A sessão de abertura teve um filme à altura, pois tendo este festival como tema a transgressão, poucos filmes poderiam representar esse tema como "Uivo" (Howl), de Rob Epstein e Jeffrey Friedman, com James Franco no papel do poeta Allen Ginsberg - este filme estreia quinta feira no circuito comercial; casa cheia, noite muito agradável sob todos os aspectos.
Dos filmes seleccionados para a melhor longa metragem de ficção, vi até agora cinco, e todos eles com motivos de interesse: "Looking for Simon", uma produção franco-germânica sobre um jovem desaparecido que a mãe procura na companhia do seu ex-namorado; o chileno "Mi último round" sobre a vida de um pugilista e do seu jovem amante, passado numa Santiago cinzenta e chuvosa, triste como o filme, mas com interesse pois não entra nos clichés dos filmes gay; o tão esperado "Ausente", um filme argentino, de que gostei francamente sobre a situação entre um aluno e o seu professor de educação física, que vão jogando ao "gato e ao rato" no seu relacionamento (um caso interessante de debater será se a homossexualidade do professor só se manifesta perante a situação causada ou se já havia antecedentes); um filme alemão, ao mesmo tempo divertido e muito sério sobre o problema da mudança de género - "Romeos", e finalmente o filme deste grupo que mais me seduziu: "Rosa Morena", um co-produção entre o Brasil e a Dinamarca, que relata a ida a S.Paulo de um homossexual dinamarquês a fim de comprar um bebé para adoptar, de uma rapariga grávida que se torna um problema difícil. Não é um filme de tema LGBT, mas sim um drama que tem uma personagem gay - é um filme terno e duro, que para mim será um forte candidato a ganhar o festival
Quanto a documentários, vi um muito interessante filme alemão "Silver Girls". sobre a vida de três prostitutas berlinenses e a forma muito natural como encaram a sua profissão mostrando o seu dia a dia e até a sua vida familiar: um outro filme com interesse, "Mia, a japonese icon", um dos artistas de entretenimento japoneses mais conhecidos; e um filme tailandês, verdadeiramente mau,"The Terrorists".
Vi um filme da secção especial, que gostei bastante, "FIT", sobre uma turma de dança que se torna numa quase terapia para alunos desadaptados no que respeita à sua homossexualidade ou à forma como a vêem.
Ainda antes de falar nas curtas metragens,uma palavra para um longo e chato filme porno americano, que não aguentei até ao fim - "Leave Blank" e outra para um dos melhores momentos do festival: a peça da companhia espanhola "Sudhum Teatro" que se chama "Silenciados", com cinco magníficos intérpretes, e que representam o assassinato de cinco tipos de pessoas, pelo preconceito contra a homossexualidade - um prisioneiro gay num campo de concentração nazi, um activista LGBT, uma transsexual, um católico gay, cheio das contradições entre sexualidade e religião, e um jovem vítima de bullyng.
Uma encenação simples , mas muito conseguida e a inserção de conhecidas músicas muito oportunamente.
Eis um vídeo sobre esta peça
Finalmente, as curtas metragens, das quais poucas vi ainda, tendo gostado muito de uma que já conhecia "Blokes" da Argentina, de uma bastante má, brasileira, "Duelo",;de uma sofrível alemã,"Beardead Man", de uma idiota israelita, "The Wanker"; e de uma estreia do português Luís Assis com o sua interessante "10 Dias (sem bater)".
Guardo para o fim, o momento mais transgressor deste festival: a curta de animação "Judas & Jesus", que é tudo menos um filme gay, mas é verdadeiramente "hard", e que justifica plenamente o aviso para adultos no início do blog. (um aviso - se tiver algum preconceito para algo que atente contra a religião é melhor não ver o vídeo); mas se o vir vai-se rir com certeza...
No final do festival,cá estarei com mais novidades.
Quanto a documentários, vi um muito interessante filme alemão "Silver Girls". sobre a vida de três prostitutas berlinenses e a forma muito natural como encaram a sua profissão mostrando o seu dia a dia e até a sua vida familiar: um outro filme com interesse, "Mia, a japonese icon", um dos artistas de entretenimento japoneses mais conhecidos; e um filme tailandês, verdadeiramente mau,"The Terrorists".
