domingo, 18 de março de 2012

A máscara

Não é, nem de longe, o meu tipo de pessoas; nunca me despertaram ou despertarão algum tipo de desejo.
Até posso confessar que já por várias vezes condenei um certo "folclore" deste género de pessoas, nomeadamente, nos desfiles do "orgulho gay". Mas também sempre os respeitei e até admirei por terem a coragem de ser, ou procurarem ser aquilo que não são.
Mas, deparei com este filme peruano, uma curta metragem protagonizada por um homem, com uma tão grande e vincada humanidade, que quase me comoveu.
E não resisti em partilhar este vídeo, de certa forma, uma homenagem e um apoio a uma parte da comunidade LGBT que tem sido tão esquecida e que agora se tem discutido, por causa das leis sobre a identidade do género.

40 comentários:

  1. Também não gosto do "folclore" nas paradas gay (paradas?!).

    Agora o glamour transformista até me seduz. Não por causa da pessoa em si, mas sim do trabalho artístico que envolve cada personagem.

    Existem artistas que vestem tão bem o papel que por vezes colocam muitas mulheres num canto. Mas é assim o espectáculo.

    Quanto à transsexualidade não tenho opinião completamente formada, mas acho que o mais importante é cada pessoa viver feliz.

    Abraço e bom domingo JR (jay are, como na série Dallas - mas muito melhor pessoa). hehehe

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  2. Começo desde já por comentar o comentário anterior (sim, pq tenho habito de ler os comentários deixado por outros)lol...

    O "folclore" que o "ribatejano" fala, é uma das coisas que ao longo dos anos tem caracterizado as paradas, no fundo, tb para as evidenciar, e/ou dar um pouco de "comédia" ou alegria ás mesmas. A polémica tb ajuda na divulgação e mais tarde no próprio reconhecimento da causa (se é que posso chamar assim)! O que é certo é que se não tiver polémica, ou não houver, não é "falada". Não é que goste ou não, apenas acho que tb faz parte, seja com glamour ou não.

    Como dizes João há que reconhecer a coragem, a ousadia..."procurarem ser aquilo que não são"!

    Pq é que todos aceitam as mesmas "figuras" no carnaval, e criticam numa parada gay???...isto tb faz parte da vida gay, senão onde ia parar o tranformismo?!?!?...João tu conheces-me e não sou nada este estilo, muito pelo contrario, mas quem sou eu para criticar?dou a maior força a quem tenha coragem!!! e sou capaz de participar nessas paradas ao lado de quem quer que seja, como tu proprio já viste...Todos diferentes, todos iguais!!!!

    Em relação ao post, embora não incluir-me neste grupo "identidade do género"...Todos temos mascaras, seja em que grupo ou estilo de vida que somos "inseridos"...
    (desculpa o "grande" comentário)

    Abraço-te

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  3. Ribatejano
    eu também não gosto do nome de parada, prefiro o nome de desfile, ou ainda melhor de marcha, que é assim que é denominada.
    O que eu denomino de folclore, eu não o condeno, apenas achei nas primeiras marchas que havia demasiado "folclore" e pouca gente com identidade comum à de toda a gente, que é onde afinal está a grande maioria dos homossexuais e entre eles me incluo; por essa razão, nas primeiras marchas, observava, mas não participava.
    Já tinha visto marchas gigantescas, quer em Londres, quer em Madrid, e aquilo era uma festa, em que a população que assiste, mesmo não sendo gay, aplaude e participa. Mas algo tem mudado nos últimos anos, aqui em Lisboa e hoje, o folclore deixou de o ser, apenas alegra o sentido da marcha, pois faz parte dela, também.
    è pena que nesse dia, todos nós, tu incluído não venham até Lisboa e participem nessa festa que é de todos nós e no meio de tanta gente se acabem com os medos, pois continua a haver muito, muito medo nos homossexuais portugueses.
    Quanto aos espectáculos de transformismo, já os apreciei mais, quando havia uma Lídia Barloff, que caricaturava o género, mas sem pretender parecer uma mulher perfeita. Era o burlesco maravilhosamente bem feito.
    A sua "Dança das Bruxas" esteve em cena 3 anos no "Finalmente" e imensa gente heterossexual entrou pela primeira vez numa discoteca gay, só para assistir a esse show.
    Abraço amigo.

