O mundo do espectáculo, após os desaparecimentos de Bergman, Antonioni, Pavarotti, ficou ainda mais pobre.
Marcel Marceau, o mimo francês mais famoso do mundo, morreu aos 84 anos. Falava sem palavras, chorava e ria sem sons. Era o mestre da pantomima e uma figura incontornável da arte.
Bip, a sua famosa criação, o mimo de cara branca, com uma expressividade trágica influenciada pelo vagabundo eternizado por Chaplin, deixou marca.
Marceau nasceu em Estrasburgo, em França, no ano de 1923. Estudou mímica com o mestre Etienne Decroux. Começou a sua carreira de mimo na Alemanha, actuando para as tropas francesas depois da Segunda Guerra Mundial.
Mais tarde, em 1978, fundou a Ecole de Mimodrame em Paris.
Marcel percorreu o mundo com os seus espectáculos de mímica ao longo de mais de 50 anos. Inspirou-se em grandes mestres da "arte silenciosa" como Charlie Chaplin, Buster Keaton, Harry Langdon, nos palhaços da Commedia dell'Arte e até nos gestos estilizados da ópera chinesa.
Em 2001 foi nomeado embaixador da Boa Vontade das Nações Unidas para os mais idosos.
Disse um dia que "a mímica, tal como a música, não conhece fronteiras nem nacionalidades" . Os gestos expressam a essência mais secreta da alma humana - "Para mimar o vento, temos de nos transformar em tempestade. Para mimar um peixe, temos de mergulhar no mar" .
Este eu tive a felicidade de o ver ao vivo em Paris! Fantástico, impressionante!
ResponderEliminarE que bem que fica o post com a música - Milord!!!
São recordações para uma vida, caro Tongzhi.
ResponderEliminarQuanto à música, que eu agora ponho sempre a acompanhar um post, sabia à partida que seria da Piaff; após alguma hesitação rntre esta e o "Padam Padam", achei esta mais apropriada.
Abraço.
Olá :)))
ResponderEliminarmais uma vez parabéns pela música e tenho muita pena de não o ter visto ao vivo como o tongzhi.
Vou a Paris esta semana e espero amar ...
Beijos e fica bem
Sónia, cara amiga
ResponderEliminarver ao vivo um espectáculo de M.M. não seria fácil...
Espero que Paris te encante tanto como me encantou sempre que a visitei, pois "Paris é uma festa".
Beijinhos.
Lembro-me bem da 1º vez que o vi -na tv, claro, que ele há gente mais fina ;).
ResponderEliminarNão sei porquê, mas sempre que o via ficava ansioso. Sempre à espera de uma surpresa. Os mimos deixam-me ansioso, vai lá o diabo saber pq (acho que os gestos surpreendem-me - e prendem-me - mais do que as palavras).
M. M. deixou escola. Criou. Fez do corpo o elogio de uma vibrante comunicação. Como o fazem hoje em dia, por exemplo, os artistas do Cirque du Soleil nas vanguardas da mímica. E todos aqueles que atingem com o abstracto as nossas mais vincadas representações mentais.
Com esta música excelente tb conseguiste ir direito ao ouro sobre azul, numa associação perfeita. :)
Meu caro joão Manuel
ResponderEliminarquando leio comentários destes, mais me questiono o porquê de não teres um blog.
É uma pena, pois seria muito bom, estou certo, ir lendo as tuas opiniões vastas e extremamente oportunas, com o seu grãozinho de malícia, nunca mal intencionada a que nos foste habituando.
com tudo isto esqueci M.M.e a mímica, mas não serão as palavras também, uma mímica que usamos para fazer passar as nossas mensagens?
Abraço amigo.
Fora do contexto, se me puderes enviar o teu e-mail e/ou endereço de Msn, para o meu e-mail agradeço; acho que já o fizeste...mas perdeu-se.
Obrigado.
Deparei-me com esta noticia ontem à noite, numa das minhas insónias e a expressão que Marceau tem nesta foto foi a que invadiu a minha cara... Não sei porquê em pequena tinha um certo fascínio por ele e por Chaplin, ou melhor, sei. Tem a ver com a capacidade para expressar o inexprimivel através da ausência de ruido...
ResponderEliminarObrigada por tão terno post.
uma beijoka mesmo mt gordinha
e xculpa hoje :(
Mais um gigante que se foi. Este tem sido um ano terrível para a cultura. um abraço
ResponderEliminarQuerida Cris
ResponderEliminara face de Marceau é uma face super expressiva que nos transmite com um simples trageito do olhar, uma multiplicidade de sensações.
Inesquecível...
Beijoquitas, muitas.
Amigo Paulo, e o ano ainda não terminou... (lagarto...lagarto...)
ResponderEliminarAbraço.
os anjos vão directos para o céu. a terra fica mais deserto, mas o paraíso vai-se compondo, milor.
ResponderEliminarC'est ça, mon ami...
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