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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Matthew Connor


Num dos muitos blogs que vou seguindo, fui encontrar este senhor, um americano de Boston, que eu nunca tinha ouvido falar.
Gostei da voz, do estilo, e claro que lá estou eu no "You Tube" à procura de coisas interessantes.
Seleccionei dois vídeos, o primeiro bem bonito, intitulado "Smoke Signals"

Mas foi um outro que me fez trazê-lo aqui ao blog; uma canção magnífica num vídeo muito bem feito, num estilo "vintage", a preto e branco, com um título delicioso e que me fez naturalmente aumentar exponencialmente as minhas saudades do Déjan.
Deliciem-se com este maravilhoso "How is already July over?"...


terça-feira, 5 de agosto de 2014

Winslow Homer

Winslow Homer (Boston, 24 de Fevereiro de 1836) – (Prout’s Neck, 29 de Setembro de 1910), foi um importante pintor e gravurista dos Estados Unidos.
Era filho de Charles Savage Homer e Henrietta Benson Homer, ela sendo aguarelista amadora e a primeira professora do filho, com quem manteve uma relação forte por toda a vida.
Winslow Homer desde cedo manifestou talento artístico, e começou a trabalhar como ilustrador comercial, persistindo no ramo gráfico durante vinte anos, e essas características lineares impuseram-se no seu trabalho de pintura.
Mas ao mesmo tempo passou a trabalhar num estúdio com pinturas a óleo, explorando as suas capacidades de textura e densidade.
Também pesquisou a aguarela, criando obras de aspecto fluido e espontâneo.
Em 1859 abriu um estúdio em Nova Iorque e até 1863 teve aulas na Academia Nacional de Desenho.
Sua mãe queria que ele se aperfeiçoasse na Europa, mas a revista Harper’s enviou-o para a frente de batalha da Guerra Civil, onde desenhou cenas de combate e a vida militar.
Voltando para o seu estúdio, iniciou uma série de pinturas sobre a Guerra, que tiveram imediata aceitação. Depois desse período, voltou a sua atenção para cenas familiares e tranquilas.
Por fim conseguiu ir a Paris, permanecendo aí um ano, trabalhando como desenhista da vida parisiense para a Harper’s, e produzindo apenas pinturas pequenas sobre a vida camponesa.
No seu regresso à América, continuou a retratar cenas campestres numa visão idílica, que foram recebidas com muito gosto.
Na década de 1870 começou a retirar-se da vida social, vivendo num farol e despertando um amor pelo mar que daria origem a uma importante série de obras sobre pescadores e cenas litorais.
Entre 1881 e 1882 viveu na vila de Cullercoats, na Inglaterra, pintando o cenário local e suas figuras características, num estilo sóbrio, vigoroso e directo, em telas maiores que o seu usual, e com uma abordagem mais universal do que típica.
Voltando aos Estados Unidos em 1882, os críticos imediatamente perceberam que ele havia mudado, e que suas obras recentes se alçavam a patamares superiores de qualidade e significado.
Mudando-se para o Maine em 1883, começou a sua série de marinhas monumentais e dramáticas, isolando-se cada vez mais do mundo.
Era descrito como um Robinson Crusoé yankee e como um eremita com um pincel.
Apesar do respeito conseguido junto à crítica, as suas obras nunca se tornaram realmente populares.
Nos anos seguintes visitou a Flórida, Cuba e as Bahamas, mudando a sua paleta para cores vivas em aguarelas de belo impacto, que tiveram o efeito de rejuvenescer a sua mente e refinar a sua técnica aguarelística, que até hoje é altamente elogiada pela crítica, ao mesmo tempo em que se aventurava para temas de animais.
Homer jamais deu aulas regulares, mas as suas obras influenciaram as gerações seguintes pela sua honestidade no retrato das relações do homem com a natureza, e hoje é considerado um dos maiores pintores norte-americanos.





























sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Viagens 12 - Londres

Londres é das cidades que conheço, uma das que mais vezes visitei e também uma das que mais gosto.
E gosto por ser uma cidade com coisas muito bonitas, mas também por ser a grande metrópole europeia, em que podemos encontrar “todo o mundo”, os mais variados locais para os mais variados gostos e é uma cidade cheia de Cultura (museus, igrejas, espectáculos, acontecimentos), enfim, um mundo.
Já falei das minhas primeiras idas a Londres, uma de fugida, a caminho do Yorkshire e daquela semana de descompressão, após ter acabado a vida militar, no início de 1975.
Mas quem mesmo me mostrou Londres, foi o Duarte, que comigo partilhou várias dessas viagens, e porque ele tinha vivido ali quatro anos, tinha ali feito grandes amizades e conhecia bem a cidade.
Em todas as viagens que fiz com o Duarte a esta cidade, ficámos sempre em casa de amigos, e assim alternámos a casa do Dick e do Robert, em Highgate (norte de Londres)
do Roger e do Brian, em Whitton, (arredores de Londres)
e do Barry e do David, em Streatham (sudoeste de Londres)
Todos excelentes pessoas que nos receberam com imenso prazer e em casa de quem estivemos sempre muito à vontade.
Além destes, havia mais um casal amigo do Duarte com quem passámos bons momentos, o Dennis e o Alex, e almoçamos em sua casa, e ainda o simpático Daniel.
Foi nessas viagens que melhor conheci todos os monumentos e locais turísticos de Londres, visitando os museus (British Museum, National Gallery, Madame Tussaud…), mas também a animada vida nocturna, com predominância para os locais gays, desde os mais conhecidos e míticos até aos pequenos bares e pubs, nos anos mais recentes.
Assim entre outros os nomes de “XXL”, “Heaven”, “The Royal Vauxhall Tavern”, “The Black Cap”, “ The King’s Head”, “Admiral Duncan”, “Compton’s”, o saudoso “Salisbury’s” e o que mais gostávamos e mais frequentávamos – o “King’s Arms”, em Poland Street, bem pertinho de Oxford Street.

Também ali assistimos por duas vezes a celebrações do Gay Pride, bastante espaçadas no tempo, em 1990 e já no século XXI, com os desfiles monstruosos de gente a participar e assistir, desde o Hyde Park até Jubille Gardens, o primeiro e o outro a terminar em Strafalgar Square.
 Em 1990, o show que se seguiu foi fabuloso com imensos artistas conhecidos entre eles a Sandie Shaw e o Boy George.
Mas, claro que nas minhas visitas a Londres com o Duarte não havia apenas a componente gay; tivemos boas refeições em variadíssimos restaurantes, recordando duas memoráveis, uma num restaurante nepalês e outra num restaurante que se chamava “Belga’s”, especializado em mexilhões, perto de Camden Town. Deliciámo-nos com os belos parques londrinos, especialmente “Hampstead Head”, quase ao pé da casa do Dick e Robert, onde íamos quase todos os dias quando ali estávamos.
Percorremos os célebres mercados de Camden Town
 e de Portobello. Visitámos locais um pouco mais afastados como Greenwich
e outras localidades da Grande Londres, quando estávamos em Whitton.
Mas também fomos a Oxford
a Stratford upon Aven
e mesmo a Brighton, a praia dos londrinos.
E claro que visitámos Stonehenge, esse maravilhoso e estranho local.
Fomos a castelos reais desde Hampton Court, onde viveu Henrique VIII
até ao Castelo de Windsor, uma das actuais residências reais.
Não podíamos deixar de visitar a Torre de Londres, demoradamente
bem como passeámos pelas margens do Tamisa desde a Tower Bridge
até à New Tate Gallery.
E quando fomos a Greenwich vimos a nova e supermoderna Londres
zona onde recentemente se disputaram as Olimpíadas de 2012.
Mas Londres renova-se constantemente e há sempre algo que ainda não se viu e principalmente muita coisa que se quer voltar a ver.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Do entusiasmo à desilusão

