Mais uma rubrica a ser iniciada e que conjuga duas artes que muito aprecio: a música e o cinema.
Aqui poderá falar-se ou ver-se um episódio de um filme musical, pode ser um filme não musical , mas com uma banda sonora que valha a pena recordar ou uma canção que se destaca num qualquer filme, enfim variadíssimas coisas.
Hoje e para começar da melhor maneira, vou referir um filme que vi já há muitos anos e que foi um marco na história do cinema: "2001 - Uma Odisseia no Espaço", do mestre Stanley Kubrick. Não é um filme nada fácil, era um filme de ficção científica, mas com variadas possibilidades de entendimento. Recordo que na altura toda a gente perguntava o significado daquela grande pedra rectangular. Kubrick era um perfeccionista e tinha as suas concepções muito pessoais, e gostava de "jogar" com o espectador em determinadas cenas (não só neste filme).
O vídeo que aqui deixo é assombroso e quem viu o filme decerto recorda esta cena de um estranho e longo bailado de astros, estações orbitais, satélites e outros objectos na imensidão do espaço celeste, ao som de uma das mais belas melodias que o ser humano já produziu - o "Danúbio Azul", de Johann Strauss. E no final do vídeo lá aparece a famosa pedra, cujo verdadeiro significado, possivelmente apenas Kubrick conheceria.
É grande, quase 10 minutos, mas não é tempo perdido.
domingo, 18 de novembro de 2012
Cinema e música - I
Publicada por
João Roque
à(s)
23:47
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Etiquetas:
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Recordo-me perfeitamente do filme. Nunca gostei muito de filme de ficção no espaço, porque era sempre passado dentro de naves e no espaço :)
ResponderEliminarMuito escuro, para o meu gosto...
Abraço amigo
Francisco
ResponderEliminargostos não se discutem...
Mas o filme não é tão escuro como tu dizes. Recordo-me de outro filme de ficção científica, mas passado na Terra que era bem mais escuro, mas era também excelente: "Blade Runner".
Abraço amigo.
Quando me refiro a escuro, é quando grande parte do filme é passado dentro da nave. Só gostava de ver o Espaço 1999, quando eles desciam a um planeta com Sol. Por isso é que eu sempre adorei o Buck Rogers, porque andava sempre de planeta em planeta...
ResponderEliminarNunca fui grande fã de filmes de ficção, e claro que gostos não se discutem
Abraço amigo
Compreendido, amigo Francisco.
ResponderEliminarAbração.
Excelente escolha para começar!!!
ResponderEliminarMencionaste o Blade Runner (um dos meus filmes preferidos)... estou curioso por ver qual vai ser a tua seleção de banda sonora do Blade.
Ah! e agora de repente, lembrei-me de Apocalypse Now e a cena dos helicópteros ao som das Valquírias de Wagner...
logo à noite vou ver o clip, mas lembro-me na perfeição das imagens que descreves, que são logo no início do filme.
ResponderEliminarquanto a este, é, claro, uma das obras-primas do Kubrick, um filme imenso, que nos pôs a todos a pensar e a discutir. vi-o, é claro, não quando saiu, mas mais tarde, aí por finais de setentas, e felizmente tive oportunidade de o ver no cinema e naquele 70 mm enorme, que era deslumbrante.
muitas discussões tive a propósito do filme, das suas imensas pistas e símbolos.
não é ser saudosista, mas o cinema tinha uma grandeza que se perdeu (e não estou só a falar, mas também, dos 70 mm eheh)
Uma obra-prima absoluta! Penso que nenhum filme de ficção cientifica atingiu até hoje este patamar e de facto a utilização da música é extraordinária não só com este Strauss, mas também com o 'Assim falava Zaratustra', do Richard Strauss.
ResponderEliminarPara mim, o monólito sempre representou Deus e o mistério da vida.
Abraço João.
João
ResponderEliminaristo é uma série que dá pano para mangas...
Tenho algumas coisas já em mente, mas do Blade Runner, ainda não, embora saiba que há coisas ali que se adequam a esta rubrica. Já essa cena do Apocalipse Now é uma das duas que já está seleccionada.
Abraço amigo.
Miguel
ResponderEliminareu também vi o filme em 70 mm e recordo-me de o ter visto com o meu Pai, que estava super cansado depois de um dia intenso de trabalho e deixou-se dormir, coitado...Eu acordei-o, zangadíssimo e mandei-lhe com esta: "o que o Pai está a fazer é um crime de lesa-cultura", hehehe...
