É o que se ouve dizer e é verdade, nós sentimo-la, todos os dias, nos mais variados aspectos da vida.
E também chegou aqui, à Blogosfera, nalguns casos mais directamente relacionados com ela, como se pode notar na acentuada ausência de postagens de alguns bloguistas (refiro-me é claro, aos que habitualmente leio e comento), que costumavam ser mais assíduos, e que agora, por falta de tempo ou motivação, têm andado desaparecidos; infelizmente, esta “crise” na Blogosfera, tem também uma outra razão, bem mais grave e triste, e que se refere àqueles que não postam ou comentam, por razões de saúde suas ou de entes queridos; a esses a minha solidariedade nunca regateada.
Mas, mesmo nos que continuam a “dizer qualquer coisa”, ou se rareiam as postagens ou então se fica por pequenos apontamentos, uma música e pouco mais (o que não significa que sejam assuntos desinteressantes); eu próprio sinto isso em mim, e por vezes falta-me a paciência para “construir” posts com alguma substância.
Hoje, por exemplo, hesitei muito na escolha do tema, e por isso optei por estar aqui a divagar…
Apetecia-me deixar uma referência ao desaparecimento de António Alçada Baptista, que mais do que um “escritor de afectos” como é comum chamar-lhe, foi para mim uma pessoa amiga, embora há já tempos que com ele não privasse; as nossas famílias sempre foram amigas, já que somos da mesma cidade, Covilhã, e quando eu era pequenito ele me levava às costas nas férias estivais nas Penhas da Saúde; fica a saudade do Homem e dos tempos…
Apetecia-me falar de dois factos da política nacional, que tiveram algum relevo nos últimos dias: o descarado apoio do Governo a um banco, que não o mereceria, pois os únicos prejudicados com a sua eventual queda, são pessoas possuidoras de enormes fortunas e cuja “infelicidade” em nada me preocupa; foi mau de mais…E o descalabro total no seio do PSD, que tinha uma soberana ocasião para, no Parlamento, contribuir juntamente com o resto das oposições, derrotar a maioria absoluta do partido do Governo, já que se sabia antecipadamente da ausência de vários deputados do PS e o voto contrário de outros, na questão da suspensão do modelo de avaliação dos professores, mas que, inconsciente ou conscientemente, contabilizou na altura da votação, a falta de 30 deputados; assim, Sócrates continua a sorrir e apesar de toda a contestação, a subir nas sondagens...Um outro aspecto que gostaria de focar, é pessoal, e tem a ver com a crise, mais propriamente com a crise da Justiça, a qual me afecta bastante no momento actual, pondo inclusive em risco a minha deslocação a Belgrado, no início de Fevereiro; mas, a este respeito, quero e devo voltar, mais tarde, com o relevo que merece, e espero que o possa fazer o mais breve possível. Para mostrar como em Portugal também há processos kafkianos…Hoje, por exemplo, hesitei muito na escolha do tema, e por isso optei por estar aqui a divagar…
Apetecia-me deixar uma referência ao desaparecimento de António Alçada Baptista, que mais do que um “escritor de afectos” como é comum chamar-lhe, foi para mim uma pessoa amiga, embora há já tempos que com ele não privasse; as nossas famílias sempre foram amigas, já que somos da mesma cidade, Covilhã, e quando eu era pequenito ele me levava às costas nas férias estivais nas Penhas da Saúde; fica a saudade do Homem e dos tempos…
Enfim, a crise vai continuar, na blogosfera, em Portugal e no mundo, com violência, tragédias e poucas, muito poucas alegrias.
Esperemos por dias melhores, mas quando???
de facto a crise parece ter chegado à blogosfera, por estes dias. mas também me parece que isso se deve, em parte, ao facto de os blogs estarem um bocado a passar de moda, agora o que está a dar são outros tipos de plataformas, como o twitter. mas ainda bem que há quem resista, como tu, meu caro, que neste post nos ofereces matéria de reflexão e até, como na foto final, de contemplação.