Depois de uma normal reacção de satisfação pela publicação de um livro da minha autoria, e da qual aqui dei testemunho, eis que me atinge uma certa desilusão e tristeza pela forma como o mesmo livro tem sido publicamente apresentado.
Devo agradecer, primeiramente, todas as manifestações de agrado que recebi, quer em forma de crítica no Goodreads, quer nalguns blogs; permito-me aqui distinguir o texto do Miguel no Innersmile.
Ainda ontem, o Ribatejano publicou no seu blog a foto que aqui deixo no início da postagem.
Então, o que me desapontou e entristeceu?
Apareceram publicamente duas notícias sobre o lançamento do livro.
A primeira ontem, no site do “Dezanove”, site gay como a maioria das pessoas deve saber e que apresentava o título da seguinte forma
O livro do capitão homossexual do exército português no Ultramar
E tudo isto porquê?
Porque entre muitas crónicas de que falo no livro, há uma e que eu assumo como importante, não o nego, sobre a homossexualidade durante a guerra colonial.
E há também na conclusão uma alusão à importância que os meus tempos em África tiveram na minha vida futura no campo da vida sexual.
Será que isto transforma o meu livro num livro gay?
Penso que não, e por isso ao ver o abusivo título pus no site o seguinte comentário:

 “Olá. Gosto de ver aqui uma notícia sobre o meu livro, é um facto, e fico agradecido. Mas parece-me um pouco deslocado o vosso título. Eu não sou "o capitão homossexual do exército português no Ultramar", mas apenas um capitão miliciano que fez a guerra colonial e falou dela abertamente, sem medo, mas em que a abordagem homossexual é apenas um capítulo, e parece-me abusivo tomar o todo pela parte. Não tenho qualquer problema em assumir a minha orientação sexual, mas sempre defendi em toda a minha vida que esse facto não me impede de ser uma pessoa normal. E assim ao ser apontado como "o" capitão homossexual, não me identifico como tal, pois não foi nessa qualidade que lá estive. É pena que se tenda sempre a fazer um gueto destas questões; sempre lutei contra esses guetos...”

Claro que o comentário foi publicado e foi mudado o título para “ O livro do capitão do exército português no Ultramar”.

Hoje foi a vez de o livro aparecer na secção gay da revista “TIME OUT” – Lisboa, mais uma vez com um título enganador
HOMOSSEXUAIS NA GUERRA
E assim o meu livro deixou de ser um livro de crónicas para ser encarado como um livro que faz a reportagem da vida gay na guerra colonial e nada mais.
Até parece que eu andava por lá a promover a homossexualidade (salvo o devido exagero, claro)…
Sempre primei a minha vida, desde que me aceitei como homossexual e o fui assumindo normalmente às pessoas importantes da minha vida – família e amigos, na base de que ser homossexual nada muda na maneira de ser das pessoas – elas são gente normal, com defeitos e virtudes, vivem, trabalham, pagam os seus impostos, têm bons e maus momentos, como toda a gente.
E tenho-o conseguido com o exemplo da minha vida.
E é agora com o aparecimento de um livro que me deu gosto escrever e que escrevi, como sempre faço, com sinceridade e de “coração nas mãos”, que sou apontado publicamente como gay, sem haver sequer uma referência às outras partes do livro que são a quase totalidade do livro.
Tenho que concluir que, na generalidade, os gays constituem um grupo de pessoas que parece terem prazer em se autonomizar como tal, formando um gueto, quando eu luto exactamente pelo contrário.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

E eis o dia D...


   

