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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Jason Driskill

Jason Driskill nasceu em 1975,em Nashville e formou-se no Watkins College of Art e Design em 2004. É um pintor, realizador de vídeos, escritor, e às vezes trabalha como modelo; usa a fotografia digital e o vídeo para explorar a corpo masculino, a identidade de género e a objectivação sexualizada do poder masculino. Jason actualmente cria arte e ensina desenho e pintura na zona de S.Francisco.

"Auto-reflexão é a força motriz do meu trabalho. Essa motivação de trabalho é particularmente inspirada na dolorosa transformação que eu empreendi anos atrás, como um missionário cristão, quando eu substituí a minha ingenuidade religiosa por um reconhecimento de uma devastadora, indesejada e vergonhosa orientação sexual. Embora eu seja muito influenciado pela minha sexualidade, ainda me sinto compelido a fazer o sentido da mudança que ocorreu na minha auto-percepção, é a parte de mim que permanece presa entre o religioso e o sexual.”

http://jasondriskill.com/Index.htm

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Judeus ortodoxos

Na minha última viagem, e na escala em Londres, já no regresso, enquanto aguardava, no aeroporto de Lutton, a chamada para o “boarding”, cruzei-me com uma enorme quantidade de judeus ortodoxos, com os seus originais trajes negros, o seu cabelo caindo em caracóis e os seus enormes chapéus, pois havia dois voos programados na mesma altura para Telavive; curiosamente quase todos muito jovens, quase imberbes, acompanhados das suas jovens (e bonitas) mulheres e de vários filhos para quem é tão jovem. As mulheres também respeitando no vestuário as suas convenções a esse respeito
Veio-me à lembrança um filme recente sobre a relação homossexual entre dois judeus ortodoxos, de idades diferentes, um casado e outro solteiro, e do qual gostei muito.
Trata-se de “Eyes Wide Open”  2009, de  Haim Tabakman .
Sucede que estou a meio da leitura de um de vários livros que comprei no foyer do cinema S.Jorge, quando do festival de cinema "Queer Lisboa", por tuta e meia; trata-se de “Martin Bauman; ou Uma Presa Segura” de David Leavitt (custou-me um euro e meio). Deste autor já havia lido antes “A Linguagem Perdida dos Guindastes” e “Florença – Um Caso Delicado”, da colecção “O Escritor e a cidade”. Sucede que estou a gostar muito do livro, que não trata de assuntos religiosos, mas sim da vida de um jovem escritor americano (será auto-biográfico?), mas que a uma certa altura, nos apresenta uma personagem, Sara, que professa a religião em causa. E achei uma delícia o pequeno diálogo que aqui transcrevo e que faz a ligação ao tema desta postagem:

“Foi aí que lhe confessei, numa quinta-feira à noite, que era gay. Ela permaneceu muda e queda.
-Mas aposto que não há gays judeus ortodoxos, pois não? – perguntei, em tom de desafio.
- Claro que há.
- E como é que conciliam a sua vida sexual com a religião?
-Bem - explicou Sara - aqueles que eu conheço, como as escrituras dizem que não se podem deitar com outro homem, fazem-no de pé.”

Finalmente e para aguçar o apetite pelo excelente filme atrás referenciado, aqui deixo algumas imagens e o tema musical do mesmo

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

15º.Queer Lisboa (1º.Balanço)

O festival vai a meio e é altura para fazer um primeiro balanço.
A sessão de abertura teve um filme à altura, pois tendo este festival como tema a transgressão, poucos filmes poderiam representar esse tema como  "Uivo" (Howl), de Rob Epstein e Jeffrey Friedman, com James Franco no papel do poeta Allen Ginsberg - este filme estreia quinta feira no circuito comercial; casa cheia, noite muito agradável sob todos os aspectos.
Dos filmes seleccionados para a melhor longa metragem de ficção, vi até agora cinco, e todos eles com motivos de interesse: "Looking for Simon", uma produção franco-germânica sobre um jovem desaparecido que a mãe procura na companhia do seu ex-namorado; o chileno "Mi último round" sobre a vida de um pugilista e do seu jovem amante, passado numa Santiago cinzenta e chuvosa, triste como o filme, mas com interesse pois não entra nos clichés dos filmes gay; o tão esperado "Ausente", um filme argentino, de que gostei francamente sobre a situação entre um aluno e o seu professor de educação física, que vão jogando ao "gato e ao rato" no seu relacionamento (um caso interessante de debater será se a homossexualidade do professor só se manifesta perante a situação causada ou se já havia antecedentes); um filme alemão, ao mesmo tempo divertido e muito sério sobre o problema da mudança de género - "Romeos", e finalmente o filme deste grupo que mais me seduziu: "Rosa Morena", um co-produção entre o Brasil e a Dinamarca, que relata a ida a S.Paulo de um homossexual dinamarquês a fim de comprar um bebé para adoptar, de uma rapariga grávida que se torna um problema difícil. Não é um filme de tema LGBT, mas sim um drama que tem uma personagem gay - é um filme terno e duro, que para mim será um forte candidato a ganhar o festival