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  4. Duarte
    eu escrevi o comentário ao Ribatejano antes de ler o teu e acho curioso que neles há muito de comum.
    Sim, no último ano, encontrámos-nos várias vezes na marcha e essa é outra característica da mesma: a mobilidade, a participação activa e se possível a interacção com quem assiste, e que também é cada vez mais gente, e curiosamente nunca ouvi ou vi gente assumidamente critica, nessas marchas: preferem cobardemente agir contra uma ou duas pessoas do que mostrar a sua homofobia contra uma demonstração bem visível da homossexualidade...
    Como tu, não me identifico com as pessoas que se apresentam travestidas, mas elas fazem parte desse mundo, e também do "outro", como muito bem observas, em relação ao Carnaval.
    E máscaras, todos as usam, mesmo aqueles que nunca ou raramente as mostram.
    Que é se não uma máscara, a atitude, por vezes durante uma vida inteira, de pessoas que se assumem como homossexuais num círculo restrito, virtualmente, na net, apenas, mas recusam mostrá-la a quem quer que seja?
    É preciso mudar tanta coisa, não só fora do mundo gay, mas também dentro do próprio mundo gay.
    E este filme é de uma transparência maravilhosa; o protagonista é um homem, realmente, que durante um espaço de tempo, mostra outra parte de si, não procura desenvolver os seios, não se rapa, não, ele é homem, mas naquele momento assume o seu "outro lado" e é preciso não esquecer que TODOS NÓS temos esse "outro lado"...
    Acho que te bati aos pontos, no tamanho do comentário, hehehe...
    Abraço amigo.

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  5. Sim, não gosto das ditas lantejoulas e salto alto.

    Sou homem e gosto de homens. LOL

    Mas, como diz o Ribatejano ;)

    Eu vou ao MisterGay e gosto do espectaculo de transformismo como "eles/elas" o afirmam...

    O importante é que cada um seja feliz à sua maneira

    Abraço amigo

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  6. Francisco
    "O importante é que cada um seja feliz à sua maneira"...
    Abraço amigo.

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  7. João, a tua resposta ao comentário do Abraço-te tocou-me profundamente (pelo menos em parte), pois desconfio que o fizeste de propósito.

    Não escondo quem está por trás da minha máscara por vontade própria, infelizmente ainda é uma necessidade e talvez um dia eu possa "o" grande passo.

    Quando à comparação que fizeram entre as paradas e o Carnaval, desculpem dizer, mas é um perfeito disparate. No Carnaval ninguém luta por ser aceite nem chamam a atenção para uma causa sequer. O Carnaval é uma festa muito antiga, em que todos brincam com personagens do quotidiano. Daí a expressão "é carnaval, ninguém leva a mal".

    Não me revejo nas paradas porque não acho que sejam formas de luta pelos meus direitos.

    João, este foi o meu comentário ao abrigo do direito de resposta (hahaha). Estou unicamente a demonstrar o meu ponto de vista, não desvalorizando as opiniões de quem quer que seja. Como já disse várias vezes, as minhas opiniões têm o valor que lhes queiram dar.

    Abração

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  8. Eu também condenei mas percebi estar completamente errado quando fui a Cherry Grove. Cada um é como cada qual e ninguém faz nada a não ser pela busca da sua felicidade, se não interferir com a felicidade dos outros, porque não?

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  9. Ribatejano
    não foi só para ti, mas também foi para ti; foi para todos os "Ribatejanos" que hão-de chegar à minha idade a afirmar que um dia se hão-de afirmar...
    E não estou de acordo sobre o que dizes da marcha (não lhe chames parada), pois tu nunca assististe a nenhuma. Se assistires, estou certo que modificarás a tua opinião.
    E sei fazer a distinção entre as "drag queens", por exemplo, e as matrafonas do Carnaval, claro, mas que também há muito boa gente que aproveita para soltar a sua "pequena bichisse" reprimida, nessa altura, também é uma boa verdade.
    E como me conheces, aqui ninguém desvaloriza as opiniões de quem quer que seja; pode-se não estar de acordo, mas nunca desvalorizar...
    Abraço amigo.

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  10. Félix
    eu nem precisei de ir a Cherry Grove...
    Abraço amigo.

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  11. Cinema de autor, cinema da América latina, neste caso, como gosto.
    Curioso talvez tê-lo sentido degradante... Na solidão que se instala, no envelhecimento que a acompanha, na perda dos significados... A aplicação de uma base desajustada, à semelhança do verniz em traços tão masculinos. A desarmonia num mundo sem essa mesma (e outras tantas!) harmonia...
    Abraço.

