quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Vergonha

É esta Educação que queremos em Portugal?
É este exemplo de docência que desejamos?

39 comentários:

  1. Vi hoje cedo este vídeo, João. Um menino com tudo pela frente na vida, além de lindinho... e deu-me um aperto no coração ouvindo-o falar. Mas penso que deva ser um caso isolado, será que não? Já que ele disse não gostar de estudar e os professores percebendo a falta de interesse o desprezam ao invés de incentivá-lo. Agora jogam ele de ano em ano nas séries, será que não é isso?

    Portugal e seus filhos não merece isso!
    Beijinhos.

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  2. Isto é apenas uma ponta de um enorme icebergue, tenho a certeza... o que fica infelizmente é que um aluno não quer estudar - dá-se-lhe outra alternativa de vida. O professor ou professores que passam um aluno destes de ano, sem avaliação é que deve(m) ser responsabilizado(s) e castigado na medida exemplar, dando lugar a quem se esforça para que os alunos aprendam... há professores e professores e há alunos e alunos. Há é que saber diferenciar, e dar-lhes o lugar devido.

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  3. Isto descontextualizado é difícil comentar... apesar de concordar contigo na generalidade, este aluno obviamente tem grandes dificuldades, que não se resumem a ignorância e falta de estudo.. e provavelmente, tem sido integrado porque não pode ficar retido eternamente no básico... e então, o sistema leva em consideração que não adianta mantê-los todo o tempo da escolaridade obrigatória, com crianças mais novas... ou porque não tem quem dê apoio individualizado com ensino especial, ou porque simplesmente não faz diferença nenhuma... porque o aluno em outros tempos, desistiria da escola, hoje mesmo com dificuldades de aprendizagem, tem de lá permanecer. É que este caso, é um caso(parece-me, enfim...pelas respostas do miúdo) em que não se trata apenas de ir passando com negativas, devido a negligência nos estudos e laxismo do sistema de passagem de ano, mas verdadeiras dificuldades de aprendizagem que não foram acompanhadas... Agora, a atitude da docente é mesmo inqualificável... talvez por tentar justificar o que eu acabei de dizer em cima, não tenha sabido argumentar perante a insistência da jornalista. Há casos que não podem ser vistos à luz da generalidade dos casos sabes. Sei que querias denunciar o laxismo e falta de exigência presente nas escolas hoje em dia, e concordo contigo a cem por cento, mas talvez este, não seja um bom exemplo... Beijinho

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  4. Pat
    é um caso, não direi isolado, mas especial, visto o miúdo fugir à normalidade das crianças da sua idade; mas não será de todo isolado, pois é um exemplo das novas orientações que obrigam os alunos a transitarem de ano, após dois anos, penso eu no mesmo ano, se os pais não se opuserem...
    Beijinho.

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  5. Ricardo
    há quantos anos, a educação em Portugal é uma contínua base de experiências que têm como cobaias, alunos, professores e pais, anos e anos a fio.
    Todos os anos se alteram coisas, programas, currículos, modelos, eu sei lá e os progressos são fracos, demasiado fracos. Hoje ser-se professor é uma profissão de risco; os alunos não estudam, os pais demite-se da sua missão de educadores, enfim uma confusão total.
    Depois há estes exemplos, tristes, quer de uma criança totalmente desadaptada e que é "abandonada" ao sistema e uma professora que não dignifica a classe, antes pelo contrário.
    Abraço amigo.

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  6. Eva
    há aqui duas questões básicas: esta criança precisa não de ser "integrada" no sistema, pois o sistema nunca permitirá isso, mas sim ser alvo de um ensino especial, fundamental num país que se quer entender como desenvolvido.
    Quanto à professora, claro que nunca a porei como um exemplo da classe, mas que é um claro exemplo de um tipo de docência de "antolhos", isso é um facto e extremamente lamentável.
    Beijinho.

