sábado, 10 de julho de 2010

Desenrascanços

Por vezes usamos a imaginação para, a partir de coisas muito simples, resolvermos algumas carências.
Isto aplica-se muito bem ao nosso povo, ou não fossemos nós conhecidos como "desenrascados"...
Vejamos alguns exemplos

quarta-feira, 7 de julho de 2010

"Criação"

O protagonista deste romance,  um dos mais conhecidos e celebrados de entre a vasta obra de Gore Vidal, (de quem li há pouco o fabuloso”Juliano”), é Ciro Spitama, neto do profeta Zaratustra, que foi educado segundo
a disciplina militar da corte persa. Ainda jovem, recebeu o cargo de embaixador, o que o levou, em sucessivas missões oficiais, a transpor as fronteiras do seu reino, que então se estendia do Mediterrâneo até à India.
Fascinado pelas interrogações fundamentais que se colocam ao género humano (como é que foi criado o Universo? Por que motivo é que o aparecimento do mal é simultâneo ao do bem?), Ciro deslocou-se tanto às regiões para onde Buda se retirara, como ao lugar onde Confúcio costumava pescar, como à própria cidade de Atenas, onde chegou a encontrar-se com Sócrates.
O século V a.C. foi decerto um dos mais férteis períodos da história da Humanidade. Nele viveram Dario e Xerxes, reis da Pérsia, Buda, Confúcio, Heródoto, Anaxógoras, Sócrates e Péricles. E foi nessa mesma época que se concebeu todo um conjunto de ideias espirituais, filosóficas e políticas, sobre o qual assenta ainda em parte o mundo que conhecemos. É esse universo fascinante e só aparentemente um pouco longínquo que Gore Vidal nos descreve nas páginas deste livro, considerado um dos exemplos máximos do romance histórico contemporâneo.

Não é, de forma alguma, um livro fácil de ler, dado as várias teorias filosóficas nele insertas; mas, para mim supriu uma enorme lacuna no fascínio que a História sempre me envolveu. Ajudado por dois excelentes professores de História, que me incutiram com o seu entusiasmo, o gosto pela disciplina, sempre me questionei o porquê de na altura, e no que concerna às chamadas civilizações da Antiguidade, termos dado o natural relevo às civilizações grega e romana, termos focado o essencial do Egipto, da Fenícia, da Mesopotâmia e da Pérsia, e termos geograficamente, parado aí. Porquê o vazio sobre as civilizações desse tempo na Índia e na China (Catai era a sua denominação), bem como nada haver sobre os Maias, Incas ou Aztecas…
Agora fiquei mais elucidado sobre essa história dos vários reinos que constituíam a península indiana e a enorme confusão dos ducados e reinos do Catai; mas aprendi não só os factos políticos, as guerras e as intrigas, pois também fiquei com uma ideia bastante interessante sobre a economia e a sociedade daquelas terras nessa época, e posso dizer que fiquei maravilhado com muito do que aprendi.
E ainda por cima é difícil congregar numa só obra muito da doutrina de Buda, Confúcio e Zaratustra; isto para quem só se habitou nos manuais de estudo da Filosofia a saber algo sobre os clássicos filósofos gregos, nomeadamente Sócrates e Platão.


Como “aperitivo” para quem se atrever a ler esta complexa mas brilhante obra de Gore Vidal, aqui deixo, na visão de Confúcio, quais eram as “quatro coisas feias” da sua teoriasobre o ser humano:  
- Primeira, condenar um homem à morte sem primeiro lhe ensinar o que está certo; esta chama-se selvajaria. Segunda, esperar que uma tarefa esteja pronta numa data determinada, sem primeiro ter dado aviso ao operário; isto é opressão. Terceira, ser vago nas ordens dadas e ao mesmo tempo esperar meticulosidade; isto é ser perseguidor. E última, dar de má vontade a uma pessoa o que é seu de direito; isto é desprezível e mesquinho.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Súplica


Quando eu estiver triste, abraça-me!
Mas como o abraço longínquo é difícil, acaricia-me com palavras...
As saudades por vezes, tornam-se demasiado penosas.