Quanto a documentários, vi um muito interessante filme alemão "Silver Girls". sobre a vida de três prostitutas berlinenses e a forma muito natural como encaram a sua profissão mostrando o seu dia a dia e até a sua vida familiar: um  outro filme com interesse, "Mia, a japonese icon", um dos artistas de entretenimento japoneses mais conhecidos; e um filme tailandês, verdadeiramente mau,"The Terrorists".
Vi um filme da secção especial, que gostei bastante, "FIT", sobre uma turma de dança que se torna numa quase terapia para alunos desadaptados no que respeita à sua homossexualidade ou à forma como a vêem.
Ainda antes de falar nas curtas metragens,uma palavra para um longo e chato filme porno americano, que não aguentei até ao fim - "Leave Blank" e outra para um dos melhores momentos do festival: a peça da companhia espanhola "Sudhum Teatro" que se chama "Silenciados", com cinco magníficos intérpretes, e que representam o assassinato de cinco tipos de pessoas, pelo preconceito contra a homossexualidade - um prisioneiro gay num campo de concentração nazi, um activista LGBT, uma transsexual, um católico gay, cheio das contradições entre sexualidade e religião, e um jovem vítima de bullyng.
Uma encenação simples , mas muito conseguida e a inserção de conhecidas músicas muito oportunamente.
Eis um vídeo sobre esta peça

Finalmente, as curtas metragens, das quais poucas vi ainda, tendo gostado muito de uma que já conhecia "Blokes" da Argentina, de uma bastante má, brasileira, "Duelo",;de uma sofrível alemã,"Beardead Man", de uma idiota israelita, "The Wanker"; e de uma estreia do português Luís Assis com o sua interessante "10 Dias (sem bater)".
Guardo para o fim, o momento mais transgressor deste festival: a curta de animação "Judas & Jesus", que é tudo menos um filme gay, mas é verdadeiramente "hard", e que justifica plenamente o aviso para adultos no início do blog. (um aviso - se tiver algum preconceito para algo que atente contra a religião é melhor não ver o vídeo); mas se o vir vai-se rir com certeza...



No final do festival,cá estarei com mais novidades.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Monges copistas e ...paquistaneses.

Há muito tempo este blog não publicava algo de humor.
Aqui vão dois exemplos, um em inglês, pois só nesta língua resulta.
Tenham uma boa Páscoa!




Um jovem noviço chegou ao mosteiro e logo lhe deram a tarefa de ajudar os outros monges a transcrever os antigos cânones e regras da Igreja. Ele surpreendeu-se ao ver que os monges faziam o seu trabalho a partir de cópias e não dos manuscritos originais.

Foi falar com o abade e disse-lhe que achava um risco copiar as cópias, se alguém cometesse um erro na primeira cópia, esse erro se propagaria em todas as cópias posteriores. O abade respondeu que há séculos que copiavam da cópia anterior, mas que achava procedente a observação do noviço.

Na manhã seguinte, o abade desceu até as profundezas das caves do mosteiro, onde eram conservados os manuscritos e pergaminhos originais, intocados há muitos séculos.

Passou-se a manhã, a tarde e depois a noite, sem que o abade desse sinal de vida.

Preocupado, o jovem noviço decidiu descer e ver o que tinha acontecido ao abade.

Encontrou o abade completamente descontrolado, com as vestes rasgadas,
a bater com a cabeça ensanguentada nos veneráveis muros do mosteiro.

