Faleceu aos 84 anos o realizador britânico Ken Russel.
Durante a sua vida dirigiu filmes polémicos, alguns dos quais não agradaram ao público e à critica, caso de "Liztomania", "Tommy" e "Valentino".
Mas há dois filmes que marcaram a sua carreira: "Tchaikovsky - Delírio de amor" e sobretudo "Mulheres Apaixonadas", adaptando o famoso romance de D.H.Lawrence.
É deste filme uma das cenas mais belas que eu já vi em cinema, e que é a luta, apenas com a luz da lareira, entre os dois protagonistas masculinos, Alan Bates e Oliver Reed (dois excelentes actores), e em que ambos estão completamente nus, o que para a época era bastante ousado.
É uma luta viril, mas ao mesmo tempo, carregada de homo-erotismo, que não resisto em deixar aqui em vídeo.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Ken Russel
Publicada por
João Roque
à(s)
13:20
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Etiquetas:
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Patrícia
ResponderEliminarmuitos parabéns pelo número redondo de seguidores e é um prazer estar entre eles.
Beijinho.
Carissimo, também fiz uma nota no http://sociologias-cultura.blogspot.com/
ResponderEliminare adiccionei este teu teu post como link. Espero que não te importes.
Forte Abraço,
Luís
ResponderEliminarolha que pergunta...
Claro que não, é até uma honra.
Abraço amigo.
A cena continua magnífica, João.
ResponderEliminarRepara nas tonalidades utilizadas, no 0% de "ordinarice" sem recorrer a corpos Danone aperfeiçoados em qualquer clínica estética. É das cenas que faz falta no nosso cinema, na nossa tv, sempre contextualizada.
Abraço.
O que nos vale é termos um pinguim cinéfilo.
ResponderEliminarAbraço
Paulo
ResponderEliminaré pelos motivos que citas, que adoro esta cena.
Abraço amigo.
Ribatejano
ResponderEliminarjá fui muito mais. Quando este filme foi exibido em Portugal, depois do 25 de Abril, eu já o tinha viso na Beira (Moçambique) onde eram exibidos muitos filmes comercialmente, proibidos aqui, porque a distribuição era canalizada por uma firma inglesa.
Abraço amigo.
Amigo João
ResponderEliminarNão conhecia este filme e nem imaginava que estes actores tivessem protagonizado esta coreografia tão densa e original!
Obrigado.
Um abraço do
Luís
Luís
ResponderEliminaralém desta cena, o filme é muito bom, com uma adaptação livre, mas conseguida, do romance de Lawrence, e com uma interpretação soberba de uma das actrizes preferidas de Ken Russel - a "enorme" Glenda Jackson.
E depois, há aqueles corpos do Alan Bates e do Oliver Reed, na pujança do seu vigor físico, sem as ajudas dos ginásios, que só fabricam clones, e que nos presenteiam com esta cena fantástica.
Abraço amigo.
nunca vi o filme e não conhecia esta cena, que é de facto soberba. realmente o KR era um tipo muito provocador, com um tipo de mentalidade que, penso eu, desapareceu nos dias de hoje. vi, a avaliar aqui pela tua lista, muito poucos filmes dele.
ResponderEliminarrealmente dois actores excelentes, também eles a marcarem uma determinada época do cinema.
Adorei a cena... Confesso que de Ken Russel só conheço o Viagens Alucinantes... Mas estou a ver que tenho aqui um cineasta para redescobrir...
ResponderEliminarPartilho da opinião que só nesta decada é que hollywood teve a sua década mais interessante em termos de liberdade e arrojo criativo.
Grande Cena!
Parabens!
Miguel
ResponderEliminarele quis, de um modo muito original, nalguns dos seus filmes, analisar a vida de gente célebre: Tchaikowsky, Lizt, Valentino,etc.
Foi sempre controverso, e em muitos casos as pessoas adoravam ou odiavam os seus filmes.
