quarta-feira, 13 de agosto de 2008

La Mamma Morta



Esta é para mim, uma das cenas mais marcantes do filme "Filadélfia", pois junta dois talentos excepcionais, em diferentes áreas artísicas, é claro, mas ambos fabulosos: de Maria Callas já tudo se disse, mas nunca é demais ouvi-la, e nesta ária de "André Chennier" ela sobe a um nível quase inultrapassável. Tom Hanks, que neste filme tem, de longe, a sua melhor interpretação de sempre, consegue nesta cena, transmitir-nos toda a intensidade do seu drama pessooal, ao som de "La Mamma morta", e ao mesmo tempo, associa esse drama ao "libretto" da própria ópera. A estupefacção (admiração) de Denzel Washington só é comparável à nossa.
Admirável!!!

44 comentários:

  1. Numa época recuada em que a minha cabeça andava com "muita neblina", este filme mexeu muito comigo. Ainda mexe.
    Abraço!

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  2. Esta cena ainda me deixa arrepiada, acreditas?!

    Obrigada por a lembrares!!!

    (Ontem passou novamente o filme no Hollywood!)

    beijinhos...

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  3. Sócrates
    gostei imenso do uso passado do termo "neblina"; imagino o impacto que este filme te terá provocado...
    Abraço.

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  4. Caepe diem
    só a quem fôr muito insensível não deixará arrepiado.
    Beijinhos.

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  5. E uma cena fabulosa. Ainda a revi recentemente e sinto exactamente a mesma dor que senti da primeira vez, senao maior. Sabes, ja vivi demasiado perto deste problema e lido com ele todos os dias nas minhas criancas do hospital.
    Acima de tudo ja vi partir quem nao queria e ainda vejo sofrimentos silenciosos pela vergonha.
    Enfim, e um tema que me e muito querido.
    abraco

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  6. Músico
    desconhecia essa tua faceta diária com as crianças e dou-te ainda mais valor, pois não será tarefa fácil.
    Acredito que a tua visão do filme e de cenas como esta te digam muito, pelas razões objectivas que todos sentimos e pelas tuas, mais subjectivas.
    Forte abraço.

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  7. Nunca considerei ser um grande filme mas vale muito pelas interpretações e pela mensagem.
    Já o mostrei aos meus alunos e, infelizmente, a reacção de alguns nunca é a desejada. Mas se mudar a mentalidade de um, já fico contente.

    Esta cena é impressionante, sim.

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  8. É devido a cenas como esta que eu gosto tanto de cinema.
    Um abraço.

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  9. Graduated
    é isso que me afige no mundo de hoje, a falta de atenção que tanta gente nova presta a coisas tão importantes; mas como dizes, e bem, basta a mensagem passar para um que seja, para valer a pena.
    Abraço.

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  10. Paulo
    este filme tem várias cenas de antologia para esse filme "imaginário" das grandes cenas do cinema de sempre; e como tu adoras cinema, nem quero pensar quão longo seria esse filme.
    Abraço.

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  11. Excelente, excelente, excelente.
    Permitiu-me operacionalizar novas formas de estar, num grupo/turma junto a uma aluna cujos pais morreram portadores de VIH. Ela conseguiu adquirir imunidade mas não deixar de ser apedrejada pelas gentes daquela cidade pacóvia...
    Todos ficaram a chorar. Na verdade, até eu quase fiquei, tamanho foi o nó que senti ao redor da "minha garganta". Sorte a sala estar às escuras...

    Abraço.

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  12. GOSTEI DO POST

    BJIM





    HAIRYBEARS
    http://hairybears.blogspot.com/

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  13. Paulo V.
    ainda bem que ganhaste ânimo com a visão deste filme para enfrentar a triste realidade da vida dessa aluna; força para o futuro, em idênticas situações.
    Abraço.

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  14. Hairybears
    obrigado pela tua visita; gostei do teu blog e já está na minha lista de blogs X...
    Abraço.

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  15. Tong
    um entre vários adjectivos adequados.
    Abraço.

