Há, por vezes, coisas pequenas que vão acontecendo na vida, e que quase sempre, para a maior parte das pessoas, não passam de simples "fait divers".
Não para mim, principalmente quando me sinto ferido, e ainda mais, quando percebo que essas pequenas coisas afectam ou podem afectar um dos sentimentos mais belos e preciosos que um homem pode ter: a Amizade.
Não sou, nem nunca serei uma pessoa de ressentimentos, e ao longo da vida, infelizmente, fui aprendendo a criar uma couraça para que essas pequenas coisas não me magoem demasiado; mas não tenho culpa de, talvez por um excesso de sensibilidade, não conseguir ficar indiferente a elas.
Vale-me nessas alturas, pensar positivo, e, nesse sentido, "refugiar-me" nas amizades que sabem preservar e cultivar esse sentimento.
E, afinal, de que me queixo, se essas amizades são tantas e me dão tanta força?
oh meu querido pinguim... que surpresa este teu post logo num momento da minha vida em que vou tirando a venda dos olhos em relação a determinadas amizades... tenho planeado um post sobre o tema, mas como vai ser bem ácido, ainda não o alinhavei...
ResponderEliminarao contrário de ti, eu ainda não criei essa couraça que permite ultrapassar as pequenas traições desses supostos "amigos", de modo que tudo me magoa... amigos vou tendo poucos e os que tenho parecem preferir outras amizades... talvez o problema seja meu ou talvez seja deles... tenho mesmo de arranjar novas amizades ou perderei para sempre a minha capacidade de acreditar em tão belo sentimento... enfim, não quero ser dramática... digo-te apenas que fico contente que tenhas tantas amizades e que te dêem tanta força, não há nada melhor ;)...
Beijinhos
Minha querida Anita
ResponderEliminarnão vou dramatizar algo que aconteceu, ao ponto de me sentir traído numa amizade; apenas tenho uma característica, que para muitos será defeito, mas não para mim, que é ser muito, talvez demasiado exigente para com os meus amigos; claro que nem todas as pessoas são iguais ou se regem pelos mesmos princípios.
Para mim, quando noto que um amigo está discordante de mim, claro que vinco a minha opinião e procuro explicar o meu ponto de vista, mas NUNCA uso pequenas lanças contra ele, que são muitas vezes, quase sempre, muito mais sofridas do que as discordâncias ditas sem ser nas entrelinhas. Posso não ter a erudição e os saberes que outros têm, mas possuo a inteligência suficiente, para perceber essas pequenas coisas que o meu texto refere; é tudo.
Quanto aos amigos, estou muito feliz, podes crer com os que possuo, mas como dizes em relação a ti própria, há que ir tirando a venda dos olhos...
Beijoquitas.
Amizades, caríssimo...Experiências.
ResponderEliminarVou-te transcrever as palavras da Ana Ramon que o teu post fez-me recordar:
"(...)E o curioso é que à medida que crescemos (ou que envelhecemos), deixamos de ver palhaços queridos a transformarem-se em pessoas banais, para vermos algumas pessoas que consideravamos queridas a transformarem-se em banais palhaços(...)"
Se quiseres perceber melhor o contexto vê o seu post de 20.10.2006 - "Um parêntesis" em http://www.paixaodossentidos.blogspot.com
Ups.. esqueci-me de mandar aquele abraço :)
ResponderEliminarAté breve!
Querido amigo Pinguim, essa atenção a pequenas coisas pode de facto funcionar contra nós...porque é muitas vezes nas pequenas coisas que tudo se revela...quando as maiores parecem enganar...e custa abrir os olhos para isso. Mas tal como foi dito anteriormente, penso que faz parte do processo de crescimento...
ResponderEliminarDa minha parte, tens sempre uma amiga pronta a dar um abraço e a ouvir (mesmo que seja no espaço virtual) tal como tens feito comigo, tão generosa e carinhosamente :)
Um grande abraço e beijoquitas enormes :)
João, meu bom amigo
ResponderEliminarem boa hora me deste o endereço da tua amiga Ana Rámon, o qual visitei em diagonal, mas onde li atentamente o post que referencias. A ideia que fiquei do blog é muito boa, tanto que vou lá um dia destes, fazer uma visita; quanto ao texto em questão é delicioso e comovente ao mesmo tempo; aliás todo o post está muito bem construído com todas aquelas lembranças familiares e da sua infância. Um obrigado sincero a teres-me transportado até ela.
Um abração amigo.
Catwoman, minha querida amiga
ResponderEliminarobrigado pelas tuas palavras e pela maneira idêntica como vês "essas pequenas coisas". Só não estou de acordo quando dizes que isso faz parte do nosso processo natural de crescimento; no meu caso deve ser do processo natural de envelhecimento, eheheheh.