Espantado, o jovem monge perguntou:

- Abade, o que aconteceu?


- Aaaaaaaahhhhhhhhhh!!! CARIDADE...CARIDADE!!! Eram votos de "CARIDADE" o que tínhamos de fazer. Não de "CASTIDADE"!!!



Two Pakistanis, Zardari and Musharraf moved to Paris where they made friends with a French guy named Jean-Paul. They used to go all over Paris with him when suddenly one day . . . Jean- Paul disappeared. The two went to the police and lodged a complaint. The police asked them if they could give some vital clues about Jean-Paul that would help find him. Zardari says . . . "Jean-Paul was handsome and tall" Police say . . . "Most Frenchmen are like that . . . Give us something specific" Musharraf says . . . "Jean-Paul had blue eyes and was very fair" Police say . . . "C'mon guys, lots of Frenchmen have blue eyes and fair hair, tell us something specific" Zardari and Musharraf . . . "Oh yes. Now we remember! Jean-Paul had two holes in his ass !!!" The Policemen get really interested . . . "Now that's something very specific - but tell us, how do you know this ?? Have you guys seen it ? " Zardari and Musharraf . . . "No we have not actually seen the holes, but wherever we went with Jean-Paul, everyone used to say . . . "Here comes Jean-Paul with the TWO assholes."

quarta-feira, 23 de março de 2011

Hoje...


Hoje comemoro mais um aniversário; já são muitos e devo confessar que neste dia, me afloram à memória tantas lembranças de tantos momentos e de tanta gente…
E, não sei porquê, comovo-me, ao olhar para trás e ver, como apesar dos dias maus que todos temos, tenho sido feliz.
Este ano e mais uma vez estou longe de quem amo, embora tenha sido a primeira pessoa a enviar-me um beijo. Quando será que poderemos viver juntos?
Por outro lado, há momentos, nas minhas voltas pela blogo, detive-me num post muito belo de um dos melhores blogs que sigo, o Innersmile - Um voo cego a nada, do meu bom Amigo Miguel.
E comovi-me por uma questão mínima, mas que me tocou muito. A postagem dele é sobre a resposta nos Censos à pergunta sobre religião; ele respondeu que não tem religião, mas que admira a fé de quem a tem, e conta certas coisas lindas sobre esse assunto e com as quais eu concordo quase em absoluto, à excepção fundamental de que me considero religioso e tenho fé. Mas é uma religião muito minha, muito directa com Deus, sem intermediários.
A uma certa altura ele fala num cântico religioso de que se lembra desde criança e de que muito gosta: “Miraculosa Rainha dos Céus”! Também eu ainda sei de cor o refrão e gosto muito desse hino. Não sabia que a Isabel Silvestre tinha gravado na sua maravilhosa voz e fiquei agradavelmente surpreendido ao saber que está no You Tube um vídeo dessa interpretação da IS e que o Miguel lá colocou, tendo juntado no clip, imagens de cerimónias religiosas a que assistiu, na Guatemala.
Pode não ter nada a ver com o meu aniversário, mas acho que esta postagem do Miguel foi uma bela prenda e por isso aqui a deixo
.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Gamanço descarado (1)

Leio e vejo tantos blogs, dos mais variados géneros e formas e é raro ficar indiferente.
Mas algumas coisas que vejo ou leio, despertam-me um súbito desejo de os mostrar de imediato aqui no blog.
Assim, numa das últimas passagens pelo Google Reader para tentar que o mesmo esteja em dia, deparei com três coisas que resolvi roubar descaradamente e publicar aqui.
O primeiro gamanço foi feito ao amigo "O Bom Ladrão", deste vídeo irresistível.

sábado, 16 de outubro de 2010

Valha-nos Deus...



“A epidemia de sida é uma forma de justiça imanente”, afirma o arcebispo católico de Malines-Bruxelas, monsenhor André-Mutien Léonard, num livro de entrevistas agora publicado pelos jornalistas Louis Mathoux e Dominique Minten


“Quando se maltrata o amor humano, talvez ele acabe por se vingar”, disse aquele filósofo e teólogo de 70 anos, em declarações reproduzidas pelo jornal belga “Le Soir”; e que estão na linha de outras suas tomadas de posição.

