domingo, 10 de agosto de 2008

Passado e presente: 6 - Belgrado, uma cidade, um país, um povo



Fui recentemente, pela segunda vez na minha vida a Belgrado, curiosamente uma cidade capital de dois diferentes países, nessas visitas. Há anos, capital da ex-Jugoslávia, no seu imediato pós-Tito, e agora da Sérvia. Foi uma visita atribulada, essa primeira vez, pois tinha sido infantilmente roubado, durante a noite, na travessia ferroviária desde Atenas, ficando privado de qualquer documentação, do bilhete e de dinheiro, como é óbvio. Assim sendo, foi quase só o tempo ocupado com a ida à embaixada portuguesa, para resolver o problema, e pouco tempo restou para ver a cidade, da qual relembro essencialmente um bonito parque, com uma óptima panorâmica da confluência do rio Sava, que atravessa a cidade, com o Danúbio, que também banha as suas margens. Recordo, nesses tempos já longínquos, que era a primeira vez que visitava um país da área comunista, pese embora um comunismo pouco ortodoxo e algo terceiro-mundista, à imagem do seu líder até então, 0 Marechal Tito. Não foi fácil a comunicação com as pessoas, pois não encontrei muita gente a falar inglês, o francês era praticamente desconhecido e eu, de alemão e russo era e sou completamente ignorante. Ainda por cima, existia um segundo alfabeto, o cirílico, o qual para mim era igual a hieróglifos...Mas, lá me fui "desenrascando", e pude ficar com uma ideia de um país de contrastes, se é que se pode ter a imagem de um país apenas com uma fugaz visita a uma cidade, mesmo que seja a sua capital. Um povo afável, mas algo fechado e é curioso que fiquei com uma impressão, talvez pouco definida, mas que o tempo, infelizmente se encarregou de me explicar, de que era um povo com alguns problemas...Voltei a Belgrado em Setembro último, e desta vez aí permaneci quase duas semanas, o que foi suficiente para ficar com uma ampla visão da mesma, visitando os locais mais turísticos, mas também alguns outros menos conhecidos, devido à companhia sempre agradável e conhecedora de alguém que nela habita há vários anos. É uma cidade de contrastes, confirmei. Alguns prédios degradados convivem, nas principais avenidas, com belíssimos exemplos de uma arquitectura rica e muito bem conservada. Vasta, na sua área, bastante populosa (perto de dois milhões de habitantes), visitei pela primeira vez, na margem esquerda do Sava, a "nova Belgrado", com as suas amplas avenidas, modernos prédios de habitação, hotéis e zonas comerciais. Passeei-me pela extensa e sempre muito concorrida, dia e noite, zona pedonal, com uma quantidade e diversidade enorme de cafés, restaurantes e esplanadas aprazíveis. Recordei locais da minha anterior visita, como a já "gasta" estação ferroviária central, e o alindado parque da cidade, junto aos rios, que continua a ser o local de passeio e visita mais popular. Fui conhecer o majestoso e previamente auto laneado mausoléu de Tito...Vi a enorme catedral de S.Sava, a maior igreja ortodoxa que existe, e que apenas recentemente, teve a sua atribulada construção, finalizada. Mas preferi a simplicidade da igreja de S.Marcos, onde me foi dado observar pela 1ª vez,com alguma minúcia uma religião afinal tão próxima do catolicismo, que por aqui se pratica. Vivi a cidade, no seu dia a dia e habitei uma das suas principais avenidas, aquela que "ostenta" ainda hoje os sinais de uma acção punitiva, que visou não só Belgrado, mas vastas áreas da Sérvia, essencialmente pontes e importantes unidades económicas do país.