Uma beijoquita enorme.
talvez por hoje me sentir um pouco vulnerável, mas permite-me dizer que muitas vezes fui completamente ingénuo relativamente ás amizades e outro tipo de relações....não há muito tempo alguêm me dizia "primeiro, desconfia-se, só depois se dá confinça"; pelos vistos tenho utilizado o método errado, confio sempre, até prova em contrário....só que elas depois aparecem, enfim. Não obstante, a vida é para ser vivida, mesmo com desiluções....nada que um bom copo, num bom bar, não sirva de catarze...
ResponderEliminarCaro Luís
ResponderEliminarinfelizmente usamos o mesmo método, e não vejo modo de o modificar, pois é difícil mudar algo, com a minha idade.
A tua sensibilidade, tão notória nos teus posts, também não te deve dar muita margem de manobra, neste campo.
Mas olha, prefiro uma desilusão de vez em quando, do que ser frio, demasiado racional e egoista, acredita.
Grande abraço.
«E, afinal, de que me queixo, se essas amizades são tantas e me dão tanta força?»
ResponderEliminarÉ humano querer sempre mais e melhor. E ainda bem que assim é.
Tenho para mim que não se é menos amigo por, de quando em vez, se querer acertar agulhas. Somos, felizmente, todos diferentes, e se não o fizermos, corremos o risco de não nos reconhecermos na pessoa com quem um dia travámos amizade.
Não vejo nisto nada de dramático, e inclino-me mais, hoje em dia, para os que me chamam a atenção para isto ou para aquilo do que para aqueles para quem está tudo sempre bem e que preferem uma conversa sobre assuntos inconsequentes a outra que possa questionar os laços que nos unem. Para estar de acordo com tudo e dizer sempre que sim bastam-me os conhecidos, de quem não tenho de esperar que se envolvam com a minha pessoa e o meu mundo. Se não for aos amigos que nos exponhamos, vamos fazê-lo a quem?
Se acaso esta minha atitude faz de mim alguém frio, racional em excesso e egoísta, creio que só tenho de sofrer as consequências disso mesmo. Mas continuo a preferir dizer o que me vai na alma. O modo de encontrar as palavras para o fazer poderá nem sempre ser o mais adequado, mas creio que isso também revela que não se trata de nada premeditado, mas apenas e tão-só de uma reacção a quente.
Abraço! :-)
Bem, se calhar até estamos a falar do mesmo...já me disseram várias vezes que nasci velha lol :P mas como velhos são os trapos, acho que estamos sempre a crescer, mesmo no envelhecimento ;)
ResponderEliminarBeijoquitas e bom feriado
Querido amigo pinguim
ResponderEliminardeixa-me antes de mais dizer-te que das pequenas coisas que falas, os detalhes que eu tanto admiro, digamos que encontrei aqui neste espaço muitos que me mostram a pessoa especial que és e que considero carinhosamente meu amigo... Não sei se é reciproco, mas tal como te disse num comentário anterior eu simplesmente: Importo-me!
E nas pequenas coisas me vou apercebendo também de quem se importa e de quem se sentia melhor a bebericar um chá das cinco...
Sempre fui talhada para detalhes... não sei, talvez déficit de atenção ou talvez atenção para o essencial, não sei muito bem. mas sempre reparei em pequenas coisas que os demais poderiam achar insignificante. Talvez por isso tenha gestos, ainda que pequenos e que por isso considerados insignificantes, espelhem essa minha sensibilidade para o pormenor...
Talvez também eu seja demasiado exigente e com uma sensibilidade trespassante...
Uma sensibilidade que digamos é um alvo facil... talvez um dia me possas arrastar para um copo...
Infelizmente a minha carapaça ainda tem muitas fendas... Mas ganha contornos de ouriço, se preciso...
Um abraço enorme e um beijinho mt grande,
your friend
cris
Meu caro Ric
ResponderEliminarse me conheces razoàvelmente bem, e penso que sim, deves saber da satisfação da leitura deste comentário. Disse-te na altura própria que não me interessava entrar em polémicas, muito menos com amigos; e é verdade, pois a tua resposta poderia dar azo a outra, mas não fui por aí.Preferi guardar o meu pesar por algumas coisas que ouvi, menos agradáveis. Não fiz um drama, aliás disse-o no início deste post, apenas me limitei a registar as tais "pequenas coisas".
Resumindo e concluindo, concordo contigo quando dizes que todos somos diferentes, e ainda bem; por isso ouvir um "não" de um amigo, até é bom, pois o sentimos bem intencionado; portanto aceito-o perfeitamente. Já a forma de expressar o "não", é aí é que está o que nos opôe, pois eu, numa situação dessas procuro, sem deixar de dizer o "não", acautelar a amizade existente; ou seja o que esteve em causa não foi o conteúdo, mas sim a forma; tiveste a hombridade de reconhecer isso mesmo, referindo que nunca esteve em causa uma premeditação, e eu sei bem que não esteve mesmo, daí o meu obrigado, pelo teu comentário.
