sábado, 31 de março de 2012

Ilha de Metarica

Como muita gente estará recordada foi publicado neste blog uma saga sobre o que foi a minha vida militar, desde Mafra até à passagem à disponibilidade.
Claro que a quase total incidência dessas crónicas se refere ao período em que estive na guerra colonial, primeiro na Guiné (4 meses), a estagiar para o curso de capitães milicianos e principalmente em Moçambique, para onde fui destacado em rendição individual a comandar uma companhia da guarnição local (isto é, quase na totalidade constituída por pessoal natural de Moçambique), localizada no Niassa, mais concretamente num local chamado “Ilha de Metarica”, que embora não fosse uma ilha, quase se poderia considerar como tal, já que em 100 kms ao seu rodar, não vivia permanentemente ninguém.
As instalações como na altura mostrei por fotos eram incríveis, sem o mínimo de condições, e foi ali que passei cerca de 20 meses da minha vida.
Sucede que recebi há dias um mail de um indivíduo que tinha estado nesse mesmo local, cerca de dois anos antes de mim, e que terá pertencido à primeira companhia ali estacionada, pelo que foram eles que tiveram que pôr de pé aquelas instalações perfeitamente básicas. Enviou-me algumas fotos desse tempo que eu apreciei bastante, pois deu para comparar com o que havia no meu tempo, apesar de tudo, bastante melhorado; e também durante o meu comando se continuaram a fazer melhoramentos, pois além de nos trazer algum , pouco, mais conforto, ocupava o tempo do pessoal, no intervalo das operações.
Reparem para começar na diferença da vista aérea, sendo a primeira foto a da formação do aquartelamento, e a segunda, a do meu tempo




Aquele mastro que se vê no centro da segunda foto, visto ao perto era assim

Nas fotos que me foram enviadas, pode ver-se o início da construção da "messe" de oficiais e sargentos

e nesta outra o aspecto que a mesma tinha no meu tempo

Outra foto antiga mostra toda a precariedade da secretaria, onde funcionava toda a parte administrativa e onde eu tinha a minha secretária

Embora não tenha nenhuma foto digitalizada deste "edifício" no meu tempo, já sem aqueles bocados de cartão,  posso mostrar uma do seu interior, em que se vê a minha secretária


As restantes fotos que me foram enviadas não têm grande alteração entre o tempo mediado; uma refere-se aos "chuveiros"

e esta outra, ao "bar" dos furriéis

E assim se vivia(?) durante a guerra colonial, quando não se andava no mato ou na picada.

Para complemento, e para quem não saiba, havia uma extensa compilação de canções, baseadas em músicas conhecidas, com letras absolutamente proibidas, mas que se ouviam cantar em todos os aquartelamentos e até em locais mais frequentados por oficiais e sargentos, desde que não fossem ouvidas pelos "chefões". Chamava-se o Cancioneiro do Niassa, e ainda devo ter por aqui em casa um exemplar dele.
Deixo um vídeo, com uma dessas músicas do Cancioneiro.

48 comentários:

  1. Verdadeiro momento Kodac :)

    Um grande prazer ao ler este espaço. Continua sempre assim...

    Abraço amigo

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  2. Francisco
    não tenhas dúvidas, era com máquinas dessas que se tiravam estas fotografias. Preciso de digitalizar muitas mais, pois tenho álbuns e álbuns...e algumas são sensacionais...
    Abraço amigo.