Em Abril de 2007, numa entrevista ao semanário belga “Télémoustique”, o então bispo de Namur, que só em Fevereiro último transitou para arcebispo de Malines-Bruxelas, atribuíra a “anormalidade do comportamento homosexual” a “um bloqueio verificado durante o desenvolvimento psicológico normal”.

Depois das reacções iniciais à sua tomada de posição sobre a sida, o prelado fez distribuir um comunicado em que explica: “Talvez se trate de uma justiça imanente, mas quanto às causas imediatas são os médicos que estarão aptos a dizer onde é que esta doença nasceu, como é que se transmitiu inicialmente, quais é que foram as vias da sua propagação”.

Se se desejar uma consideração mais geral, prossegue mons. Léonard, ao falar da sida como “consequência de uma sexualidade livre entre adultos”, “maltratar a natureza física leva a que ela nos maltrate; e maltratar a natureza profunda do amor humano acaba sempre por gerar catástrofes a todos os níveis”.

A polémica foi levantada nos últimos dias pelo livro “Mgr. Léonard – Gesprekken”, das edições Lannoo, versão actualizada de uma obra que surgira em 2006 em francês e em que o mesmo género de considerações aparece agora em flamengo, a outra língua da Bélgica.

A chefe da bancada parlamentar do Centro Democrata Humanista (CDH), Catherine Fonck, considerou “inaceitável considerar tal doença como uma forma de punição”; e o político socialista Paul Magnette, antigo professor de Ciência Política na Universidade Livre de Bruxelas, referiu-se ao ponto de vista do arcebispo como “ignóbil”.

O ministro presidente da região valã, Rudy Demotte, escreveu na sua página do Facebook: “Possa Deus, se ele existe, punir de maneira iminente aquele que profere semelhantes alarvidades”.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Passado e presente 18 - Epigrama

Queixou-se uma noviça ao pai honrado

que da ordem um tafulão

Lhe tinha quase à força escarapelado

O virgíneo botão:

"Gritaste ao menos contra o agressor,

Misérrima tolinha?-

(Exclama o ginja, já todo em furor).

"Não, meu pai, não convinha

(Lhe torna a triste) que era pior mal;

Sendo alta a noite, tempo mui perigoso

De incomodar o meu provincial,

Que com a abadessa estava no seu gozo."



Filinto Elísio, in "Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica"



(publicado originariamente em 28 de Dezembro de 2006)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sakineh Mohammadi Ashtiani




Hesitei bastante antes de me decidir a escrever algo sobre a situação de Sakineh, a senhora iraniana condenada à morte por lapidação pelo crime de ter tido relações sexuais com dois homens já depois de ter enviuvado.
E hesitei, porque esta condenação traz agregada a si própria tantas considerações directa ou indirectamente relacionadas, que tenho medo de não parar…  Mas vou procurar falar só do essencial.
A lapidação é das mais terríveis formas de morte que existem, pois leva a uma morte lenta e com grande sofrimento; 
a foto aqui publicada é bem explícita, e mostra a dimensão “ideal” das pedras atiradas à condenada, para a não matarem de imediato, mas para a irem matando. É um crime hediondo e mesmo que no caso de Sakineh, as autoridades iranianas recuem na condenação, devido às muitas pressões internacionais, algumas delas vindas mesmo de países muçulmanos (Egipto), pergunto, quantas mulheres já morreram desta forma?  E como podem as populações colaborarem neste martírio, senão através do fanatismo religioso e seguidismo cego de leis que não são admissíveis em qualquer país civilizado.
Mas, pasme-se, ainda há pessoas, mulheres, que neste nosso país de brandos costumes enviam comentários como este, assinado por uma tal Catarina Soares, do Algarve num site da TSF sobre este assunto: Cada País tem a sua cultura, as suas regras e as suas leis. Esta senhora ao cometer este crime já sabia de antemão o que a esperava. Condeno sim a intromissão nos assuntos internos do Irão.”. Perante isto apetece meter esta senhora num avião e mandá-la para o país onde ela deveria viver, com a sua cara tapada e com a sua vida sexual condicionada por falsas moralidades.
Tudo isto se passa num país governado por um senhor, chamado  Mahmoud Ahmadinejad,
 o mesmo que há tempos disse não haver homossexuais no Irão; claro que tem razão, pois quando descobrem algum, enforcam-no! Neste mesmo país que tem andado nas bocas do mundo, por via das suspeitas de que se está a preparar para possuir a bomba atómica, continua o fanatismo religioso, como em muitos outros países islâmicos e esse é um problema, não da região, mas do mundo inteiro, pois por via dele, o terrorismo grassa e ameaça qualquer ponto do mundo.
Que tristeza ver (????) aquelas mulheres no Afeganistão, metidas dentro de uma burka que as escondem totalmente de qualquer olhar, a não ser, na intimidade do lar…Que tristeza ver todo um imenso mundo em que a mulher nada vale e em que só o homem tem poder…
Quando irá acabar tudo isto? Quando explodirmos todos????

