Como fiz quando do lnaçamento do Pixel 1 e 2, vou encomendar o livro "físico" à Amazon.
Não posso deixar de referir uma vez mais e com um grande abraço, quer o Sad Eyes, pela sua iniciativa, quer o João Máximo e o Luís, da Index, pelo empenhamento na edição da obra, e naturalmente a todos os participantes que foram muitoe e bons,
Como é impossível referi-los a todos, aqui deixo a história muito justamente vencedora da autoria do Silvestre,
ZACARIAS
Zacarias
cresceu sem sorte. A sua vida era um túnel de vento ártico, todos os dias.
Pequeno e mirrado sempre lhe disseram que nunca iria a lado nenhum e não foi.
Ficou ali mesmo. Nunca saiu da casa onde nasceu, a mesma onde o olhar de
resignação dos pais por aquele filho murcho continuava a escorrer por todas as
paredes, penetrando-lhe o esqueleto enfezado como humidade cortante. Trabalhava
no Zoo como tratador de felinos, por favor do Diretor ao pai e à mãe do
Zacarias que ali tinham trabalhado em vida. De tão magro e feio nem os leões o
quereriam comer e se quisessem, o mundo não perderia grande coisa. Mandava a
lei que andasse sempre com dardos tranquilizantes nas calças, apesar do Diretor
do Zoo preferir que fosse comido para poupar o dinheiro dos dardos. A vida
arrastava-lhe o corpo numa sobrevivência dormente. Sentado no sofá à espera de
ter sono, Zacarias viu cair um papel pela chaminé, «Feliz Natal» dizia.
Tinha-se esquecido que hoje era dia 24 de Dezembro. Ouviu a campainha. «O Pai
Natal» pensou desinteressado enquanto abria a porta. Algo o projetou contra a
parede da sala, depois o chão. Em 10 segundos estava de novo no ar pendurado
pelo pescoço «onde está o dinheiro cabrão? Fala ou morres agora!». A mão
hercúlea esmagava-lhe a traqueia, «não tenho» disse com dificuldade. A mão
gémea daquela vasculhava-lhe as calças. Zacarias não conseguia respirar, ia
morrer. Caiu no chão… não ia morrer. O ladrão estava de joelhos, tonto… tombou.
«Os dardos» pensou, «picou-se». Zacarias olhou para o corpo enorme no chão.
Sentou-se em cima dele. Atou-lhe as mãos enormes atrás das costas e sentiu algo
que nunca tinha sentido, uma ereção. Nunca tinha pensado em homens, sequer em
sexo. Pensava-se assexuado, será que não era? Estava disposto a descobrir.
Puxou as calças do ladrão para baixo, subiu-lhe a camisola até ao pescoço. O
corpo dele era magnífico, dorsais vincados, nádegas esféricas cobertas por uma
leve penugem dourada, pernas amplas e grossas. Desceu-lhe a mão entre as
nádegas, sentiu a humidade, as coxas. A ereção doía-lhe, vulcânica. Tinha de
telefonar à polícia. «Depois» pensou. Foi à cozinha buscar manteiga. Era noite
de consoada e tinha apetite pela primeira vez.
:)
ResponderEliminare vais levá-lo para o jantar?
as melhoras.
bjs.
Margarida
Eliminareste não, pois ainda não o encomendei e não chegaria a tempo. Espero é que receba o do Pedro Xavier, a tempo...
Beijinho.
Excelente ideia, a de homenagear o vencedor, republicando a sua excelente história.
ResponderEliminar:D
João, é mais que justo.
EliminarAbraço amigo.
dei uma voltinha e é fantástica a quantidade de blogs que postaram o lançamento do livro. Como já dei os parabéns ao Sad no blog dele, aqui aproveito para os dar ao João Máximo e à Index Books.
ResponderEliminarMiguel
Eliminarsim são aqueles que merecem os maiores parabéns.
Tenho cá umas ideias para o jantar, acerca de coisas literárias...
Depois falo contigo.
Abraço amigo.
Grande Abraço amigo :)
ResponderEliminarOutro para ti, amigo Francisco.
EliminarPreciso da tua confiemação para o jantar, ok?
Manda-me um mail acerca disso.
Abração.
Concordo que foi uma bela ideia de publicar o conto.
ResponderEliminarO Pedro merece toda essa atenção no jantar, e acabei de tomar café com ele e o desgraçado do garoto está nervoso que se farta, mas estou certo que o vai correr tudo bem :-)
E a seu tempo farei questão de autografar mais esse Pixel ebook.
Abraço
Sad
Eliminarestamos a preparar umas coisas engraçadas para se fazerem durante o jantar, mas há um facto com o qual não me conformo, e que é a tua ausência.
Não quero que cores, mas tu foste no último ano uma força aglutinadora da blogo muito grande e a tua ausência vai ser muito sentida.
Não é por falta de gente, pois já há 39 confirmações, mas há faltas e "há faltas"...
O Pedro não tem que se sentir nervoso, pois ele é uma peça importante do programa, mas não a única peça, hehehe...
Abraço amigo.
Vindas de ti, essas palavras tem um valor especial.
EliminarSendo muito sincero, estou com muita pena de não poder ir, mas como já te disse, tinha esse fim-de-semana programado fora de Lisboa e não depende de mim alterar a data.
Estou certo que o jantar/encontro vai ser um sucesso e fico muito contente por aquilo que tenho feito no meu blog ter esse efeito positivo na blogo. Estes últimos meses estive mais em baixo, por razões diversas (e é da minha inteira responsabilidade a demora na edição do ebook) mas prometo voltar em força e continuar com a organizar estas iniciativas.
Abraço
Sad
EliminarPois, não tens menos pena do que nós todos e embora compreenda as razões da tua ausência, não é por isso que deixo de lamentar.
Abraço amigo.
Não conhecia esta iniciativa, mas parece-me de muito mérito. O conto publicado é muito interessante e muito bem escrito!
ResponderEliminarJustine
Eliminarestes concursos Pixel já tiveram três edições, das quais, as primeiras duas já estavam editadas em e-book e também em livro, mas apenas disponível na Amazon, de onde o "importei" e agora foi editado das mesmas formas o Pixel 3.
Vai haver durante o jantar umas breves referências literárias acerca disto e também do lançamento de um primeiro livro de um jovem que também estará presente.
Eu levarei comigo o livro dos Pixel 1 e 2.
Também vai estar presente um amigo, um free lancer em design que já foi premiado internacionalmente por duas vezes e até já foi entrevistado pela CNN...
E tenho esperança que o Carlos Barbosa Almeida, cujos blogs tu segues, também esteja presente.
Portanto, motivos acrescidos de interesse para o nosso jantar de dia 25 e no qual conto contigo. Só ou acompanhada?
Beijinho.