ResponderEliminarum abraço
Meu amigo, também notei uma ausência do pessoal no escrever - ontem mesmo mal houveram 2 posts nos dezenas de blogs que sigo. Mas talvez, em parte, seja também o natal: os prazos se encurtam, os compromissos se avolumam. Espero que tudo dê certo em relação a Belgrado (e, por que não, ao resto do mundo em crise!). Beijo!
ResponderEliminarSim, Pinguim, tens razão: o país parece ter dado conta que entrou na crise. Mas, quem anda a trabalhar por esse mundo fora, e se vai afastando do país (e da manipulação informativa que por aqui grassa), já se deu conta que a crise é muito maior e com uma amplitude muito mais lata do que aquilo que, a conta-gotas, se vai sabendo cá, pela terra.
ResponderEliminarE quanto às postagens (ou à sua ausência), isso tem que ver (no meu caso) com a impossibilidade, por vezes, de acesso à net. Working hard!
Abraço e tudo de bom para ti/para vós:)
Caro Miguel
ResponderEliminartalvez não estejamos naquele "boom" blogosférico de há uns tempos para trás, mas penso que não seja própriamente um "passar de moda", mas um certo cansaço; fazer um blog não é difícil, mas mantê-lo vivo e actual já não é tão fácil; e há o cansaço/inércia de quem tem mais em que se ocupar e pensar...
Eu quis neste post exemplificar isso, abordando pela rama vários temas que, por si próprios, dariam um post; mas foi mais cómodo quase só mencioná-los...
Também deriva da forma como cada um "manipula" o seu blog, sendo que eu não gostei nunca de publicar vários posts por dia e até em dias seguidos, pois conto com a complementariedade dos comentários para os ir "terminando" como está a suceder agora.
Abração.
Edu
ResponderEliminarapesar de seguir vários blogs brasileiros (para aí uns 10), não tenho notado isso nesses blogs, mas eu também não sigo qualquer blog. Mas acho curioso que tu sintas o mesmo, aí no teu país no que respeita à totalidade dos blogs que segues.
Abraços para os dois.
Kapitão
ResponderEliminareu apropriei-me de uma palavra, "crise", para com ela exemplificar várias crises e variadas coisas.
Como já disse atrás, se fosse a eazer um texto sobre a crise actual que o mundo vive, muito teria que dizer, e teria que abordar necessáriamente aspectos que não domino; mas sou suficientemente lúcido e capaz, para entender toda a dimensão imensa do que se está a passar e do que se irá passar.
As razões da "crise" blogosférica são variadíssimas e a tua assuidade sempre foi cíclica e condicionada por motivos profissionais; por isso não a estranho, embora contribua para a "crise", eheheh.
Abraço.
Crise?
ResponderEliminarChegou?
Em Portugal existem dois milhões de portugueses que sentam a crise à mesa todos os dias. Desde sempre.
Esta crise chegou à classe média e, como sempre, as sirenes tocaram. À outra "classe" a crise está longe, sequer, de bater à porta.
E se isto continua assim, o desfecho é amplamente conhecido (sabemos história, não é meu caro amigo? Esse curso de quase astrologia!) E isso é que realmente assusta.
Caro Astor
ResponderEliminargostei muito, mesmo muito do teu comentário, ou não adorasse eu História; e está tudo dito...por ti!
Abraço.
Crise. Palavra odiosa!
ResponderEliminarMas é verdade que sinto a blogosfera andar em “maré baixa”, mais pelas ausências de pessoas que fui-me habituando a conviver neste meu mundo e pelas quais tenho admiração e carinho. Nesse aspecto, recebe uma palavra de gratidão por seres um resistente.
Em relação a outras crises…
É financeira, é humana, é de tudo e mais alguma coisa!
Uma referencia à Covilhã, terra onde nasceu muito boa gente!
:-)
E a ver se o teu problema da viagem se resolve, meu amigo!
Abraço!
Caro Sócrates
ResponderEliminaras crises sempre aconteceram, são cíclicas, mas esta parece ser grande demais...
Na blogosfera, também sinto mais a falta de certos "companheiros de jornada", uns porque não podem, outros porque não querem; mas respeito todas as opções.
