* Este é possivelmente o mais longo post deste blog, mas não é cansativo.
Graças, nome latino das Cárites gregas, eram as deusas da fertilidade, do encantamento, da beleza e da amizade. Aglaia, a claridade; Tália, a musa da comédia e da poesia; e Eufrosina, a deusa da alegria.
Nas primeiras representações plásticas, as Graças apareciam vestidas; mais tarde, contudo, foram representadas como jovens nuas, de mãos dadas; duas das Graças olham numa direção e a terceira na direcção oposta.
Esse modelo, do qual se conserva um grupo escultórico da época helenística, foi o que se transferiu ao Renascimento e originou quadros célebres como "A primavera", de Botticelli, e "As três Graças", de Rubens.
Sandro Boticelli -A Primavera
Rubens
Mas comecemos pelo princípio, pelas representações do período helenístico
As Três Graças de Pompeia
Depois temos diversas telas da Idade Moderna
Raffaello
Jean-Étienne Liotard
Cranach
Grien
Hans Aushen
Duas esculturas
Bertel Thorvaldsen
Canova
Uma outra escultura portuguesa, que está na Praça de Londres
Fernando Fernandes
Alguma arte contemporânea
Delaunay
Randolphlee-mciver
Lucy Unwin
Marisol Diaz
Algumas "variações"
Leonard Nimoy
Harald Seiwert
Joel-Peter Witkin
Alexandre Mury
Tom of Finland
(autor desconhecido...)
Século XXI
Kehinde Wiley
Promoção da Samsung
A caricatura
E finalmente, a triste realidade
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Parabéns, João, um post muito inteligente na sua composição e estrutura, na escolha das fotografias, a inclusão de outras que, como dizem os italianos "se non è vero è ben trovato" (que me desculpem aqui os italianos por se não o escrevi corretamente) e a progressão face ao final para chegar à triste realidade já desde a máfia.
ResponderEliminarGostei mesmo!
Um abraço,
Leo
Amigo João
ResponderEliminarUm post belíssimo, inteligente e de muitissimo bom gosto. Um post esteticamente perfeito e com um enquadramento histórico-cronológico fantástico. Algo que é muito comum por aqui, mas que desta vez me fascinou ainda mais.
Que belo começo de dia me proporcionaste, meu amigo. Obrigado!
Um post para ver e rever!
Um verdadeiro encantamento!
Um abraço forte!
Luís.
não só não é cansativo, como é muito interessante. adorei. adorei tudo: a revisitação dos clássicos, a lição de história de arte, as variações mais ou menos provocadoras, e, claro, o comentário sem palavras. um post fabuloso João.
ResponderEliminardesconhecia a sua origem, embora já tivesse apreciado algumas, lindas. a caricatura é que é uma desgraça, com esses estamos feitos. bjs.
ResponderEliminarLeo
ResponderEliminartenho que confessar que me foi difícil fazer certas escolhas, não no que se refere aos clássicos (Boticelli, Rubens, Canova, Raffaello, Cranach), mas em relação a todos os outros, pois tinha em mente uma certa linha condutora, que levasse ao objectivo final atingido: a corrupção política e desportiva e o poder do dinheiro na vida actual...
Abraço amigo.
Luís
ResponderEliminartive muito medo desta postagem.
Foi uma postagem "à Carneiro"!
Pensei, apesar do gozo e do trabalho que me deu, que pudesse ser encarada como algo de um profundo mau gosto, misturar Boticelli com Tom of Finland e com a "troyka", mas afinal há gente que me percebeu...
Obrigado pelas tuas palavras.
Abraço amigo.
Miguel
ResponderEliminaracima de tudo deu-me um imenso prazer elaborá-lo.
Imaginemos isto como um filme: o argumento foi-me sugerido por um blog que vi (variadas representações de "As Três Graças", mas sempre mais ou menos no clássico); as filmagens foram rápidas e impulsionadas pelas alterações que imprimi ao argumento original; o "cast" foi muito divertido, e houve muitos candidatos; tecnicamente apenas alguns cuidados com a apresentação e com o "dono ao seu dono); o maior problema foi editar o filme.
