quarta-feira, 13 de agosto de 2008
La Mamma Morta
Esta é para mim, uma das cenas mais marcantes do filme "Filadélfia", pois junta dois talentos excepcionais, em diferentes áreas artísicas, é claro, mas ambos fabulosos: de Maria Callas já tudo se disse, mas nunca é demais ouvi-la, e nesta ária de "André Chennier" ela sobe a um nível quase inultrapassável. Tom Hanks, que neste filme tem, de longe, a sua melhor interpretação de sempre, consegue nesta cena, transmitir-nos toda a intensidade do seu drama pessooal, ao som de "La Mamma morta", e ao mesmo tempo, associa esse drama ao "libretto" da própria ópera. A estupefacção (admiração) de Denzel Washington só é comparável à nossa.
Admirável!!!
Publicada por
João Roque
à(s)
10:31
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Etiquetas:
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Numa época recuada em que a minha cabeça andava com "muita neblina", este filme mexeu muito comigo. Ainda mexe.
ResponderEliminarAbraço!
Esta cena ainda me deixa arrepiada, acreditas?!
ResponderEliminarObrigada por a lembrares!!!
(Ontem passou novamente o filme no Hollywood!)
beijinhos...
Sócrates
ResponderEliminargostei imenso do uso passado do termo "neblina"; imagino o impacto que este filme te terá provocado...
Abraço.
Caepe diem
ResponderEliminarsó a quem fôr muito insensível não deixará arrepiado.
Beijinhos.
E uma cena fabulosa. Ainda a revi recentemente e sinto exactamente a mesma dor que senti da primeira vez, senao maior. Sabes, ja vivi demasiado perto deste problema e lido com ele todos os dias nas minhas criancas do hospital.
ResponderEliminarAcima de tudo ja vi partir quem nao queria e ainda vejo sofrimentos silenciosos pela vergonha.
Enfim, e um tema que me e muito querido.
abraco
Músico
ResponderEliminardesconhecia essa tua faceta diária com as crianças e dou-te ainda mais valor, pois não será tarefa fácil.
Acredito que a tua visão do filme e de cenas como esta te digam muito, pelas razões objectivas que todos sentimos e pelas tuas, mais subjectivas.
Forte abraço.
Nunca considerei ser um grande filme mas vale muito pelas interpretações e pela mensagem.
ResponderEliminarJá o mostrei aos meus alunos e, infelizmente, a reacção de alguns nunca é a desejada. Mas se mudar a mentalidade de um, já fico contente.
Esta cena é impressionante, sim.
É devido a cenas como esta que eu gosto tanto de cinema.
ResponderEliminarUm abraço.
Graduated
ResponderEliminaré isso que me afige no mundo de hoje, a falta de atenção que tanta gente nova presta a coisas tão importantes; mas como dizes, e bem, basta a mensagem passar para um que seja, para valer a pena.
Abraço.
Paulo
ResponderEliminareste filme tem várias cenas de antologia para esse filme "imaginário" das grandes cenas do cinema de sempre; e como tu adoras cinema, nem quero pensar quão longo seria esse filme.
Abraço.
Excelente, excelente, excelente.
ResponderEliminarPermitiu-me operacionalizar novas formas de estar, num grupo/turma junto a uma aluna cujos pais morreram portadores de VIH. Ela conseguiu adquirir imunidade mas não deixar de ser apedrejada pelas gentes daquela cidade pacóvia...
Todos ficaram a chorar. Na verdade, até eu quase fiquei, tamanho foi o nó que senti ao redor da "minha garganta". Sorte a sala estar às escuras...
Abraço.
GOSTEI DO POST
ResponderEliminarBJIM
HAIRYBEARS
http://hairybears.blogspot.com/
Paulo V.
ResponderEliminarainda bem que ganhaste ânimo com a visão deste filme para enfrentar a triste realidade da vida dessa aluna; força para o futuro, em idênticas situações.
Abraço.
Arrebatador!!!
ResponderEliminarHairybears
ResponderEliminarobrigado pela tua visita; gostei do teu blog e já está na minha lista de blogs X...
Abraço.
Tong
ResponderEliminarum entre vários adjectivos adequados.
