João, não consigo ver o clip, pois, como sabes, do computador do job não consigo aceder a certos sites, e o youtube é um deles. mas pelo breve tom do teu comentário suponho que seja um de uma campanha que ontem ouvi divulgada na Antena 1 e que consta de aproveitar refeições não usadas para dar aos pobrezinhos. Se não esse, por favor ignora o meu comentário e não o publiques (estou mesmo a escrever 'às escuras'.
mas se for esse, só posso partilhar da tua indignação e da tua tristeza. é lamentável que a mentalidade da caridadezinha, da pena em lugar da solidariedade, tenha regressado à sociedade portuguesa. sinceramente achava que esses tempos estavam mais que ultrapassados, mas pelos vistos a história é mesmo circular. ou então somos nós que estamos a ficar demasiado velhos.
tal como a ti, custou-me muito ver nomes que respeito muito envolvidos nesta vergonha (outros há que são uma espécie de profissionais destas coisas, vão a todas, cá para mim é para não ficarem demasiado tempo esquecidos).
bom dia. não quis ver o vídeo, não gostei da campanha (ainda mais patrocinada pela pessoa que é), retiram direitos, diminuem indemnizações, sobrevivemos e depois assistimos a estas cenas vergonhosas.
prefiro mil vezes este vídeo. http://www.youtube.com/watch?v=PFFOUw5s4bE
Sim, a maior parte destes "artistas" só estão interessados no marketing pessoal ou, quando muito, em ficar de consciência tranquila. Mas o site está bem http://www.zerodesperdicio.pt e a ideia de reutilizar o que iria parar ao lixo, ainda por cima sendo uma iniciativa da sociedade civil baseada em voluntariado, também me parece muito bem!
Miguel é essa mesma e é precisamente idêntico ao teu o meu pensar:substituir a solidariedade pela caridadezinha. E é absolutamente estranho que nomes como Jorge Palma, Sérgio Godinho, Vitorino, Paulo Carvalho ou Camané entrem nisto.
João são duas coisas distintas. Uma é a prática e eu sou dos que a pratico,mas de uma forma útil. Nada do que sobra se deita fora; utiliza-se numa outra refeição com um pouco de imaginação e é uma forma de poupar... Outra coisa é fazer um hino a esta situação que é um autêntico hino à tal caridadezinha e nele participarem pessoas que noutras ocasiões até já mostraram a sua solidariedade. Abraço amigo.
Pedro o problema é que para muita gente isto faz todo o sentido... E, mesmo para os menos atentos, de início parece ser uma acção válida, mas...como bem dizes, depois de pensar, não é tanto assim. Abraço amigo.
Frederico é natural que não entendesses, já que estás aí no Brasil. Portugal está a viver tempos muito difíceis que estão a afectar principalmente, com é hábito, as classes mais desfavorecidas, mas também a classe média. Há gente a passar muito mal, o desemprego é enorme e a emigração tem sido a solução para muita gente. Ora surge agora este vídeo para aconselhar as pessoas a deixar os restos que lhes sobram para dar aos "pobrezinhos"; é isso que eu chamo de "caridadezinha", claro, de uma forma critica, pois o que toda esta gente precisa é de solidariedade e não de esmolas... E surpreende que certos nomes importantes que sempre têm intervido no campo da solidariedade e da reacção às políticas que agora estão a ser adoptadas pelo governo, se juntem, neste vídeo. Não sei se ficaste a perceber melhor? Abraço amigo.
Realmente, que vergonha! Armados em "bonzinhos" numa acção que não tem sequer o mínimo de eficácia. Como disse alguém ali em cima e muito bem, esta malta gosta é de se auto-promover.
