domingo, 13 de novembro de 2011

Viagens - 2

Hoje venho falar das primeiras viagens que fiz, sem a família, e que poderei  situar entre os meus  10 e 17 anos.
Começo por referir as excursões liceais, muito diferentes das de hoje, pois eram muito cordatas, sob a guarda atenta de três ou quatro professores e que não tinham grandes horizontes geográficos : ficavam-se por cá e recordo-me bem das duas primeiras a que fui, logo no então 1º.ano do Liceu (Covilhã), equivalente ao actual 5º.ano, e que foi à região centro, com aquele itinerário clássico para a época – Batalha, Alcobaça, Fátima, Tomar, Coimbra, Nazaré e por aí; três dias diferentes, com companhia agradável, e pela primeira vez com uns “tostões” para poder gerir por mim próprio.
No ano seguinte foi a vez do Norte – Guimarães, Braga, Viana e curiosamente evitando o Porto, pois seria mais difícil o controlo...
Depois, apenas me recordo de ter ido, já no 6º.ano, actual 10º. e no Liceu de Castelo Branco, que já nos levou e pela primeira vez  neste tipo de excursões a sair de Portugal, pois fomos até Salamanca. Já havia um controlo menos apertado e também a idade, sendo outra, nos proporcionava outros pequenos prazeres, mas nada de ir além do que era politicamente correcto.
Ainda no que respeita a visitas escolares, recordo uma efectuada a diversas unidades fabris e agrícolas, já no 1º. Ano de Económicas, que teve momentos memoráveis e que levaram a uma expulsão a meio da noite, de todos nós, de um hotel em Sesimbra, por distúrbios e mau comportamento, e só estávamos em 1963…Foi um passeio de que guardo recordações fabulosas.
Tenho que falar numa viagem, não escolar, que foi para mim, talvez a mais importante da minha vida e que se efectuou, tinha eu à volta de 16 anos, durante umas férias e em que fui passar um mês a Inglaterra. Tendo a minha família uma empresa têxtil, na Covilhã, havia entre os fornecedores de matérias primas – lãs – um indivíduo inglês que vinha todos os anos a Portugal e que se tornou relativamente amigo do meu Pai. Um dia, o meu Pai surpreendeu-me ao dizer-me que tinha acordado com o referido senhor, que eu fosse passar um mês, não à sua casa, mas  perto, na cidade de Bradford, no Yorkshire, para desenvolver o meu inglês e também para me desenvolver um pouco em relação à vida, claro.
Fui de comboio até Londres, e recordo a emoção de ir sozinho, chegar à Gare de Austerlitz, em Paris e aí apanhar o metro até à Gare do Norte, onde apanhei o comboio que me levou à estação de Vitória em Londres. Aí chegado, fiquei confuso como tomaria o comboio para a cidade onde ele me esperava, mas vi um local de informações, onde expus o que pretendia, tendo inclusivamente dado á pessoa que me atendeu, o contacto do fornecedor em causa; disse-me para aguardar e passados uns 20 minutos disse-me que tinha falado com a pessoa e o que eu devia fazer: apanhar o comboio x na linha y e à hora z, com destino a Wakefield, onde chegaria já de noite. Era uma estação pequena e o senhor estaria ali à minha espera. Assim fiz e quando nos encontrámos, ele levou-me de carro, a Bradford, onde me tinha arranjado um quarto numa residência familiar que apenas tinha 3 quartos para alugar, e onde comeria (tudo pago por ele) e que tinha uma particularidade – a empregada dos quartos era portuguesa e assim eu poderia ter menos problemas linguísticos; mas a Conceição era madeirense e tinha ido directamente da Madeira para ali, pelo que quando comecei a falar com ela em português, cheguei à conclusão que era preferível falarmos em inglês.