Vi um filme da secção especial, que gostei bastante, "FIT", sobre uma turma de dança que se torna numa quase terapia para alunos desadaptados no que respeita à sua homossexualidade ou à forma como a vêem.
Ainda antes de falar nas curtas metragens,uma palavra para um longo e chato filme porno americano, que não aguentei até ao fim - "Leave Blank" e outra para um dos melhores momentos do festival: a peça da companhia espanhola "Sudhum Teatro" que se chama "Silenciados", com cinco magníficos intérpretes, e que representam o assassinato de cinco tipos de pessoas, pelo preconceito contra a homossexualidade - um prisioneiro gay num campo de concentração nazi, um activista LGBT, uma transsexual, um católico gay, cheio das contradições entre sexualidade e religião, e um jovem vítima de bullyng.
Uma encenação simples , mas muito conseguida e a inserção de conhecidas músicas muito oportunamente.
Eis um vídeo sobre esta peça
Finalmente, as curtas metragens, das quais poucas vi ainda, tendo gostado muito de uma que já conhecia "Blokes" da Argentina, de uma bastante má, brasileira, "Duelo",;de uma sofrível alemã,"Beardead Man", de uma idiota israelita, "The Wanker"; e de uma estreia do português Luís Assis com o sua interessante "10 Dias (sem bater)".
Guardo para o fim, o momento mais transgressor deste festival: a curta de animação "Judas & Jesus", que é tudo menos um filme gay, mas é verdadeiramente "hard", e que justifica plenamente o aviso para adultos no início do blog. (um aviso - se tiver algum preconceito para algo que atente contra a religião é melhor não ver o vídeo); mas se o vir vai-se rir com certeza...
No final do festival,cá estarei com mais novidades.
Espectacular essa curta do Judas & Jesus! Abraço.
ResponderEliminarAndré
ResponderEliminarpor alguma razão a guardei para o final do post.
Foi das melhores coisas que vi até agora no Queer deste ano.
Abraço amigo.
Parece-me que estás a ver coisas muito boas. Infelizmente ainda não vi tantos documentários como queria.
ResponderEliminarDevo acrescentar à tua lista o Spork, Fjellet (apesar do que possas ouvir dizer, acho encantador) «, Shut up Little Man!, Gender Trouble.
Não gostei muito do ausente, odiei a curta Exercício nº3, odiei o Working on It (no qual adormeci).
Silenciados... ainda não tenho palavras para conseguir descrever a emoção que tive ao ver a peça.
Filipe
ResponderEliminareu não alinho muito pelo cinema experimental, pelo que alguns títulos de que falas,nem os seleccionei.
Já ouvi boas críticas ao Fjellet, que infelizmente perdi. Não vi os que odiaste e claro adorei o "Silenciados" e principalmente aquele actor do bullyng (my God!)
Abraço amigo.
Um resumo muito bom que nos dá uma perspectiva dos filmes que viste. Estaremos por aqui para ler o resto. Beijinhos
ResponderEliminarUma boa crónica, com certeza. Gostei da curtametragem Jesus/Judas, mas verdadeiramente é uma coisa atrevida e fez bem em avisar: talvez teria deixado de vê-la se não for a tentação do pecado.
ResponderEliminar;-)
Pinguim,
ResponderEliminarPerdoa-me por ter aproveitado o vídeo Judas&Video para o "repostar" no meu blog. De facto, é excelente.
Tenho muita pena de ter acabdo por decidir ir ver o Ausente em vez de ter optado pelo Silenciados. Acho que teria sido uma experiência bastante mais plena, tendo em conta as minhas exectativas.
Mary
ResponderEliminarassim será...
Beijinho.
Kaplan
ResponderEliminarpor vezes, transgredir, sabe tão bem...
Abraço amigo.
PIRII
ResponderEliminarA blogosfera é uma partilha, meu caro; porque haveria de me aborrecer? Antes pelo contrário.
Teria sido a melhor opção, a troca que mencionas, sem dúvida.
Abraço amigo.
