Deste realizador já tinha visto há tempos um outro interessante filme sobre um transsexual, realizado em 2001 e cujo nome era "Hedwig - A Origem do Amor".
Situado na cidade de Nova York, um grupo heterogéneo de heteros, gays e transsexuais encontra um terreno comum no Shortbus, um salão subterrâneo onde as pessoas são livres para explorar os seus mais carnais desejos sexuais com conexões aleatórias e orgias ao longo da noite - às vezes até encontrar pedaços de sabedoria ao longo do caminho.
O excelente elenco de personagens de "Shortbus" atrai poderosamente o espectador em cada uma das vidas dos personagens e problemas. Sofia (Sook-Yin Lee), uma terapeuta sexual que nunca teve um orgasmo, busca maneiras de superar o seu "pré-orgástico" dilema, que afecta profundamente o seu casamento. James (Paul Dawson), tem uma depressão antiga e vai ao extremo da tentativa de suicídio quando não consegue sentir a felicidade com o seu parceiro amoroso e dedicado, Jamie (PJ DeBoy); foram monogâmicos durante os cinco anos da sua relação, mas resolvem trazer um terceiro elemento para compartilhar o sexo com eles.E há um voyeur do outro lado da rua que vai registando todas estas fases da sua vida.Há também Severin (Lindsay Beamish), que ganha a vida a trabalhar como “dominadora”, mas que pretende ter um relacionamento significativo com alguém - qualquer um.
Sim, o sexo na tela é real. E há muito. Mas em vez de exibir cenas sexualmente explícitas para o bem da excitação barata, "Shortbus" é provocativo com um propósito real. Nós não estamos em Hollywood.
Enquanto o sexo é um ponto de foco principal no filme, não é o único. "Shortbus" lida com todas as formas de relações humanas. Não salientando uma forma sobre outra, mostra como a amizade, sexo e amor sempre se misturam.
Numa conversa interessantíssima, um homem velho que se identificou como o ex-prefeito de Nova York, diz ao jovem e ingénuo Ceth (Jay Brannan): "As pessoas vêm a Nova York para fazer sexo mas as pessoas também vêm a Nova York para ser perdoadas ". Isto também pode ser válido para quem optar por ver este filme.
O excelente elenco de personagens de "Shortbus" atrai poderosamente o espectador em cada uma das vidas dos personagens e problemas. Sofia (Sook-Yin Lee), uma terapeuta sexual que nunca teve um orgasmo, busca maneiras de superar o seu "pré-orgástico" dilema, que afecta profundamente o seu casamento. James (Paul Dawson), tem uma depressão antiga e vai ao extremo da tentativa de suicídio quando não consegue sentir a felicidade com o seu parceiro amoroso e dedicado, Jamie (PJ DeBoy); foram monogâmicos durante os cinco anos da sua relação, mas resolvem trazer um terceiro elemento para compartilhar o sexo com eles.E há um voyeur do outro lado da rua que vai registando todas estas fases da sua vida.Há também Severin (Lindsay Beamish), que ganha a vida a trabalhar como “dominadora”, mas que pretende ter um relacionamento significativo com alguém - qualquer um.
Sim, o sexo na tela é real. E há muito. Mas em vez de exibir cenas sexualmente explícitas para o bem da excitação barata, "Shortbus" é provocativo com um propósito real. Nós não estamos em Hollywood.
Enquanto o sexo é um ponto de foco principal no filme, não é o único. "Shortbus" lida com todas as formas de relações humanas. Não salientando uma forma sobre outra, mostra como a amizade, sexo e amor sempre se misturam.
Numa conversa interessantíssima, um homem velho que se identificou como o ex-prefeito de Nova York, diz ao jovem e ingénuo Ceth (Jay Brannan): "As pessoas vêm a Nova York para fazer sexo mas as pessoas também vêm a Nova York para ser perdoadas ". Isto também pode ser válido para quem optar por ver este filme.
"Shortbus" permite-nos saber que gays, heterossexuais, transexuais, bissexuais, qualquer que seja a nossa orientação sexual, nós todos só queremos é sentirmo-nos aceites.
É "Shortbus" provocador? Sim. É explícito? Sim! Mas isso é extremamente positivo e libertador nos tempos “politicamente correctos” que hoje vivemos.
Eu chamaria a este filme, numa imagem adequada à temática dele, um orgasmo de Vida!
Aqui está o trailer do filme
E também um vídeo da magnífica cena final do filme
Além deste trailer, há um outro, não censurado, com cenas explícitas, e que por razões óbvias aqui não publico. Deixo no entanto o link em que o podem visionar, caso queiram e claro, a responsabilidade desse visionamento é vossa...
É um excelente filme sim senhora... já o vi a algum tempo!