Permite-me que me "passe" aqui "ao vivo e a cores" com este vídeo e seja até um pouco ordinário no meu comentário. Esta canção não a considero um nojo, considero-a uma merda! E, quanto ao que nela é referido, que o que nos sobeja do almoço e do jantar deva ser repartido pelos mais pobres, eles que metam as sobras deles no cú! De, facto surpreende-me ver aqui pessoas que julgava terem um bocadinho de cabeça! Vejo que ando enganado com muita gente! Em vez de protestar contra a perda de direitos que gerações anteriores conquistaram com tantos sacrifícios, em vez de denunciar a desigualdade que se torna cada vez mais pornográfica em Portugal, em vez de criticar a retirada de rendimentos a trabalhadores e reformados, para os entregar de bandeja aos usurários financeiros manipuladores dos "mercados", esta merda desta canção foca-se na caridadezinha. Se são contra um sistema político e económico que promove o desperdício, usem a música como arma para o derrubar e não para o branquear! Vão pró.... Um abraço, amigo João... e espero que estejas bem melhor e a cuidar de ti! Luís
Luís tu disseste o que qualquer pessoa com dois dedos de testa diria. E vou mais longe, isto é quase um acto de que Passos Coelho, o Relvas (nojo de homem) e o senhor Silva, devem estar satisfeitos de ouvir. Uma músicazinha, sem protestos, sem reivindicações, para agradar ao popularucho e até com habituais contestários a fazer coro: ouro sobre azul. Abraço amigo.
Este tipo de "videozinhos" é tão típico do nosso povo...!
Por vezes tenho pena de ser português... >_<
Quando eu tinha 18 anos, trabalhei num Lidl. Só lá estive 2 dias. Porquê perguntas tu? Simples.
Tinha de pôr ao lixo tudo o que estivesse a uma semana de passar o prazo. Carnes, frutas, iogurtes, tudo. Caixas com pêssegos frescos por exemplo, se estivesse um pouco danificado, ia logo para o lixo a caixa toda.
Perguntei ao meu chefe se podia levar para casa, para dar de "comer aos animais" [mentirinha piedosa, lol!]
Sabes qual foi a resposta?
"Se quiseres, pagas as coisas a metade do preço e levas para casa."
Para deitar ao lixo, ia de borla. Para levar para casa tinha de pagar?
Fiquei tão chocado e indignado que não pus lá mais os pés.
"Tinha de pôr ao lixo tudo o que estivesse a uma semana de passar o prazo. Carnes, frutas, iogurtes, tudo. Caixas com pêssegos frescos por exemplo, se estivesse um pouco danificado, ia logo para o lixo a caixa toda."
Todas as grandes superfícies o fazem, na musica aparece este caso, que me parece ser a única questão a ser levantada nesta altura.
Caro João, Faço minhas as tuas palavras bem como as do amigo "com senso". Realmente, já estamos habituados a estas caridadezinhas, como aquela que teve o alto patrocínio do PR que foi dar as sobras dos restaurantes aos pobrezinhos. Se há coisa que detesto (talvez deformação minha) é que as pessoas tenham de se humilhar para poderem apenas comer. Alimentar-se, é um direito básico de qualquer ser humano. Não será preferível todos terem direito à alimentação? Não é um direito humano inalienável? Mas, enfim estamos como estamos. Mas o que mais me dói é ver nesta iniciativa pessoas como o Sérgio Godinho e o Paulo de Carvalho. Mas, lá terão as suas razões! Que se apele ao não-desperdício, seja na alimentação seja em tudo o que consumimos, estou 100% de acordo. Sobretudo, quem agradece é o planeta e as futuras gerações. Agora que se apele ao não-desperdício só porque estamos em crise e fica bem dar umas sopas aos pobrezinhos, francamente isso dói-me e magoa-me.
Félix são coisas diferentes, é lógico, mas têm uma raiz comum. O caso das grandes superfícies, embora certos géneros não possam ser realmente aproveitados, outros há que fariam muito jeito a certas instituições de ajuda a necessitados. O caso desta música é diferente: é um apelo a que quem tem, nomeadamente comida, a dê a quem não tem, mas sob a capa de uma normalidade aceite sem reservas ou sem condenação: é a resignação e a piedade... Abraço amigo.
