Nunca na vida andei obcecado por nada ou por ninguém.
No que diz respeito às pessoas com quem tive relacionamentos, nunca as procurei deliberadamente, embora sempre estivesse receptivo a eventuais encontros que pudessem levar a compromissos futuros duráveis; assim, tive alguns relacionamentos, não muitos e todos eles quando acabaram, foi sem azedume e mantendo relações cordiais com as pessoas em causa.
Também esse tipo de atitude foi marcante nos meus encontros sexuais e embora em certas alturas frequentasse sítios de eventual engate, não ia desesperadamente à procura disso; se acontecia, tudo bem, se não, não acabava o mundo.
Mas o que fui, foi sempre muito directo quando as situações aconteciam: matava-os com os olhos e nunca os deixava com dúvidas, mas gostava muito daquele jogo de sedução que levava ao epílogo…sexual.
O exemplo que agora vou contar, insere-se nesse tipo de jogo, mas teve um desfecho bastante original e faz parte de muitas situações incríveis que me foram acontecendo ao longo da vida; como já disse, quando uma oportunidade surgia, aí sim, eu não a deixava perder e assim tive contactos com gente muito interessante e em circunstâncias variadíssimas.
Mas, vamos à história:
estava eu em Atenas, nesta célebre viagem que acabei de relatar, quando certa noite, não demasiado tarde, e depois de ter andado a deambular pela Plaka (uma espécie de Bairro Alto lá do sítio), resolvi ir dormir; o hotel não era longe e resolvi ir a pé.
A um dado momento reparei que havia um rapaz, bastante interessante que me seguia. Não aparentava qualquer perigo, pelo que me fiz ao jogo: paro aqui, ele para ali, e lá fomos andando, sem uma palavra, ele sempre atrás de mim.
Chegado ao hotel, um hotel pequeno, (mas pelo que se seguiu depreendo que muito liberal), dirigi-me à recepção e pedi a chave do meu quarto e quando me dirigia para o elevador, reparei que o rapaz entrara no hotel e se dirigiu também para os elevadores, tendo, sempre sem uma palavra, subido comigo.
Claro que não havia qualquer dúvida e assim chegado à porta do quarto finalmente lhe perguntei (como se houvesse dúvidas…) se queria entrar?
E claro que entrou e aconteceu aquilo que aqui omito, como é normal, apenas dizendo que foi muito bom…
Depois disso, o rapaz começou a vestir-se para se ir embora e eu estva sentado na cama, apenas de sleep, à espera que ele se fosse para tomar um duche e dormir.
,Qual o meu espanto quando o vi sacar da carteira e deixar uma nota em cima de um móvel perto da porta; levantei-me da cama e ia aproximar-me dele, quando ele abriu a porta e começou a correr, corredor fora; não ia com certeza correr atrás dele quase nu, hotel abaixo…
Fiquei a olhar para nota que não era assim tão pequena, e acabei por rir.
Ali a deixei, fui tomar banho e já estava a adormecer quando ouvi alguém a bater à porta.
Fui abrir e era outro rapaz ainda mais interessante que o primeiro, com uma nota na mão!!!
Em inglês disse-me que o amigo tinha gostado muito e ele também queria…
Eu não acreditava que aquilo se estivesse a passar comigo.
Fui buscar a nota que o outro tinha deixado, entreguei-lhe essa nota e disse-lhe para a devolver ao amigo, para guardar a dele, mas disse-lhe também para entrar…é evidente!
O resto deixo à vossa perversa imaginação..........
segunda-feira, 25 de março de 2013
Num hotel de Atenas...
Publicada por
João Roque
à(s)
00:31
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ó deus.
ResponderEliminarAlex
Eliminaró deus, digo eu que estou pior do que sei lá...
Este post não aparece no Google Reader nem sei como fazer para que apareça...
Abraço amigo.
Já está resolvido o problema e espero que de vez, pois já tinha sucedido o mesmo com os dois anteriores posts, tendo inclusive, a postagem do "Chant d'amour" sido prejudicada pois tratando-se de um filme fabuloso, muito pouca gente o viu.
EliminarTenho que agradecer a preciosa ajuda do João Máximo, que com uma enorme paciência e muita sapiência, me indicou o caminho.
Espero que não tenha que lhe pedir ajuda uma outra vez.
As postagens "um" e "dois" foram meras experiências...
Ahahaha! Que bela história! :D
ResponderEliminarAbraço.
Arrakis
Eliminarmuito mais belos que a história, eram os dois moços, dois autênticos "enfants du Pirée", como canta a sempre magnífica e saudosa Dalida.
Abraço amigo.
a tua realidade é mais "perversa" que a minha imaginação...
ResponderEliminarquem é que poderia inventar este episódio magnífico se ele não tivesse acontecido? LOL
João
Eliminaro meu agradecimento à resolução do problema do RD está num comentário à parte, depois do comentário ao Alex.