E eis o dia D!
O livro, até me custa dizer “o meu livro”, está à venda.
Tenho algum receio de me repetir, mas este livro tem como base umas crónicas publicadas ao longo de um tempo já recuado, neste blog e que tiveram como título “ A tropa cá do João”, nome de um poema saloio que escrevi lá em África e que foi a primeira dessas crónicas.
Na altura, os comentários de quem as leu foram bastante positivos havendo algumas pessoas com quem me ligo mais em termos de trocas de impressão sobre livros (Miguel Nada e Margarida Leitão, entre outros), que me questionaram porque não publicava “aquilo” como livro.
Nem tal coisa me passava pela cabeça.
Entretanto passado algum tempo vim a conhecer o João Máximo e o Luís Chainho, que têm entre eles um projecto deveras interessante, que é a INDEX ebooks, uma editora de livros digitais vocacionada essencialmente para obras relacionadas (de algum modo) com temas LGBT.
Conhecedor dessas minhas crónicas, o João, também me começou a falar em eventualmente estar interessado na publicação de um livro meu sobre esse tema.
Mais recentemente e como resultado do encontro virtual ( a Net é um mundo) com pessoas que estiveram na Ilha de Metarica em períodos anteriores a mim, publiquei aqui um post sobre uma publicação do Carlos Alves, chamada “A Metariclândia” – As aventuras em África (que por acaso só agora estou a ler).
E voltou o “cerco”, acerca do “meu livro”; tanto me forçaram, que acedi. E quando tomo uma decisão, é meu feitio empenhar-me nela. Assim depois de um primeiro contacto com o João em que definimos o que fazer – reescrever os posts já publicados, escrever alguns mais, ordenar os textos, fazer uma introdução e uma conclusão, escolher fotos, fazer dois ou três anexos – o livro começou a ser concebido.
E aqui veio para mim uma surpresa: se eu já conhecia e admirava como pessoa e como amigo, o João, depois de duas ou três “reuniões de trabalho” com ele, fiquei completamente rendido ao seu profissionalismo como editor. Eu nada conhecia sobre uma edição de livros e mais uma vez aprendi coisas o que é sempre muito compensador.
Não esqueço que o João não está só na INDEX, e portanto englobo aqui o Luís e a Patrícia.
E o livro nasceu!

Uma palavra que é imperiosa – este não é, de todo, um livro gay; nem nada que se pareça! Tem sim, um capítulo, que já era uma das crónicas publicadas no blog, sobre a homossexualidade na guerra colonial e eu faço uma alusão, que é muito verdadeira, à influência que o meu período africano teve na minha “auto saída” do armário.
Razões que chegam para fazer parte das publicações da INDEX.
Espero que quem o leia, goste e tenho sempre algum receio de que uma ou outra expectativa (não minha) demasiado alta, saia gorada.

Fica aqui a referência aos locais onde o livro pode ser adquirido.
Comprar ebook:
Google Play – Amazon (Portugal) – Amazon (Brasil) – Apple (Portugal) – Apple (Brasil) – Kobo by FNAC – Kobo Brasil – WOOK – Livraria Cultura.
Comprar em papel (impressão a pedido):
Bubok, Createspace, Amazon


quarta-feira, 9 de julho de 2014

"Ilha de Metarica: Memórias da Guerra Colonial"

Ainda sem grandes pormenores e porque o editor publicou um apontamento no Google+, aqui vai a notícia formal.
Vai sair em breve, no formato digital (e-book), mas com edição em papel possível por encomenda, um livro da minha autoria cujo nome é “Ilha de Metarica: Memórias da Guerra Colonial”.

A sua origem tem como base a publicação neste blog, ao longo de vários meses e com começo ainda na parte extinta do mesmo, de uma “saga”, à qual dei o nome de “A tropa cá do João”.
Nela contei episódios sobre a minha vida militar, de uma forma cronológica e com especial destaque para a guerra colonial, como é óbvio.
Muita gente, desde logo se referiu à possibilidade de daí advir um livro, mas confesso nunca pensei nisso a sério.
Todavia, recentemente fui contactado por algumas pessoas que estiveram na Ilha de Metarica, duas comigo e outras numa altura diferente, tendo há semanas aqui publicado uma postagem sobre um livro que uma dessas pessoas publicou entretanto.
Logo o Miguel, a Margarida e principalmente o João Máximo, editor (com o Luís Chainho), da Index me começaram a pressionar de novo e eu desta vez fui em frente.
Depois de conversar com o João, reescrevi os textos, acrescentei outros, escrevi uma introdução e uma conclusão, arranjaram-se mapas (fotos eu tinha) e após algumas trocas de impressão muito profícuas com o João – fiquei a saber coisas muito interessantes sobre a edição de um livro -, o livro aí está e vai ser lançado muito brevemente.
Deixo além desta foto que nem é a capa nem a contra capa, antes uma mistura de ambas, um trecho que o João escolheu para figurar penso que na contra capa.