Tinha "a priori", um distribuidor garantido e quanto a resultados de crítica, volto a referir que embora receoso, a auto produção não me exigia lucros.
Enfim, um "filme" absolutamente "indie"...
Abraço amigo.
Margarida
ResponderEliminaressa introdução era necessária, não só para informação da origem da "lenda", que eu próprio desconhecia, como principalmente para permitir a chegada a patamares pouco convencionais, a que o Leo, e muito bem, denominou de "se non è vero è ben trovato"...
Beijinho.
as primeiras são belas imagens!!!
ResponderEliminarFrederico
ResponderEliminarforam essas telas de Boticcelli e de Rubens que mais celebrizaram "As Três Graças", juntamente com a escultura de Canova...
Abraço amigo.
João.
ResponderEliminarAdorei ler este post.
O que escreveste
e como o documentaste.
Claro que apreciei imenso 26ª imagem,
ou terá sido a 25ª.
Bom só sei que é aquela...
João.
É bom sorrir e é bom refletir.
Obrigado pela oportunidade.
Um abraço
As últimas fotos não têm MESMO "graça" nenhuma...
ResponderEliminar:-))))
Belíssimo post,Pinguim, com música a condizer!
Abraço
Pedro
ResponderEliminarfoi difícil, mas fiquei satisfeito com o resultado...
Já sei a que fotos te referes - malandreco!
Abraço amigo.
Justine
ResponderEliminardiria mesmo que são duas fotos de "Três Desgraças"...
Mas enfim, sonhemos com a Primavera de Boticelli, e com a música de Vivaldi.
Beijinho.
E 3 é a conta que Deus fez :D
ResponderEliminarExcelente Post.
Abraço
P.S. - Provavelmente há uma foto assim das donas de casa desesperadas
Gostei imenso deste "passeio" pelas 3 Graças, iniciado na Claridade; Comédia e Poesia; Alegria; e terminado na Obscuridade; Trágicomédia; Trisreza.
ResponderEliminarAchei todas as imagens interessantes mas confesso que achei a 23ª (Alexandre Mury), muito original. O uso do espelho transformando uma "imagem" em três.Fenomenal!
White_Fox
ResponderEliminarUiiii. O que mais há são fotos que podiam estar aqui...
Abraço amigo.
A ideia foi excelente mas as últimas graças são medonhas desgraças. Beijinhos
ResponderEliminarcomo já te tinha dito ao telefone, gostei quase tanto da tua resposta ao meu comentário quanto do post. um filme indie a merecer o oscar do melhor realizador, sem dúvida.
ResponderEliminarabração
Mary
ResponderEliminarpois são; é para vermos como o que é belo, se pode transformar em algo tão "desgraçado"...
Beijinho.
Miguel
ResponderEliminare como te disse...foi ao correr da pena...
Abraço amigo.
Rosa
ResponderEliminaro Alexandre Mury é um artista brasileiro, que tem um interessante blog: http://alexandre-mury.blogspot.pt/
Beijinho.
É por isto que adoro cá vir, acabo sempre por aprender mais alguma coisa! Um abraço
ResponderEliminarSérgio
ResponderEliminarnão se aprende senão uma coisa: partilhar!!!
Abraço amigo.
Post sensacional, João.
ResponderEliminarAinda ontem vi o documentário DEUSES E DEUSAS.
O Falcão Maltês
António
ResponderEliminarobrigado; de vez em quando, lá calha alguma coisa sair bem.
Abraço amigo.
Engraçado ver como o padrão de beleza era diferente: todas rechonchudas (não falo dos gajos, que isso passei num repente:D )
ResponderEliminarCatso
ResponderEliminarainda não havia ginásios,hehehe...
Abraço amigo.
Andei por aqui a tentar perceber...
ResponderEliminarA parte final, figuras vestidas de sentimentos estranhos, em contraste com a simplicidade dos corpos nus.