when I need you
I just close my eyes and I'm with you
and all that I so want to give you
It's only a heartbeat away

when I need love
I hold out my hands and I touch love
I never knew there was so much love
keeping me warm night and day

miles and miles of empty space in between us
the telephone can't take the place of your smile
but you know I won't be travelin' forever
it's cold out, but hold out, and do like I do
when I need you
I just close my eyes and I'm with you
and all that I so wanna give you babe
it's only a heartbeat away

it's not easy when the road is your driver
honey that's a heavy load that we bear
but you know I won't be traveling a lifetime
it's cold out but hold out and do like I do
oh, I need you

when I need love
I hold out my hands and I touch love
I never knew there was so much love
keeping me warm night and day

when I need you
I just close my eyes
and you're right here by my side
keeping me warm night and day

I just hold out my hands
I just hold out my hand
and I'm with you darlin'
yes, I'm with you darlin'
all I wanna give you
it's only a heartbeat away



domingo, 4 de julho de 2010

Na despedida...o tango

Agora que a Argentina foi despachada por quatro tanques germânicos e que estamos livres de ver o Maradona nu na mais conhecida zona de Buenos Aires, uma sentida homenagem, na música que é o símbolo da nação argentina, o tango, e numa versão linda desse magnífico grupo que se chama Gotan Project

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Para o Déjan...


Li um dia destes no sempre interessante blog Jugular” um belo poema da Dra. Isabel Moreira, conhecida jurista e que muito admiro, sobre a Sérvia.

Claro que não fiquei indiferente, pois, embora em situações pessoais diferentes, com certeza, o poema refere-se a alguém que a autora conheceu na Sérvia e também eu conheço muito bem alguém da Sérvia, e que me transmitiu exactamente os mesmos sentimentos que o poema refere acerca da posição dos sérvios durante a guerra dos Balcãs.

Aqui deixo a transcrição do belo poema e também do comentário que lá deixei.

“E depois há uma música
Que é sempre a mesma
Que são muitas outras
Que é sempre a mesma
Que eras sempre tu
E depois disseste-me, com a voz nas pálpebras:
Eu não tenho esses séculos de fronteiras
Eu não tenho a paz de saber das minhas memórias
Eu não sou eu até que me não doa a casa magoada do meu tio
E a grávida morta porque morta antes a mulher do assassino
E por isso dizias-me, sem uma lágrima na voz:
Isto é só isto é a dor da identidade; de que falas, Isabel?

E depois agarravas uma viola e era uma outra voz
Que era sempre a mesma
Que eram muitas outras
Que era muito tua
E o som da tua voz inutilizava o significado das palavras
Que não entendo
E que me dizia tudo
Um tiro de raízes ciganas, pelo meio de todas muçulmanas, croatas, albanesas
E as tuas, isso que projectava a pergunta: de que falas, Isabel?
Os olhos cerrados de um sérvio a recuar aos sons
Que eram tantos
Que eram muitos outros
Que terão sido sempre aqueles
Cantados antes que gritados
Ou chorados
Ou sangrados
De que falas, Dragan?
E tu a dizeres: eu preciso de tempo
E que fosse a partir de um sítio com o nome de lugar novo
E assim a dizeres-me, de viola na mão, que precisas de viver
Com a paz muito sofrida da palavra eu.”

O meu comentário:

Dá-se o caso que também na minha vida há um "Dragan" e que através dele, fiquei a conhecer não só melhor a nação sérvia, mas também muito do que desconhecia que se passou na terrível guerra dos Balcãs e que aqui chegava, tantas vezes distorcido pelas agências noticiosas reconhecidamente anti Servia.

Houve nomes de que os sérvios se envergonham, com Milosevic à frente; mas houve também nomes que deviam envergonhar croatas e bósnios.

Mas é sempre conveniente arranjar bodes expiatórios.