"Tive tempo, muito tempo mesmo, enquanto estive em África, principalmente na Ilha de Metarica, durante as horas mortas no aquartelamento, ou nas operações de dias e dias pela mata, para pensar na minha vida e nos meus problemas, e cheguei à conclusão que era necessário relativizá-los, por muito grandes que eles me parecessem, perante a gravidade de certas situações com que me deparei na guerra. Não quis definir metas para a minha vida para quando regressasse a Portugal, mas tinha a certeza de que voltaria um “homem” novo e em variados aspetos – humano, social, político e principalmente sexual - foi ali, em África, que cheguei finalmente à conclusão de que, apesar da minha orientação sexual não ser a mais comum, eu era um homem normal."

A seu tempo, mais notícias surgirão.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Cet Amour

O poema maravilhoso de Jaques Prévert (do seu livro "Paroles"), na voz rouca e inconfundível de Jeanne Moreau só pode ter um destinatário - o Déjan!

THIS LOVE
This love
So violent
So fragile
So tender
So desperate
This love
Beautiful like the day
And bad like the weather
When the weather is bad
This love so true
This love so beautiful
So happy
So joyous
And so pathetic
Trembling with fear like a child in the dark
And so sure of itself
Like a calm man in the middle of the night
The love that freaks everyone else out
That makes them talk
That makes them turn pale
This scrutinized love
Because we were scrutinizing it
Hunted hurt impeded finished denied forgotten
Because we hunted hurt impeded finished denied forgot it
This love in its entirety
So vibrant still
And completely radiant
It’s yours
It’s mine
That which had been
This thing always new
And that hasn’t changed
As real as a plant
As shaky as a bird
As hot as lively as summer
We can both of us
Leave and come back
We can forget
And then go back to sleep
We reawaken suffer grow old
We fall asleep again
Dreaming of death
We awake smiling and laughing
And grow young again
Our love remains there
Stubborn as a mule
Lively as desire
Cruel as memory
Stupid as regret
Tender as remembrance
Cold as marble
Beautiful as the day
Fragile as a child
It watches us as it smiles
And it speaks to us without saying anything
And me
I listen to it and shake
And I scream
I scream for you

Nota: Esta foto é o "comentário" do Déjan

terça-feira, 24 de junho de 2014

"A Metariclândia - As Aventuras em África"

Há tempos fui contactado por uma pessoa, de seu nome Carlos Alves, mais ou menos da mesma idade que eu e que me descobrira por meio da net (já nunca poderemos permanecer desconhecidos), como tendo estado a cumprir o serviço militar em Moçambique, mais propriamente na Ilha de Metarica.
E a razão do seu contacto é que ele havia também estado no mesmo local a cumprir o seu serviço militar.
São sempre muito interessantes estas trocas de informação, trocámos fotos, já que o local estava muito diferente, pois a Companhia em que ele estava integrado foi a primeira a ser instalada ali e se já no meu tempo as condições eram péssimas, imagine-se como seriam antes.
Mostro aqui um ou outro caso.






Nunca nos encontrámos pessoalmente, mas fizemos amizade no FB, onde temos trocado impressões e entre elas, o Carlos informou-me que tinha escrito “umas coisas” sobre a sua comissão, tendo eu mostrado natural interesse em conhecer esses "escritos".
Ora ele pediu-me o meu endereço e tive a grata surpresa de ter recebido ontem por correio o seu “livro”.
É uma publicação do autor feita para as comemorações do XLIII aniversário da sua Companhia (CCAÇ 2469 – 1968/1971), que decorreram em Arouca em Março passado.
Está muitíssimo completa, com todos os elementos (documentos, fotos, depoimentos, narrações, listagens), que mostram a vida daquela Companhia desde a sua formação até à sua desmobilização.
Se tem para mim, só por isso, bastante interesse, muito mais tem porque grande parte do livro se refere à Ilha de Metarica.
O livro chama-se “A Metariclândia – As Aventuras em África”
 e só de folheá-lo fiquei deliciado.
Não estou com pressa de o ler, pois “prazer adiado é prazer aumentado”, mas tenho a certeza que vou gostar mesmo muito.
Uma palavra de grande agradecimento ao Carlos Alves, que sei vou conhecer pessoalmente em breve e a quem já dei a certeza da minha presença na confraternização que irá decorrer em Julho do ano que vem, em Fátima e onde estarei com mais três elementos da minha Companhia, com quem mantenho contacto.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Feira do Livro