Num outro quarto estava hospedado um rapaz mais velho que eu, espanhol, de Barcelona, o Xavier, com quem comecei a andar, visitando a cidade e os arredores (Bradford era e é uma cidade feia), íamos a uma piscina a Ilkley, chegámos a ir a Leeds, que era muito perto e fomos a ver filmes, o que era delicioso para mim, que já na altura adorava cinema e pude ver vários filmes que aqui estavam proibidos. E até fomos a discotecas abanar o capacete. Foi uma amizade muito saudável e o Xavier depois convidou-me a visitá-lo na Catalunha, onde vivia em Sabadell, perto de Barcelona, e onde iria começar a trabalhar numa fábrica de perfumes; acabei por concretizar essa viagem dois anos mais tarde e foi muito interessante. Nunca falámos em assuntos sexuais, eu era virgem, mas hoje tenho quase a certeza de que ele seria homossexual…
Quanto ao senhor, estava no seu trabalho, e sempre que podia ia buscar-me e levava-me a diversas cidades para as conhecer e assistir a coisas diferentes: assim fui a Manchester assistir a um jogo de futebol em Old Strattford, fui a Sheffield ver uma partida de crickett, que não entendi patavina, fomos a York, que é linda, linda e fomos ver corridas de cavalos, visitámos Coventry, com a sua catedral moderníssima ao lado da que tinha sido completamente destruída na guerra, enfim foi excepcional.

Voltei, passado um mês, bastante diferente, com uma visão de um mundo diferente, aprendi a desembaraçar-me sozinho e com dinheiro para gerir (não era muito, mas chegou, pois quase tudo foi pago pelo senhor). Foi uma maravilhosa lição de vida que o meu Pai me proporcionou.


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59 comentários:

  1. As viagens são sempre excelentes oportunidades para crescer e alargar os nossos horizontes. Abraço

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  2. Francisco
    no caso desta minha viagem a Inglaterra, acho que foi fundamental, no meu desenvolvimento: foi um salto enorme e um alargar de vistas extraordinário.
    Abraço amigo.

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  3. Que belo texto, João! Ficámos a conhecer um pouco mais de ti,neste caso da tua adolescência, do teu pai,um ser humano admirável,enfim, também da tua família. A Grã-Bretanha, apesar do seu clima, é um destino fantástico para férias.Em qualquer altura do ano! E tu passaste um mês inesquecível.

    Bem-hajas, amigo!

    Beijinhos

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  4. Fantástica essa viagem a Londres, ainda para vais vivendo tu no interior serrano.

    E é até provável que eu conheça alguém da primeira foto :-)

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  5. Isabel
    o meu Pai sempre tentou dar-nos, a mim e aos meus irmãos, e no seu devido tempo, os meios, não para ter tudo o que quiséssemos,como sucede agora em tantas famílias, mas sim os apetrechos para uma vida adulta conseguida. Poderá pensar-se que o meu Pai era rico, mas longe disso, equilibrava as suas finanças, numa classe média, sem problemas de maior é certo, mas com muito equilíbrio. Para ele, o pouco dinheiro que gastou comigo, foi um excelente investimento na minha educação e eu estou totalmente de acordo.
    E eu herdei dele essa noção do dinheiro: não tenho muito, conto-o todos os meses, mas equilibro-me muito bem nas contas e não faço nunca gastos supérfluos.
    Beijinho.

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  6. Sad eyes
    disseste algo que eu não disse directamente, masque se pode induzir: eu não "conhecia" Lisboa quando fiz esta viagem, apenas ali tinha estado uma meia dúzia de vezes, sempre orientado pela família que me acompanhava.
    Quanto à foto, foi tirada no monte de Santa Luzia, em Viana, e éramos só rapazes, à excepção de um casal com as suas 3 filhas que nos acompanhavam; ainda hoje sou muito amigo de uma delas, que infelizmente enviuvou muito cedo de um outro amigo que também está na foto. Tinha eu 10 anos e vamos ver se alguém me identifica...
    Abraço amigo.

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  7. O teu pai era um senhor com "visão" para a educação dos filhos. As minhas excursões na escola eram sempre as mesmas pasmaceiras (Convento de cristo; Tapada de Mafra; Castelo São Jorge, As gruta de Mira Aire, Cominbriga com a possibilidade de ir a Coimbra). Saia-se de casa às cinco da manhã e volta-se ao final da noite...