Gostava de ter estado por aí :)
ResponderEliminarLuís
ResponderEliminarou melhor, de estar, pois hoje, amanhã e sábado ainda há festival.
Já ontem vi novas coisas e no final da semana falarei aqui sobre o resto.
Apenas te posso oferecer a curta que aqui tenho e te aconselho a ver "Uivo" que hoje se estreia...num cinema perto de ti...
Abraço amigo.
:) Muito boa a curta!
ResponderEliminarpinguim obrigada, obrigada, obrigada, és um amigo. Infelizmente às sextas feiras começo a viagem, lá para cima, às 16,30 até quase às vinte. Beijinhos
ResponderEliminarÉ mt boa a curta. E talvez ainda arranje tempo para ir ver qq coisa este fds.
ResponderEliminarE obrigado pela alerta de hoje ao fim da tarde, mas a essa hora estarei em viagem...
Eh pá, és um querido!! Kiss*
ResponderEliminarIlove...
ResponderEliminaré delirante e profundamente transgressora...graças a Deus!
Abraço amigo.
Mary
ResponderEliminarparece que repete, no princípio da madrugada...
Beijinho.
Sad Eyes
ResponderEliminarse queres uma sugestão, na sexta às 22 horas há um bom filme: "Contracorrientes".
Abraço amigo.
Lyn
ResponderEliminarjá sabia, hehehe...tu também és uma querida!
Mas amanhã à noite, "não te conheço de nenhum lado"!!!!!!!
Beijinho.
Vi UIVO, Pinguim. Gostei muito. O James Franco realmente está construindo uma bela carreira.
ResponderEliminarAbraços,
O Falcão Maltês
Uma excelente iniciativa na nossa Lisboa que não pára de crescer em qualidade e oferta!!
ResponderEliminarEu também já marquei presença!
Bons filmes :D
Eu vi sem preconceito e ri bastante!
ResponderEliminarObrigada pela lembrança do filme:)
Essa foto nova está tão querida... que lindo pinguim!
António
ResponderEliminarsim, é verdade, e com bastantes personagens gay...
Abraço amigo.
Dantins
ResponderEliminaré pena não vos conhecer para vos ter falado.
Ainda lá vou amanhã...
Beijinho.
Mz
ResponderEliminarnão podemos esquecer que é apenas um filme, mas já vi tanta coisa aqui na blogosfera sobre preconceitos, que é melhor avisar para não haver mal-entendidos.
Beijinho.
agradeço a sugestão. veremos :p
ResponderEliminarsad eyes
ResponderEliminarjá que andamos em período de sugestões o dito "Sunset Boulevard" é hoje à hora indicada e repete, penso que de madrugada.
Abraço amigo.
Olá Pinguim! há quanto tempo! Olha adorei simplesmente a curta-metragem. Achei-a fenomenal. Vou partilha-la no meu blog se não te importares :D
ResponderEliminarDos filmes do Queer só vi dois!
O FIT que achei que as situações poderiam estar mais bem desenvolvidas.
e o Howl que gostei... acho que o James Franco tem uma actuação muito boa e acho uma tremenda homenagem ao artista.
Olá Justpine
ResponderEliminarneste momento uma enorme dúvida me assalta: quem és tu? (não me respondas à "Frei Luís de Sousa").
No teu comentário escreves um enigmático "há quanto tempo!" e eu desconhecia totalmente este blog, que é muito recente (e super interessante); isso implica conhecermos-nos de outras paragens...
Por outro lado o teu nick é muito semelhante ao de uma "velha" amiga que há muito sigo e me segue com regularidade, pelo que tal frase não encaixa aí, e também os dois blogs não me parecem ter a mesma autoria...
Podes elucidar-me um pouco?
Quanto ao comentário em si, não desgostei do FIT, achei-o mais "adulto" que o Glee ou outras coisas do género, mas concordo que poderia ter ido mais longe.
"Uivo" é muito bom e acima de tudo está extremamente bem escolhido para abrir um festival que se quer "transgressor"; o poema que dá o nome ao filme é das coisas mais transgressoras que já foram escritas, principalmente se olharmos à época. James Franco mostra que é um actor brilhante e um homem muito criterioso, sendo a sua apresentação dos Óscares deste ano, um acidente de percurso. A carreira destes dois realizadores, Rob Epstein e Jeffrey Friedman fala
por si, como bem referes no teu texto sobre este filme.