Foi um dos filmes que deu para semanas de discussão, junto com "O último ano em Marienbad", do Resnais e "Pedro, o louco", do Godard.
Naquela altura, o cinema era muito mais "vivido".
Abraço amigo.
Arrakis
ResponderEliminarreferes e bem essa outra contribuição musical, excelente deste filme fabuloso.
Havia uma corrente bastante forte que defendia, como tu, que o monólito representaria Deus, como princípio e fim; mas confesso, teria que ver de novo o filme para poder expressar a minha opinião (se conseguisse...)
Abraço amigo.
claro, o incontornável monólito. a música fabulosa, o hal 9000. sem dúvida, um dos melhores, acho que sim, têm razão, o melhor filme de fc, porque era muito mais que fc, era filosofia e obrigava a pensar e a discutir. tb já não o vejo há imenso tempo, mas o fim tb é magistral.
ResponderEliminarquanto ao espaço 1999, Francisco, é puro entretenimento, eu segui essa série, adoro fc, claro, mas é apenas isso, 2001 está para além disso.
bjs.
Margarida
ResponderEliminarconcordo inteiramente na "separação das águas" em relação a filmes como este ou Blade Runner, com o espaço 1999, ou milhentos de filmes de FC que nos invadem todos os anos.
Um filme imortal e que não se gasta com o tempo; aliás Kubrick era mestre em fazer filmes assim. Ele não tem nenhum filme vulgar...
Beijinho.
Caro João,
ResponderEliminarComo recordo essa cena e esse filme!
O filme é lindíssimo e profundo: o sentido da vida, o que somos, de onde vimos e para onde vamos. Enfim, o transcendente!
Quanto ao Danúbio Azul é simplesmente divinal. Quando o oiço parece que sou transportado para outro dimensão, mais perto de DEUS! DEUS com maiúsculas e não o pequenino deus que muitos insistem em nos querer inculcar na mente para melhor nos dominarem e manipularem.
É a minha oponião, claro!
Um abraço de amizade.
João,
ResponderEliminarSó acrescentar que na Odisseia no espaço, há uma outra música que nos leva aos céus: desta vez de Richard Strauss, o "Assim falava Zaratustra".
É naquela cena dos primatas e na descoberta.
Lear
ResponderEliminarconcordo em absoluto com as tuas opiniões e esse DEUS, que bem pode ser o monólito está tão longe do Deus, demasiado tudo de bom e nada de mau, que nos ensinam a venerar.
Sim, essa outra cena tem também uma óptima componente musical, mas não hesitei em escolher esta, por muito que goste do trecho musical de Richard Strauss. É caso para dizer que neste filme, o Kubrick e em relação a Strauss, foi uma espécie de "dois em um".
Abraço amigo.
João os meus gostos têm mudado muito ao longo dos anos. Adorava ficção cientifica mas hoje não consigo ver, não me desperta.Nunca mais me esquecerei do espaço 1999, não perdia um episódio. O mesmo aconteceu com os filmes de cowboys, hoje não consigo ver. Filmes com vampiros, que hoje estão na moda, excluindo o drácula, nunca me cativaram. A musica é excelente. Beijinhos
ResponderEliminarMary
ResponderEliminara minha pergunta é: alguma vez viste este filme?
É que este filme é acima de tudo e em primeiro lugar um filme de Stanley Kubrick, o que significa que é um bom filme; só depois o vamos catalogar de ficção científica, e na FC um filme de hoje pode vir a ser ridículo amanhã, o que não é o caso pois hoje continua a ser, tantos anos depois, um filme de FC.
É por isso que o filme é excepcional. Como a música, obviamente.
Beijinho.
Começaste muito bem esta rubrica, que eu vou acompanhar atentamente, pois também sou cinéfila e melómana:))
ResponderEliminarAbraço
Justine
ResponderEliminare olha que a matéria prima é muita e de boa qualidade, como este primeiro tema exemplifica.
Beijinho.
Tens toda a razão, tanto blá,blá e não respondi ao que interessava. Não vi. Beijinhos
ResponderEliminarMary
ResponderEliminarbem me parecia; então TENS que ver!
É obrigatório.
Beijinho.