Na passada segunda feira, eram três horas quando cheguei ao Marquês de Pombal para a minha visita anual à Feira do Livro.
Este ano iniciei a visita pelos alfarrabistas, onde gasto sempre muito tempo, a "farejar" tudo e a não encontrar nada do que procurava; depois é a habitual pergunta se tem este, aquele ou aqueloutro e sempre debalde.
Aliá, haver, havia; havia "O Medo" do Al Berto, ao qual tiveram a ousadia de me pedir em duas bancas seguidas 110 e 120 euros e havia os "Textos Malditos" do Luís Pacheco a um preço também proíbitivo.
Apenas comprei numa babca que há logo no início da Feira e que não é de alfarrabistas mais um livro que jamais lerei (compro um por ano) e faltam-me apenas dois...
Trata-se do vol.XV da "História de Portugal" do Veríssimo Serrão
que eu tive a má sorte de começar a adquirir há largos anos, e que se até ao Estado Novo, é razoável, se torna intragável a partir daí, com uma ideologia do autoe perfeitamente fascizante, que me recuso a ler e mesmo a possuir. A obra tem 18 volumes e destes, pelo menos um terço é gasto neste período. Já comprei o último e com este que adquiri agora, faltam-me o XVI e o XVII, pelo que daqui a dois anos, tenho a obra completa e já a poderei vender - não faltarão compradores, presumo...
Depois lá fui subindo e entrei no "universo Leya"; comprei 7 livros, mas ao pagar informaram-me que em cada quatro, o mais barato era grátis, pelo que fui buscar um outro livro.
Tive a sorte de apanhar como "Livro do Dia" num dos seus pavilhões, um livro fabuloso, os "Contos" de Miguel Torga
que inclui todos os seus livros de contos publicados: "Os Bichos", "Contos da Montanha", "Novos Contos da Montanha", "Rua" e "Pesras Lavradas", por uma pechincha. Maravilha!!!
Também aqui comprei vários livros de Mário Cláudio




todos a um bom preço, aliás como um romance de Armando Silva Carvalho


e ainda um clássico de Jack Kérouac que há muito desejava possuir


O livro que fui buscar para completar os oito foi um que pode ser eventualmente interessante



Quando cheguei ao cimo, isto é, com meia feira ainda para ler, já não podia "com uma gata pelo rabo" e eram sete e meia.
Comi uma bucha e tomei um café e ataquei a descida pelo outro lado.
Comprei aqui e ali, mais um Kérouac

uma longa entrevista de Jean Genet, em forma de livro


um interessante Mishima que ainda não tinha

e num pavilhão onde tenho encontrado algumas boas surpresas de temática LGBT, um livro um pouco "às escuras"

Depois e antes de entrar no outro gigante da feira, a "Porto Editora", descobri uma série de livrinhos que terão tanto de obscuros como de interessantes, dum autor curiosamente meu conterrâneo, Manuel da Silva Ramos, e que os escreveu em parceria com o já conhecido Alface, e que foram uma pechincha



Havia por lá outros títulos deste autor, que se gostar destes, procurarei mais tarde.
Confesso que não tinha qualquer vontade de comprar mais nada e a visita à "Porto Editora" foi a correr, pois eram quase 10 horas e eu estava "quase a falecer", como diz o Ricardo Araújo Pereira...
Mas ainda tive uma grata surpresa, pois encontrei uma nova edição...de " O Medo" do Al Berto...a 32 euros, quase um achado!

 Mas, ainda melhor, o empregado, muito atencioso, disse-me que este livro será "livro do dia" no domingo, dia de encerramento da feira, ao preço de 20 euros.............
Assim , depois de amanhã, cedinho vou dar lá um pulo e trazer o livro.
Ufaaaaaaaaaaaaaaaa!!!