A Covilhã perdeu um dos seus filhos mais ilustres que aí nasceu e passou os anos da infância e juventude.
A minha viagem far-se-à, pode é ser um pouco adiada...
Abraço forte.
A crise chegou à blogosfera... como isso é bem verdade. Cada vez menos apetece-me postar... talvez por não saber o que escrever. Ou com medo de cair no ridículo. Medo, sempre o medo! Apesar de tentar colocar publicações com alguma substância reconheço que muitas vezes falho nesse aspecto... hmmm.. o que me conforta é saber que no lado direito da página do meu blog há sempre palavrinhas amigas, como as tuas por exemplo...
ResponderEliminar(comentário um pouco incoerente mas hoje estou assim...)
beijo grande
Martinha
ResponderEliminarnão vejo onde esteja a incoerência; quanto ao medo, ai, ai, ai...
Beijão.
Sabes o que me apetece dizer?
ResponderEliminarOra bolas para as crises.
Mas que estão por aí, estão!
Contudo, eu que sou um optimista, acho que elas vão passar - TODAS!!!
Pinguim, quanto ao medo eu estou a tentar seguir os teus passos e tudo o que uma vez me escreveste... demasiadamente insegura, como sempre!
ResponderEliminarobrigada!!
beijão
ps: em breve penso ter novidades!! :D
esqueceste o facto do pais ir entrar de novo em recessão, uma recessão de 0,01%...enfim, cambada de hipócritas os que estão no governo do nosso país...não sabes o quanto me revolta, mas o quanto me revolta toda a situação política e económica nacional...e ainda me vêem com preconceitos quando digo que quero ir viver po Brasil...somos um terceiro mundo cultural e social.E assim seremos enquanto o Zé Povinho não juntar o utíl ao agradável e mandar o Sócrates ir apanhar num certo sitio.
ResponderEliminarTong
ResponderEliminarcomo gostaria de ter o teu optimismo...Infelizmente acho que o pior estará para vir pois a vida económica está toda interligada e as quedas num sector arrastam outro e outro...
Dizem-nos que só o consumo unverterá a situação; mas onde está o dinheiro para tal???
E as outras crises, essas sim, julgo serem passageiras.
Abraço.
Martinha
ResponderEliminarpara perder o medo há que ganhar uma maior auto-estima.
Se o conseguires é meio caminho andado.
Beijinhos.
Ima
ResponderEliminarmuito haveria dizer aqui; não sou um apoiante inconsicional do Sócrates e tenho-lhe apontado erros vários, mais filhos de uma situação de maioria absoluta, sempre perigosa para a democracia, do que de políticas seguidas.
O que é um facto é que Sócrates vai ganhar novamente as eleições e à vontade; não são as constantes manifestações que ganham eleições, são as "maiorias silenciosas" e essas votam na estabilidade e não no desconhecido...
Mas o que me assusta mesmo é a derrocada em cadeia que a economia mundial, baseada no capitalismo selvagem, está a ter; o ano próprio vai ser terrível e não será a nossa a única economia mundial a entrar em recessão.
Falas no Brasil; mas porque querem os brasileiros vir todos viver e trabalhar aqui???
Este mundo está uma bagunça!!!
Pega-se num motivo (por triste que seja) e são dias e noites de terror na Grécia; há países que são a antítese de um país, como é o caso do Zimbabué; há prisioneiros numa "coisa" chamada Guantanamo, que agora querem confessar a autoria dos atentados do 11SET, só pata que osexecutem e sejam considerados màrtires, em nome do mais incrível extremismo religioso...
são 2/3 exemplos, meu amigo, de que o mundo está louco...
E dizia Aldous Huxley: "Admirável mundo novo"!!! Uma porra!
Louco, o mundo está louco!!!
Desculpa o desabafo.
Abração.
Nunca duvidei da chegada de dias melhores... e eles vêm sempre mais cedo que o que esperamos.
ResponderEliminarMeu caro Will
ResponderEliminargosto de te ouvir isso a ti, e sabes porquê? Porque embora sejas optimista por natureza, não és daqueles que sonhas com castelos na areia e geralmente acertas no que acreditas; sendo assim...