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Não esqueçam esta data...

Hoje, 17 de Maio, faz anos que a homossexualidade deixou de ser uma doença e assim resolveu-se que nesta data se comemoraria o Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia. Quis o acaso, e não acredito senão numa coincidência, que hoje o Presidente da República convocasse os media para comunicar, "em nome da união entre todos os portugueses", a promulgação da lei aprovada no Parlamento que possibilita o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Claro que a sua resolução baseia-se na eficácia do prático, em detrimento do convencimento pessoal; como se não soubéssemos há muito o pensamento de Cavaco. Aliás a publicação tardia no D.R., apenas teve a preocupação de poder adiar esta promulgação para uma data posterior à estadia do Papa aqui, pois como receberia Cavaco o Bentinho, se já tivesse promulgado a lei? Apenas me resta concluir que Cavaco é mais esperto do que parece, pois assim, lavando as mãos como Pilatos, mas promulgando desde já a lei, não se sentirá "diminuído" por ser obrigado a promulgar mais tarde. Congratulemos-nos pois, porque hoje Portugal deu um passo muito importante na contextualização legal dos direitos humanos e isso não pode ser minorado por ninguém. A não ser pelos grandes derrotados desta decisão, que não serão exactamente os partidos da direita, mas sim em primeiro lugar a Igreja, com o Papa à cabeça;
e depois aquelas pessoas lideradas por uma "aberração humana" chamada Isilda Pegado, que se empenharam a fundo na não vigência da lei e que representam afinal a cúpula da grande homofobia que continua a reinar neste país. Finalmente quero felicitar quatro grandes amigos meus, que já deram sinal de quererem dar esse passo que é importante para a vida deles: um enorme abraço para o Luís e Gonçalo e para o Paulo e Zé! E claro para tod@s aqueles e aquelas que pensam fazer o mesmo.

domingo, 16 de maio de 2010

"Angels in America"

Revi hoje numa autêntica maratona os seis episódios da série “Angels in America”,realizada em 2003 pelo director Mike Nichols, num argumento adaptado da sua própria obra, do dramaturgo Tony Kushner.

A acção passa-se no ano de 1985, no auge da epidemia da SIDA, na América republicana de Reagan, e gira à volta de dois personagens infectados pelo vírus, um jovem homossexual (Justin Kirk), enamorado de um judeu progressista e de um conhecido advogado (Al Pacino), influente e perfeitamente obcecado por atingir os seus fins, nem sempre os mais lícitos.

À volta destas personagens gravitam inúmeras outras personagens,algumas delas representadas pelo mesmo actor ou actriz.

Entre elas, duas enormes actrizes, Emma Thompson e Meryl Streep ( esta interpretando entre outras o papel da espia comunista executada na cadeira eléctrica Ethel Rosenberg e até um velho rabi); também Emma Thompson se desdobra em três diferentes papéis.

Um outro actor que muito me surpreendeu, pela positiva foi Jeffrey Wright, interpretando um enfermeiro gay deveras esteriotipado. Também no elenco Patrick Wilson, então no início da sua carreira, Bem Shenkman e Mary-Louise Parker.

Se nas soberbas interpretações reside grande parte do êxito da série, também o argumento salienta os problemas que a SIDA levantou naqueles tempos na comunidade homossexual, e tem acma de tudo uma feroz critica ao conservadorismo político nos EUA, mormente entre os republicanos. A vertente religiosa também é bastante mencionada, principalmente no que respeita à religião mormon.