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  12. Vasco
    essa desarmonia é do que mais gostei, é curioso.
    Sim, é "amador" até certo ponto, na forma como se transforma em mulher, mas ele não se sente totalmente mulher, apenas uma parte dele...
    Daí o desleixo, a escolha do traje, tudo o que um profissional não descura.
    Quase comovente.
    Abraço amigo.

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  13. Caro Pinguim,
    Como já disseram anteriormente, o mais importante é cada um ser feliz da forma que é e como se assume. Acima de tudo o que se pede aos outros é que respeitem a forma de ser feliz do seu semelhante. Tudo para dizer que esta forma de ser e de estar como a que é retratada no filme nada me diz e tenho até alguma dificuldade em entendê-la embora a respeite. Também assisti no passado aos espectáculos da Lidia Barloff e que belos que eles eram. Mas ali, não estava em causa a homo ou heterossexualidade quer do artista quer dos espectadores, ali o que valia era o espectáculo, a sua beleza e a sua magia. Quanto às marchas gay já assisti à de Madrid há uns anos atrás e gostei; para além de um certo exagero e folclore em que não me revejo, aquele foi um desfile de pessoas para pessoas, todas elas irmanadas numa festa: a festa da sensualidade e da sexualidade humana, seja homo ou hetero, a festa da alegria. A festa do respeito de todos para com todos. Festa que terminou madrugada adentro no centro da cidade: Chueca, Malasaña, etc. Onde homo e hetero se divertiram lado a lado.

    Um abraço de amizade!

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  14. Xiii e eu que não gosto muito do carnaval... como poderei soltar a minha "bichice reprimida"? hehehe

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  15. Ribatejano
    lá estás tu a "alargar-te" nos comentários...
    Quem disse que tu aproveitavas o Carnaval para esse efeito?
    Nunca te imaginei fantasiado de mulher, mesmo no Carnaval, e se te acuso de homossexualidade não assumida, não é exactamente o mesmo de "bichisse reprimida", penso eu...
    Enfim, tu quando queres, alargas-te nos comentários acerca do mesmo assunto, quando tudo já está explicado e voltas e tornas a vir, a malhar em ferro frio...
    Abraço amigo.

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  16. Lear
    mais uma vez, não poderia estar mais de acordo contigo.
    Como tu, já assisti a uma marcha em Madrid, e também tive a oportunidade de assistir a duas em Londres. As de Londres impressionam pela representatividade das organizações homossexuais das diferentes corporações, podendo ver-se polícias gays fardados a desfilar, assim como bombeiros, enfermeiras e tudo o mais; muita alegria, muitas plumas também, mas com muito humor e uma massiva participação da população ao longo do cortejo que é muito vasto e tem sempre início no Hyde Park até ao lugar do festival musical, geralmente num parque e esse mais participado quase só por gays.
    Já a de Madrid, com um trajecto mais curto, traz a cidade para a rua e tem além da grande participação de pessoas uma forte componente política e social, podendo encontrar-se políticos, sindicalistas, etc. Há menos "folclore" e uma adesão imensa. E a festa continua noite adentro e nessa noite o bairro da Chueca, deixa de ser gay, e passa a ser madrileno: Madrid está ali em peso.
    É inolvidável!!!
    Abraço amigo.

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  17. Sabes bem que eu sou um poço de defeitos, mas o comentário anterior foi unicamente humorista, tu é que levaste demasiado a sério. Mas eu perdoo-te. hehehe

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  18. Peço já desculpa pelo comentário que vou fazer, e não quero ser mal interpretado, mas não posso deixar de o fazer, pois a frase revela a "atitude" de muitos...

    @Ribatejano faz isso, fica em casa, pois não precisas de reclamar os teus direitos, há quem o faça por ti...
    "Não me revejo nas paradas porque não acho que sejam formas de luta pelos meus direitos."

    Mas o que me alegra é que, eu o João e outros tantos tb já passamos pelo mesmo, e fomos mudando de opinião em relação ás ditas paradas, marchas e afins...

