sábado, 24 de novembro de 2012

Cinema e música - 2

Para mim, “West Side Story”, com o incrível título português de “Amor Sem Barreiras” é o melhor musical de sempre.
É um filme de 1961, baseado numa bem sucedida peça apresentada em 1957, na Broadway, da autoria de Arthur Laurents e encenada por Jerome Robbins; tanto a peça como o filme são ambientadas nos anos 50 do século passado, em Manhattan (New York), precisamente na zona conhecida como West Side, mas como uma adaptação livre da obra “Romeu e Julita”, de Shakespeare.
No filme, Tony, antigo leader do gang anglo saxónico branco, os “Jets”, apaixona-se por Maria, irmã de Bernardo, o leader do gang latino dos porto-riquenhos, os “Sharks”. O amor do casal floresce no meio das rivalidades e conflitos dos dois grupos, tais como na peça de Shakespeare entre os Capuletto e os Montechio…
O filme foi realizado pela dupla Robert Wise/Jerome Robbins e ganhou 10 óscares, ente os quais, o de melhor filme, melhor realização, melhores actores secundários, feminino (Rita Moreno) e masculino (George Chakiris), melhor som e melhor banda sonora. A música do filme é da autoria do consagrado Leonard Bernstein.
Não gostei de uma coisa no filme, e que foi a escolha dos protagonistas, principalmente Tony (Richard Beymer) e mesmo Maria (Natalie Wood). Como curiosidade os primeiros nomes a serem falados foram os de Elvis Presley e Audrey Hepburn…
E também como curiosidades extra os directores fomentaram a real desavença entre os dois gangs rivais dando aos Jets melhores condições do que aos Sharks, no que respeita aos guiões e aos camarins de uns e outros; e recentemente a conhecida série televisiva “Glee” realizou um episódio de homenagem a este filme.

O que apresentar neste post, deste filme?
Uma cena era para mim, fundamental, embora seja uma cena dançada e não cantada, que é o prólogo do filme, e que mostra a rivalidade entre os Jets e os Sharks.


Outra cena marcante e que é protagonizada pelos excelentes George Chakiris e Rita Moreno é a muito conhecida canção “América”.

Já para documentar o amor entre os dois protagonistas, parece fora de dúvida que a escolha teria que ser “Tonight”; mas aqui surgiu-me um pequeno dilema: apresentar a canção original do filme, que não é um primor de vozes, ou apresentar dois cantores verdadeiramente bons a interpretar a imortal canção? Acabei por optar por esta última hipótese, e porque gosto muito de dois nomes emergentes do bel-canto actual, escolhi a versão ao vivo, em Berlim da cantora russa Anna Netrebko e do cantor mexicano Rolando Villazón. Espero que não me batam muito…

26 comentários:

  1. Fui ver esse musical recriado pelo La Féria no Teatro Politiema ;)

    Abraço

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  2. Francisco
    não vi, e tenho que prestar a minha homenagem ao La Féria, pois tem remado contra a maré e tem apresentado as versões portuguesas de muitos êxitos da Broadway. Tenho visto vários e achei muito bom o "La Cage aux Folles" (A Gaiola das Malucas).
    Abraço amigo.

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  3. As tuas escolhas são excelentes e parece-me que se dispensam as palavras para poder ouvir esta maravilha.

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  4. Luís
    olha que três vídeos num post é mais que suficiente para muita gente nem sequer ouvir nenhum...
    Hoje em dia a blogosfera está a ficar um pouco tipo Face Book: coisas pequeninas, muitas vezes - é o que está a dar.
    E não custa nada, ao passo que preparar este post deu-me algum trabalho de pesquisa e de tempo, mas também de muito gozo, devo confessar.
    Abraço amigo.

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  5. João, como é que alguém te poderia bater por apresentares dois dos maiores cantores da atualidade (Netrebko, Vilazon) a cantar uma canção como esta? :D

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  6. João
    só por não ser a canção original do filme...
    Eu sei que esta interpretação é soberba e gosto muito de ambos os cantores; escolhi esta versão e não outras, também muito boas, precisamente para dar a conhecer Anna Netrebko (que é além do mais, lindíssima) e Rolando Villazón (que por acaso não foi muito bafejado pela Natureza em beleza).
    Abraço amigo.

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  7. eu e os musicais temos uma relação muito estranha. não gosto por aí além, embora tenha assistido a um ou outro, mas há temas intemporais. dos vídeos que colocaste, gostei do primeiro e do último, muito. como vês, da minha parte não levas tareia :D
    bjs.

