijo: obviamente não é "a ser humano", mas "O ser humano".
ResponderEliminarOlá Carlos
ResponderEliminarAs excepções confirmam as regras e tu sempre assinaste como CR/51, o que individualizou o comentário de há semanas; e não se fala mais no assunto.
Quanto aos comentários deverem estar no blog do autor, eu deixei lá o meu, concordando com o texto, mas como disse o blog não é muito divulgado, o que me fez também chamar aqui a atenção para ele; a letra a vermelho, foi assumida directamente como o "copy and paste"; peço desculpa do incómodo.
O exemplo que contas - Emigrantes de quarta geração - explica quase tudo sobre a emigração e a integração étnica; claro que a emigração de hoje nada tem a ver com a emigração do passado, mas não devemos deixar de pensar nela, nos seus múltiplos aspectos.
Quanto às fobias, estamos conversados,porra!!!!
A Mísia foi posta não totalmente por acaso, mas porque a meu ver é também uma emigrante...da música!
Abraço amigo.
Paulo
ResponderEliminarcomo quase sempre, as palavras que deixas poderiam ser escritas por mim; por isso limito-me a registá-las e a agradece-las.
Abraço grande
Neste momento vai-me faltando o tempo para comentar, mas creio que farei um pequeno esforço e também irei tecer algum comentário no blog original; não quero, no entanto, deixar de te agradecer a difusão destes blogs, os quais são muito bons, e cuja visita é enriquecedora; mas, mau grado meu, vai-me faltando a capacidade para os visitar. Talvez, no futuro, que me parece ainda ser algo longínquo, o consiga!
ResponderEliminarSendo eu uma mistela rácica (que eu saiba, boa parte de mim é árabe, outra, não menos importante, judaica, e, para não acabar por aqui, sobra-me mais umas costelitas negras, excluindo as que eu não sei), e tivesse eu vivido no ínicio (não sobreviveria muito para lá do início) do período hitleriano, teria sido de imediato votado ao primeiro campo que existisse; com sorte, a história talvez não se repita da mesma maneira!
Parece-me antes que o seu desenvolvimento se dá segundo um movimento helicoidal.
Mas é uma conjectura muito pessoal e completamente falível, porquanto não está alicerçada na pesquisa científica.
Grande abraço
Manel
Manel
ResponderEliminartu és em ti mesmo um "melting pot"!
Finalmente alguém aqui teve uma palavra simpática para o Nacho e para o seu blog, que bem o merecem.
O tempo, meu amigo, vai-se encontrando sempre, exceptuando-se aqueles que o perdem de vez...
Abraço grande e amigo.
Um texto muito bem escrito, com rigor.
ResponderEliminarPara reflectir, a curto e longo prazo.
Olá Paulo
ResponderEliminarConcordo, em absoluto, com o que afirmas.
Abraço amigo.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
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