    Abraço-te

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  19. cada um deve ser feliz a sua maneira, e eu adorei esse curta

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  20. Duarte
    este é um espaço aberto.
    E eu, sendo amigo do Ribatejano, e que aprecio até muito, estou em total divergência com ele (ele sabe-o há muito), no que respeita à sua postura perante a homossexualidade.
    Ficar à espera, sentado, que as "coisas mudem", para depois se vir a dizer que sim senhor eu também sou, não é o tipo de situação que eu defenda, mas entre os meus amigos aqui do blog, há vários assim.
    Tenho pena, mas nada posso fazer.
    Quando se não vai a um jantar de blogs, não de homossexuais - que fique claro - porque ainda não se sentem preparados para enfrentar as outras pessoas, (e quem os vai identificar como gays?), é o sinal de que têm medo é de si mesmos.
    Continuo a dizer que quem só vê a marcha pelas reportagens da televisão, está profundamente enganado. Só indo lá e vendo...
    E depois, sim, tenha-se uma opinião.
    Agora, espera-lhe pela pancada, hehehe...
    Abraço a ambos.

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  21. Fredeico
    tem-se falado demais nas "máscaras" do que na curta, e é esse vídeo que é a base do post.
    Como tu, também eu achei muito bom.
    Abraço amigo.

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  22. Gostei do video, Pinguim! É comevedor...

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  23. Caro João

    A questão do jantar não foi essa que referiste, tal como já te expliquei.

    Quanto a ficar sentado no sofá... nem vou responder. Também não fiquei quando se discutiu o aborto, por exemplo (ou dirão que não foi um tema importante?).

    Desculpa lá João, mas não fico calado, quando não tenho razões para isso.

    PS: Bolas... esqueci o que queria escrever...

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  24. Querido João,

    Mais uma vez, surpreendes-me pela tua sensibilidade. Não que tivesse quaisquer dúvidas sobre ela, mas nunca é demais referi-lo.

    As pessoas não são iguais, como até recentemente me disseste. Desde pequeno aprendi a respeitar isso mesmo. Daí as chamadas "paradas gays" não me fazerem qualquer confusão. Ouvem-se bastantes comentários de que "dão mau nome aos gays", "desprestigiam os gays", "um bando de bichas efeminadas". Quando ouço essas vozes, confesso que me dão pena. Como discriminar quando de si só se é discriminado? Se alguma maioria heterossexual confunde um "gay efeminado" com um "gay discreto", colocando tudo "no mesmo saco", ignorância deles. O mundo é suficientemente grande para haver espaço para toda a diversidade. Eles estão no seu direito! A opinião dos outros em nada nos deve importar; mais, uma pessoa minimamente inteligente saberá distinguir o que não é igual. A sensatez não se deve subjugar à ignorância; jamais discriminarei os gays que participam nos desfiles porque, algures, há um ignorante que nada sabe distinguir.

    Quanto aos problemas de identidade de género, erroneamente confundidos com homossexualidade ou até mesmo travestismo, são, na minha opinião, injustiças que a Natureza comete com determinadas pessoas. Há quem nasça no corpo errado e, felizmente, a medicina consegue, hoje, ajudar essas pessoas a encontrarem o seu verdadeiro "Eu", muitas vezes no meio de escombros de anos e anos de um sofrimento atroz. Afinal, a Ciência não cura só as doenças; repara erros que às vezes acontecem.

    O Homem é tão diferente na sua diversidade. Todos, independentemente de tudo, temos um lugar. Houvesse vontade e poderíamos viver em paz. ^^

    Perdoa o extenso comentário! :)

    Abraço.

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  25. Justine
    eu usei essa mesma palavra - comovedor - num comentário aí em cima.
    E tão humano...
    Beijinho.

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  26. Ribatejano
    vamos lá ver uma coisa. Tu aqui és o representante de muitas pessoas que seguem o meu blog e pensam como tu; mas tu ainda vieste aqui a expor essas ideias, ao passo que os outros, nem isso...honra te seja feita!
    Quando falo em ti, estou-me a referir a todos esses.
    Vou dar um exemplo: o Sad eyes promoveu no seu blog, um interessante concurso que teve excelentes participações e que teve um merecido vencedor.
    No final, numa atitude gentil, convidou os que moram aqui na zona de Lisboa (já que houve participações doutros sítios), para um encontro informal, que numa situação ideal teria 6/7 participações. Fui lá e sabes quem estava? O Sad eyes e eu...
    Os outros, por isto ou por aquilo, não apareceram. São estas situações que eu não entendo. Qual o medo de aparecer perante pessoas com quem se convive quase diariamente na blogosfera? Medo da sociedade, ou da família? Mas a sociedade e a família não estavam lá!
    Percebes o que quero dizer???
    Enquanto se continuar a enterrar a cabeça na areia, como o avestruz, a situação dos homossexuais em Portugal não avança muito mais.
    Abraço amigo.