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  7. mas recordo, para quem não se lembra, de que este é o modelo Maria de Lurdes Rodrigues

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  8. só para três coisas: o comentário assinado Paulo era meu... entrei com a conta errada.
    2ª: aquela professora é uma energúmena e o que a avaliação docente faz é premiá-los - ela é somente a diretora do agrupamento (é referida na reportagem como presidente, mas esse cargo não existe).
    3ª: aqui está a reportagem completa que é sobre o analfabetismo em Portugal (é do início de 2011, acho eu) http://youtu.be/aKHZFD9xMbw

    abraços

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  9. Paulo
    obrigado pela disponibilidade do vídeo total, a concordância com a opinião sobre a docente e...claro, que não concordo com a tua opinião sobre pôr a "culpa" toda nos ombros da M.Lurdes Rodrigues; mas isso é uma discordância que já vem de longe e que não terá solução, como tudo isto que aqui vemos já vem de longe, muito antes da MLR...
    Abraço amigo.

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  10. só mais uma achega: o discurso da senhora professora é um decalque das políticas começadas no governo PS. o facilitismo pode ser anterior, mas este discurso centrado no aluno e no seu bem-estar é muito novas oportunidades: não interessa a substância ou os meios, mas os objetivos, i.e., os números do sucesso. a tendência foi sempre no sentido de não ser possível penalizar os alunos, por exemplo, pela (falta de) assiduidade ou pelo mau comportamento - o discurso transmitido e martelado aos professores que atribuíssem piores notas era que tudo deve ser permitido aos alunos porque são crianças. foi neste sentido que os alunos puderam faltar inconsequentemente, inclusive o menino da reportagem, e assim transitaram ano após ano. e as consequências têm-se multiplicado nos últimos dois, três anos duma forma que a maioria da sociedade ainda nem se apercebeu, mas que quando pedirem responsabilidade a estes jovens, não se admirem de eles só apresentarem direitos.

    abraços

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  11. Concordo plenamente com a Eva.
    Quanto à educação especial, infelizmente depende do funcionamento do grupo/escola e coordenação ;(
    Ainda neste ano, tenho um caso semelhante, entre cerca de 23 alunos. O novo programa de matemática é muito exigente pelo que todos os alunos, no caso da turma em questão, requerem o meu apoio. Sinto-me impotente (admito!) perante o caso que é considerado apenas como de adequações curriculares....

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  12. Paulo
    sabes que neste ponto, temos posições muito diferentes e não vale a pena esgrimir por isso; tu ficas com a tua razão e eu com a minha.
    Abraço amigo.

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  13. Paulo (Pereira)
    é pena não serem criadas condições que não sejam dependentes de condicionamentos locais ou logísticos.
    Abraço amigo.

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  14. Bom, infelizmente isto é um caso de muitos.
    É importante referir que nas folhas de avaliação destes meninos aparece "transitado", o que não quer dizer que estejam aprovados. Como o Paulo disse, são problemas que se agravaram com as politicas da M. E. Mª de Lurdes Rodrigues e de todos o que o permitiram, sem cores politicas à mistura.
    É vergonhoso quando tens um conselho de turma a "exigir" que alteres um 2 para um 3 só para que o aluno transite sem negativas.
    O Ensino Especial permite também estas situações, há é um acompanhamento mais próximo do aluno e um trabalho a nível individual que dá frutos, mas é um longo caminho. No ano lectivo 2010/2011 vi chegar ao 10º ano um aluno que também não sabia ler nem escrever... Actualmente lê e escreve como um miúdo da 2ª classe, mas mesmo assim foi um passo gigante, claro que ficou retido no 10º ano, mas isso é outra coisa.
    Espero honestamente que alguém reverta esta situação, pois passar um aluno com 8 negativas porque tem uma situação extra-escola difícil e chumbar um com 3 porque tem uma vida extra-escola normal é de uma injustiça tremenda, para os alunos e para os docentes.
    Btw, não sei como pessoas com a capacidade argumentativa dessa senhora chegam a cargos de direção.

    Abraço

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  15. Tiago
    infelizmente sei que este não é caso único.
    Mas volto a referir que toda estas situações têm como causas inúmeros ministros da Educação; apenas que M.Lurdes Rodrigues se tornou a "besta negra" para muita gente, porque foi a primeira a tentar resolver problemas incómodos e isso é imperdoável para sindicatos e muitos professores; talvez nem sempre o tivesse feito da melhor forma, mas que era bem intencionada, disso não tenho dúvidas.
    E agora tem os ombros largos para ser a "culpada" de tudo o que de mal há na educação, neste país.
    Basta ver que o actual ministro está a usar o mesmo critério que tão criticado foi da racionalização do número de escolas - é só um exemplo.
    Abraço amigo.