    Comecei a gostar destes locais, depois que lá voltei com "pessoas especiais". Não gosto de concentrações de rebanhos, tudo de fila indiana... LOL

    Adorei o teu post.

    Forte Abraço

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  8. Francisco
    as primeiras excursões escolares, das quais a foto é um exemplo, também eram a esses locais, mas geralmente eram 3 dias...
    Quanto ao meu Pai, essa "visão" de que falas, mostrou-a alguns anos depois quando lhe disse olhos nos olhos a minha orientação sexual.
    Abraço amigo.

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  9. Olá, o texto deixou-me com curiosidade neste aspecto: «Fui de comboio até Londres, e recordo a emoção de ir sozinho, chegar à Gare de Austerlitz, em Paris e aí apanhar o metro até à Gare do Norte, onde apanhei o comboio que me levou à estação de Vitória em Londres.» Como é que isto é possível, presumindo que a viagem foi realizada antes da abertura do canal da Mancha?

    Continuação do excelente blog!

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  10. Caro Anónimo(!)
    obrigado pela tua visita e compreendo a tua dúvida.
    Antes da construção do túnel da Mancha, sempre se pôde ir à Inglaterra, de carro ou de comboio,mas a travessia era feita através dos ferry-boats, que continuam a operar para os automóveis, de Calais para Dover ou Folkstone e também da Bélgica (uma vez fiz a travessia entre Oostende e Folkstone).
    Assim, tomado o comboio na Gare do Norte em Paris, ele ia até Calais e aí entrava a própria composição no barco e só durante a travessia, os passageiros podiam abandonar o comboio, mas deviam regressar antes da chegada a Dover; aí, o mesmíssimo comboio os levaria até Victoria Station, em Londres.
    Aliás foi do mesmo modo que fiz a pequena travessia entre a Dinamarca e a Suécia, anos mais tarde, mas antes da construção da ponte que agora une ambos os países.
    Abraço.

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  11. Acredito que, para quem está com prontidão para tal, sempre se adquire grandes lições nas viagens que realizamos. Diferentes culturas, diferentes estilos de vida, variadas lições...
    Adorei o que disseste sobre a senhora madeirense (senti "na pele", quando estive na Madeira).
    AMEI O SEU ÚLTIMO COMENTÁRIO!

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  12. Rosa
    ainda hoje me recordo perfeitamente da Conceição; era uma moça novita, desengraçada, com um começo de buço (eheheh), que veio de lá da Madeira profunda, directamente para Inglaterra, podes ver; absolutamente impossível entendê-la em português(?)...
    Quando estive na Madeira, apesar do acentuado sotaque sempre entendi as pessoas; gostava era muitas vezes de não entender as bacoradas que um tipo de lá vai dizendo...
    Beijinho.

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  13. Partilho contigo a paixão das viagens, Pinguim! Acho que viajar é um enriquecimento inesgotável, só comparável à leitura,e muitas vezes são complementares!
    Abraço

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  14. Justine
    viajar é não só conhecer sítios e povos diferentes, como também ir-nos conhecendo a nós próprios um pouco mais, com o contacto com esses locais e essas pessoas.
    Beijinho.

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  15. Deve ter sido realmente uma experiência fantástica. Abraço

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  16. Inesquecível, Sérgio.
    Recordo tudo como se tivesse sido ontem: nomes das pessoas, locais onde estive e pormenores pequenos...
    Abraço amigo.

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  17. eu arriscaria aquele rapazinho do lado direito. Aquele ao lado de um professor (?) e por baixo do padre (?).

    Será que acertei?

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  18. Speedy
    mas onde viste tu um padre nesta foto,rapaz?
    Se acertaste ou não digo mais tarde,hehehw...
    Abraço amigo.

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  19. ai é uma senhora. precipitei-me e corei quando me dei conta do erro :p

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  20. Speedy
    como me fizeste rir e te redimiste com humildade (hehehe), posso dizer-te que acertaste - sou esse, sim senhor.
    Abraço amigo.

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  21. Excelente diário de bordo! Acredito que, à data, deva ter sido fascinante. E o episódio da Madeirense é fantástico! Também já está esclarecida a minha dúvida em relação ao Canal da Mancha. Um abraço.