Estes bombardeamentos cirúrgicos foram efectuados pela NATO, com o objectivo, atingido, de certa forma, de forçar, em 1999 o então presidente Milosevic a aceitar a permanência das Nações Unidas no Kosovo, situação que ainda hoje se mantém num impasse difícil de resolver(*).Mas a contestação interna a Milosevic foi também enorme, e forçou mesmo a sua demissão, após as esmagadoras manifestações populares, que terminaram com o seu abandono do poder em Outubro de 2000. É lamentável, ver, ainda hoje, numa mesma avenida, prédios esventrados pelos "rockets" americanos, lado a lado com magníficos edifícios governamentais; sinais de uma violência que tanto marcou a Sérvia no final do século passado, consequências de uma guerra fratricida, que a ninguém beneficiou e a todos penalizou. Emergiram nos Balcãs novos países, alguns de fracas capacidades económicas, outros ajudados pela conivência de grandes potências europeias, com a Alemanha à cabeça, que sempre se opôs à formação de uma "grande Sérvia", e assim nasceu um novo mapa europeu, a juntar ao desmembramento da antiga URSS, no final da década de 90. O povo, esse, foi quem mais sofreu, como sempre sucede. Mas já tanto tinha sofrido nessa cruel e mortífera guerra, que teve, a meu ver, como primeiro e máximo culpado, mesmo após ter desaparecido, o Marechal Tito, o qual para seu poder pessoal, formou e manteve uma fictícia união de etnias, religiões e viveres, que se chamou um dia Jugoslávia. Dessa guerra, desses acontecimentos, espero vir a escrever algo, um dia destes...


Adenda: estes posts foram escritos em 11 e 16 de Novembro de 2006; após estas visitas já voltei a Belgrado, visita essa que documentei aqui no blog em 13 e 18 de Janeiro do corrente ano; e claro, desde Novembro de 2006 até hoje muito aprendi sobre este povo e este país…


(*) - Infelizmente já teve alguma resolução: a independência unilateral de um "país", chamado Kosovo...

39 comentários:

  1. Uma cidade que eu gostaria muito de conhecer e um povo que possui um sentimento de identidade que eu invejo, pois sinto-me aqui, cada vez mais, na terra do "quem tem um olho é Rei".
    Um relato muito interessante e muito bem escrito, como sempre.
    Obrigado por esta visita guiada...
    Um abraço.

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  2. Com senso
    eu já escrevi muito sobre estas terras e este povo, pois sendo o Déjan sérvio, vivendo em Belgrado, mas tendo nascido em Zadar, na actual Croácia, onde ainda vive o pai, imagina o que foi o período da guerra para ele e família...
    Fiquei a saber de muita coisa, que tenho transmitido através do blog.
    Este foi o meu primeiro texto sobre o assunto.
    Abraço.

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  3. Um destes dias vi o filme Lord of War (pt: O Senhor da Guerra) é um filme de 2005, do género drama, escrito e dirigido por Andrew Niccol.
    O filme começa com Yuri Orlov declarando, "Há mais de 550 milhões de armas de fogo em circulação no mundo. É uma arma para cada doze pessoas no planeta. A única questão é: Como armamos as outras onze?"
    Não se pode dizer que seja um filme a não perder.
    No entanto este filme é muito honesto e real com tudo o que está relacionado com o comércio das armas.
    Como toda a população mundial sofre com a guerra para que 3 ou 4 pessoas, 2 ou 3 países mantenham a prosperidade nos seus negócios do armamento.
    Politica? Religião? Disputa territorial?
    Tudo isso não é mais que fait-divers.
    O Gen. Tito tinha sede de poder, não duvido, mas alguém necessitou mais de vender armas do que estave interessado em que o Milosevic aceita-se a permanência das Nações Unidas no Kosovo.
    O filme acaba afirmando que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, EUA, Reino Unido, França, Rússia e China, são os maiores comerciantes de armas do mundo, encerrando-se com a frase "este filme é baseado em fatos reais",
    Penso que não devemos procurar razões para explicar os conflitos. Não embarcar nesse jogo. Tentemos encontrar o vendedor e o comprador. Acredito que o conflito fica explicado.
    Para mais alguma informação - http://pt.wikipedia.org/wiki/Lord_of_War

    GRITOMUDO

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  4. curiosamente, sérvios e croatas, conheci-os longe da europa, em nova iorque. pareceu-me gente bem civilizada. muito mesmo. mais que cá (isto muito baixinhooo)


    abraço

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  5. A guerra... e a humanidade parece não aprender. Tenho curiosidade em visitar esta cidade. Quem sabe, um dia...
    bjocas

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  6. Ora aí está uma série de países que ainda não conheço, apesar da Croácia e a Eslovénia serem os países mais conhecidos em termos de Turismo(é a percepção que eu tenho e admito estar errado.

    Segundo li num artigo, esta guerra começou apartir de um jogo de futebol e alcançou aquilo que todos sabemos e faz parte da História, INFELIZMENTE.