Quanto a esta cena, julgava-a mais conhecida, mas sendo assim, foi muito bom partilhá-la.
Abraço amigo.
Porcupine
ResponderEliminarrevi há um par de semanas o "Delírio de Amor" e se já tinha um vago sentimento de pouco entusiasmo, agora essa percepção acentuou-se, um pouco devido à péssima escolha do actor que protagonizou Tchaikowsky, o "canastrão Richard Chamberlain.
Vê este "Women in Love", diverte-te com o "Liztomania", ouve a música de "Tommy" e delicia-te com a recreação da época, um pouco kitsh de "Valentino" com um Nureyev muito interessante...
Abraço amigo.
Bem, eu pratico uma arte marcial e acho - acho não, tenho a certeza - que não dá mesmo jeito nenhum lutar completamnete nu... Mas não era mesmo assim que os lutadores da antiguidade lutavam? :)
ResponderEliminarFireHead
ResponderEliminarsim, era; aliás todos os desportos na Grécia antiga eram praticados em total nudez.
Abraço amigo.
o meu pensamento no final foi: eles jovens fizeram amor!! No início era uma luta nem animalesca, mas para o final os movimentos delicados, subtis eram química pura entre corpos. A fotografia é muito boa!
ResponderEliminarIma
ResponderEliminareles eram grandes amigos que cortejavam duas irmãs.
Esta luta não é uma luta entre inimigos, é uma prova de virilidade apenas, foi um passatempo para ambos, não estavam zangados.
Ambos não eram homossexuais e sim extremamente amigos.
Mas...na realidade essa amizade, mesmo sem eles o saberem realmente, ia além do comum, eles "amavam-se" e esta luta pretende mostrar-nos isso, quando perto do final, o beijo entre eles está iminente e não se dá, porque o receio aparece no último instante.~
É curioso que quando eu estudava aqui em Lisboa, partilhava um apartamento com aquele que era o meu melhor amigo e ainda hoje o é, de certa forma, mas vivemos longe e as nossas vidas seguiram rumos distintos. E um dia tivemos uma luta assim, por brincadeira, no quarto, apenas de slips, e quando num momento, ambos no chão, tivemos as nossas bocas quase a tocar-se, recuámos...
Eu falo por mim, e posso dizer-te que além de uma enorme amizade, o desejava muito, mas não aconteceu; foi a primeira pessoa a quem abri a minha sexualidade, mais tarde e esse episódio nunca foi falado entre nós. Hoje é avô, vive no Algarve e temos por vezes longas conversas telefónicas...
Abraço amigo.
Lamento que Ken Russel tenha morrido. Sempre gostei dos seus filmes, que revejo sempre com prazer!
ResponderEliminarAbraço
Justine
ResponderEliminaro mundo do cinema vai-se renovando...
Costuma dizer-se quando morre alguém conhecido: realizador, actriz ou actor, que o cinema fica mais pobre. É apenas meia verdade, pois vai aparecendo sempre uma boa quantidade de novas caras que o vão renovando.
Claro que o mundo do cinema de hoje não é o mesmo de há 20 anos, pois desapareceu imensa gente; mas, e quantos não apareceram?
Isso não invalida que não se homenageia os nomes válidos que vão desaparecendo, como é o caso.
Beijinho.
Fiquei curioso, tenho de ver esse filme
ResponderEliminarÉ muito bom, Sérgio.
ResponderEliminarAbraço amigo.
Considero este, um dia extremamente importante. Felizmente o ultima analise da situação em Portugal revelou que este ultimo ano o numero de casos desceu. O que é uma excelente vitória. :)
ResponderEliminarUm abraço
André
ResponderEliminarapesar de estar nesta caixa de comentários e não na seguinte, eu vou passar o texto para o post seguinte.
Abraço amigo.
A cena é de facto muito bonita e extremamente ousada para a época.
ResponderEliminarSad eyes
ResponderEliminarmas não é nada especulativa, apesar dos dois corpos nus...
Abraço amigo.