E para terminar, uma música bem representativa daquele país.

sábado, 26 de junho de 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Festival Sete Sóis Sete Luas


Como é habitual, nas sextas feiras de Verão, realiza-se no anfiteatro da Fábrica da Pólvora, em Barcarena, este Festival, que costuma trazer até nós música algo alternativa de músicos pouco conhecidos no nosso país, mas de inegável valor.
Para começar, hoje há um duo basco (Iñaki Plaza e Ion Garmendia), que parece valer a pena.
Deixo aqui a programação integral do Festival, para quem esteja interessado; os concertos começam às 22 horas e são de entrada livre.
Apenas deixo um conselho: vão agasalhados, pois estas noites de "Verão" são particularmente frescas ali.


25 de Junho . Iñaki Plaza e Ion Garmendia (País Basco)
2 de Julho . Mercedes Peón (Galiza)
9 de Julho . Eugenio Bennato (Itália)
16 de Julho . Mário Lucio (Cabo Verde)
23 de Julho . Massimo Laguardia (Sicília)
30 de Julho . Banda Del Pepo (Múrcia)
6 de Agosto . Orchestra Popolare Italiana (Itália)
13 de Agosto . Les Voix du 7Sóis (Mediterrâneo)
20 de Agosto . Maria Del Mar (Andaluzia, Cádiz)
27 de Agosto . Rocío Márquez (Andaluzia, Huelva)
3 de Setembro . Kristi Stassinopoulou (Grécia)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

sábado, 19 de junho de 2010

"Dois dias para esquecer"

Aos 42 anos, Antoine é um publicitário de sucesso, casado com Cécile, de quem tem dois filhos, vive numa bela casa e tem tudo para ser feliz.
Mas, num fim-de-semana como outro qualquer, Antoine sente que nada faz sentido e inicia um processo de autodestruição, arrasando com tudo o que tinha construído até aí: desde a sua vida profissional até cada uma das suas relações afectivas. Para surpresa de todos, durante um jantar na sua casa de campo, mostra-se rude e intransigente, insultando cada um dos presentes. Acaba por expulsá-los e, depois de uma terrível e definitiva conversa com a mulher, abandona a sua casa e tudo o que ela significa.
Em apenas dois dias, Antoine, um homem comum, destrói todas as bases da sua vida. Será esta apenas uma crise de meia-idade?

Este é o tema de um belíssimo filme de Jean Becker,” Dois dias para esquecer”, muito bem interpretado por um excelente Albert Dupontel e que de algum modo estabelece pontos de contacto com o filme de François Ozon “Le Temps qui reste”.

Faz-nos pensar e de que maneira, na precarieridade da vida e também nas difíceis opções que por vezes se verificam num relacionamento baseado no amor.

No final, comovente, ouvimos esta belíssima canção na voz magnífica de Serge Reggiani, precisamente com o mesmo nome do filme de Ozon: “le Temps qui reste”.

Quanto tempo ...
Por quanto tempo mais
Anos, dias, horas, como?
Quando penso nisso, o meu coração bate tão forte ...
O meu país é a vida.
Quanto tempo ...
Quantos

Eu o amo tanto o tempo que resta ...
Quero rir, correr, falar, chorar,
E ver, e acreditar
E beber, dançar,
Gritar, comer, nadar, saltar, desobedecer
Eu não terminei, eu não terminei
Voar, cantar, ir, deixar
O sofrimento, o amor
Eu amo tanto o tempo que resta

Eu não sei onde eu nasci, ou quando
Eu sei que não há muito tempo ...
E que o meu país é a vida
Também sei que meu pai dizia:
O tempo é como o pão ...
Guarda-o para amanhã ...

Eu ainda tenho pão
Eu ainda tenho tempo, mas quanto?
Eu quero jogar ainda ...
Eu quero rir montanhas de riso
Eu quero chorar inundações de lágrimas,
Eu quero beber barcos carregados de vinho
De Bordeaux e da Itália
E chorar, dançar, voar, nadar em todos os oceanos
Eu não terminei, eu não terminei
Eu quero cantar
Eu quero falar até ao fim da minha voz ...
Eu amo tanto o tempo que resta ...

Quanto tempo ...
Por quanto tempo mais?
Anos, dias, horas, quantos?
Quero histórias, viagens ...
Eu tenho tanta gente para ver, tantas fotos ..
Crianças, mulheres, homens grandes
Pequenos homens, engraçados, tristes,
Alguns muito inteligentes e outros idiotas,
É engraçado, os idiotas, isso acalma,
É como a folha no meio das rosas ...

