Assassinatos homossexuais e necrofilia podem não ser os
assuntos mais apropriados para uma coreografia, mas em Dead Dreams of Monochrome
Men (1990), a companhia de dança DV8* produziu um trabalho poderoso em que
explora estes aterradores aspectos da psique humana.
O ponto de partida é um importante estudo de Brian Master
sobre o serial killer Dennis Nilsen “Killing for Company”, embora não seja uma
adaptação rígida desse estudo.
Esta peça encontrou uma linguagem de movimentos que explora
e expõe uma sequência de estados emocionais…
Como se pode adivinhar é um vídeo forte, carregado de
homo-erotismo, mas nunca pornográfico, e que embora longo, não posso deixar de
recomendar vivamente a sua visão (a cópia, não sendo actual, não será a ideal,
mas a maior parte dos seus vídeos não estão disponíveis).
*Companhia criada em 1985, a DV8 é reconhecida pela sua postura simultaneamente radical e acessível, e questiona a estética e os temas tradicionais da dança, apostando na clareza para transmitir ideias e sentimentos.
É uma companhia de Teatro Físico, do País de Gales, dirigida por Lloyd Newson, que concebe e desenvolve todos os espectáculos da companhia, e para cada projecto recruta uma equipa de actores/bailarinos.
O resultado é poesia virtual e auditiva.
Produziu ao longo destes anos, 15 espectáculos que foram aclamados pelo público e têm sido apresentados em vários países, e também cinco filmes premiados, para televisão, entre os quais este que aqui foi apresentado.
Quem estiver interessado pode consultar o site da companhia DV8 aqui.
Ainda estou com os olhos em bico lolololol
ResponderEliminarAbraço amigo :)
Francisco
Eliminarpresumo que isso signifique que gostaste...
Abraço amigo.
Gosto da ousadia-criatividade!
ResponderEliminarPaulo
Eliminaré mesmo isso: criar com ousadia, sem medo de ferir susceptibilidades.
Abraço amigo.
É um espetáculo estranho, com alguns momentos de grande beleza e outros algo desconcertantes. Gostei bastante da banda sonora, especialmente na cena final, mas as imagens deixaram-me um amargo de boca. Se dúvida, é uma peça que mexe com o espectador.
ResponderEliminarCoelho
Eliminarum tema destes, tão arrojado, tem que ser desconcertante à partida.
Apesar de tudo, o espectador vai sendo preparado, pois o ritmo vai em "crescendo" atéatingir o final de certa forma já esperado.
É muito belo, muito bem dançado/interpretado e a banda sonora é realmente muito boa, mesmo quando quase não se dá por ela.
Não compreendo quese possa ficar indiferente - é mais fácil não gostar mesmo, o que pode bem acontecer.
Abraço amigo.
perturbador, muito perturbador. e há anos que não me lembrava da LWT - london weekend television. produzia grandes séries de tv.
ResponderEliminarbjs.
Tens toda a razão, Margarida
Eliminaré deveras perturbador, mas não é por isso que deixa de ser muito interessante e prfundamente original.
Beijinho.
Realmente, abordar estes temas e transforma-los em movimento é coisa para muita criatividade. Tudo aliado à necessidade de espicaçar consciências.
ResponderEliminarCatso
Eliminara criatividade, que parece não faltar a este colectivo teatro/dança, tem que, num assunto destes ter uma motivação extra. E baseando-se embora num facto concreto, pelo menos seguindo um livro que o narra, tem que haver sempre essa "mais valia" que tu bem qualificas de "espicaçar consciências".
Abraço amigo.
Adoro descobrir coisas boas diferentes... obrigado!
ResponderEliminarTambém eu, João, e é precisamente por isso que aqui partilho este vídeo, que está a ter, um acolhimento simpático, pois eu estava com receio que, pela sua duração 8é quase uma média metragem), as pessoas desinteressassem.
EliminarAbraço amigo.
Tenso, denso, belo, erótico, exótico, bizarro, corajoso, interessante, excitante...porém me cansei em algumas partes, especialmente as escaladas..rsrs.
ResponderEliminarAbraço querido.
Glauco
Eliminarpercebo todos os teus adjectivos, que eu aplicaria sem hesitar a este filme; até um percalço aqui ou ali, como o que apontas se tornam menores perante a tamanha ousadia de conceptualizar em teatro vivo/dança estas situações, que embora sejam situações limite, não podemos ignorar.
Abraço amigo.
muito forte e muito belo, como é normalmente o trabalho da DV8. uma companhia que nunca vi ao vivo, apenas conheço pela net; viva o YouTube, e viva tu, que nos descobres estas preciosidades.
ResponderEliminarMiguel
ResponderEliminarsabes que eu sigo tantos blogs (mais estrangeiros que portugueses), e nos quais não deixo qualquer comentário, mas que me trazem muita informação, alguma da qual vou aproveitando.
Se estou eternamente atrasado na leitura dos posts, que a contrapartida desse atraso seja ao menos produtiva.
Este vídeo foi para mim um murro no estômago, mas também, e masoquismos à parte, bem no estilo de que gosto, de coisas diferentes, e fortes.
É uma obra a todos os títulos notável, na sua composição, e no empenho dos actores/bailarinos, e com apurada técnica para o ano em que foi feita.
É pena que não haja mais vídeos disponíveis deles, ou pelo menos não os encontrei (apenas extractos).
Abraço amigo.
Dennis Nilsen, assassino gentil, uma história aterradora. O vídeo transmite a loucura do pritagonista. Beijinhos
ResponderEliminarBrown Eyes
Mary
Eliminartransmite e transmite muito bem.
Beijinho.