Infelizmente, esta é mais uma das iniciativas que serve mais os seus protagonistas que as causas que apregoam. Aqui perto de nós há um movimento parecido (http://www.youtube.com/watch?v=7Za7bhL_EQY). Não estou envolvido no projecto, mas pelo que sei é um movimento despretencioso, gerido pela comunidade local, e que tem tido a colaboração de todos, sem precisar de clips caretas com artistas mais caretas ainda.
Um Coelho é precisamente isso a que eu chamo solidariedade ao contrário desta "disponibilidade" muito habilidosa para mostrar que se é um "tipo porreiro". Não é preciso folclore para ajudar; é sim necessário outro tipo de "folclore" para criticar quem está na origem destas degradantes situações de miséria... Abraço amigo.
Viver da caridade virou moda. Em vez de incentivarem o trabalho, a produção...Deitam cá para fora uma lei qualquer que nos prejudica e vem logo a seguir a maneira de obter um subsídio. Não será assim que conseguiremos superar a crise incentivando a viver da caridade. Se tu falas assim é porque conheces bem alguém que aqui está. Vá conta lá o que se passa.:) Beijinhos
Desconhecia a campanha e não conheço bem qual a base da sua criação e qual o objectivo. Só posso dizer uma coisa em relação ao vídeo, todos os anos por altura do Natal fazem inúmeras campanhas e já participei em algumas depois de verificar e constatar a forma como os alimentos são distribuídos, foi uma autêntica desilusão. Eu continuo a preferir fazer por conta própria, um prato de sopa, uns sapatos valem tão pouco com o sorriso que me é dado com tanto carinho, porque abraços eles não cedem.
Se falarmos da música: é realmente muito má. Se falarmos da iniciativa, então a conversa já é outra. Portugal precisa disto agora. Se os meios de divulgação e os intervenientes são os melhores, isso poderá ser discutível, mas é importante que seja feito.
Mary não, na realidade não conheço ninguém em particular; apenas me custa ver o Vitorino ou o Sérgio Godinho, entre outros a participar numa coisa assim. Já o Roberto Leal e sei lá o Tony Carreira e outros que "vão a todas" não me admira. Mas mais que dar esmolas, é tempo de questionar políticas que levam a estas situações. Beijinho.
Sairaf claro que isso é louvável, a título individual e sem anúncios. Desde há muito, que periodicamente, junto roupa que já não quero, não roupa estragada, e levo a uma senhora que se encarrega de entregar esses artigos em lares de idosos. Isso não é caridadezinha, nem é ter piedade pelos "pobrezinhos"; é ajudar quem precisa, como também o é quem faz voluntariado. Agora vir com uma musiquita com uma letra pirosa a dizer que vão dar as suas sobras para quem não tem que comer, poupe-me... Beijinho.
Sad eyes precisa de muito mais do que isto. Ainda agora ouvi nas notícias a quantidade assustador de casas que os bancos sacam a quem não cumpre as prestações e é terrível. São precisa medidas urgentes para impedir um colapso de uma fatia imensa da população portuguesa e isso não se consegue com este tipo de iniciativas, até porque as pessoas com dignidade precisam de ajuda, sim, mas não de esmolas... Abraço amigo.
Deixamos de ser e ter solidariedade e passamos ao tipo de caridade...mal disfarçada e apoiada pelos políticos que nos vão matando a todos.
Em meu entender haverá no meio de tudo pessoas boas e honestas e que continuarão a fazer o bem pelo bem e não a troco de campanhas de políticas baixas.
Desculpa discordar. Não sei qual é o mal. Então não se vê a quantidade de pessoas que são alimentadas pelos restos das refeições do sr. presidente, ministros e deputados? E é tudo do bom e do melhor e muito bem confeccionado!
(Agora a sério! Desculpa, mas, ultimamente, ando muito revoltada com certas "intenções".)