A beleza não se encontra no espelho do que vemos exteriormente, mas naquilo que somos interiormente
Luís
ResponderEliminarfoi esse contraste que eu quis explorar, mostrando como nos dias de hoje, pouco se liga à beleza das coisas, para estarmos mais ligados a (des)graças, que cada vez mais nos ocupam a vida.
Abraço amigo.
Muito se pode falar acerca desse famoso quadro :)
ResponderEliminarNo último post, apenas só digo que me lembram os 3 metralhas lololol
Cócó, ranheta e facada :P
Abraço amifo
Francisco
ResponderEliminareu dava esse nome de preferência aos quatro últimos retratos.
Abraço amigo.
Bom dia João.
ResponderEliminarDeixo aqui um abraço e queria dizer-te que gostei do "malandreco" a propósito da foto. É ternurento esse "malandreco".
Obrigado.
Pedro
ResponderEliminaré isso mesmo. Em contraposição com o termo malandro, que é pejorativo, malandreco é uma palavra com alguma ternura.
Abraço amigo.
Longo, belíssimo e sagaz! Bravo!
ResponderEliminarPara mim, a escultura estremece-me mas os triunviratos antigos e actuais também são de temer.
Grazie!
João
ResponderEliminarde tudo o que ali está, o que mais gosto é da escultura de Canova - perfeita!
Quanto aos triunviratos, que se fodam os quatro (triunviratos).
Abraço amigo.
Olá João!
ResponderEliminarGostei muito deste post!
Já conhecia as Graças das aulas de Latim, mas pude assim apreciar a sua história ao longo da História!
Adorei uma determinada foto, é caso para dizer que as Graças têm Graça! ;)
Um abraço :3
Hórus
ResponderEliminarobrigado pela tua visita.
Esta não pretende ser uma amostra de tudo o que se fez sobre "As Três Graças", pois tal seria impossível; claro que as mais representativas estão aqui, e refiro-me às clássicas.
Quanto às outras foi pôr a imaginação a trabalhar.
Abraço amigo.
De três em três, a sucessão de (belas) imagens levou às últimas, num tom crítico e jocoso que adoro! Foi muito inteligente este post! :)
ResponderEliminarO que mais me impressionou foi o de Harald Seiwert, as três hermafroditas.
ResponderEliminarMark
ResponderEliminarnuma linguagem um pouco grosseira,mas que se ajusta, as fotos vieram "de cavalo para burro", hehehe.
Gostava de fazer mais coisas deste tipo.
abraço amigo.
FireHead
ResponderEliminaré curioso que és o primeiro e até ver o único que refere essa imagem, um tipo de ilustração que não é nada vulgar e que por isso eu gostei de incluir aqui.
Abraço amigo.
Correcção: de Joel-Peter Witkin. :)
ResponderEliminarFireHead
ResponderEliminaracreditas que nem tinha reparado no engano do nome...
Como sabia qual era o quadro, não liguei, mas fica feita a devida correcção.
Abraço amigo.
Que maravilha!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarRicardo
ResponderEliminarum comentário destes vindo de ti, é mesmo um elogio.
Beijo.
Fantástico! Adorei este post!
ResponderEliminarOlá João
ResponderEliminaragora fartei-me de rir, hehehe...
Não percebeste o que eu disse no comentário no Google+, aliás, eu depois fiz uma adenda...
Eu queria dizer, que de futuro, deixasses aqui o comentário, porque às vezes os comentários trazem coisas novas que complementam a postagem.
De qualquer maneira é muito bom ter-te por aqui pela primeira vez, suponho.
Abraço amigo.
Eu, que sou um nabo em arte, fiquei deveras espantado com esta lição de arte. Nunca tinha reparado na coincidência das três graças, na forma como se foram metarmofoseando ao longo dos tempos e como são constantes nos mais diversos estilos. Aprende-se muito por aqui!
ResponderEliminarCaro Coelho
ResponderEliminarmodéstia à parte, esta postagem "saíu-me bem", mas deu algum trabalho de "composição"...
Abraço amigo.