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  22. Blog Liker
    ai eras tu o Anónimo lá de cima, heheh...
    Canal da Mancha, sempre houve, o túnel da Mancha é que só começou a haver há alguns anos a esta parte...
    Coitada da Conceição, por onde andará ela agora?
    Abraço amigo.

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  23. Olá! Não era eu o anónimo lá de cima. Mas tive a mesma dúvida! :)

    Um abraço!

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  24. Blog liker
    ainda bem, pois sempre assinaste com o teu nick e não havia razão para o não fazeres agora.
    Abração.

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  25. Parabéns por essa capacidade de dar a volta e ser alguém na vida.
    Sempre tive medos, medos de tudo e de todos.
    Procurei dar aos meus filhos essa liberdade para que nunca fossem vítimas como eu.
    Felizmente consegui e eles parece-me que são felizes - a felicidade é algo relativo.

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  26. Olá Luís
    gostei imenso do teu comentário; revela um ser humano extraordinário.
    Acho que todos nós tivemos medos, na nossa infância ou na nossa juventude, embora de proveniências diversificadas. Os meus foram comuns aos de todos os que como eu não escolheram uma sexualidade, mas que são apontados por uma sociedade demasiado normativa e preconceituosa; e olha que não são medo fáceis de afastar...
    Mas é preciso viver! E viver de acordo connosco.
    Invejo-te muito por poderes agora, como dizes, dar aos teus filhos uma educação que os prepara para eles não sofrerem de medos; é sinal de que os tens e que sabes ser Pai. E isso é uma felicidade.
    Eu nunca o serei...
    Abraço amigo.

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  27. Obrigada pelo comentário João.
    Viajar para mim é um dos sentidos da vida. Também concordo que aprendemos com as outras culturas e aprendemos a conhecermo-nos melhor.

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  28. Nem mandei um abraço porque estava com problemas com as mensagens.

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  29. Rainbow
    para mim,é uma das melhores coisas do mundo.
    Se pudesse, passava a vida a viajar.
    Beijinho.

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  30. Covilhã é uma cidade linda. Conheço-a desde pequeno, pois é a terra do meu avô materno e tenho lá familiares. E gosto bastante do sotaque beirão cerrado como só os covilhanenses têm. :)

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  31. Que excelente momento de recordação, João.
    Quem mora na Europa tem este privilégio, pode visitar com mais facilidade outros países e engrandece muito a cultura da pessoa...além das recordações.
    Não se faz mais hoje toda a estrutura educacional como dantes. Isso é certo.

    Adorei imenso o post.
    Abraços.

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  32. FireHead
    eu gosto muito da Covilhã, onde vive a maior parte da minha família mais chegada: Mãe e irmãos.
    É uma cidade que tem assistido a uma grande transformação, com o progressivo desaparecimento da indústria têxtil, e o aparecimento de uma cidade universitária; e também desceu da encosta para o vale.
    Quanto ao sotaque, desculpa, eu conheço-o bem, sei imitá-lo, mas tenho que concordar que não é bonito:"tás a veir, oh tiuuu", "Joséii, veim pra meisa", hehehe...
    Abraço amigo.

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  33. Pat.
    pois é, a Europa tem distâncias curtas.
    Talvez seja por isso que ainda não fui ao Brasil; não por ser longe, mas porque gostaria de visitar vários locais, todos tão distantes uns dos outros. Gostaria de ir a Manaus, por exemplo...
    Beijinho.

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  34. João não deixei aqui o meu comentário??? Bem adorei o teu post. Uma autentica história de coming of age, uma daquelas viagens que nos define, uma referência para o futuro e que nos permite conhecer um pouco mais o grande homem por detrás do Pinguim!

    Grande Abraço!