João Roque, mas se pegarmos no que o Horus diz ali no episódio do Lidl e perguntássemos, "e se esses produtos fossem para instituições ou gente que precisasse?". Não sei... talvez por estarem ali também muitas pessoas que eu considero, acho que a realidade não será tão linearmente negativa assim... ou pelo menos, será um caso de boas intenções, com consequências não tão boas. Aliás, a caridade sempre foi assim, como uma irmã mais pobre da solidariedade, mas no entanto melhor do que o nada fazer. Eu ainda estive a ver se percebia um pouco melhor o funcionamento da coisa, mas como a Anouc também diz, a música sobrepõe-se a tudo e desisti :)
Já agora, e respondendo também ao Horus, até porque trabalho no sector alimentar. Se as pessoas levassem para casa de borla aquilo que não se vende, ninguém comprava e ficava tudo à espera que lhe dessem de borla, não?
Johnny vamos por partes; no caso do Lidl e suponho que das outras grandes superfícies, eu achava por bem, que não agora, em tempo de crise, mas sempre, fosse uma regra de que produtos que não servissem para venda, mas não estragados fossem doados a instituições de solidariedade e debaixo da "capa" (nome), que quisessem. E também estou de acordo que se não institucionalize a venda, mesmo com desconto aos seus colaboradores desses produtos, mas poderia haver um ponto de acordo, de que até um certo valor mensal (simbólico) pudesse haver casos pontuais em que isso acontecesse. Quanto ao vídeo em si, e independentemente da música que é objectivamente má, a questão está na letra e principalmente nos nomes que nele participam. A letra é que separa a "caridadezinha" da solidariedade e os nomes, sinceramente não entendo a razão de alguns deles colaborarem nesta fantochada. Se me perguntares em resultados práticos se prefiro a "caridadezinha" ou nada, claro que sabes que optarei sempre. mas contrafeito, pela primeira opção. Abraço amigo.
Sabes, meu querido, sempre me disseram que devemos fazer o bem desinteressada e anonimamente. Qual é o valor de ajudar alguém se, ao mesmo tempo, se tiram dividendos pessoais, nomeadamente o "cair bem nas graças do povo" e estas súbitas aparições só para uma promoção pessoal? Isto faz-me lembrar aqueles jogadores de futebol e demais figuras públicas que doam isto e aquilo e, depois, surgem sorridentes na televisão. Enfim... A caridade deve ser cega, completamente cega!
Ainda que procure uma utilização cautelosa e não abusiva de textos, imagens e sons, poderá haver lugar à utilização indevida de obras objecto de direitos de autor.
Porém, sempre que a legislação o implique, ou seja devidamente informado, de imediato promoverei as correcções necessárias.
João, não consigo ver o clip, pois, como sabes, do computador do job não consigo aceder a certos sites, e o youtube é um deles. mas pelo breve tom do teu comentário suponho que seja um de uma campanha que ontem ouvi divulgada na Antena 1 e que consta de aproveitar refeições não usadas para dar aos pobrezinhos. Se não esse, por favor ignora o meu comentário e não o publiques (estou mesmo a escrever 'às escuras'.
ResponderEliminarmas se for esse, só posso partilhar da tua indignação e da tua tristeza. é lamentável que a mentalidade da caridadezinha, da pena em lugar da solidariedade, tenha regressado à sociedade portuguesa. sinceramente achava que esses tempos estavam mais que ultrapassados, mas pelos vistos a história é mesmo circular. ou então somos nós que estamos a ficar demasiado velhos.
tal como a ti, custou-me muito ver nomes que respeito muito envolvidos nesta vergonha (outros há que são uma espécie de profissionais destas coisas, vão a todas, cá para mim é para não ficarem demasiado tempo esquecidos).
bom dia. não quis ver o vídeo, não gostei da campanha (ainda mais patrocinada pela pessoa que é), retiram direitos, diminuem indemnizações, sobrevivemos e depois assistimos a estas cenas vergonhosas.
ResponderEliminarprefiro mil vezes este vídeo.
http://www.youtube.com/watch?v=PFFOUw5s4bE
bjs.