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  16. Uma das minhas avós quando morreu aos quase 86 anos sabia a data de nascimento que constava no bilhete de identidade e a data efectiva.

    Essa minha avó não sabia ler nem escrever (nem sei se chegou a frequentar a escola algum dia na vida) e sabia onde ficava Fátima, Santarém, Leiria, Lisboa e várias praias, mesmo sem ter ido a alguns desses locais.

    Esta reportagem é muito interessante, especialmente porque o "pobre" rapaz está-se nas tintas para a escola e mente com todos os dentes que tem. E a TVI como é uma televisão séria (hahaha) acredita e faz mais uma reportagem triste.

    A educação está mal em Portugal. Só que as causas não estão no sistema. Estão em cada um dos portugueses que se desinteressaram pela educação: os pais não querem saber dos filhos; os filhos não querem saber de nada; o estado porque se gasta dinheiro; os professores porque são eles próprios uma cambada de miudos desta nova geração (tive uma professora que tinha quase 30 alunos de 4 classes e sabia orientar-se muito bem.

    E os sindicatos não podem ficar de fora, pois também têm uma quota parte significativa de culpa. Esses dirigentes estão mais preocupados com os seus umbigos do que com a educação. Tirem-lhes os poleiros e vê-se o que acontece, caiem no esquecimento e voltam para as escolas de origem, ao trabalho.

    Desculpa lá pinguim, sei bem que és de outra escola. És da escola em que os professores se preocupavam com os alunos porque gostavam do que faziam. Agora os professores querem é aparecer nas revistas e jornais porque fizeram trabalhos para mim medíocres, como se estivessem a fazer alguma coisa além da obrigação - ensinar.

    PS: Lá estou eu a criar mais uma guerra. LOL

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  17. Todos nascemos e vivemos debaixo do mesmo Sol, mas nem todos temos direito aos mesmos Horizontes...

    É triste... não tenho muito a dizer. Vergonha, mesmo. Tristeza, muita.

    Beijo*

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  18. Retiro
    disseste muito em poucas palavras. E correctas.
    Beijinho.

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  19. Hélder
    é realmente algo polémico o teu comentário, mas desde já te aviso que não vais alimentar nenhuma guerra, pelo menos comigo, pois aqui apenas se expõem pontos de vista e não quero entrar em "diálogos"...
    Tirando o caso da tua Avó, que nada tem a ver com este caso, pois aqui refere-se o estado da educação e com a idade da tua Avó, essa situação até seria a mais normal, há algumas coisas que concordo, poucas, e outras que discordo.
    Quando dizes que o sistema não tem culpa e depois enumeras os diferentes culpados (pais, alunos, Estado, professores), estás mesmo a referir-te ao sistema.
    Por outro lado, não sei onde vês que o rapaz mente descaradamente; ele próprio confessa que não gosta da escola e que nada lá aprende, e por isso falta; e parece ser bem verdade toda a falta de conhecimentos que mostra.
    Concordo que os pais têm culpa, que as crianças são mais vítima do que culpados, que o Estado faz que "mexe" e não "mexe" nada e até que alguns professores, como esta senhora do vídeo, que é a negação total do que deve ser um docente.
    Concordo inteiramente com o que dizes sobre os sindicatos e até considero o Mário Nogueira um individuo que utiliza os professores para benefício de fins partidários que não esconde.
    Mas, e aqui está o grande ponto de discórdia, tomar os professores como um todo, um conjunto de irresponsáveis e que apenas quer puxar a brasa à sua sardinha, é de todo, inaceitável.
    Imagina-te por momentos na situação de um professor, muitas vezes deslocado a grandes distâncias do seu agregado familiar, com uma matéria para dar e sujeito a mil em trabalhos extra curriculares, sempre ou quase sempre com o fantasma da não colocação, a leccionarem a alunos malcriados e que não os respeitam, pensa que és um deles e que dizes? Que é fácil? que são inúteis?
    Pelo contrário, são uns heróis e ser professor, hoje em Portugal é ter uma profissão de risco.
    É preciso saber separar as águas e não cair na tentação de tomar o todo pelas partes, e é sempre muito perigoso generalizar.
    Abraço amigo.