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  8. Margarida
    eu sei que não levo, pois só quem não é sensível a coisas belas, pode não gostar disto.
    Eu adoro musicais, mas agora já não se fazem como os de antes, dos anos 40 e 50 do século passado, ou das superproduções dos 60 e 70, como este e o "My Fair Lady" por exemplo.
    Mesmo alguns grandes êxitos da última metade do século, foram mais êxitos populares do que reais, como o "Fame" ou o "Saturday Night Fever".
    Gosto actualmente do estilo do "Moulin Rouge", com a Nicole Kidman e o Ewan McGregor.
    Beijinho.

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  9. deste o exemplo do moulin rouge, adoro! já do 'chicago' não gostei.
    as super-produções de hollywood do século passado que mencionas tb são das minhas preferidas. fred astaire, gene kelly, por exemplo, são figuras ímpares. agora dos novos filmes, ou adaptações,não gosto muito, confesso.
    bjs.

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  10. Margarida
    é um estilo novo de fazer cinema o do realizador Baz Luhrmann (Moulin Rouge).
    Falaste de dois mitos do musical dançado, Kelly e Astaire, mas não podemos esquecer a parte feminina (Ginger Rogers, Betty Grable ou Cyd Charrisse).
    Beijinho.

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  11. peço desculpa por estar sempre a opinar, mas não foi neste filme que a voz da natalie foi dobrada, nas canções? não investiguei agora, mas vi no Bio um documentário sobre este filme (agora posso estar a confundir as cenas, já não é a primeira vez...).
    bjs.

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  12. É para nunca esquecer.
    Queria escolher o adjetiv certo - creio que 'divinal' é apropriado!
    Abraço amigo, João.

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  13. Margarida
    Não tens que pedir desculpa, antes pelo contrário, eu é que agradeço este intercâmbio de ideias e opiniões.
    Sim, tens razão; quem dobrou Natalie Wood na parte das canções foi Marni Nixon e podes ver por este sítio que ela dobrou muita gente célebre no cinema, inclusive parte das músicas de Rita Moreno neste filme.
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Marni_Nixon
    Beijinho.

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  14. Pedro
    está muito bem escolhido o adjectivo - perfeito!
    Abraço amigo.

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  15. também gosto muito de musicais e concordo contigo: o WSS é o melhor musical de sempre. pelas canções, pela coreografia, pela história, pelo cinemascope, por tudo.
    e estas foram excelentes escolhas.
    o início do filme, no primeiro clip que escolheste, é fabuloso, inesquecível.

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  16. Confesso que não é um filme de que goste muito, mas reconheço que como musical, tem grandes momentos. Gosto especialmente da Rita Moreno.

    Abraço João.

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  17. Miguel
    sou totalmente da tua opinião. Nunca se fez um musical assim; parecido só o My Fair Lady.
    A música de Bernstein e a coreografia de Jerome Robbins são os grandes trunfos.
    Abraço amigo.

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  18. Arrakis
    nem todos podem gostar do mesmo.
    Possivelmente viste o filme nos habituais 35 mm, mas no sistema TODDAO (70 mm), é outra coisa...
    De qualquer maneira será sempre um marco na história do cinema musical.
    Abraço amigo.

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  19. Uma obra marcante na história do cinema musical. Gostei de rever e relembrar.

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  20. R
    obrigado pela tua visita.
    É verdade o que dizes sobre este filme.
    Abraço amigo.

    Aproveito para recomendar este blog novo "Aqui blogo eu",que estando no seu início precisa de ser mais conhecido.

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  21. Foi uma excelente escolha, João!
    Um abraço

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  22. Obrigado, Justine
    fico satisfeito que tivesses gostado.
    Beijinho.

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  23. Adorei a tua conversa com a Margarida. Gosto de musicais (talvez tenha aprendido com a minha mãe). E estas vozes... (nossa)... lindas!!!

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  24. Também eu, Rosa, é destas trocas de comentários que a blogosfera necessita para ser uma real partilha.
    Beijinho.

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  25. Adoro! Não é o meu musical preferido, mas ainda assim está no meu top 5! :) Os musicais do meu coração são o Fantasma da Ópera e Os Miseráveis.

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  26. I love
    é triste, mas é verdade, nunca vi nenhum dos dois espectáculos, nem no palco, nem na tela...
    E acredito que sejam qualquer deles, em termos musicais, muito bons.
    Abraço amigo.

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