Abraço.
Ontem, por coincidência este filme passou no canal Hollywood e ao fazer zapping deixe-me ficar a vê-lo e a ver pormenores em que não tinha reparado devidamente na primeira vez que o vira.
ResponderEliminarComovi-me, senti-me perturbado, deixou-me confuso e simulteamente deslumbrado.
Certamente muitos dramas reais aconteceram, semelhantes ao desta ficção e ao ver um Tom Hanks tão extraordinário, um António Banderas tão magnifico, um Denzel Washington tão soberbo, ao ver um trabalho tão tecnicamente perfeito e tão humanamente tocante eu senti-me muito pequeno.
A cena aqui trazida é absolutamente extraordinária. De um dramatismo e de uma beleza excepcionais...
O realismo da representação do sofrimento humano, da dignidade nunca perdida mesmo nos momentos mais dificeis, do agarrar a beleza da vida, quando a vida já está a fugir, deixaram-me ontem, frente à televisão e agora frente a este magnifico post, com a sensação sofrida de que para além da grandeza da arte, há ainda neste momento em muitas casas, em muitas vidas, dores infindas e dramas terríveis. Este filme é uma lição sobre o que se deve e o que não se deve fazer, se queremos ser considerados ser humanos!
Obrigado por este extraordinário post!
o filme é incrível, daqueles que não dá para ver muitas vezes. desta saga de posts teus, este foi o que me perturbou mais, por isso ficou para o fim e não digo muito. excerto admirável, de facto.
ResponderEliminarabraços
Com senso
ResponderEliminarfoi pura coincidência a passagem do filme ontem no Hollywwod e este post; sucede que tenho uma série de vìdeos do "You tube" em stand by, e um deles era uma magnifica interpretação em dueto deta ária por duas divas: Callas e Caballé!
Mas o vídeo mantinha sempre a mesma imagem , era estático, e como adoro esta ária fui procurando outro vídeo, de preferência da Callas para postar, e dei com esta magnífica passagem do filme Filadélfia, que desde a primeira vez que a vi, sempre me comoveu até às lágrimas; agora, com a cena isolada, ainda gostei muito e curioso, nunca tinha reparado, como vi agora, a gradual modificação da expressão do D.Washington, do mais puro desinteresse até ficar embevecido com a narração do Tom H. e a progressão da música; mais um pormenor a acrescentar a esta cena antológica do cinema.
Abraço.
Paulo
ResponderEliminarsó não concordo com uma coisa: para mim é um filme a rever sempre, e não é por masoquismo, é por se irem descobrindo coisas que nos escaparam em visões anteriores e é um filme que nos ensina tanto, tanto, que temos que ir aprendendo sempre...
Abraço.
Caro amigo: este filme foi tão importante, não foi? Foi o filme certo na altura certa. Receio que hoje as pessoas nem tenham bem alcance de como este filme foi determinante, de como mexeu com nós todos e com a sociedade e as suas percepções da sida e da homossexualidade.
ResponderEliminarE esta cena em particular é de uma intensidade extraordinária.
Obrigado pelo recordação.
(Só não concordo muito com o facto de ter sido o melhor papel do TH. Eu gosto muito dele e acho que teve outras interpretações tão ou mais formidáveis. Mas isto é um pormenor sem importância nenhuma).
Grande abraço
INJUSTIÇA
ResponderEliminarSempre que escuto Philadelphia, a primeira coisa que me ocorre é injustiça.
Do que falo? Do Oscar para a melhor canção em 1994.
O injusto vencedor foi Bruce Springsteen com Streets Of Philadelphia.
O justo vencedor, foi, é, e será, Neil Young com Philadelphia.
João, verifica p.f. o meu GRITO de revolta para saberes do que falo.
GRITOMUDO
P.S. Grato pelo “click” para o meu “post”.
como chorei assistindo essa filme
ResponderEliminare eu amo 'streets of philadelphia' tb
Um filme fantástico! Quando o vi pela primeira vez não lhe dei o devido valor. Mas quando o vi novamente há relativamente pouco tempo dei-me conta do seu verdadeiro significado arrebatador. Sem duvida um dos meus filmes preferidos e das melhores interpretações do Tom Hanks!!