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  16. Ontem, por coincidência este filme passou no canal Hollywood e ao fazer zapping deixe-me ficar a vê-lo e a ver pormenores em que não tinha reparado devidamente na primeira vez que o vira.
    Comovi-me, senti-me perturbado, deixou-me confuso e simulteamente deslumbrado.
    Certamente muitos dramas reais aconteceram, semelhantes ao desta ficção e ao ver um Tom Hanks tão extraordinário, um António Banderas tão magnifico, um Denzel Washington tão soberbo, ao ver um trabalho tão tecnicamente perfeito e tão humanamente tocante eu senti-me muito pequeno.
    A cena aqui trazida é absolutamente extraordinária. De um dramatismo e de uma beleza excepcionais...
    O realismo da representação do sofrimento humano, da dignidade nunca perdida mesmo nos momentos mais dificeis, do agarrar a beleza da vida, quando a vida já está a fugir, deixaram-me ontem, frente à televisão e agora frente a este magnifico post, com a sensação sofrida de que para além da grandeza da arte, há ainda neste momento em muitas casas, em muitas vidas, dores infindas e dramas terríveis. Este filme é uma lição sobre o que se deve e o que não se deve fazer, se queremos ser considerados ser humanos!
    Obrigado por este extraordinário post!

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  17. o filme é incrível, daqueles que não dá para ver muitas vezes. desta saga de posts teus, este foi o que me perturbou mais, por isso ficou para o fim e não digo muito. excerto admirável, de facto.
    abraços

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  18. Com senso
    foi pura coincidência a passagem do filme ontem no Hollywwod e este post; sucede que tenho uma série de vìdeos do "You tube" em stand by, e um deles era uma magnifica interpretação em dueto deta ária por duas divas: Callas e Caballé!
    Mas o vídeo mantinha sempre a mesma imagem , era estático, e como adoro esta ária fui procurando outro vídeo, de preferência da Callas para postar, e dei com esta magnífica passagem do filme Filadélfia, que desde a primeira vez que a vi, sempre me comoveu até às lágrimas; agora, com a cena isolada, ainda gostei muito e curioso, nunca tinha reparado, como vi agora, a gradual modificação da expressão do D.Washington, do mais puro desinteresse até ficar embevecido com a narração do Tom H. e a progressão da música; mais um pormenor a acrescentar a esta cena antológica do cinema.
    Abraço.

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  19. Paulo
    só não concordo com uma coisa: para mim é um filme a rever sempre, e não é por masoquismo, é por se irem descobrindo coisas que nos escaparam em visões anteriores e é um filme que nos ensina tanto, tanto, que temos que ir aprendendo sempre...
    Abraço.

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  20. Caro amigo: este filme foi tão importante, não foi? Foi o filme certo na altura certa. Receio que hoje as pessoas nem tenham bem alcance de como este filme foi determinante, de como mexeu com nós todos e com a sociedade e as suas percepções da sida e da homossexualidade.
    E esta cena em particular é de uma intensidade extraordinária.
    Obrigado pelo recordação.
    (Só não concordo muito com o facto de ter sido o melhor papel do TH. Eu gosto muito dele e acho que teve outras interpretações tão ou mais formidáveis. Mas isto é um pormenor sem importância nenhuma).
    Grande abraço

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  21. INJUSTIÇA
    Sempre que escuto Philadelphia, a primeira coisa que me ocorre é injustiça.
    Do que falo? Do Oscar para a melhor canção em 1994.
    O injusto vencedor foi Bruce Springsteen com Streets Of Philadelphia.
    O justo vencedor, foi, é, e será, Neil Young com Philadelphia.
    João, verifica p.f. o meu GRITO de revolta para saberes do que falo.

    GRITOMUDO

    P.S. Grato pelo “click” para o meu “post”.

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  22. como chorei assistindo essa filme
    e eu amo 'streets of philadelphia' tb

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  23. Um filme fantástico! Quando o vi pela primeira vez não lhe dei o devido valor. Mas quando o vi novamente há relativamente pouco tempo dei-me conta do seu verdadeiro significado arrebatador. Sem duvida um dos meus filmes preferidos e das melhores interpretações do Tom Hanks!!
    Um abraço

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  24. O filme é comovente, bem como está cena...
    Abraço!