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  35. Calculo bem que sim, também recordo quase na perfeição as viagens que fiz. Adoro viajar

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  36. Recordar é viver... O seu blog está ótimo. Adorei as capas do The Saturday Evening Post.
    Abraços

    O Falcão Maltês

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  37. pinguim que memória incrível. Porque será que não me lembro das coisas assim, cheias de detalhes? Eu comecei muito cedo a desenrascar-me sozinha tinha oito anos. Fiquei a estudar em casa de uma Senhora em Moma. Que me lembro? Que tinha imensas saudades da família e que passei muita fome.Estava habituada a fazer o que queria em casa, o cozinheiro fazia-me todas as vontades e deixava-me comer quando tinha fome mas, a senhora não. Desde pequena que na parte da manhã não há comida que me chegue, até à hora do almoço, depois acaba a fome. Ora a Senhora achava que só devia comer o pequeno almoço e depois o almoço. Que fome! Ainda hoje quando vou trabalhar chego a tomar 3 pequenos almoços. Dinheiro para gerir foi mais tarde quando andava no colégio. Pouco me lembro, ficaram umas coisitas, se calhar o que não devia ter ficado.:)

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  38. Adoro estas histórias de vida...Eu ainda nem era nascida e o "Senhor" já conhecia mundo!!!

    Obrigada.
    Bjnhs

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  39. Eu não disse que o sotaque é bonito, apenas que gosto. Lol. Então eu que me chamo Hugo sou conhecido por "Iúúúúúúgo". "'Tá tiudo báing?" :)
    A Covilhã está desenvolvida, mas há um grande défice de emprego. O SerraShopping, ainda assim, deu uma ajuda a combater o flagelo. O meu irmão estudou na UBI. Já tive a oportunidade de conhecer as instalações (das antigas fábricas de lã). Apesar de tudo o pessoal de lá gosta imenso do trabalho do Carlos Pinto.

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  40. Porcupine
    um obrigado grande às tuas palavras.
    Definiste na perfeição esta viagem a Inglaterra: uma história de coming of age!
    Abraço amigo.

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  41. Sérgio
    no entanto há coisas posteriores que não recordo tão bem; é um sinal da importância que certos acontecimentos têm na nossa vida.
    Abraço amigo.

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  42. António
    não é uma troca de galhardetes, mas este blog não chega aos calcanhares do teu.
    Abraço amigo.

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  43. Mary
    apesar de tudo, ainda recordas algumas coisas; como disse aí atrás, geralmente recordamos melhor as coisas marcantes, boas ou más, da nossa vida.
    Beijinho.

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  44. Mz
    ai esse "Senhor", que desconsolo...
    Quando será que me tratas como toda a gente? Além do mais, esse tratamento ainda me faz mais velho do que realmente sou.
    Beijinho.

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  45. FireHead
    ficou demonstrado, na perfeição que sabes perfeitamente o dialecto da Covilhã.
    Se conheces as instalações das antigas fábricas, agora usadas pela Universidade, quem sabe se não estiveste naquela que foi a minha empresa; chamava-se "João Roque Cabral & Filhos, Lda", é no Sineiro e agora é uma excelente residência universitária...
    Abraço amigo.

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  46. O melhor mesmo é ouvir os covilhanenses a proferirem asneiras, tipo "c0%@ da mãe"! XD
    Pelo nome não vou lá, mas estive lá na residência universitária sim. Aliás, posso não conhecer o nome dos sítios e das ruas, mas conheço perfeitamente a cidade como a palma da minha mão. E a terra do meu avô é como se fosse minha terra também, pelo menos tenho lá raízes. :)

    Abraço.

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  47. FireHead
    o mundo é pequeno...
    Gostaria que neste blog, fosses à coluna da esquerda, e onde diz "etiquetas", busques a da Covilhã, que tem nove posts publicados. Se clicares aí, obtens os posts em causa, e tirando três de carácter estritamente pessoal, nos restantes encontras referências e fotos da Covilhã, incluindo uma foto da tal residência universitária, que antes era a minha fábrica.
    E só para acabar, se conheces bem a Covilhã, deves conhecer uma casa na Rua Marquês d'Àvila e Bolama, quem vem da UBI e antes de chegar ao Colégio das freiras, que tem um espaço para carros, uma casa tipo moradia, a única nessa rua; esse era o prédio da minha família, onde eu vivi os meus primeiros 17 anos.
    Há já uns anos largos foi vendida e é hoje propriedade dos donos do hotel da Varanda dos Carqueijais, e do hotel das Penhas, os irmãos Costa Pais, bem conhecidos na região.
    Abraço amigo.