Nojo, nojo é a canção. Tortura quase tanto como a fome em si.. -.-'
ResponderEliminarSim, a maior parte destes "artistas" só estão interessados no marketing pessoal ou, quando muito, em ficar de consciência tranquila. Mas o site está bem http://www.zerodesperdicio.pt e a ideia de reutilizar o que iria parar ao lixo, ainda por cima sendo uma iniciativa da sociedade civil baseada em voluntariado, também me parece muito bem!
ResponderEliminarNão entendi porque você ficou bravo com o clipe. Tem até o Roberto Leal! :-)
ResponderEliminarMiguel
ResponderEliminaré essa mesma e é precisamente idêntico ao teu o meu pensar:substituir a solidariedade pela caridadezinha.
E é absolutamente estranho que nomes como Jorge Palma, Sérgio Godinho, Vitorino, Paulo Carvalho ou Camané entrem nisto.
Margarida
ResponderEliminaro vídeo de que deixaste o link, sim , é de pura solidariedade.
Beijinho.
Anouc
ResponderEliminardisseste tudo em poucas palavras.
Beijinho.
João
ResponderEliminarsão duas coisas distintas. Uma é a prática e eu sou dos que a pratico,mas de uma forma útil.
Nada do que sobra se deita fora; utiliza-se numa outra refeição com um pouco de imaginação e é uma forma de poupar...
Outra coisa é fazer um hino a esta situação que é um autêntico hino à tal caridadezinha e nele participarem pessoas que noutras ocasiões até já mostraram a sua solidariedade.
Abraço amigo.
Edu
ResponderEliminarRoberto Leal não me surpreende encontrá-lo aqui, pois vai a todas...
Abraço amigo.
Há muita hipocrisia.
ResponderEliminarConcordo com o NÃO à caridadezinha!
Solidariedade não é isto!
Obrigado por me fazeres pensar, João!
Um abraço.
Pedro
ResponderEliminaro problema é que para muita gente isto faz todo o sentido...
E, mesmo para os menos atentos, de início parece ser uma acção válida, mas...como bem dizes, depois de pensar, não é tanto assim.
Abraço amigo.
Não entendi muito bem a campanha e nem conheço essas pessoas então não sei o que dizer
ResponderEliminarFrederico
ResponderEliminaré natural que não entendesses, já que estás aí no Brasil.
Portugal está a viver tempos muito difíceis que estão a afectar principalmente, com é hábito, as classes mais desfavorecidas, mas também a classe média.
Há gente a passar muito mal, o desemprego é enorme e a emigração tem sido a solução para muita gente.
Ora surge agora este vídeo para aconselhar as pessoas a deixar os restos que lhes sobram para dar aos "pobrezinhos"; é isso que eu chamo de "caridadezinha", claro, de uma forma critica, pois o que toda esta gente precisa é de solidariedade e não de esmolas...
E surpreende que certos nomes importantes que sempre têm intervido no campo da solidariedade e da reacção às políticas que agora estão a ser adoptadas pelo governo, se juntem, neste vídeo.
Não sei se ficaste a perceber melhor?
Abraço amigo.
Realmente, que vergonha! Armados em "bonzinhos" numa acção que não tem sequer o mínimo de eficácia. Como disse alguém ali em cima e muito bem, esta malta gosta é de se auto-promover.
ResponderEliminarAbraço amigo.
Caro Amigo João.
ResponderEliminarPermite-me que me "passe" aqui "ao vivo e a cores" com este vídeo e seja até um pouco ordinário no meu comentário.
Esta canção não a considero um nojo, considero-a uma merda!
E, quanto ao que nela é referido, que o que nos sobeja do almoço e do jantar deva ser repartido pelos mais pobres, eles que metam as sobras deles no cú!
De, facto surpreende-me ver aqui pessoas que julgava terem um bocadinho de cabeça! Vejo que ando enganado com muita gente!