Finalmente, a melhor coisa que se pode dizer sobre a curta animada, é mesmo partilhá-la!
O meu entusiasmo desta segunda parte do festival vai inteirinho para um filme absolutamente maravilhoso, o peruano "Contracorriente", mas disso falarei no domingo.
Abraço e espero dados sobre ti; o meu mail está aqui no blog...
Não tenho tido pachorra e/ou tempo para ir ao QLx... para ser honesto, fartei-me de "só" ver filmes GTM...
ResponderEliminarVIver filmes GTM seria bem melhor. :)
Mas a verdade é que vi "Einayim Petukhoth" ou (Eyes Wide Open) [http://www.imdb.com/title/tt1424327/] há dias e só posso dizer que é MUITO BOM.
(mais não posso porque iria influenciar)
Nuno
ResponderEliminartambém gostei muito desse filme, e aliás os realizadores israelitas têm muito bons filmes LGBT.
E eu digo mais, mesmo para influenciar: este filme vale a pena pelo tema e pelo intérprete, que é lindo.
E olha que eu não vejo só filmes LGBT; se vires, aqui no blog, o último filme que mereceu um post foi "Sunset Boulevard", que de gay, não tem nada.
Abraço amigo.
Qual intérprete: Zohar Shtrauss?
ResponderEliminarConcordo. :)
(Mas estive a ver outras fotos de outros filmes e na vida rela e a mística não estava lá.... Será que tenho uma queda para religioso ultra-conservadores sofridos co ma sua orientação sexual?)
Sim, é uma boa forma de influenciar, tal e qual como faria eme "Latter Days" (lá está... queda por religiosos sofridos :) :) :) ) mas o que queria dizer era que não queria falar sobre a história do filme.
Eu sei que tu não vês SÓ filmes LGBT... (tu até vês mais é filmes GLBT... tu trocas a sigla e esqueceste-te desta vez ;) ), o que eu disse é que EU deixei-me de filmes GTM. :)
(E ainda tenho alguns de tempos idos, para ver, mas a vontade pouca)
Amigo Nuno
ResponderEliminareu percebi onde querias chegar quando disseste que mais não dizias, e por isso eu falei no tema, mas não disse qual era...
Quanto ao actor, até era o Ran Danker, mas esse também podia ser, hehehe...
A troca das letras na sigla é muito comum em mim, mas o que interessa é que lá estejam todas, embora concorde contigo, prefiro o GTM (gay theme movie).
Gostaria muito que visses alguns filmes, como por exemplo o "Rosa Morena", que aqui podes ver o trailler e que quanto a mim, não é um GTM, mas sim um filme com um personagem gay, embora essa sua característica seja muito importante no decorrer do filme.
Vê se puderes o "Contracorrientes" que é um dos melhores filmes do género que já vi, e já que deste o exemplo de um filme israelita, vê os filmes do Eyton Fox - "The Bubble" é mesmo muito bom...e forte!
Abraço amigo.
O Bubble já vi... esteve no QLx, certo?
ResponderEliminarJá tou a sacar o outro...
Vinha agora para casa e vi dois Elders... MORENOS (quase latinos)!
Claro que fiz olhos a um deles... DUAS vezes! A boa da innerbitch :)
Nuno
ResponderEliminarnão mudaste nada; ainda bem...
Abraço amigo.
adorei esta curta, Judas & Jesus. deviam mostrá-las nas escolas, nas aulas de religião & moral.
ResponderEliminarabração
Bem me esforço para mudar... :)
ResponderEliminarComo sabia que o gajo não ia saltar para os meus braços... sim, porque a minha vida não é um GTM. :)
Miguel
ResponderEliminare projectá-la em écran gigante antes das missas papais...
Abraço amigo.
Nuno
ResponderEliminara mim não me enganas tu...
Abração!
Muito legal o vídeo! ri imenso.
ResponderEliminarBeijinho
Pat
ResponderEliminaré obrigatório rir; senão, não é normal...
Beijinho.