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    1. João Roque.
      Estive na ilha de Metarica 1969 a 1970. O nome de Ilha de Metarica deve-se ao facto de ficar próxima de uma ilha fluvial com o mesmo nome. o acampamento da ilha de metarica situava-se na margem direita do rio Lugenda ou Rieta (E3646,5 S1253)e tínhamos a responsabilidade de uma zona de ação de 2100 km2 (30x70km)A construção do aquartelamento data de outubro de 1968 e era formado por oito abrigos enterrados a metro e meio com seteiras ao nível do chão por onde se pode disparar para o exterior.
      A estrutura das suas paredes era constituída basicamente por duas filas de troncos de árvore, enterrados verticalmente no solos sendo o espaço entre ambas cheio de lama seca.
      A cobertura era construida da mesma forma, com a diferença de sobre a primeira fiada de troncos e por cima da segunda existiam chapas onduladas de ferro galvanizado, para reduzir as infiltrações.
      Carlos Alves

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    2. Caro Carlos Alves
      é extremamente gratificante receber atavés do blog mais uma contribuição para a história do aquartelamento da "Ilha de Metarica". Nesta postagem falo de um mail recebido comimagens de então de uma pessoa chamada Vítor Santos e que me levou a escrever este post pois antes já muito tinha falado dos meus tempos ali passados, de Setembro de 1972 até ao seu abandono, em Agosto de 1974.
      Não sei se o meu amigo vive aqui na região de Lisboa; se assim for gostaria muito de o contactar para pessoalmente trocarmos impressões sobre as nossas passagens por aquele sítio.
      O meu e-mail é jcroque@zonmail.pt caso me queira contactar.
      Um abraço agradecido.

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    3. João, peço desculpa de só agora responder, mas não me foi possível mais cedo além de ter caído no esquecimento.Uma vez que o amigo, deixe-me trata-lo assim, quer recordar a vida de metarica, convido-o a estar presente no convivo da C.Caç. 2469 a 21/04/2015 em Fátima. Um abraço
      Carlos Alves

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    4. Amigo Carlos Alves
      peço-lhe um favor; que me dê o seu contacto ou o de alguém que organize esse evento, pois gostaria mesmo de estar presente, mas sendo apenas daqui a um ano, tenho medo que me esqueça e assim era para deixar o meu contacto, para na altura, me inscrever.
      O meu e-mail é jcroque@zonmail.pt.
      Abraço amigo.

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    5. Sou eu mesmo que organizo o evento e por norma escrevo algo sobre a estadia da C.Caç. 2469 em terras de África.
      O que escrevo não é publicado só distribuído ao colegas presentes no convívio.
      Entrarei em contacto consigo logo que tenha mais elementos.
      Um abraço
      Carlos Alves

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    6. Carlos
      muito bem; eu apenas tenho contacto com duas pessoas do meu tempo na Metarica, na 1ªC.Caç.do B.Caç 17.
      Como era uma companhia da guarnição normal, havia muito pouca gente de cá e mesmo desses, nada sei.
      Um dos que conheço disse-me logo que iria comigo a essa vossa reunião, embora ele seja açoriano; é só saber a certeza da data com antecedência...
      Abraço amigo.

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  3. Dizem que quem esteve em África fica sempre marcado, seja pela negativa como pela positiva. O meu velho também esteve em Moçambique na altura da guerra e lembra-se das enormes potencialidades daquela terra. Tudo, porém, destruído após o 25 de Abril de 1974. E depois rumou para Macau, onde esteve 24 longos anos.

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  4. FireHead
    sim fica marcado para sempre, até porque perdi lá quase 4 anos da melhor fase da vida.
    No regresso assustava-me com coisas ridículas, como o fecho de uma porta de um frigorífico, que me fazia lembrar a saída de um obus...
    Mas agora passados tantos anos, tenho também que ver o lado positivo da imensa riqueza de relacionamento humano que lá adquiri e que me tem sido muito útil.
    Não me vou referir ao que dizes sobre o 25 de Abril, para não entrar em polémicas, hehehe...
    Abraço amigo.

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  5. Mais um post bastante interessante, gostei! :3

    Um abraço :)

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  6. Com respeito ao seu comentário em resposta ao FireHead, concordo plenamente. Minha mãe durante muito tempo não conseguia ouvir o som dos tambores ou atabaques, no Brasil, pois trazia-lhe recordações nada agradáveis. Eu, própria, sempre que via,no Brasil ou Portugal, passar algum veículo com tropas, sentia meu coração sobressaltar-se. Por outro lado, convivi com gente muito boa que ainda mora nas minhas memórias e ainda lembro, perfeitamente, do por-do-sol angolano, lindo como ele só.