Em vez de protestar contra a perda de direitos que gerações anteriores conquistaram com tantos sacrifícios, em vez de denunciar a desigualdade que se torna cada vez mais pornográfica em Portugal, em vez de criticar a retirada de rendimentos a trabalhadores e reformados, para os entregar de bandeja aos usurários financeiros manipuladores dos "mercados", esta merda desta canção foca-se na caridadezinha.
Se são contra um sistema político e económico que promove o desperdício, usem a música como arma para o derrubar e não para o branquear!
Vão pró....
Um abraço, amigo João... e espero que estejas bem melhor e a cuidar de ti!
Luís
Arrakis
ResponderEliminaristo revela sobretudo o estado a que o país chegou, o da resignação.
E isso é deveras preocupante.
Abraço amigo.
Luís
ResponderEliminartu disseste o que qualquer pessoa com dois dedos de testa diria.
E vou mais longe, isto é quase um acto de que Passos Coelho, o Relvas (nojo de homem) e o senhor Silva, devem estar satisfeitos de ouvir.
Uma músicazinha, sem protestos, sem reivindicações, para agradar ao popularucho e até com habituais contestários a fazer coro: ouro sobre azul.
Abraço amigo.
Estamos em Portugal!
ResponderEliminarEste tipo de "videozinhos" é tão típico do nosso povo...!
Por vezes tenho pena de ser português... >_<
Quando eu tinha 18 anos, trabalhei num Lidl. Só lá estive 2 dias. Porquê perguntas tu? Simples.
Tinha de pôr ao lixo tudo o que estivesse a uma semana de passar o prazo. Carnes, frutas, iogurtes, tudo. Caixas com pêssegos frescos por exemplo, se estivesse um pouco danificado, ia logo para o lixo a caixa toda.
Perguntei ao meu chefe se podia levar para casa, para dar de "comer aos animais" [mentirinha piedosa, lol!]
Sabes qual foi a resposta?
"Se quiseres, pagas as coisas a metade do preço e levas para casa."
Para deitar ao lixo, ia de borla. Para levar para casa tinha de pagar?
Fiquei tão chocado e indignado que não pus lá mais os pés.
Abraço grande :3
Hipocrisia?? Então não se vê logo que essas pessoas têm todas cara de quem ajuda muito os outros?? :))
ResponderEliminarHórus
ResponderEliminarinacreditável o que aqui contas, mas infelizmente é a triste realidade...
Abraço amigo.
FireHead
ResponderEliminaré uma tristeza...
Abraço amigo.
"Tinha de pôr ao lixo tudo o que estivesse a uma semana de passar o prazo. Carnes, frutas, iogurtes, tudo. Caixas com pêssegos frescos por exemplo, se estivesse um pouco danificado, ia logo para o lixo a caixa toda."
ResponderEliminarTodas as grandes superfícies o fazem, na musica aparece este caso, que me parece ser a única questão a ser levantada nesta altura.
Caro João,
ResponderEliminarFaço minhas as tuas palavras bem como as do amigo "com senso".
Realmente, já estamos habituados a estas caridadezinhas, como aquela que teve o alto patrocínio do PR que foi dar as sobras dos restaurantes aos pobrezinhos. Se há coisa que detesto (talvez deformação minha) é que as pessoas tenham de se humilhar para poderem apenas comer. Alimentar-se, é um direito básico de qualquer ser humano. Não será preferível todos terem direito à alimentação? Não é um direito humano inalienável?
Mas, enfim estamos como estamos. Mas o que mais me dói é ver nesta iniciativa pessoas como o Sérgio Godinho e o Paulo de Carvalho. Mas, lá terão as suas razões! Que se apele ao não-desperdício, seja na alimentação seja em tudo o que consumimos, estou 100% de acordo. Sobretudo, quem agradece é o planeta e as futuras gerações. Agora que se apele ao não-desperdício só porque estamos em crise e fica bem dar umas sopas aos pobrezinhos, francamente isso dói-me e magoa-me.
Félix
ResponderEliminarsão coisas diferentes, é lógico, mas têm uma raiz comum.