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  27. Mark
    eu não te perdoo o teu comentário.
    Antes pelo contrário, apetecia-me emoldurá-lo e fazer dele um novo post.
    Eu tenho 3 vezes a tua idade e é muito reconfortante para mim, ler este escrito de um puto da tua idade: afinal, ainda nada está perdido!
    Obrigado.
    Abraço amigo.

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  28. Concordo ctg. Também não entendo mas é nosso dever respeitar.

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  29. Sad eyes
    eu respeito, mas posso criticar...
    Abraço amigo.

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  30. a máscara que muita gente tem de usar para viver numa sociedade ainda preconceituosa, hipócrita, hoje, infelizmente, ainda é a realidade. não critico, não tenho esse direito, cada qual vive segundo a sua consciência. não me revejo nessas pessoas, afinal, o que é a “normalidade”? ser hetero, casada, procriar? pois até a sociedade aceitar todos como são, deixar de discriminar, existirão sempre paradas gay, vídeos como este, discursos como o da Meryl Streep ou o da Anne Hathaway, e ainda bem!… bjs

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  31. Margarida
    claro, cada um vive a vida como quer.
    Mas o que será melhor? viver a vida toda com uma máscara, ou ser feliz intimamente com o seu "todo"?
    Beijinho.

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  32. que bela discussão, João. só tu é que consegues pôr o pessoal a discutir uma questão tão central para os homossexuais, e mantê-la num nível tão interessante e civilizado. aqui vão os meus 'two cents' (as minhas lantejoulas, por assim dizer).

    o processo de assumir a homossexualidade é de facto muito complexo, tão complexo (e profundo) quanto o preconceito e o medo de rejeição que lhe está na origem.

    sempre achei um pouco estranho (mas não me ponho completamente de fora) um certo preconceito 'interno' contra as bixas, os homossexuais mais efeminados. é curioso como pessoas que são vítimas de discriminação, discriminam elas próprias outras, e exactamente pelos mesmo motivos. ainda impera muito entre os gays o arquétipo do 'straight acting', como se essa espécie de emulução da heterossexualidade lhes (nos) proporcionasse uma qualquer redenção do pecado original.

    felizmente pelo que vejo nesta lista de comentários, as atitudes já estarão um pouco diferentes, e acho que isso é muito bom sinal, porque significa que começamos a libertar-nos dos padrões de masculinidade que a sociedade heterossexualista impõe como únicos aceitáveis.

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  33. Miguel
    modéstia à parte, é isso que tu apontas: os comentários com interesse, o debate de ideias nem sempre coincidentes, que eu gostava de ver na blogosfera.
    Claro, que nem todos os posts dão para isso, mas nalguns pode-se dar um jeito; pôr o vídeo e não dizer nada, metade das pessoas nem o viam. Comentar cada comentário, procurando que as pessoas se abram, esse é o meu fim.
    E é evidente que fico satisfeito quando um post resulta, não pelo número mas pela qualidade dos comentários.
    Por isso vale a pena ter um blog e vale a pena arranjar bons amigos, mesmo que nem sempre pensem como nós.
    E sim, a mentalidade, naquilo que referes, a "pseudo masculinidade" dos gays para com aqueles que gostam do exibicionismo, está a mudar. Não gostar de ter sexo com uma pessoa dessas não é sinónimo de não aceitar.
    Cada um "exprime-se" conforme gosta e se sente bem.
    Abraço amigo.

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  34. Também acho que às vezes se exagera, mas aprendi a respeitar

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  35. White_Fox
    temos mesmo que respeitar, pois cada um tem a sua forma de se expressar.
    Abraço amigo.

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  36. Aqui o que realmente interessa é o que o vídeo transmite, os sentimentos de alguém que se sente descriminado. Beijinhos

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  37. Mary
    em princípio era esse o objectivo do post, mas o "diálogo" foi também para outros campos, igualmente interessantes.
    Beijinho.

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  38. Sérgio
    dá mesmo muito que pensar...
    Abraço amigo.

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!