Abraço.
Querida Catwoman
ResponderEliminarisso é o tipo de conversa que os filósos adoram, pois, se formos mesmo ao fundo da questão, começamos a envelhecer no dia em que nascemos, e só paramos de crescer no dia da nossa morte.
portanto é uma mera escolha de terminologia, mas eu devido à minha "provecta idade" prefiro falar mesmo em envelhecer; e olha que envelhecer não arrasta consigo apenas as idéias mórbidas da proximidade do fim, mas antes um amadurecimento que nos faz ver de uma maneira mais sã, certas coisas da vida.
Beijoquitas em elevada porção, devido á minha velhice, ehehehe.
Amiga Cris
ResponderEliminaré tudo tão bonito o que dizes, que me comoves. Essa é uma das coisas mais importantes para mim, é reparar nas pequenas coisas, é pegar nelas e costruir o que faltava para definir totalmente alguém e essa descoberta é sempre renovada, basta estar atento.
garanto-te que lá para meados de Setembro, depois do meu regresso de Zadar, o chá será uma realidade, esta não é uma pequena coisa, mas sim uma coisa muito gratificante.
Beijoquitas a dobrar.
Bem, dando uma de penetra :P se vos puder acompanhar nesse chá seria uma privilégio...estar com duas das pessoas mais especiais que conheço ao mesmo tempo. Senão, para fazermos render o peixe, estão os dois convidados para um chá individualmente e depois marcamos outro em conjunto, que tal? ;) Que grande barrigada de chá e de bons momentos :)
ResponderEliminarBeijoquitas para os dois
Amiga Catwoman
ResponderEliminarexcelente essa ideia do chá para três. Eu alinho, e até porque o "tea for two" já é muito conhecido...
Mais beijoquitas.
Para mim a amizade é um dos sentimentos mais nobres que existe. "Nada" sabe melhor de que uma bela amizade e poder "refugiar-se no porto de abrigo" que essa própria amizade construiu...
ResponderEliminarUm forte abraço!
É claro que só posso estar totalmente de acordo contigo, meu caro Lampejo, e tu estás evidentemente incluído no lote dos bons amigos.
ResponderEliminarAbração.
«E afinal, de que me queixo, se essas amizades são tantas e me dão tanta força»»...
ResponderEliminar...A tua «queixa», estimado João, é de uma amizade específica! E todas as outras não tem que substituir essa. Cada uma tem o seu lugar no nosso coração.
Fico feliz por saber que não dramatizas a situação. Parece-me a mim, permite-me dizer, que não será caso para isso. Foi apenas um acertar de agulhas e há que tirar o positivo disso. Afinal o não estar de acordo, o não (com)partilhar da mesma opinião, o «pintar a manta», também alimenta e fortalece uma amizade, certo? :-)
Se o que te foi dito ou feito, foi de uma forma dura e (aparentemente) sem razão tens todo o direito em ficar melindrado. Contudo, só nos melindra/magoa quem realmente nós gostamos e penso que será causa suficiente para,«averiguar» os porquês e esclarecer toda a situação. Há tanta forma saudável de o fazer...
E que tal um almoço,ou um café ao final do dia numa esplanada perto do mar?
Vá, pensa nisso...;-)
Beijinhos e bom feriado!
Obrigado, querida Carla por todo o teu apoio. És mesmo uma Amiga.
ResponderEliminarUm beijo vindo cá de dentro.
Olá amigo Pinguim, é com algum atraso que aqui venho mas queria agradecer por me visitares também no Bairro do Anor. Claro que podes linkar, já deves ter descoberto de onde venho por isso nem se pergunta.
ResponderEliminarDesculpa, nem me despedi :)
ResponderEliminarUm abraço.
Meu amigo s� me consigo lembrar das palavras do grande S�rgio Godinho: "� que hoje fiz um amigo e coisa mais preciosa no mundo n�o h�"
ResponderEliminarUm abra�o
Caro Papagueno
ResponderEliminarObrigado pela tua visita, costumo dizer que este sítio é dos amigos, por isso vem sempre que queiras, pois és benvindo; eu farei o mesmo.
já agora, sabes que somos vizinhos? Do Cacém a Massamá, é um saltinho.
Abraço.
Meu caro P,
ResponderEliminarclaro que concordo com o Sérgio Godinho. Sem amor, até se pode viver (mas é melhor que ele exista, ehehehe), mas sem Amigos, o Homem vegeta solitário numa sociedade ignorada.
Abraço,