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  7. Hórus
    recordações de tempos difíceis.
    Abraço amigo.

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  8. Rosa
    independentemente das recordações menos boas de lá, também há as boas: África é um continente maravilhoso e os "pôr do Sol" são fabulosos...
    Beijinho.

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  9. muito obrigado por partilhares mais estas tuas recordações da guerra no norte de Moçambique. não só partilhas algo de muito íntimo, mas também lembras a quem te lê que há essa coisa chamada passado, e memória, e história, e que é importante não esquecer.

    e dás, como sempre, uma lição de tolerância, mesmo a quem não quer perceber, por partilhares estas coisas, não em nome de qualquer bandeira ideológica, mas apenas (e mais importante) em nome da nossa memória e, sobretudo, da nossa dimensão enquanto Homens.

    como sabes, o tema diz-me e interessa-me muito. por isso também te agradeço.

    e é sempre revigorante recordar o cancioneiro do Niassa, que tantas vezes ouvi tocar e cantar ao vivo no muro do jardim da minha casa em nampula, por jovens militares de passagem a caminho ou de regresso "do mato", como se dizia.

    grande abraço

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  10. Miguel
    por vezes têm-se surpresas, e isso aconteceu ao receber um mail de alguém com quem nunca estive, mas que partilhou o mesmo espaço que eu, durante uns anos, e em situação ainda mais difícil, quer no que diz respeito às instalações, quer à própria guerra, pois no meu tempo a guerra no Niassa estava bastante mais calma que uns tempos atrás.
    E as fotografias recebidas fez-me ter vontade de digitalizar todas as fotos que tenho de Moçambique e da Guiné.
    Quanto à tolerância de que falas, como não a possuir, se é a falta dela um dos maiores defeitos que um ser humano pode ter?
    Abraço amigo.

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  11. Que registo intensos, devem ter sido 20 longos meses que agora tantas memórias lhe trazem.
    Abraço doce, obrigado pela partilha.:)

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  12. Momentos marcantes da tua vida, assim como de tantos outros homens da tua/nossa geração!
    Bons e maus momentos, mas fazem parte de ti.
    Tiveste a sorte de voltar inteiro desses "infernos"...
    Abraço

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  13. Sairaf
    não foram só 20; 20 foram naquele local. Junta-lhe 4 meses em Nova Lamego, na Guiné, um mês na Beira e mais quatro em Nampula,tudo em Moçambique, somam 29 meses de África, mais os tempos de tropa em Mafra, cerca de um ano no total, faz mais de três anos que me tiraram, na melhor altura da minha vida.
    É isso que muita gente destas novas gerações, que nunca tiveram problemas destes, não sabem ou não querem saber, e que de uma forma ou de outra, nos moldaram a visão, até política em relação ao futuro.
    Beijinho.

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  14. Justine
    apesar de tudo tive sorte, pois fui num período e para um sítio que não ofereciam perigosidade excessiva. Não quer dizer que não tivesse estado debaixo de fogo, pois estive, mas não foi um sufoco diário, como para muita gente que esteve lá noutros sítios e noutros locais.
    Vir de lá vivo e sobretudo não demasiado "tocado" pelas agruras que uma guerra sempre traz, foi muito bom.
    Beijinho.

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  15. Frederico
    visto daqui, e agora, sim; mas na altura, asseguro-te que de interessante nada tinha...
    Abraço amigo.

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  16. Magnifico este post, magnifico mesmo! Abraço

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  17. Sérgio
    as fotografias são artesanais, mas naquela altura e naquele sítio, era o que se podia arranjar...
    Abraço amigo.

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  18. Olá João.
    Documentos destes são muito importantes para se perceber a história.
    E isto é o que tu consegues transmitir desta "passagem". Imagino o que deves ter na tua memória e que faz parte da tua vida.
    Obrigado.
    Um abraço.