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  48. Bem, que belo relato. Embora nunca tenha feito nenhuma, serão certamente essas viagens que fazem com que nos descubramos. Obrigado pela partilha!

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  49. José Piçarra
    obrigado pela visita. Sem dúvida que é uma das formas de nos irmos descobrindo, o ir viajando.
    Abraço.

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  50. Fantásticas viagens... ^^

    Também anseio o dia em que conhecerei a Europa, os E.U.A, o Brasil, a terra do pai (Moçambique), etc, etc, etc... Os pais viajaram imenso; eu, infelizmente, pouco conheço.

    Mesmo em Portugal, como já referi inúmeras vezes, conheço muito pouco. :(

    Abraço. ^^

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  51. Mark
    tu tens possibilidades e deves fazê-lo pois vais alargar as tuas capacidades de conhecimento em múltiplos aspectos.
    Sozinho ou com uma companhia compatível, vais ver quão bom é viajar.
    Abraço amigo.

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  52. que belo relato. deve ter sido uma viagem inesquecível, de facto. e muito respeito pelos teus pais, neste caso pelo teu pai, que te proporcionou, aos 16 anos de idade, uma experiência tão extraordinária.
    curiosamente, no livro que acabei de ler, o Paul Theroux conta uma viagem de comboio idêntica, ou seja, com passagem pelo canal da mancha, mas em sentido oposto.
    abração

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  53. Miguel
    é que foi uma autêntica surpresa para mim; eu não tinha pedido nada e aparece-me o meu pai com aquela "novidade".
    Foi realmente excelente e um modo de educação pouco comum para a época.
    Voltarei daqui a algum tempo com mais viagens, mas estas mais "saídas da casca"...
    Abraço amigo.

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  54. Assustei-me quando li "Um dia, o meu Pai surpreendeu-me ao dizer-me que tinha acordado com o referido senhor". lol

    Gosto imenso destas tuas histórias e ainda mais de as ouvir. Tenho mesmo que fazer uma visita.

    Abração

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  55. Félix
    só tu, com esses pensamentos perversos...
    Ah, pois tens, tens.
    Não no próximo fim de semana, mas no outro: vens no "quim...boio", vou-te buscar, vemos amigos comuns, conversamos, não gastas dinheiro e ainda levas de borla o programa do Queer...
    Abraço amigo.

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  56. Deveu ser uma experiência inesquecível. Era bom poder ver fotografias daquela viagem que, com certeza, tirarias. Se não for o caso, eu pessoalmente gostaria mesmo de poder ver fotografias mais apropriadas aquando dos teus posts sobre as tuas viagens. Era bom mesmo!

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  57. Leonardo
    foi, como se percebe pelo texto, uma viagem memorável; não tenho fotos dessa viagem, excepto uma que havia, mas não sei dela, da porta da casa onde fiquei em Bradford, penso que me foi dada pela dona da residência, porque estava ela, o marido e um filho pequeno; o curioso é que se via ao longe a tal madeirense, a Conceição.
    Eu sempre que posso ponho fotos que tenha das viagens, mas nem sempre as tenho; por exemplo, neste post tenho uma foto de uma das viagens do Liceu.
    E da viagem a Inglaterra, documentei com uma foto de Bradford e um mapa muito curioso, porque apanha quase todos os locais que cito no texto - bastante apropriadas, parece...
    Abraço amigo.

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  58. como por motivos de logística física não posso conversar contigo quantas vezes gostaria, ler estes teus posts vai dando "pro gasto". És um rapaz do mundo João:-) Adoro estas tuas partilhas, como já estás farto de saber.

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  59. Ima
    e eu gostaria de postar mais coisas destas, mas nem sempre tenho paciência para alinhavar as palavras, pois as memórias estão frescas.
    Agora, ando nesta odisseia das viagens, e nas próximas, começa a haver uns "piri-piris...
    Abraço amigo.

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!