Quanto tempo ...
Por quanto tempo mais?
Anos, dias, horas, quantos?
Eu não ligo meu amor ...
Quando a música parar, eu vou dançar ainda ...
Quando os aviões não voarem mais, eu vou voar sozinho ...
Quando o tempo parar ..
Eu ainda te amarei
Eu não sei onde, não sei como ...
Mas ainda te amarei ...
Concordas?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Os "antigos combatentes"

Pela sua importância, pelo oportuno da sua publicação, por ser eu um "antigo combatente"*, porque já tardava, porque é justo, aqui deixo o artigo de opinião do director do DN, João Marcelino, acerca do dia 10 de Junho.


* "antigo combatente" não significa ter andado a combater pela manutenção do colonialismo ou ter ideias fascistas e de direita; é tão simplesmente ter tido que optar por não emigrar, não ficar anos a fio separado da família; não se considera um "antigo combatente" como um ser amante da violência ou racista, nem sequer um português imbuído do dever de defender a pátria, porque aquelas regiões não eram a minha pátria...

(clicar para aumentar)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Alentejo da minh'alma...


Adoro o Alentejo; vivi quatro anos em Serpa e aprendi a gostar das terras e das gentes.

Muitas anedotas se contam sobre os alentejanos e eles próprios as contam, sem se ofenderem.

Assim sendo aqui vai uma série delas, para descontrair do último post, que parece que incomodou algumas pessoas...


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"Estavam dois alentejanos num café, já bêbados, quando passa uma equipa de futebol de anões.

Então um dos alentejanos vira-se para o outro:
- Oh compadre, quem é que deixou fugir os matraquilhos?"


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"Dizia uma comadre para outra:
- Oh comadre, eu sou extremamente asseada, mudo de roupa interior três vezes por dia.
Diz-lhe então a outra:
- Eu também fui assim até aos dois anos, mas depois nunca mais foi necessário."


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"Um alentejano está estendido debaixo de uma figueira de barriga para o ar e de boca aberta.
Cai-lhe um figo na boca e ele fica na mesma posição.
- Por que é que não comes o figo? - pergunta-lhe o companheiro.
- Estou à espera que caia outro, para me empurrar este para baixo."


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"Estavam dois alentejanos sentados e diz um para o outro:
- Ei compadre, tem a mão inchada!
Responde o outro:
- Mais vale uma mão inchada do que uma enxada na mão!"


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"Estavam dois alentejanos encostados a um chaparro, um deles volta-se para o outro e pergunta:
- Compadre, eu tenho a braguilha aberta?
O outro responde:
- Não, Compadre, não tem.
Responde o primeiro:
- Porra, então faço amanhã!"


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"Vai um casal francês de visita ao Alentejo, mas, ao descer do autocarro, a mulher tropeça, cai e o vestido sobe-lhe até à cintura... Muito resignada, olha para o marido e comenta:
- C'est la vie!!!
O alentejano perto do local, que tinha apreciado toda a cena, replica:
- Se la vi! Se la vi! Vi la toda!"


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"Dois alentejanos:
- Atão, compadre, nã quêra lá ver que hoje de manhã fui dar com dois caracóis no mê quintali!
- Ah sim!? E atão o que é que você fez?
- Ah compadre! Um ainda o apanhei, mas o outro... conseguiu fugir!!!


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"Dois alentejanos, zangados há muito tempo, passam um pelo outro, num caminho.
Um deles leva um bovino à frente.
Diz o outro:
- Atão, vai passear o boi?
O outro, muito admirado:
- Essa agora, compadre? A gente nã se falava há tanto tempo! Mas isto nã é um boi, é uma vaca. O compadre enganou-se.
Resposta do primeiro:
- Ê cá nã falê consigo. Foi com a vaca!"