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  19. bom dia, João. a guerra do ultramar é mais um período que me interessa e por estar tão fresco na memória (segui tb a série da RTP1), deve ser muito rara a família que não tenha tido experiências dessas e o que isso provocou depois. obrigada pela partilha de mais um pedaço da tua vida. bjs.

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  20. Uma verdadeira viagem ao passado: obrigado Pinguim! Adorei :)

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  21. Pedro
    tu começaste há pouco tempo no mundo da blogosfera e não deves ter lido toda a saga que intitulei "A tropa cá do João" e que fui publicando neste blog; aí relato tudo, com histórias detalhadas, desde que iniciei o Curso de Oficiais Milicianos, em Mafra, em 1971 até à passagem à disponibilidade, em Janeiro de 1975.
    Abraço amigo.

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  22. Margarida
    faço-te a mesma proposta que fiz ao Prdro e podes procurar no blog as crónicas de que falei no comentário anterior; mesmo aquelas que se perderam na parte inadvertidamente apagada do blog, eu voltei a publicar e estão disponíveis.
    Sobre a série excelente que a RTP apresentou (do Joaquim Furtado) vi apenas alguns episódios, mas vou adquirir a série completa em DVD.
    Muito boa é a trilogia cinematográfica de Joaquim Leitão,sobre a guerra colonial, de que já foram feitos dois filmes: "Inferno" e "20,13", sendo este principalmente, muito bom.
    Beijinho.

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  23. Backpacker
    uma espécie de revisitação...
    Sabes que adorava visitar este local?
    Soube que passados dias de termos abandonado as instalações, ali se estabeleceram populações, aproveitando o que por lá ficou.
    A minha Companhia, foi a primeira a ser desmobilizada, dentro do acordo estabelecido entre Portugal e a Frelimo, após o 25 de Abril.
    Abandonámos a Ilha de Metarica, em Agosto de 1974, a caminho de Nampula.
    Abraço amigo.

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  24. Impressionante! Realmente as condições eram do mais básico possível. E depois a guerra..bah! Não deve ter nada mesmo sido nada fácil. O importante é que está aqui para contar a(s) historia(s).
    Abraço amigo.

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  25. Arrakis
    podes estar certo que não foi.
    E com a agravante de ter a responsabilidade pela segurança e vida de cerca de 200 homens...
    Não tinha ninguém a decidir por mim. Eu é que comandava, era eu que decidia...
    Abraço amigo.

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  26. As histórias de vida são acima de tudo o retrato da época. E nesta época a guerra no Ultramar jamais poderá ser esquecida. FAzendo-se relatos verídicos de locais, gentes e factos, espalha-se a verdade que para muita gente, simplesmente passou ao lado.

    Impressiona-me o local, no meio do nada. As condicções tão precárias onde se fazia o melhor possível... decerto que era um consolo chegar aqui depois do regresso do "mato".

    O João era um giraço ;)

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  27. É verdade João, é o problema das novas juventudes, não terem passado por momentos mais duros, para aprender que a vida não é assim tão fácil.
    Abraço doce

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  28. Mz
    falaste em algo muito curioso e que mostra a relatividade das coisas.
    É absolutamente verdade que era uma imensa felicidade chegar a este lugar, no regresso de uma operação.
    Eu, por ser comandante de Companhia, só fazia uma operação por mês, mas eram sempre as mais perigosas e mais demoradas (nunca menos de uma semana); e ao chegar, eu nem sabia o que fazer primeiro: se descansar, se me lavar, se beber água, se ler o correio(tão importante naquelas situações), eu sei lá. Mas acabava sempre por ser a água a escolhida, pois a sede é, sem dúvida alguma, a maior tortura que existe...
    Beijinho.