Embora não simpatizando muito com os americanos, devo reconhecer que nenhum povo tem a capacidade de se auto criticar, como eles o fazem .

É um filme com uma temática fortemente marcada pela homossexualidade, em que não reina a hipocrisia, nem a meia palavra. É suficientemente cru e duro para ser eficaz.

Fica um extracto de imagens, embora me apetecesse pôr aqui a série toda (mais de 5 horas…)


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Desculpa lá, Pedroto...e tenham "paciência"!

Se temos o original...
para que precisamos do "representante" ??????????????
É caso para dizer que, contra o que é hábito, neste caso prefiro a direita à esquerda...
Na realidade foi lindo!!!! GLORIOSO SLB!!!

sábado, 8 de maio de 2010

De Juliano a Bento XVI

Acabei de ler um livro muito interessante de Gore Vidal, que escolhi mais pelo autor, do qual estou a iniciar a leitura de alguma da sua obra, e pelo facto de se reportar a páginas da História, matéria que nunca deixou de me seduzir. Trata-se de “Juliano”, um imperador romano, que viveu no século IV D.C., e que ficou conhecido como “o Apóstata”, pois foi o primeiro imperador romano, desde que Constantino transformou a religião oficial no Cristianismo, que lutou contra esse facto, tendo restabelecido o culto dos deuses, baseado no Helenismo, e considerando Cristo apenas como mais um deus e não como o Deus único.

O livro e as suas considerações é apaixonante e trouxe-me ao pensamento a minha posição, em relação à religião, ao Cristianismo, e essencialmente ao Catolicismo, no qual fui educado, no seio de uma família profundamente católica e praticante. Quando cheguei à idade de pensar por mim próprio, fui moldando o que me tinha sido transmitido com o que ia conhecendo através da leitura e essencialmente da vida real; passei, como noutras importantes decisões da minha vida, por conflitos pessoais, no que respeita à minha rebeldia com o que convencionalmente era suposto ser e cheguei, como também noutros assuntos a um patamar de paz interior, em que me encontro neste momento: nunca reneguei Cristo, a sua dimensão humana, que me faz, apesar de tudo, acreditar que a revolução cristã foi porventura a maior revolução do mundo, sob um ponto de vista até histórico; mas consegui abstrair-me dos mistérios da Santíssima Trindade, da concepção de Jesus Cristo e das cisões que levaram à génese das diferentes formas de viver e olhar o Cristianismo, conseguindo até pensar que há nessas diferentes formas, algumas razões mais legítimas do que as do Catolicismo comandado por Roma. Continuo a ter fé, a minha fé, mas a minha visão de Deus é baseada, talvez de uma forma demasiado simplista e cómoda, numa relação directa com Cristo, sem obediência a dogmas e principalmente não subjugado a um conjunto de seres humanos, que constituem, no sentido restrito, a Igreja, hierárquicamente constituída, desde a sua base á sua cúpula, o Papa!

Sou muito crítico a esta Igreja , pois sendo os seus membros , seres humanos, são naturalmente passíveis de errar, de serem pecadores…Que absurdo eu ir confessar os meus pecados (quem os não tem?) a um homem que pode ser mais pecador que eu; e que poderes tem ele para me “absolver”? Os meus pecados “confesso-os” pelo arrependimento, directamente a Cristo. E quantos pecados, ao longo dos séculos, tem tido esta Igreja!!! Basta históricamente pensar na “evangelização” do novo mundo, com o extermínio dos "ímpios" indigenas; na autêntica desgraça que foi a Inquisição, na devassidão dos papados renascentistas e para chegar aos tempos de hoje com os escândalos da pedofilia, da continuidade da não aceitação do uso do preservativo, de tanta coisa que é ocultada, e remetida para um canto de “coisas menores”, para uma ostentação escandalosa num mundo de miséria, eu sei lá…