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"Uns lisboetas de viagem ao Alentejo vêem um alentejano junto a uma paragem de autocarro e, tentando entrar no gozo, perguntam:
- Compadres, a que horas chega aqui o autocarro da Rodoviária?
- A gente aqui na chama Rodoviária, é cameneta da carrera!
- Mas compadre, a Rodoviária é a transportadora nacional!...
- Já lhe disse, a gente aqui chama cameneta da carrera!
Já irritado, o lisboeta vira-se e pergunta:
- E como é que chamam aos filhos da puta?
- A gente aqui nã os chama, eles vem cá teri!"


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"A jornalista tentava iniciar uma entrevista com um alentejano, que minuciosamente estudava o firmamento, debaixo do chaparro.
A jornalista: Aquele monte além dá trigo?
O alentejano: Na dá nada...
A jornalista: E dá batata?
O alentejano: Na dá batata, não...
A jornalista: Então, dá centeio?
O alentejano: Na dá nada...
A jornalista: E semeando milho?
O alentejano: ÁÁÁHHHHHHH, semeando já é outra conversa...!!! "


domingo, 13 de junho de 2010

Why not ?








Sim, porque não mostrar nalgumas fotos que o amor, a paixão e o desejo não ofendem, se retratados com beleza e sensibilidade?. Bom dia de Santo António, padroeiro dos casamentos, de todos os casamentos!!!!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

World Cup 2010


Aí está ele, o Campeonato do Mundo de Futebol, que, quer se goste ou não, vai ser o grande acontecimento mundial durante os próximos 30 dias, com milhões e milhões de espectadores nas televisões de todo o mundo. Pegando numa ideia do Glauco , e porque gosto de futebol, vou aqui deixar os meus vaticínios para esta primeira fase por grupos:

Grupo A: África do Sul, México, Uruguai e França

a França passará com certeza, e para mim, a África da Sul acompanhará os franceses.

Grupo B: Argentina. Nigéria, Coreia do Sul e Grécia

Argentina, claro, e porque não a Grécia?

Grupo C: Inglaterra, Estados Unidos, Argélia e Eslovénia

Inglaterra e Estados Unidos, of course...

Grupo D: Alemanha, Austrália, Sérvia e Gana

Alemanha e... Sérvia (força Déjan!)

Grupo E: Holanda, Dinamarca, Japão e Camarões

Holanda e Dinamarca(?)

Grupo F: Itália, Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia

Itália e Paraguai, certamente.

Grupo G: Brasil, Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal

PORTUGAL e Brasil, sem dúvida!!!!

Grupo H: Espanha, Suiça, Honduras e Chile

Espanha e... Suiça.

Depois, logo se vê. Claro que gostaria que Portugal ganhasse, mas uma coisa é gostar e outra é a realidade e desde já arrisco uma final Brasil - Argentina, com a vitória final da equipa de Messi e de...Di Maria.

E vamos a isto com a Shakira!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Queer Lisboa 14


Realiza-se de 17 a 25 de Setembro o 14º. Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa, como sempre nos últimos anos no Cinema S.Jorge.
A apresentação do Festival realizou-se ontem à noite, e foi anunciado que o filme de abertura será o célebre filme brasileiro "Do Começo ao Fim", sobre uma relação incestuosa entre dois irmãos.
Entretanto e para "abrir o apetite", foi apresentado em ante-estreia o filme uruguaio "El Quarto de Leo", de Enrique Buchichio e que será apresentado durante o festival.
Trata-se de um filme muito bom, de uma cinematografia quase desconhecida em Portugal e que nos mostra as dúvidas de um jovem, não só acerca da sua sexualidade, mas da sua vida em geral; sem dramas, os problemas são apresentados de uma forma muito natural e é um filme altamente recomendável.
Deixo o vídeo com o trailer do filme.

Infelizmente este ano não vou estar presente no Festival, mas é
por uma boa razão: estarei em Belgrado, com o Déjan!!!!

domingo, 6 de junho de 2010

Uma voz "incómoda"

É com imenso agrado que registo aqui uma oportuna intervenção do sempre polémico deputado europeu francês Daniel Cohn-Bendit, (célebre desde o Maio de 68), acerca das exigências feitas à Grécia, sobre a "resolução" para a sua gravíssima crise financeira.
Fica o testemunho, e o "aviso" do que nos pode vir a ser pedido...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Na despedida, meu amor

Na despedida, meu amor, uma Ode de José Régio; tu não partes. Apenas vais "voar" por uns tempos...