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  29. Sairaf
    nem se imagina, por muito mal que agora se viva, com a crise que nos atinge, o drama que foi na altura,a guerra colonial, pois atingia transversalmente toda a sociedade portuguesa; a única forma de a evitar era a emigração, que era mais um exílio do que emigração, pelo facto de nunca mais poder regressar ao nosso país.
    Confesso que pus a hipótese, não por medo, mas por ser totalmente contra essa guerra, mas seria impossível para mim ficar exilado.
    Beijinho.

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  30. Obrigado João.
    Vou ler mais sobre 'A tropa cá do João'...
    Podes crer que o farei com interesse e admiração.
    Abraço.

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  31. Pedro
    são 16 postagens, se não estou em erro, mas modéstia à parte, penso que vais gostar.
    Abraço amigo.

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  32. Uma das melhores medidas do Paulo Portas foi o serviço militar deixar de ser obrigatório :D

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  33. White_Fox
    sim foi uma medida certa pois nada justifica que um país em paz tenha um serviço militar obrigatório.
    De resto o PP prometeu muito aos antigos combatentes, mas foi só populismo eleitoral.
    Abraço amigo.

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  34. Moçambique... a bela terra do pai que tanto queria conhecer!

    Também tenho uma série de fotos destes belos tempos em que os avós moraram em Moçambique e onde o pai nasceu. Fotos da antiga Lourenço Marques e até do mato, onde o pai por vezes ia com os empregados dos avós.

    Gostei imenso de ver estas fotos; aquela em que estás sentado ao pé do mastro recordo-me muito bem de já a ter visto aqui. :)
    É lamentável que muitos jovens portugueses tenham conhecido tão belas terras por motivos tão pueris e ruins.

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  35. Mark
    conheci Lourenço Marques já numa fase de transição...
    Da Beira, não gostei nada.
    Nampula e Vila Cabral, estão para mim, sempre ligadas à vida militar.
    Mas Porto Amélia (Pemba) é linda, com a sua baía e maravilhosa era a Ilha de Moçambique e as suas praias fabulosas.
    Gostava imenso de ir ver Moçambique agora.
    Abraço amigo.

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  36. vi há pouco na rtp1 um apelo das pessoas com este tipo de documentação fotográfica e não só pata enviarem pa redacção do canal. Será pelo que sei para uma série sobre os retornados, dentro do género do Era uma Vez. lembrei-me de ti quando vi o anúncio...posso só dizer que tu na 7ª foto estás "objectivamente bonito" ;-) jeitoso mesmo!!! E "pôxa que coxa!!" :-P

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  37. Nicómaco
    obrigado pela tua vista.
    Eu também vi esse pedido, mas as fotos que tenho - e são relativamente as que tenho digitalizadas - não têm nada a ver com os retornados.
    Quanto às tuas apreciações estéticas, agradeço, pois fazem sempre bem ao ego, mas vou-te dizendo que ficarias bastante desiludido com a versão actual,hehehe...
    O que vale é que há sempre quem vai gostando.
    Abraço.

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  38. Podias pensar, como objetivo a um ou dois anos, voltar a Moçambique. Porém, não sei se não seria preferível conservares as tuas memórias como estão, e empenhares as tuas energias (e finanças) noutros voos.

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  39. Um Coelho
    gostaria muito de voltar àquele sítio, pois na altura em que lá estive com a Companhia, não havia qualquer população num raio de 100 kms, mas um piloto que sobrevoou o local, passado uns dias de nós termos abandonado o local, em que deixámos as instalações com um dístico "OFERTA DO EXÉRCITO PORTUGUÊS AO POVO DE MOÇAMBIQUE", já havia lá população.
    E eu gostava de ver como vivem eles..
    Abraço amigo.

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  40. Que trajetória e quanta vivência sofrida neste período, nestas terras. Mesmo vendo estas imagens, parece inacreditável que tua secretaria era assim. Tens muito para contar...

    Fiquei impressionada, João!
    Beijinhos.

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  41. Pat
    eu já contei tudo isso aqui no blog na tal saga a que dei o nome de "A tropa cá do João" e que ocupou 16 postagens...
    Beijinho.

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!