E assim chegamos ao actual Papa, um cardeal alemão de seu nome Ratzinguer, com obscuras ligações passadas no tempo da guerra e que, com um ar profundamente hipócrita, na sua voz terrivelmente cínica, vai pedindo perdão disto e daquilo sem assumir os seus erros, de omissão de casos de pedofilia, de condenação, no próprio continente africano do uso do preservativo, sabendo que a SIDA dizima milhões de pessoas naqueles lugares e não prescindindo dos luxos do Vaticano. Já conheci vários Papas, desde o Cardeal Pacelli, depois Pio XII, que só a minha tenra idade não deu para perceber que foi um péssimo Papa (lembro-me de em criança, ter medo da sua cara), depois o bondoso Cardeal Roncalli, João XXIII, o único que recordo com sincera saudade, passando pelo astuto e político Cardeal Montini, que conquistou o Papado à custa de uma autêntica campanha eleitoral, tornando-se Paulo VI; depois , qual estrela cadente, pairou no Vaticano uma esperança que foi o Cardeal Luciani, João Paulo I e cuja morte ainda está encoberta em mistério até nos tempos mais modernos termos tido o polaco Woytilla, João Paulo II, que colmatou muito dos seus pragmatismos (preservativo, aborto, homossexualidade), com uma extrema bondade.

De Bento XVI, que agora nos visita, já se falou demais em tão pouco tempo, e por variadas e menos boas razões. Não vou “bater mais no ceguinho” e apenas reafirmo que é um homem que não honra o Papado e que só os católicos completamente dogmáticos aceitam com satisfação. A sua visita é para mim perfeitamente vazia de sentido. Apenas lamento que o Estado português, que é um estado (ou deveria ser) laico, tanto empenho mostre nesta visita, mormente pela parte do PR, que servilmente o acompanhará por onde ele passe.

Que passe muito bem, mas que passe depressa.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Os vivos e os mortos

Sim, estou vivo, melhor, eu e o Déjan estamos vivos!!! E felizes depois de uns dias no Minho, onde percorremos sítios maravilhosos e passámos momentos de boa amizade com o nosso amigo Ophiu, que nos acolheu na sua casa de Braga (e nos proporcionou tantas amabilidades), que foi o nosso quartel general minhoto.

Daí fomos a Viana, Ponte de Lima, Barcelos, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e as maravilhas da Peneda, Suajo e do Gerez (na Peneda até fomos brindados com um nevão).

E claro vimos as festividades da Semana de Santa de Braga, e as suas procissões, incluindo a do Senhor Morto na sexta feira…

E daí a ligação a deste texto a alguém que há precisamente um ano nos deixou, mas que continua vivo na nossa memória – esse Amigo maravilhoso que foi o João Manuel, o Catatau! Onde quer que estejas, João, um enorme abraço e uma Amizade que não findou com a tua partida…

(Peço desculpa de estar tão fora da blogosfera nestes últimos tempos, mas há prioridades na vida…prometo em breve, pôr a “escrita em dia”).

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Padres e freiras...(para rir)

Este blog tem andado muito sério, demasiado preocupado com as coisas políticas e sociais. Chegou à altura de tentar sorrir, e como são anedotas, espero não ferir susceptibilidades.

Na confissão ...
- Padre, eu toquei nos seios da minha namorada.
- Tocou por cima ou por baixo da blusa dela?
- Foi por cima da blusa dela, padre.
- Você é muito estúpido! Por baixo da blusa!!!, a
penitência é a mesma!!



O velho acaba de morrer. O padre encomenda o corpo e
rasga-se em elogios:
- O finado era um óptimo marido, um excelente cristão,
um pai exemplar!!...
A viúva vira-se para um dos filhos e diz-lhe ao ouvido:
- Vai até o caixão e vê se é mesmo o teu pai que está lá!



Na hora do almoço, a madre superiora anuncia:
- Irmãs, hoje teremos bananas de sobremesa!!
- Ehhhhh hhhh!!!!Vibram as freiras.
- Em rodelas!!,acrescenta a madre
E as freiras, decepcionadas:
- Ooooohhhhhhhhh!!!!...



A freira vai ao médico:
- Doutor, tenho tido ataques de soluços, que não me
deixam viver. Não durmo, não como, e tenho dores no corpo de tanto
movimento compulsivo involuntário.
- Tenha calma, irmã, que vou examiná-la.
O médico examina-a e diz:
- Irmã, a senhora está grávida.
A pobre freira levanta-se e sai a correr do
consultório, em pânico.
Uma hora depois, o médico recebe uma chamada da madre
superiora do convento:
- Doutor, o que é que o senhor disse à irmã Carmen?
- Cara madre superiora, como ela tinha um forte ataque
de soluços, eu disse que ela estava grávida. Espero que com o susto
ela tenha parado de soluçar!
- Sim, a irmã Carmem parou de soluçar, mas o padre
Paulo atirou-se da torre da igreja!!!