ResponderEliminarum filme excelente, sem dúvida. pena que o JCM faça tão poucos filmes. eu acho que ainda gostei mais deste do que do Hedwig. talvez um filme menos indignado, menos zangado, mais mais acutilante e subversivo. lembraste-me que tenho de o rever um dia destes, pois já lá vão uns tempitos.
ResponderEliminarabraço
Eu o assisti há alguns anos e o considero maravilhoso. Principalmente por tratar "sexo" como qualquer outra coisa... explícitamente, sim, mas de uma forma tao natural que nao é em nenhum momento "chocante" ou "ofensiva". Recomendo muito este filme que desenvolve ao meu ver uma nova linguagem para o cinema. Bravo!
ResponderEliminaré um filme fabuloso!
ResponderEliminarabraços
Nuno
ResponderEliminareu é que cheguei atrasado ao filme. Há anos que o tinha aqui, mas só agora o vi.
Abraço amigo.
Miguel
ResponderEliminaracima de tudo, o que me surpreende mais é que depois do "Shortbus" ele não tenha feito senão um filme, "Rabbit Hole" (aliás muito bom, segundo parece), em 2010.
Foi o seu primeiro filme em Hollywood, onde fugiu ao "underground", que caracterizaram os seus dois primeiros filmes.
Abraço amigo.
Ricardo
ResponderEliminaré isso que me maravilha no filme: as cenas de sexo, mesmo as orgias, e algumas bem explícitas e detalhadas, estão lá não gratuitamente, mas porque é necessário que assim seja; temos que nos habituar a ver o sexo, não como um tabu, mas como uma das coisas mais fundamentais da vida humana.
É o que este filme consegue fazer, e de uma forma natural.
Beijo.
Paulo
ResponderEliminarem vossa casa, mostraste-me o DVD do filme e tenho ideia que ainda vimos uma ou outra cena; e já foi há uns anos, recordas-te? Mas falavas do filme com um enorme entusiasmo.
Abraço amigo.
sim, de facto é um dos meus filmes preferidos (e se puder falar pelo Zé, também é dos preferidos dele), um dos filmes da vida justamente por ser, como dizes, um "orgasmo da vida".
ResponderEliminarabraços
Eu vi-o no cinema e adorei-o.
ResponderEliminarÉ uma visão muito progressista da sexualidade moderna, que só escandaliza os puritanos.
Paulo e Zé
ResponderEliminarperguntei a mim mesmo se estaria correcto chamar ao filme um orgasmo da Vida; ainda bem que me vejo apoiado.
Abraços.
Maldonado
ResponderEliminaros puritanos e os mal intencionados!
Abraço amigo.
Não fazia ideia que ainda não tinhas visto o filme, podia ter levado o dvd numa das minhas visitas.
ResponderEliminarJá o vi possivelmente umas 7 vezes já que faço questão de o mostrar e emprestar a quem não conhece. É o único filme que conheço que apesar de conter cenas de sexo explícito, mostra bem que está longe do teor pornográfico e mais próximo da forma educacional, sem descurar no interesse e humor.
E depois ainda fica mais interessante porque conheço um dos rapazes no filme. ;)
Félix
ResponderEliminareu tinha, e tenho o CD com o filme, em casa há muito tempo já, mesmo antes de te conhecer.
Mas só agora o vi no Telecine.
Gostaria de o ter visto contigo, até porque me contarias qual o rapaz que conheces e em que circunstâncias o conheceste.
Abraço amigo.
É de facto um grande filme. Pessoalmente, filmes experimentais não são muito o meu gosto.
ResponderEliminarMas ele trabalha as personagens do filme muito bem e não sei sabes a forma pouco usual como ele tratou as personagens e fez o casting. É muito inspirador.
Filipe
ResponderEliminareu não chamaria a este filme um filme experimental, mas sim um filme independente.
Um filme experimental é do tipo daqueles do Bruce La Bruce, chatos, abstractos e a armar em "intelectualóides".
Shortbus é tudo menos isso, tem um tema, é concreto, não tem é os grandes estúdios de Hollywood por de trás dele, nem nomes sonantes na interpretação.
Desconheço o que contas sobre o casting e fiquei curioso.
Abraço amigo.
na minha lista "things to watch"
ResponderEliminarSpeedy
ResponderEliminarjá estava a ficar angustiado pois já toda a gente tinha visto o filme menos eu.
Já o vi, agora é imperioso que o vejas tu.
Abraço amigo.
então se desconheces como foi feito, com o original, os extras têm um filme elucidativo do processo (o Sinest3sico, ou nós - acho que foi esse te vos mostrámos!!!). também vale a pena, claro.
ResponderEliminarVi na estreia. É um filme bastante interessante, sobretudo pelas cenas explícitas, muito pouco comuns em filmes mainstream.