    As diferenças entre o catolicismo e o ortodixismo(existe esta palavra?) são muito pequenas, apenas nós católicos veneramos estátuas, eles veneram icones, mas os santos são todos os mesmos.

    As igrejas ortodoxas tem 3 portas atrás do altar, onde se a pessoa quer se confessar ou falar com o padre, entra pela porta do meio.
    Os católicos são mais distantes com o confessionário.

    As outras diferenças tem haver com datas religiosas e pouco mais.

    Voltando ao Povo dos Balcãs, são um Povo muito NOBRE, algo que falta a muitos de nós portugueses.

    Abraço
    A.António

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  7. Gritomudo
    acho que cerca de 80% dos conflitos no mundo, pelo menos, têm origem no que dizes, lamentavelmente.
    Ainda agora, mais um conflito, um bocado "tapado" pelo impacto dos J.O.
    Até parece que o Putin foi a Beijing assistir à cerimónia da abertura, e "esmagado" pelas potencialidades da nova China, resolveu mostrar que a Rússia ainda consegue "berrar"...
    Abraço.

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  8. Gostava muito de visitar os Balcãs... todas as pessoas que conheço que lá foram, falam maravilhas.
    beijocas

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  9. Rocket
    são bastante civilizados, é verdade, mas há uma grande diferença entre eles, apesar de culturalmente e pela língua, serem irmãos, e que é os croatas caírem nas graças da UE, via Alemanha e os sérvios, não...
    Uma coisa os distingue a ambos, de nós, portugueses; é que fervem em pouca água e nós, como sempre, continuamos nos "brandos costumes".
    Abraço.

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  10. Jasmim
    um dia vais comigo, e já posso fazer de cicerone, mas há lá melhor...o Déjan, claro.
    Beijinhos.

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  11. A.António
    na questão do turismo, a costa adriática da Croácia, de Zadar até Dubrovnik, é um espectáculo.
    Como povo, prefiro os sérvios, mais autênticos e com uma capacidade de se adaptarem às adversidades, fabulosa.
    Na religião, tens razão, as diferenças são mínimas; há um pequeno pormenor curioso nas igrejas ortodoxas: o local para as celas oferecidas, têm dois níveis, o de cima para as intenções que respeitam aos vivos, e em baixo, para os mortos...
    Abraço.

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  12. Blueminerva
    e olha que vale a pena.
    Na primeira viagem que relato conheci cinco cidades da ex-Jugoslávia, que hoje são capitais de cinco países: Belgrado(Sérvia), Zagreb(Croácia), Ljubiana(Eslovénia), Serajevo(Bósnia H.) e Skopje(Macedónia).
    Beijitos.

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  13. venho só deixar-te um beijo e agradecer as visitas que sempre me fazes.
    deixo a leitura para depois- acabo de chegar do estádio do dragão ( eu uma benfinquista!!!)onde fui acompanhar o filhote que é um tripeiro ferrenho.a duxa, claro que também estava presente. no calor da coisa, até eu fiz a onda!!! rs...
    resumindo, estou K.O.

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  14. Ana
    que bom ter notícias tuas...e da Duxa.
    Eu vi a primeira parte do jogo de hoje, mas ontem vi o jogo da Luz, todo, e gostei!
    Quando vêm até cá baixo?
    Beijinhos.

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  15. eu vou colar-me a ti e à Jasmim :p

    saudades de viajar. tenho muita curiosidade em conhecer essas zonas. gostei muito da descrição que fizeste, da infantilidade do roubo (pensamos sempre isso, não é)...

    beijo, pin

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  16. Isa
    fazemos uma excursão, e olha que vai ser giro...
    Quanto ao roubo, é que foi mesmo de uma forma infantil, acredita...
    Beijinhos.

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  17. Para mim, Belgrado tem sempre algo do fascínio de um filme de Emir Kusturica. Com banda sonora e tudo.
    Abraço

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  18. Oz
    foi por essa razão que escolhi um tema de Goran Bregovic para este tema, já que compôs a música dos principais filmes de Kusturica.
    Abraço.

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  19. O poder é uma daquelas coisas que me faz confusão à inteligência, ainda hoje mas pronto... Parece que ainda vai demorar muitos anos (se alguma vez acontecer!)para ter os dias contados...

    beijinhos

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  20. Este comentário foi removido pelo autor.