Um padre está em missão em pleno pantanal mato-grosso,
quando lhe aparece pela frente uma enorme onça faminta. A fera lambe
os lábios e prepara-se para atacar.
O padre ajoelha-se e diz:
- Ó Senhor, incute nesta fera sentimentos cristãos!
E a onça:
- Senhor, abençoai este alimento que vou tomar!



No confessionário:
- Padre, ontem eu dormi com meu namorado.
- Mas isso é pecado e pecado mortal, minha filha. Reze
cinco Pade Nossos de penitência.
A jovem fica mais algum tempo ajoelhada, pensa um
pouco e depois pergunta ao padre:
- Padre, e se eu rezar dez Padre Nossos? Será que hoje
posso dormir com ele outra vez?



O Jaiminho passa diante da janela do padre, com um pão
numa das mãos, a outra no bolso e diz:
- Boa tarde, senhor padre!
- Boa tarde, meu filho! Vejo que tens a semente da
vida numa das mãos.
E o que é que tens na outra mão?
- É um pão, senhor padre!


A campainha toca na casa de um tipo muito avarento.
O sujeito abre a porta e dá de caras com duas
freiras, pedindo donativos e que lhe dizem:
- Meu filho, nós somos irmãs de Cristo e...
O avarento atalha:
- Arre porra, estão muita bem conservadas!!!!



Já muito tarde, um padre passa perto dum cemitério e
apanha o maior susto da sua vida, quando ouve:
- Huuuum, huuuuum, huuuuuuuuum!
O padre pára, reza um Pai Nosso, faz o sinal da cruz,
enche-se de coragem e pergunta:
- De que é que esta pobre alma precisa?
E a voz responde-lhe:
- De papeeel higiéééééénico!



O padre Valdemar vai à prisão dar a última bênção a um
condenado, minutos antes da execução.
- Vim trazer-lhe a palavra de Deus.
- Não era preciso padre! Daqui a pouco já vou estar
pessoalmente com Ele...


Como se pode ver são perfeitamente inofensivas; ficaram desiludid@s??? Ora aí estão duas, para terminar, um pouco mais ousadas:


Num voo charter, velho quadrimotor, viajam 50 freiras, que se deslocavam ao Brasil para um congresso: eram as únicas passageiras. Pouco depois de levantar voo, um dos motores pára; o piloto diz para o co-piloto: "não há problema, ainda temos 3 motores; a meio do oceano pára um segundo motor; pergunta o co-piloto. "E agora'", responde o piloto: "ainda temos dois, isto aguenta". Já não longe da costa falha um terceiro motor: "Oh diabo, que gaita" diz o piloto, "o que vale é que estamos perto e com sorte chegamos lá". Rio de Janeiro à vista e o quarto e último motor dá o berro; o piloto diz apressadamente para o co-piloto: "vamos ejectarmos-nos!!!" Pergunta este: "e as freiras???", responde o piloto: "olha as freiras f*******!!" Ao que o co-piloto pergunta, incrédulo: "E há tempo, ainda há tempo???".


Num convento, todas as noites se ouvia um barulho estranho vindo de uma das celas: "chap, chap, chap..." As irmãs foram falar com a madre superiora que resolveu ir ver o que se passava; abriu a porta da cela e deparou com uma irmã a lavar as suas partes intimas, ao mesmo tempo que ia dizendo: "já que não comes, bebes!!!!!!"


Se a Isilda Pegado sabe disto faz queixa de mim ao Bentinho e lá sou eu excomungado...


domingo, 21 de fevereiro de 2010

Oração pela Família

Como diz o Daniel, e bem (quase sempre gosto do que ele diz), ontem "as boas almas encontraram-se"!!! E já agora vejam os outros dois vídeos que ele publica a seguir, dedicados ao mesmo tema.

Aproveitem e tentem descobrir a Isilda Pegado no coro, no vídeo; é a da verruga!!!!