Abração.
Credo, impressionante ver como todos sentem o mesmo. Como todos se sentem revoltados com tudo o que vai no nosso País, com todas as atitudes de homens egoístas que me vez de pensarem que dos seus actos resultam consequências para um Povo inteiro, não.. Limitam-se a fazer o que querem e bem entendem.
ResponderEliminarEnfim. É verdade o mundo vai ser sempre assim, e acho que nunca nada vai alterar isso. Não é a vontade de um, de outro ou de um terceiro que altera isso, infelizmente. Caso o fosse acredito que o mundo estaria bem melhor, mas enfim.
Ah e claro, tens razão. Com todas estas preocupações e momentos menos bons na vida de cada um, acabamos sempre por ficar sem tempo para aquilo que mais gostamos de fazer. Ou então, quando o arranjamos, ficamos sempre sem saber o que dizer (neste caso escrever).
Enfiiiiiim..
Beijinhoss
O teu espaço está delicioso.
ResponderEliminarAdorei ler o que para mim não é "divagar". Sim, muitos perdemo-nos face às circunstâncias da vida. Creio nunca ter estado tanto tempo sem comentar, nos blogues e, em concomitância, postar. Mas lá no meu espaço (aquele que tu e muitos poucos mais conhecem) há sempre algo de novo, mesmo que em imagem.
Bj
hoje mesmo de passagem pelas Penhas alguém falou no Alçada...
ResponderEliminarCalma, meu caro... é época de Natal... quem sabe coisas boas não estão por vir? :¬)
ResponderEliminarAbração pra vc!
Para o meu blog, este ano foi verdadeiramente um ano de crise, embora ultimamente surjam alguns sinais de recuperação; ainda assim o número de post nunca teve um crescimento negativo(?) - nunca percebi isso do crescimento negativo! -; de qualquer modo, é um bom momento para investir, pois a estagnação que está a afectar grande parte da blogosfera, poderá trazer notoriedade a blogs mais activos. Estou por isso a ponderar colocar o meu blog em bolsa! Os melhores dias podem não vir, mas se alguém quiser comprar ;-) Abraço.
ResponderEliminarSandrinha
ResponderEliminara vida é bela e merece ser vivida, mas...
Tu és muito novinha e embora te apercebas dos problemas, eles ainda não te atingiram; quem me dera ter essa idade para ter sonhos e acreditar neles; mas a realidade é bem diferente e ao longo da vida vamo-nos apercebendo que ela é muito difícil, por vezes; espero, embora com algum cepticismo, que as coisas "amanhã" melhorem e não sintas na tua pessoa o que muita gente sente actualmente.
Beijinho.
Paulo
ResponderEliminaro termo divagar é uma forma de expressão...
O teu blog, quer seja visitado por muita ou pouca gente é teu e é lá que, com textos, vídeos ou imagens vais deixando a tua maneira de encarar a vida; gosto de ir lá como a todos os que constam na minha coluna; às vezes comento, outras não, conforme tenho algo a dizer...
Abraço amigo.
Eskimó
ResponderEliminarestás a ver o campo de ténis das Penhas? A casa dele era e ainda lá está, a que está imediatamente antes; era aí que passava os Verões com a família...
Abraço.
Caro Uillow
ResponderEliminarcomo vocês dizem por aí, "a coisa está preta" e não vejo que seja o Natal a resolver as crises; o próprio Natal está em crise, pois vive à base do consumismo, tendo perdido muito do seu encanto.
Abraço.
André
ResponderEliminarque comentário bem humorado e perfeitamente adequado aos nossos tempos e ao meu texto; deste mesmo um valente pontapé na crise...eheheh, parabéns!
Abraço amigo.
Tau-tau no tutu: HMMMMMMM!!! Eu téio!!! :-)
ResponderEliminarEdu
ResponderEliminarés um masoquista, eheheheh.
Abraço.
:) pinguim... são fases... depois da crise vem sempre a bonança... :D
ResponderEliminarCaro I love
ResponderEliminarEspero bem que sim, e que não tarde...
Abraço.