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  21. Desculpa... Fui eu que apaguei o comentário, era repetido!!!

    bjs...

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  22. Carpe diem
    mas afinal o que é o poder????
    Beijinhos.

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  23. como sempre seu blog muito informativo , sempre aprendo alguma coisa quando venho aqui abracos

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  24. Viajar é excelente. Conhecer e entender os locais nos seus pormenores, melhor ainda. Relata-los para enriquecer a outros… um espectáculo!
    Obrigado pela partilha.
    Abraço!

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  25. Uma das vantagens de morar na Europa é a de estar próximo de cidades representativas para a história, para a cultura, para as artes. Eu que moro na América do Sul tenho outras vantagens, mas tenho o sonho de conhecer todos esses centros...
    Um grande abraço

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  26. vim despedir-me
    volto daqui a uns dias.
    bjs

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  27. Avessos
    acima de tudo procuro fazer um blog bastante variado, algumas coisas agradam mais a uns, outras agradam mais a outros...
    Abraço.

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  28. Sócrates
    por força das circunstâncias, ultimamente tenho viajado bastante, e relatar as impressões do que vejo e aprendo sempre gostei de o fazer. Conheço quase toda a Europa e já pensei fazer aqui no blog uma séri e dposts sobre locais especiais a visitar, mas depois vai ficando a ideia "congelada"...
    Abraço.

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  29. Tarco
    como dizes são as diferentes formas de ver o caso; realmente, aqui na Europa, dá-se um passo e estamos em Paris, só para dar um exemplo; mas já reparaste como é apaixonante viver num imenso país, que te oferece, apenas ele próprio tão grandes diferenças, em paisagens e culturas?
    Abraço.

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  30. Estive atentamente a ler este post e aprendi algumas coisas que desconhecia da cidade de Belgrado.
    A segunda imagem, assim de repente reportou-me para a rotunda do Marquês, não sei muito bem porquê.

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  31. Estive atentamente a ler este post e aprendi algumas coisas que desconhecia da cidade de Belgrado.
    A segunda imagem, assim de repente reportou-me para a rotunda do Marquês, não sei muito bem porquê.

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  32. Brama
    ainda bem que isso aconteceu, pois este é um espaço de partilha.
    Quanto à segunda foto, o que te faz lembrar o Marquês, é o tipo de edificios, muito semelhantes e a forma algo circular dos mesmos; mas apenas isso, pois nem sequer uma rotunda é; fica no centro, e é uma bifurcação de uma avenida grande; o nosso Marquês é muito mais bonito.
    Abraço.

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  33. underground: a terra que se separa e afasta pessoas e desmembra a terra e o povo. é um facto que existem diferenças muito acentuadas que fazem com que povos vizinhos vivam mais ou menos de costas voltadas. também me parece que há povos mais dados à violência, à xenofobia, à intolerância... não sei como será viver num sítio assim, dividido por tantos problemas. quanto aos edifícios esventrados, sem comparação possível, fez-me lembrar o convento do Carmo que também ficou assim, esventrado em memória e hoje até tem algo de exótico. ao fim e ao cabo, o que importam são as pessoas (só algumas, desculpa o elitismo).
    abraço grande

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  34. Paulo
    é precisamente em memória do que aconteceu que estes edifícios se mantêm assim esventrados; claro que muitos foram reconstruidos; na rua deste edifício, que é onde mora o Déjan(a sua casa fica a 150 metros do edifício da foto), há inúmeros edifícios governamentais, incluindo a residência oficial do primeiro ministro e foi por isso das mais bombardeadas...
    Abraço.

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  35. É uma cidade que quero visitar! :D

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  36. Martinha
    a próxima vez que lá fôr, fazemos uma excursão, pois já ha mais pessoas interessadas.
    Beijinhos.

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  37. Lembro-me bem desses posts deste ano, com as imagens desoladoras dos edifícios destruídos.
    Se é para fazer a guerra eu prefiro os nossos 'brandos costumes', mas num plano 'civil' acho que se abafa demasiado a conflitualidade social que é inevitável para as coisas evoluirem.

    Um abraço grande (que já cá não vinha à algum tempo ;-))

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  38. Caro Rui
    a tua presença é sempre muito agradável para mim, acredita.
    Abraço amigo.

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!