ResponderEliminarUm abraço
O filme é comovente, bem como está cena...
ResponderEliminarAbraço!
ai a CALLAS!
ResponderEliminarabração
Miguel
ResponderEliminaro filme teve um impacto extraordinário pois pela primeira vez se fazia um filme de grande orçamento com um elenco muito bom, para ganhar óscares(que ganhou) sobre a sida, e ainda por cima quando a sida era considerada uma doença fatal e não crónica, como agora (embora continue a ser demasiado fatal).
Quanto ao Tom Hanks, eu apenas juntaria a esta interpretação, em termos de comparação qualitativa, a de "Forrest Gump"; ultimamente Hanks tem-me desiludido um pouco, sem deixar de ser um grande actor, está claro.
Abraço.
Gritomudo
ResponderEliminarvou ser envergonhadamente sincero, mas não "vi" com olhos de ver esta canção no filme; agora depois de a visionar no video do teu post e com a letra fabulosa que ela tem, confesso, que, muito menos comercial do que a canção de Springsteen, possui muito mais força.
Quanto ao "click", fiquei satisfeito, é óbvio.
Abraço.
André
ResponderEliminarnão foste o único, podes estar certo.
Abraço.
Psimento
ResponderEliminaro teu comentário só reforça o que atrás disse, de que é um filme que se deve rever, pois vai-nos "dando" sempre algo mais.
Abraço.
Lampejo
ResponderEliminaresta cena é um grito, uma revolta imensa contra a injustiça da morte.
O filme é forte, mas deve ser visto e depois revisto na nossa mente, pois tem várias e importantes mensagens.
Abraço.
Rocket
ResponderEliminarAté que enfim...estava a ver que ninguém falava desta ária maravilhosa e da pungente forma como Maria Callas a interpreta.
Abraço.
Também acho que é a cena mais marcante do filme. Callas quase me levou às lágrimas.
ResponderEliminarbeijocas
Blueminerva
ResponderEliminarvale a pena ver no You Tube uma interpretação de Maria Callas nestaária do "André Chennier".
Beijinhos.
...um momento para sempre
ResponderEliminarbom fim de semana
beijos
Carla
ResponderEliminarsucinto, mas belo comentário.
Beijinho.
Grande filme,concordo. Não só sob o ponto de vista artístico, mas também de denúncia e esclarecimento e ternura!
ResponderEliminarBoa escolha:))
Abraço
Justine
ResponderEliminaré essa faceta da denúncia e do esclarecimento que fazem, ainda hoje, deste filme, um precioso contributo para uma melhor informação de muitas pessoas, não só acerca da sida, mas também contra a homofobia.
Beijinho.
La mamma morta, na voz de Maria Callas, é daquelas interpretações em que não é necessário gostar de ópera (o que não é o meu caso) para que a emoção seja expressiva.
ResponderEliminarDe facto a interpretação de Tom Hanks em Filadélfia, quando traduz para o seu advogado, Denzel Washington, o amor traduzido naquelas palavras é de ficar sem respiração! A arte tem destas coisas e ainda bem!!!
Luís
ResponderEliminarfazes bem referir as duas facetas do vídeo: a música , que o origina e o monólogo que dela é originado.
Ambos fantásticos.
Abraço.
É Denzel Washington e basta! Grande filme, grandes actores!
ResponderEliminarBeijinhos
Martinha
ResponderEliminarapesar de estar muito bem também, nesta cena, o Denzel W. é nela, apenas uma personagem secundária...
Beijinhos.
Nunca mais consegui esquecer o comentário do Almodovar a este filme: o Tom Hanks e o Banderas pareciam primos afastados.
ResponderEliminarCaro Anónimo
ResponderEliminarembora concorde que o António Banderas era o "elo mais fraco" deste fime, haverá nessa afirmação algum despeito, pois toda a gente sabe que foi o Almodovar que lançou o Banderas no cinema (e não só, penso eu...)
Já agora para não ser eu a esquecer este comentário, teria sido mais elegante pôr um nome, não achas? Como fez o Almodovar...