O caso das grandes superfícies, embora certos géneros não possam ser realmente aproveitados, outros há que fariam muito jeito a certas instituições de ajuda a necessitados.
O caso desta música é diferente: é um apelo a que quem tem, nomeadamente comida, a dê a quem não tem, mas sob a capa de uma normalidade aceite sem reservas ou sem condenação: é a resignação e a piedade...
Abraço amigo.
Lear
ResponderEliminaré isso exactamente. E podes ampliar bastante a lista dos que não consegues entender porque estão ali...
Abraço amigo.
Infelizmente, esta é mais uma das iniciativas que serve mais os seus protagonistas que as causas que apregoam. Aqui perto de nós há um movimento parecido (http://www.youtube.com/watch?v=7Za7bhL_EQY). Não estou envolvido no projecto, mas pelo que sei é um movimento despretencioso, gerido pela comunidade local, e que tem tido a colaboração de todos, sem precisar de clips caretas com artistas mais caretas ainda.
ResponderEliminarUm Coelho
ResponderEliminaré precisamente isso a que eu chamo solidariedade ao contrário desta "disponibilidade" muito habilidosa para mostrar que se é um "tipo porreiro".
Não é preciso folclore para ajudar; é sim necessário outro tipo de "folclore" para criticar quem está na origem destas degradantes situações de miséria...
Abraço amigo.
Viver da caridade virou moda. Em vez de incentivarem o trabalho, a produção...Deitam cá para fora uma lei qualquer que nos prejudica e vem logo a seguir a maneira de obter um subsídio. Não será assim que conseguiremos superar a crise incentivando a viver da caridade. Se tu falas assim é porque conheces bem alguém que aqui está. Vá conta lá o que se passa.:) Beijinhos
ResponderEliminarDesconhecia a campanha e não conheço bem qual a base da sua criação e qual o objectivo.
ResponderEliminarSó posso dizer uma coisa em relação ao vídeo, todos os anos por altura do Natal fazem inúmeras campanhas e já participei em algumas depois de verificar e constatar a forma como os alimentos são distribuídos, foi uma autêntica desilusão.
Eu continuo a preferir fazer por conta própria, um prato de sopa, uns sapatos valem tão pouco com o sorriso que me é dado com tanto carinho, porque abraços eles não cedem.
Abraço doce querido João :)
Muitas saudades
Se falarmos da música: é realmente muito má.
ResponderEliminarSe falarmos da iniciativa, então a conversa já é outra. Portugal precisa disto agora. Se os meios de divulgação e os intervenientes são os melhores, isso poderá ser discutível, mas é importante que seja feito.
Mary
ResponderEliminarnão, na realidade não conheço ninguém em particular; apenas me custa ver o Vitorino ou o Sérgio Godinho, entre outros a participar numa coisa assim. Já o Roberto Leal e sei lá o Tony Carreira e outros que "vão a todas" não me admira.
Mas mais que dar esmolas, é tempo de questionar políticas que levam a estas situações.
Beijinho.
Sairaf
ResponderEliminarclaro que isso é louvável, a título individual e sem anúncios.
Desde há muito, que periodicamente, junto roupa que já não quero, não roupa estragada, e levo a uma senhora que se encarrega de entregar esses artigos em lares de idosos. Isso não é caridadezinha, nem é ter piedade pelos "pobrezinhos"; é ajudar quem precisa, como também o é quem faz voluntariado.
Agora vir com uma musiquita com uma letra pirosa a dizer que vão dar as suas sobras para quem não tem que comer, poupe-me...
Beijinho.
Sad eyes
ResponderEliminarprecisa de muito mais do que isto.
Ainda agora ouvi nas notícias a quantidade assustador de casas que os bancos sacam a quem não cumpre as prestações e é terrível.
São precisa medidas urgentes para impedir um colapso de uma fatia imensa da população portuguesa e isso não se consegue com este tipo de iniciativas, até porque as pessoas com dignidade precisam de ajuda, sim, mas não de esmolas...
Abraço amigo.