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  25. Miguel
    o filme teve um impacto extraordinário pois pela primeira vez se fazia um filme de grande orçamento com um elenco muito bom, para ganhar óscares(que ganhou) sobre a sida, e ainda por cima quando a sida era considerada uma doença fatal e não crónica, como agora (embora continue a ser demasiado fatal).
    Quanto ao Tom Hanks, eu apenas juntaria a esta interpretação, em termos de comparação qualitativa, a de "Forrest Gump"; ultimamente Hanks tem-me desiludido um pouco, sem deixar de ser um grande actor, está claro.
    Abraço.

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  26. Gritomudo
    vou ser envergonhadamente sincero, mas não "vi" com olhos de ver esta canção no filme; agora depois de a visionar no video do teu post e com a letra fabulosa que ela tem, confesso, que, muito menos comercial do que a canção de Springsteen, possui muito mais força.
    Quanto ao "click", fiquei satisfeito, é óbvio.
    Abraço.

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  27. André
    não foste o único, podes estar certo.
    Abraço.

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  28. Psimento
    o teu comentário só reforça o que atrás disse, de que é um filme que se deve rever, pois vai-nos "dando" sempre algo mais.
    Abraço.

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  29. Lampejo
    esta cena é um grito, uma revolta imensa contra a injustiça da morte.
    O filme é forte, mas deve ser visto e depois revisto na nossa mente, pois tem várias e importantes mensagens.
    Abraço.

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  30. Rocket
    Até que enfim...estava a ver que ninguém falava desta ária maravilhosa e da pungente forma como Maria Callas a interpreta.
    Abraço.

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  31. Também acho que é a cena mais marcante do filme. Callas quase me levou às lágrimas.

    beijocas

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  32. Blueminerva
    vale a pena ver no You Tube uma interpretação de Maria Callas nestaária do "André Chennier".
    Beijinhos.

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  33. ...um momento para sempre
    bom fim de semana
    beijos

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  34. Carla
    sucinto, mas belo comentário.
    Beijinho.

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  35. Grande filme,concordo. Não só sob o ponto de vista artístico, mas também de denúncia e esclarecimento e ternura!
    Boa escolha:))
    Abraço

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  36. Justine
    é essa faceta da denúncia e do esclarecimento que fazem, ainda hoje, deste filme, um precioso contributo para uma melhor informação de muitas pessoas, não só acerca da sida, mas também contra a homofobia.
    Beijinho.

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  37. La mamma morta, na voz de Maria Callas, é daquelas interpretações em que não é necessário gostar de ópera (o que não é o meu caso) para que a emoção seja expressiva.

    De facto a interpretação de Tom Hanks em Filadélfia, quando traduz para o seu advogado, Denzel Washington, o amor traduzido naquelas palavras é de ficar sem respiração! A arte tem destas coisas e ainda bem!!!

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  38. Luís
    fazes bem referir as duas facetas do vídeo: a música , que o origina e o monólogo que dela é originado.
    Ambos fantásticos.
    Abraço.

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  39. É Denzel Washington e basta! Grande filme, grandes actores!

    Beijinhos

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  40. Martinha
    apesar de estar muito bem também, nesta cena, o Denzel W. é nela, apenas uma personagem secundária...
    Beijinhos.

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  41. Nunca mais consegui esquecer o comentário do Almodovar a este filme: o Tom Hanks e o Banderas pareciam primos afastados.

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  42. Caro Anónimo
    embora concorde que o António Banderas era o "elo mais fraco" deste fime, haverá nessa afirmação algum despeito, pois toda a gente sabe que foi o Almodovar que lançou o Banderas no cinema (e não só, penso eu...)

    Já agora para não ser eu a esquecer este comentário, teria sido mais elegante pôr um nome, não achas? Como fez o Almodovar...

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!