ResponderEliminarAbraço
Paulo
ResponderEliminarsim, eu lembro-me que vocês tinham o DVD original; se o Félix quando cá vier não o trouxer peço-te o DVD emprestado...
Abraço amigo.
Luís
ResponderEliminartens toda a razão, e sem complexos de espécie alguma.
Abraço amigo.
Desculpa, sim é de facto independente.
ResponderEliminarChamo-lhe experimental por causa da narrativa que não é linear... tem traços linear e depois vai experimentando.
O realizador pediu num site filmes onde as pessoas falavam das experiências sexuais mais importantes para elas. Os actores deram aspectos da própria vida na criação das suas personagens.
Por exemplo, a personagem da mulher principal, que procurava ter um orgasmo se não estou em erro falou no tal vídeo de como lhe foi difícil descobrir o seu corpo.
Ou seja, os actores ajudaram a escrever a história do filme.
BOm, os filmes do Bruce La Bruce também são experimentais... mas é por isso que sou grande fã da narrativa linear de hollywood (verosimilhança acima de tudo ^^).
Abc
Filipe
ResponderEliminarainda bem que estamos de acordo.
Sabes, sou um apaixonado por cinema e poderia estar a horas a falar sobre o tema.
Este filme não é linear, realmente, mas acaba por, no final conseguir compor o "puzzle" das suas variadas componentes...
É a característica primeira dos filmes independentes, que não têm que estar sujeitos aos imperativos dos produtores.
Hollywood já não é assim, e aí a linearidade narrativa é fundamental, com honrosas excepções.
Já o experimentalismo, de que dei como exemplo o canadiano Bruce La Bruce, não me diz rigorosamente nada. A arte abstracta no cinema resulta mal.
E há o cinema europeu, que é uma agradável simbiose da tal linearidade narrativa com a perspectiva inovadora e libertadora de saber envolver os argumentos.
A trindade italiana Felinni, Antonionni e Visconti, deu-nos, na minha opinião o expoente máximo do cinema como Arte.
É por nos permitir falar em tudo isto, que "Shortbus" é um filme excepcional.
Abraço amigo.
Sem dúvida um dos filmes mais libertadores, modernos e refrescantes que já vi.
ResponderEliminarRecomendo vivamente.
Abraço
Caro X
ResponderEliminaracho que depois destas opiniões todos convergentes, quem ainda não viu o filme (se há alguém?) vai mesmo ver o filme.
Abraço amigo.
Eu gostei do filme por estar no limbo do documentário, em algumas situações, e sobretudo por não ser moralista. Já o vi seguramente há um ano, mas lembro-me bem de algumas personagens. O que é bom sinal, este tempo todo depois!
ResponderEliminarUm abraço!
Eu vi o filme, mas num gostei lá muitinho não :S num faz mto a minha onda
ResponderEliminarBlog Liker
ResponderEliminaré daqueles filmes que não esquecem muito facilmente.
Através do sexo e sem cair no mau gosto, vai-se muito além, nas relações afectivas e até humanas.
Abraço amigo.
A.Menina
ResponderEliminaré bom encontrar diversidade de opiniões; se toda a gente gostasse do mesmo, era uma chatice, eheheh...
Tenho a impressão que deixei um comentário no teu blog, no post errado...O comentário refere-se à postagem "Homens"# 1.
Beijinho.
Ora bolas! E nem uma linhazinha, ainda que pequenina, sobre a banda sonora!... Então digo eu: comprem, descarreguem, façam o que fizerem, mas ouçam-na!!
ResponderEliminarCorre
ResponderEliminartens toda a razão; foi uma falha minha, pois é excelente.
Também é para colmatar estas falhas que os comentários são importantes.
Obrigado!
Abraço amigo.
Assim que aqui entrei e li o titulo do teu post, percebi logo que tinhas comentado o post errado xD
ResponderEliminarA. Menina
ResponderEliminarpois eu fiquei na dúvida, porque o sítio para comentar no teu blog é em cima perto do post seguinte...
Beijinho.
Ainda não vi. O tempo falta-me cada vez mais para fazer o que gosto. Tenho que arranjar um dia com, pelo menos 48 horas. Adoro cinema e já há muito tempo que não vou. Logo que possa verei. Beijinhos
ResponderEliminarMary
ResponderEliminargostava MUITO de saber a tua opinião sobre este filme.
Beijoka.
Vi este filme já há bastante tempo, e adorei cada minuto, desde os chocantes minutos iniciais até ao fantástico apogeu final. É uma boa altura para o rever, e o mostrar ao meu P. ;-)
ResponderEliminarAmigo Coelho
ResponderEliminarestou completamente de acordo, até porque é um filme para se ver "a dois".
Abraço amigo.