segunda-feira, 30 de julho de 2007

Ingmar Bergman

Na sua casa da ilha de Faro, faleceu hoje o realizador de cinema sueco, Ingmar Bergman, aos 89 anos de idade.
Foi dos realizadores de cinema que mais admirei em toda a minha vida, tendo visto, por assim dizer, quase toda a sua obra, mesmo a mais antiga, em magníficos "preto e branco", sempre fotografados pelo mesmo fotógrafo, Sven Nykvist.
Dos seus filmes mais antigos relembro, entre outros,: " Morangos silvestres", "A fonte da virgem", "O sétimo selo", "O rosto" e "O silêncio".
Já numa fase mais adiantada da sua vida, foi um realizador fecundo, sempre contundente e polémico, e dessa época ressaltam títulos, como: "Persona", "Lágrimas e suspiros", "Fanny e Alexander", "O ovo da serpente" e "Sonata de Outono".
Foi considerado por alguns críticos como o maior cineasta da história e baseou toda a sua obra na ansiedade sexual, na solidão e na busca de um sentido para a vida.
Além de mais de 50 filmes, foi também um aclamado homem do teatro.
Foi casado várias vezes, e as mulheres sempre foram o centro das suas películas, tendo trabalhado de uma forma muito especial com algumas actrizes que fizeram parte do seu "mundo": Ulla Jacobsen, Ingrid Thulin, Bibi Andersen e Liv Ullman, actriz norueguesa, com quem foi casado e que protagonizou, entre outros o inesquecível "Cenas da vida conjugal", e o seu último filme, em 2003, "Saraband", que foi como que uma revisitação, passados anos, de "Cenas da vida conjugal".
Há muitos anos, retirou-se, como que num exílio desejado para ilha de Faro, onde faleceu.

16 comentários:

  1. Sem dúvida, um prodigioso cineasta sueco. Recordo «Sétimo Selo», «Flauta Mágica» e « O Silêncio»!

    Uma excelente semana!
    Beijinhos :-)

    (Obrigada pela maratona de comentários)

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  2. É por isto que gosto tanto da blogoesfera...
    Confesso a minha ignorância... não conheço o trabalho deste autor mas vou procurar... Deixaste-me curioso...
    Um abraço para ti!

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  3. Amiga Carla
    lá chegou a tua vez dos comentários; parabéns, pois o teu blog está muito bonito, e s´´o depois de ter acabado o ùltimo comentário, reparei que aquela foto do mar, era tua, UAHAAU!
    Quanto a Bergman, foi marcante para mim, tanto com Felinni ou Visconti.
    Não foi um cineasta fácil, pois o seu meio era muito hermético para mim, mas fui aprendendo a "lê-lo", filme a filme. Poucos cineastas dissecaram tão bem a natureza feminina, como ele; era quase ascéticamente rigoroso, bem ao estilo escandinavo.
    Beijinhos.

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  4. Amigo João
    se gostas de cinema, vai ver os filmes deste homem, pois ele é um mestre, onde tantos outros cineastas foram buscar inspiração, como Jean Luc Goddard ou Woody Allen.
    Vais ficar fan.
    Abraço.

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  5. Triste.
    Mais um grande do século XX que nos deixa.
    «Sonata de Outono», «Nicolau e Alexandra»...
    Triste.

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  6. Bergman é uma das minha lacunas cinematográficas. Uma lacuna que tenho que preencher brevemente, especialmente depois de tantos e rasgados elogios e sendo ele o cineasta fétiche de Woody Allen, por ex, um realizador que adoro.

    Uma das muitas lacunas por preencher...mas tento ;)

    Beijocas, boa semana :)

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  7. Meu caro Ric
    gostei que referisses a "Sonata de Outono", o único encontro cinematográfico das duas mais conhecidas personalidades mundiais, com o comum nome de Bergman: Ingmar e Ingrid.
    Abraço.

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  8. Essa é uma lacuna quase imperdoável, minha cara Catwoman.
    É realmente uma das obsessões de Woody Allen.
    Beijoquitas.

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  9. ... A Rússia deve andar a fazer-me a cabeça... E a notícia da morte também não será alheia à confusão que fiz ontem à noite.
    O filme que pretendia referir é, claro está, «Fanny e Alexandre».
    O seu a seu dono e as minhas desculpas...
    :-)

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  10. O Bergman perdoa-te, estou certo.
    Abraço.

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  11. Uma homenagem verdadeiramente merecida caro Pinguim!

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  12. Os grandes homens, merecem sempre homenagens, caro Luís, mesmo que singelas, como esta.
    Abraço.

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  13. Não conheço toda a sua filmografia, mas lembro-me bem do quanto gostei do "Sarabande"... Tem momentos que são autênticos "murros no estômago"... no bom sentido, é claro!
    Abraço

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  14. Amigo Ez
    "Sarabande" é um belo remate para um carreira de realizador de cinema absolutamente ímpar,
    Abraço.

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  15. Chegou o dia em que, infelizmente, também ele tinha que perder a sua partida de xadrês com a morte. E por falar da "Sonata de Outuno" é é uma falha grave da minha parte pois nunca vi, ainda mais sendo eu um fã fervoroso da belíssima Ingrid Bergman, principalmente da fase Rosselini.
    Um abraço.

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  16. Amigo Paulo
    isto dos comentários, é como as cerejas...começa-se a falar de um assubto e já estamos noutro, o que é bom.
    Isto a propósito da "Sonata de outono", esse tardio encontro dos dois Bergmans da cinematografia sueca e mundial.
    É que também eu tenho um afecto muito especial por Ingrid Berggman, actriz que só comecei a conhecer depois da sua fabulosa interpretação de "Anastásia", que lhe valeu um merecido Óscar; mas concordo que o seu período "rosseliniano", talvez pela envolvência afectivo, é o seu auge.
    Abraço.

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