Quanto ao que dizes, a realidade não foi perversa, apenas oportunista...
E quando falo na vossa imaginação perversa no final do post, é para brincar convosco, pois o que houve depois, com o segundo moço, nada tem de perverso, apenas foi "muito bom"!!!
Abraço amigo.
Primeiro: post acaba de chegar no meu Reader. Deve ter sido um atraso.
ResponderEliminarSegundo: próxima vez aceite as notas e as mande pra mim!!! Fosse comigo, ficava com elas! :-D
Edu
Eliminarsim, está resolvido o problema. Não foi um atraso, era algo que estava errado na edição das definições do Google.
Não fiquei com as notas, pois assim, sendo de borla, podia haver um terceiro, quem sabe????
Beijo.
eheheheh, :D
ResponderEliminaragora soou melhor do que quando a contaste, está mesmo muito bem escrita.
bjs.
Margarida
Eliminarassim tens as duas versões, a oral e a escrita...
Nessa noite também houve várias versões: oral e... e...e...
Beijinho.
oh, João! :D
Eliminardevia estar muito boa a comida da panela do sábado, que hoje sentes ainda os efeitos! eheheh!
bjs.
ps: a dalida era linda! estive a procurar as fotos. um assombro!
Margarida
Eliminarnão, estes são "efeitos secundários" tipo os do livro do Augusten Burroughs.
Mas a Dalida era fabulosa e nunca ninguém cantou em francês como ela - perfeitamente original.
Beijoquita.
(LOL) Muito bom! Já tive quem me quisesse pagar mas publicidade gratuita e imediata, nunca!
ResponderEliminarObrigado pela partilha, João! Abraço!
João
Eliminartambém não foi a minha primeira vez a confundirem-me com um "gigolo". A primeira vez foi na Beira, em Moçambique, mas aí a história é mesmo impublicável, meu Deus...
Parafraseando um maravilhoso filme do Almodovar - "Que fiz eu para merecer isto?"
Abraço amigo.
Ok. Cá ficamos à espera da história da Beira.
EliminarTudo é publicável. E neste momento, esta 'série' bate qualquer recorde.
Alex
Eliminaressa não, pois a "moeda de troca" era demasiado específica para a poder publicar aqui.
Penso que entendas mais ou menos ao que me refiro.
No entanto, quando nos encontrarmos contar-te-ei a história com muito gosto.
Abraço amigo.
Delicioso!!
ResponderEliminarOlá Silvestre
Eliminarai foi, foi...
Abraço amigo.
João, eu estou fora uns tempos, regresso e deparo-me com relatos de viagens com algum picante à mistura e uma extraordinária capacidade de desenrasque... João,João, mas quão sedutor é a sua pessoa. Espero que tenha sido sempre sexo seguro!!!
ResponderEliminarAbç grande!
Mz
Eliminaracima de tudo uma certa maneira de ser, extrovertida, que ajuda muito alguma capacidade para me aperceber das situações com certa atenção e finalmente, uma descontração que nem sempre tenho nas pequenas coisas da vida.
Será que ser sedutor é isso?
Há uma coisa que tenho e da qual me orgulho: uma vida plena de coisas boas com alguns "mas" pelo caminho, aos quais sempre procurei responder directamente e sem medo.
É a esse baú que recorro para estas crónicas.
Ah, e o sexo, sempre seguro, quando foi caso disso...
Beijinho.
O que eu me ri, bem foi lisongeador a vários níveis sem dúvida. Não pude deixar de ler os comentários à querida Dalida, que adoro profundamente, como adoro a Mina e outras daquela época. Essas sim, divas divinas.
ResponderEliminarEolo
Eliminaré sempre bom ler os restantes comentários, pois ajudam a "completar" a postagem.
E aqui justificava-se, pela letra,claro, esta canção do Filme "Jamais le dimanche", onde era cantada em grego pela grande Melina Mercouri; mas preferi esta versão na voz da querida Dalida...
Abraço amigo.
Ehehehhehehehehehehehe
ResponderEliminarQue magnífica história :)
E deuses gregos :)
Abraço amigo
Francisco
ResponderEliminargajos podres de bons, como tu costumas dizer,hehehe...
Abraço amigo.
João, tu, não me leves a mal. Isto é demais! Tu agarra em ti e escreve esta coisada toda, em pormenor, uma espécie de livro erótico. Escreve nem que seja só para ti! Não percas nada desta coisas. Um blog é muito pouco. Suponhamos que te dá o "badagaio" ao computador? Espero que, pelo menos, tenhas tudo em suporte de papel...
ResponderEliminarOlha, gostei! Gostei muito!
Um abraço
É sempre um prazer visita-te!