Deixamos de ser e ter solidariedade e passamos ao tipo de caridade...mal disfarçada e apoiada pelos políticos que nos vão matando a todos.
ResponderEliminarEm meu entender haverá no meio de tudo pessoas boas e honestas e que continuarão a fazer o bem pelo bem e não a troco de campanhas de políticas baixas.
Luís
ResponderEliminarnão podia estar mais de acordo contigo.
Abraço amigo.
Aguentei alguns segundos!
ResponderEliminarPedro
ResponderEliminarés um herói...
Abraço amigo.
Desculpa discordar. Não sei qual é o mal.
ResponderEliminarEntão não se vê a quantidade de pessoas que são alimentadas pelos restos das refeições do sr. presidente, ministros e deputados? E é tudo do bom e do melhor e muito bem confeccionado!
(Agora a sério! Desculpa, mas, ultimamente, ando muito revoltada com certas "intenções".)
Rosa
ResponderEliminarpalavra que andas?
Andas tu e quase toda a gente; não é toda porque alguns "comem" que se fartam.
Beijinho.
João Roque, mas se pegarmos no que o Horus diz ali no episódio do Lidl e perguntássemos, "e se esses produtos fossem para instituições ou gente que precisasse?". Não sei... talvez por estarem ali também muitas pessoas que eu considero, acho que a realidade não será tão linearmente negativa assim... ou pelo menos, será um caso de boas intenções, com consequências não tão boas. Aliás, a caridade sempre foi assim, como uma irmã mais pobre da solidariedade, mas no entanto melhor do que o nada fazer. Eu ainda estive a ver se percebia um pouco melhor o funcionamento da coisa, mas como a Anouc também diz, a música sobrepõe-se a tudo e desisti :)
ResponderEliminarJá agora, e respondendo também ao Horus, até porque trabalho no sector alimentar. Se as pessoas levassem para casa de borla aquilo que não se vende, ninguém comprava e ficava tudo à espera que lhe dessem de borla, não?
Johnny
ResponderEliminarvamos por partes; no caso do Lidl e suponho que das outras grandes superfícies, eu achava por bem, que não agora, em tempo de crise, mas sempre, fosse uma regra de que produtos que não servissem para venda, mas não estragados fossem doados a instituições de solidariedade e debaixo da "capa" (nome), que quisessem. E também estou de acordo que se não institucionalize a venda, mesmo com desconto aos seus colaboradores desses produtos, mas poderia haver um ponto de acordo, de que até um certo valor mensal (simbólico) pudesse haver casos pontuais em que isso acontecesse.
Quanto ao vídeo em si, e independentemente da música que é objectivamente má, a questão está na letra e principalmente nos nomes que nele participam. A letra é que separa a "caridadezinha" da solidariedade e os nomes, sinceramente não entendo a razão de alguns deles colaborarem nesta fantochada.
Se me perguntares em resultados práticos se prefiro a "caridadezinha" ou nada, claro que sabes que optarei sempre. mas contrafeito, pela primeira opção.
Abraço amigo.
Sabes, meu querido, sempre me disseram que devemos fazer o bem desinteressada e anonimamente. Qual é o valor de ajudar alguém se, ao mesmo tempo, se tiram dividendos pessoais, nomeadamente o "cair bem nas graças do povo" e estas súbitas aparições só para uma promoção pessoal?
ResponderEliminarIsto faz-me lembrar aqueles jogadores de futebol e demais figuras públicas que doam isto e aquilo e, depois, surgem sorridentes na televisão. Enfim...
A caridade deve ser cega, completamente cega!
^^
Mark
ResponderEliminarpois devia, mas não é...
Abraço amigo.
Tudo o que se puder fazer por quem passa fome, é nobre, contudo esta mensagem, tem frases muito infelizes.
ResponderEliminarTraduzido à letra...
Hino contra o desperdício alimentar!?
Restos de uma refeição para quem quer um trabalho digno com salário digno?
Não basta!
Mz
ResponderEliminarclaro que basta...
Beijinho.