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  20. Não querendo correr o risco de ser chato...
    No meu caso não a considero a besta negra, sei apenas que neste caso ela e todos o que votaram a favor estiveram mal. O modelo usado, para os casos em causa, é mau para estes miúdos e para os que se esforçam também, cria situações injustas entre eles e também para os professores.
    Não há governos perfeitos, neste caso fala-se do que foi mal feito mas é importante não esquecer o que de bem se faz.
    Quanto ao caso que indicas agora, são problemas além da educação, passam a ser problemas económicos e disso não percebo nada...

    Abraço

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  21. Tiago
    sou totalmente apologista daquilo que escreveste: "Não há governos perfeitos, neste caso fala-se do que foi mal feito mas é importante não esquecer o que de bem se faz".
    Abraço amigo.

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  22. Não coloquei no mesmo saco todos os professores. No meu tempo os professores eram mais respeitados e acima de tudo impunham e davam-se ao respeito.

    A nova geração de professores, os da minha geração é que não são os bons exemplos da profissão.

    Focaste um ponto muito importante, a questão da colocação ou não, longe ou perto de casa. A verdade é que existem neste momento mais professores no mercado de trabalho do que necessário. É o resultado de erros graves no financiamento do ensino superior, em que ao invés de se investir na qualidade, investiu-se no número de alunos das Escolas Superiores de Educação (não é caso único).

    Hoje em dia os professores têm ao dispor uma série de facilidades que no meu tempo não havia. Computadores, quadros interactivos, etc. Ainda lembro a minha professora de ciências do meu 6º ano, horas sentada na biblioteca a fazer fichas para os alunos, que depois fotocopiava e distribuía na aula.

    Não sou contra os professores e não quero deixar aqui essa ideia. São só constatações.

    Abraço Pinguim!

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  23. Hélder
    quando me refiro a pôr no mesmo saco todos os professores, estou-me a referir aos de agora e não aos do passado.
    Sim, tive excelentes professores, mas também os tive muito maus...nesse passado em que para ti todos eles eram bons.
    E pronto, ponto final, que o tempo agora é de cinema!
    Abraço amigo.

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  24. Chorei!!!
    Como é que é possível, fazer tanta maldade a este jovem, ele vai acabar por se sentir excluído mesmo sem saber ler. Santo Deus que país é este!!!
    João fiquei indignada, triste, revoltada, magoada...
    Profunda tristeza
    abraço apertado
    Sairaf

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  25. Sairaf
    este é o paraíso à beira mar plantado que temos neste momento.
    Pobre Portugal.
    Beijinho.

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  26. Não vou comentar amigo!
    O que apanho todos os dias!

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  27. Chocante..
    "França... ainda é Portugal... não ?"
    Naõ tenho palavras...

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  28. João
    realmente, vão faltando as palavras...
    Abraço amigo.

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  29. não gostei da reportagem, o estilo da repórter é aquele que vai sendo habitual: muita agressividade para criar sensacionalismo, o que, na minha opinião, não ajuda mesmo nada a tentar perceber já nem digo as causas dos problemas, mas pelo mesmo a tentar caracterizá-los com rigor. estas reportagens não servem para nada, nem sequer para denunciar.

    para além de que senti que o miúdo estava a ser exposto, sem o mínimo respeito. ou seja, esta reportagem mostra um rapaz adolescente que aparentemente é um bocado fraco da cabeça, a ser humilhado por uma jornalista. O que não me parece, no mínimo, deontológico. no máximo, a negação do papel dos media. mas sempre um grave caso de violação dos direitos humanos. acho que a amnistia internacional devia começar a ver os telejornais da tvi e já agora das outras estações.

    quanto à matéria de facto (como se diz nos direitos) pareceu-me que o rapaz tinha óbvias dificuldades de aprendizagem. O sistema pode ter falhado (e acredito que sim) por não ter tentado arranjar uma solução que ajudasse a recuperar este rapaz para a vida, para a sociedade, para o trabalho. mas de certeza que a falha aqui não é esta que a reportagem quer perspectivar: um miúdo que não sabe ler nem escrever e que o sistema levou até ao 8º ano.