"Nuvens tocadas pelos ventos, ide!

Lá para além de vós, o céu não passa.

Contra as rochas erguidas e paradas,

Desfazei-vos na vossa eterna lide,

Ondas!, flocos de espumas encrespadas…


Que a praia, não há onda que a desfaça.


Desfolhai-vos nas asas do tufão,

Rosas inda em botão esta manhã,

Folhas aos velhos troncos arrancadas!

Cinzas levais, só cinza!, em vossa mão,

Tempestades futuras e passadas!


Sobre a semente, a vossa fúria é vã.


Decorrei, dias meus já sem sentido

Senão o de ficar, que não é vosso

Dissolvei-vos no ar, mãos revoltadas!

Gestos, formas, visões, sons, pó erguido,

Voltai ao pó das tumbas ignoradas!...


Que não se apaga a luz de além do poço.


Sou, como as nuvens sou que nada são,

E as ondas frágeis como vãs quimeras,

E as pétalas e as folhas desfolhadas,

E as formas fogos-fátuos da ilusão…

Correi , lágrimas fúteis enganadas!


Mas tu canta, minh’alma! Enquanto esperas."

terça-feira, 1 de junho de 2010

Belíssimo fim de semana

Foi um belíssimo fim de semana!
Os nossos amigos João e Carlos (os melhores amigos do mundo, apenas com um “pequeno” defeito – para eles não há horas…), vieram buscar-nos para irmos até Setúbal à Festa da Sardinha; difícil estacionar, gente e mais gente e nós com fome. Após encontrarmos a amiga Lena fomos comer sardinhas sim, mas a uma tasca encantadora, e não foi só sardinha, mas tantos outros peixes grelhados , todos fresquissimos; o Déjan adorou os chocos com tinta e com as saladas, as batatas e tudo o mais, foi um almoço memorável que acabou eram quase 5 horas. Depois fomos dar uma volta à Festa da Sardinha,

fomos comprar camarões e ameijoa da boa e eis-nos a atravessar o Sado
a caminho de uma Tróia que renasce diferente e linda.
Daí rumámos pela Comporta até Grândola e fomos comprar pão e coentros e lá seguimos para o cada vez mais bonito monte dos nossos anfitriões
e com todos os atrasos, do festival da Eurovisão, vimos…a votação.

O nosso jantar foi uma pratada monumental de ameijoa à Bulhão Pato, com bom pão alentejano e várias variedades de camarão, tudo regado com bom vinho branco.

Para fazer a digestão fomos divertir-nos com umas renhidas partidas de snooker, que há tanto tempo não jogava e quando demos pelas horas eram quatro da matina.

Domingo, pela hora do almoço, devido à piscina do monte estar muito suja, fomos almoçar perto da Lagoa de Santo André… peixinho, pois então – espetada de lulas! E depois lá fomos para a bela praia da Vacaria,
entre Melides e Sines, onde o mar estava bravio, mas deu para eu e o Déjan brincarmos com as ondas, como crianças…

Ainda fomos ver Sines e o seu Vasco da Gama,
antes de rumar ao monte para um duche retemperador e um jantar com o resto das ameijoas, dos camarões e um bom presunto.

Arrumadas as coisas regressámos a casa, era uma da manhã, cansados mas muito felizes.

O resto…não conto!!!!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Do Oeste ao Ribatejo...