Isabel
Isabel
Eliminarfizeste-me rir pois se tu soubesses as situações "curiosas" que já vivi na vertente sexual, então é que ficavas admirada. Já me sucedeu um pouco de tudo, já encontrei pessoas com taras absolutamente incríveis e já estive com pessoas de sonho. Tenho uma forma de abordagem muito directa, mas nada intimidativa e sei ser original quando é preciso.
Tenho uma história deliciosa que já publiquei aqui no blog, há anos, sob a forma de um conto a que dei o nome de "A Borboleta" e que se refere a uma muito pequena e linda tatuagem de uma borboleta que um piloto sul africano tinha numa nádega e que eu encontrei numa sauna, mas a história não se passou na sauna mas sim no Sheraton e eu nessa história quase era um dos rapazes de que aqui falo, mas sem envolvências monetárias...
Beijinho.
Isabel
Eliminarencontrei o conto e porque reparo agora que é praticamente a mesma história (sem dinheiro pelo meio) mas em que eu estou na posição contrária, vou publicá-la...
Espero que gostes.
Beijinho.
Bem... quantas "vivências", não?
ResponderEliminarRosa
Eliminarsim, muitas! E boas, hehehe...
Beijinho.
João, isso dava um curta engraçado.
ResponderEliminarE se calhar tinhas uma carreira pela frente... de actor, que não restem dúvidas, lol
Abraço.
Catso
Eliminarassim do género do "Robe d'Été" do François Ozon, hehehe...
Abraço amigo.
Situações que é impossível esquecer, sem duvida. Beijinhos
ResponderEliminarMary
EliminarCompletamente impossível.
Beijinho
O relato - belíssimo.
ResponderEliminarNota-se perfeitamente o modo como viveste a situação (que inveja).
Ops... eu não queria dizer (que inveja) mas disse...
Mas, e como tu dizes, os comentários completam a história.
Amigo João um grande abraço.
Olá Pedro
Eliminarque bom ver-te por aqui de novo.
Eu não me envergonho nada de ter uma pontinha de inveja das coisas boas que acontecem aos outros; só é mau se a inveja é permanente e mórbida. E isso não gasto na minha vida.
Os comentários são fundamentais, principalmente os grandes, que falam noutras coisa adjacentes ao texto publicado.
Abraço amigo.
Que bom ser recebido assim, como sou
Eliminar:)
Abraço amigo.
Pedro
Eliminarsó tenho pena das tuas ausências. Estou muito atrasado nos comentários e ainda não vi sevoltaste ao blg se não. De qualquer forma é um regresso à blogosfera e sabes como sempre te acarinhei a ti e ao teu blog.
Abraço amigo.
Se não fossem as minhas ausências não era eu, João.
EliminarSou assim mesmo. Cheio de dúvidas, incertezas e avanços e recuos.
Não me esqueço do carinho, João.
E não me esqueço que és um amigo especial.
Abraço e boa Páscoa.
Pedro
ResponderEliminarcada um é como qual e procede da melhor forma a sentir-se bem; respeito isso perfeitamente.
Seja como for, podes contar sempre com o meu apoio e Amizade.
Abraço amigo.
Tb me fez pensar nas histórias do Francisco (do nosso, aqui dos blogues), só que ele acompanharia o post com fotos dos supostos gregos lol
ResponderEliminarDeliciosa, sem dúvida.
Abc
OMG, acharam que eras um prostituto! :D O que eu me ri! :D
ResponderEliminarFizeste bem em relatar isto aqui. :)
abraço.
Mark
ResponderEliminarnão que eu me tivesse importado muito com isso, até porque o dinheiro foi devolvido; e afinal usufrui do melhor "pagamento": em géneros, hehehehe...
Abraço amigo.
Eu fiquei sem palavras! É realmente uma história bastante caricata! :)
ResponderEliminarQue ricas férias! ;)
Abraço :3
Kuma
ResponderEliminaro curioso é que eu nada fiz para que tal sucedesse; apenas e tão só, deixei as coisas acontecerem por si próprias.
Abraço.
João, esta história é fabulosa, como diz o João Máximo mais lá para cima, é daquelas que não se consegue inventar!
ResponderEliminarMas o interesse da história não se fica pelo picante nem pelo insólito. É interessar pensar em que época este episódio aconteceu e em que país, e no significado disso.
E ainda por cima é uma história com uma conclusão moral, como se dizia antigamente: nunca devemos recusar o que a vida nos dá. Se tivesses aceite a "propina", tinha-te dado muita serventia lá mais para diante, na viagem ;)
Miguel
ResponderEliminarnão tinha resolvido nada, Miguel, pois teria sido roubado na mesma. E sexo pago, não muito obrigado...
Quanto ao local e à época é realmente interessante fazer algumas comparações...
Abraço amigo.
###
ResponderEliminareheheheheeheh
Não é que só agora descobri este post! Isto dava para escrever um romance. Delicioso, mesmo.
João Eduardo
Eliminarpois dava, esta e outras que eu tenho por esse mundo, hehehe...