    enfim, acho a reportagem lamentável, mas seguramente não por causa do miúdo ou da professora, mas sobretudo mais um exemplo, e este bem berrante, a atingir as raias do caso de polícia, de mau, de péssimo jornalismo.

    acabo a citar o bom Álvaro de Campos:

    "Ora porra!
    Então a imprensa portuguesa
    é que é a imprensa portuguesa?
    Então é esta merda que temos
    que beber com os olhos?
    Filhos da puta! Não, que nem
    há puta que os parisse."

    um abraço, e desculpa o testamento (e já agora o tom, mas achei a reportagem verdadeiramente repulsiva).

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  30. Miguel
    é uma opinião que respeito, embora eu não tenha visto a totalidade da reportagem.
    Todos sabemos o perigo de manipulação que os media têm, principalmente em questões delicadas; mas nesta parte da reportagem que o vídeo mostra, embora aceite que não é um primor de peça jornalística, o que me interessou mais foi a situação a que se chegou, neste caso e ainda mais a forma inadmissível da intervenção da docente.
    Abraço amigo.

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  31. Vi esta reportagem e fiquei admiradissima. Neste país tudo é possível. Conhece o Cavaco! Um exemplo!Beijinhos

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  32. Mary
    se conheço o Cavaco? Desde a faculdade, pois foi meu "assistente"de Finanças I. E já mostrava tiques de autoritarismo.
    Beijinho.

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  33. Pinguim, vi a reportagem. Sinceramente não estou admirado. Quando andava na escola, já existia algum facilitismo ( antes reprovava-se com ingles e matemática), mas umas vezes por entre outras, os alunos mais problematicos eram "aprovados" como uma questão motivacional, ora como forma de os despachar. E estamos a falar de há 15 anos atrás.

    Agora temos que mostrar resultados, os formadores são tratados pior que lixo e ainda não podem reprovar o formando. Isto é vergonhoso.

    Concordo com o Miguel! Isto é sensacionalismo, decerto, mas miguel pensa desta forma: Que é que achas que estes ultimos governos tem feito nestes ultimos anos com Novas Oportunidades, desinvestimentos na educação, facilitismos e afins?

    Tem-se que conseguir sensibilizar e mobilizar as pessoas! O nosso sistema de educação já há anos que vem a definhar consecutivamente. Acho que por mais discutivel que a peça seja... ela é necessária.

    Espero que entendam o meu ponto de vista!

    Abraço a todos!

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  34. Porcupine
    eu, como referi no comentário ao Miguel, sou muito cauteloso em relação a toda a reportagem, porque a não vi, na totalidade.
    Do que aqui dizes, uma coisa eu tenho repetido vezes sem conta: o muito antigo e muito mau sistema de educação que nos tem governado, desde há tantos anos; pôr as culpas todas em cima de uma só pessoa é injusto, pois já nem me recordo de tanto ministro da tutela, e nenhum sobressaiu pela positiva.
    Abraço amigo.

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  35. Chocado e perplexo, é tudo o que consigo dizer relativamente a este vídeo. Como é possível acontecer uma coisa destas em pleno século XXI num país que "se diz" desenvolvido?
    A culpa, evidentemente, não é do rapaz, mas sim dos pais e dos responsáveis escolares que permitiram que a situação chegasse a este ponto.
    Espero estar enganado, mas não acredito que haja muito mais a fazer por este rapaz. Infelizmente - e é a Ciência que o diz - há áreas do nosso cérebro que só podem ser estimuladas numa determinada idade, de outra forma dá-se um apagamento progressivo dessas zonas cerebrais. Acredito que ele venha a aprender a ler e escrever; todavia, será um adulto profundamente afetado devido ao seu desnível cultural. A sociedade é imperdoável com pessoas que não têm os estudos suficientes, para mais um analfabeto. :/

    Abraço. ^^

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  36. Mark
    tens toda a razão nos dois casos que apontas: nem o rapaz pode ser considerado culpado, nem nunca será um cidadão normal, pois ficará sempre marcado pelo seu insucesso real.
    Abraço amigo.

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!