Foi um dia extremamente bem passado. Pela manhã, visitámos um local que há muito estava programado, mas só agora pude concretizar: o Buddha Eden,
que fica no Carvalhal, ali perto de Bombarral; este jardim é muito interessante e penso que estará ainda numa fase inicial de um projecto mais vasto e daqui a uns anos estará muito mais valorizado e constituirá uma atracção de um enorme relevo.
Depois da visita aguardava-nos um excelente almoço, ali a dois passos, num dos mais afamados restaurantes de toda a região Oeste - O LAGAR!
Recomendo-o vivamente.
E eis-nos na direcção da capital ribatejana por estradas secundárias, passando pelo Cadaval e pelo Cartaxo.
Em Santarém dirigimos-nos primeiro às famosas Portas do Sol, um excelente miradouro sobre o Tejo e um aprazível lugar. Depois e a pé, percorremos a zona histórica da "capital do gótico", admirando as suas muitas igrejas, entre as quais a que alberga o túmulo de Cabral,
que nasceu lá bem perto da minha terra, em Belmonte.
Fomos depois a Alpiarça e foi pena não termos podido visitar a famosa "Casa dos Patudos", onde viveu aquele que há 100 anos proclamou a República na varanda da Câmara de Lisboa - José Relvas; mas além de termos chegado tarde a casa está em obras.
Passámos por Almeirim e fomos até à beira do Sorraia, a uma bonita e pacata vila,
Coruche de seu nome, onde jantámos.
E lá regressámos, pela ponte Vasco da Gama à nossa querida Lisboa.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Voltar a Sintra

Voltar a Sintra, é sempre um prazer! E voltar a ver os efeitos da beleza quase irreal daquela terra reflectidos no encanto provocados no Déjan, ainda é um prazer maior. Desta vez o objectivo era muito concreto e além de passear pela vila, não incluía as habituais visitas à Pena, ao Castelo dos Mouros, a Monserrate, Seteais, Regaleira, nem sequer ao Palácio da Vila.
Apenas e tão só ir conhecer o Museu de Arte Moderna,
onde estão patentes duas exposições temporárias: Uma sobre as obras de Leal da Câmara,
figura ímpar do caricaturismo português do final do século XIX e da primeira metade do século XX, e que está dividida em duas partes - uma com as suas obras ferozmente críticas da monarquia, que o tornaram um arauto dos ideais da República, este ano centenária e que apareceram em variadas publicações da época e o levaram ao exílio, em Espanha, França e Bélgica, onde continuou a colaborar em célebres publicações que internacionalmente reconheceram o seu mérito;
e uma segunda parte, desde o seu regresso já na vigência republicana, mas continuando a criticar com a sua arte as figuras desse tempo e o conturbado início desse novo período da política portuguesa, a cobertura da 1ª.G.G., em que Portugal participou, e as grandes figuras europeias de então até culminar na 2ª.G.G. e também nos aspectos vários da vida dos portugueses, principalmente da região saloia, que ele bem conhecia, pois foi na Rinchoa, ali bem perto de Sintra, que se fixou e morreu, em 1947 e onde está a Casa Museu com o seu nome e que possui grande parte da sua obra, agora aqui mostrada.

A segunda exposição está consagrada à World Press Cartoon de 2010,
onde estão as principais obras no campo da caricatura, quer de figuras quer de acontecimentos que marcaram o ano transacto, numa enorme e múltipla mostra do talento de tantos artistas de todo o mundo, com trabalhos do mais alto nível e que obtiveram prémios, como acontece no caso da fotografia, distribuídos por diversos sectores. Destes prémios deixa-se aqui uma imagem do galardão máximo, no campo da caricatura pessoal.

Foi depois tempo de ir conhecer e mostrar uma das relíquias que Sintra alberga - o Hotel Lawrence,
onde Lord Byron e Eça, entre outros permaneciam durante as suas estadias por esta terra; é um pequeno e magnífico hotel , com cerca de dezena e meia de quartos todos diferenciados, com belíssimos recantos e uma conservação notável; o Ricardo que ali trabalha na recepção foi um precioso guia deste magnífico local.

Após um aprazível café numa esplanada junto ao Palácio da Vila, bem no coração da vila, um pequeno passeio pelas pequenas e movimentadas ruas estreitas e plenas de lojas bonitas com artigos para turistas e variadíssimas ofertas para satisfação gastronómica, acabámos por nos juntarmos a um casal amigo de há muitos e muitos anos, o João e o Carlos, para no sempre acolhedor e já tradicional para nós, Restaurante Apeadeiro, ali à beira da Estação,e bem perto da casa de ambos, nos entretivemos umas horas num bem conversado jantar, também com o Duarte que nos acompanhou nesta visita. E logo ali se delineou um fim de semana que promete muita animação...