domingo, 3 de fevereiro de 2008

Kosovo - as razões da História


“Uma das coisas que me faz espécie, aqui nos Balcãs, é haver bons de um lado e os sérvios serem sempre os maus”
Raul Cunha – oficial da missão da ONU no Kosovo in “Jornal de Negócios” de 18 de Dezembro de 2007



O Kosovo foi o coração do reino medieval sérvio; os sérvios perderam a sua liberdade e estiveram 500 anos sob ocupação otomana, depois da grande batalha do Kosovo, em 1389, tendo sido apenas em 1830, que a autonomia da Sérvia foi proclamada de novo, após a expulsão do invasor. Se o Kosovo foi o coração da Sérvia medieval e se era apenas formada por sérvios até ao final do século XIV, como se chegou ao Kosovo de hoje, com uma população esmagadoramente albanesa?
Houve três grandes vagas de êxodo sérvio: a primeira, em 1690, durante a ocupação turca e que tem razões históricas que não são importantes para o momento actual; a segunda, durante a ocupação pelos fascistas italianos, durante a II GG, e a última, durante o governo de Tito. A segunda vaga aconteceu porque a ocupação italiana e albanesa (seus aliados) incluía juntar à Albânia, o Kosovo e parte da Macedónia, pois o resto do território foi ocupado pelos nazis germânicos; e com essa ocupação italiana se formou a “Grande Albânia”, e foi neste período que a população albanesa começou a perseguiu os sérvios, forçando a fuga de milhares deles, enquanto se estabeleciam ali cada vez mais albaneses; assim, no final da II GG (1948), havia no território do Kosovo, que entretanto tinha sido libertado pelos “partizans”, em 1944 e se tornou parte integrante da República Federal Democrática Jugoslava, cerca de 500.000 albaneses e 200.000 sérvios; a população albanesa expandia-se muito mais rapidamente, com famílias de 10/15 filhos, e em 1971, havia já mais de 900.000 albaneses, para 260.000 sérvios. Foi nesta altura que começou a saga separatista dos albaneses do Kosovo, que fez expulsar cada vez mais a população sérvia, a quem era feita uma guerra feroz pela população albanesa, política essa tolerada por Tito, que não era sérvio, mas sim croata.
Assim, a primeira razão para as tensões no Kosovo foi o explosivo crescimento da população albanesa. Apesar dos esforços de desenvolvimento da região por parte do governo jugoslavo, o Kosovo tornou-se a mais pobre das suas regiões; a autonomia extensiva dada por Tito aos albaneses do Kosovo (autonomia regional dada em 1945, mas não uma autonomia real, pois o Kosovo continuava a ser parte integrante da Jugoslávia), foi por estes ultrapassada, com a sucessiva expulsão do resto da população não albanesa – terceira vaga. Os albaneses kosovares nunca pretenderam juntar-se à Albânia, país atrasado, pobre e esquecido do mundo, governado por um regime comunista pró maoísta e não seguidor da ortodoxia soviética. Entretanto, esta população albanesa do Kosovo começou a ser o centro de importantes actividades ilegais de venda de droga para o Ocidente e a enriquecer com isso; o Ocidente, na sempre prática e eficaz política de “dividir para reinar”, não só fechava os olhos a tudo isto, como até fomentava tal situação, pois sabia, principalmente os EUA, o valor dos recursos minerais ainda não explorados, que a região terá; os terroristas albaneses sempre tiveram o apoio americano, sendo poderosíssimo nos EUA o “lobbie albanês” .
Voltando à questão da autonomia da província, durante o mandato de Tito, foi havendo sucessivos alargamentos das regalias dos albaneses, que pretenderam em 1970, ser reconhecidos como as outras “nações” que constituíam a Jugoslávia, e não estar incluídos na “nação” sérvia e os grupos mais extremistas começaram a pedir mesmo a independência; Tito não foi capaz de estancar estes acontecimentos. Após a morte de Tito e das naturais convulsões internas na Jugoslávia, chega ao poder o sérvio Milosevic e começa a guerra dos Balcãs, que levou à independência da Eslovénia em 1991, e mais tarde da Croácia, Bósnia e Macedónia; foi uma luta terrível, fratricida, com violência e actos cruéis de TODOS os beligerantes ( a independência da Macedónia foi pacífica).
Claro que Milosevic, com o cerco a Sarajevo, viu todo o mundo contra ele, e até os próprios sérvios, e começou a enviar para o Kosovo as populações sérvias que fugiram da Croácia e da Bósnia; foi forçado internacionalmente a assinar o Tratado de Dayton, em 1995, que pôs fim à guerra.
No Kosovo forma-se o Exército de Libertação do Kosovo – UÇK, que se envolve em ferozes combates com a população sérvia e as forças que Milosevic envia para sua defesa; para obrigar Milosevic a terminar com os combates, a NATO, por ordem de Clinton, bombardeia Belgrado e a Sérvia, nos seus órgãos vitais, durante 78 dias consecutivos, em 1999, ao fim dos quais, Milosevic capitula, pois também internamente a contestação aumentava dia a dia, tendo durado escassos meses no poder até ser afastado por dirigentes democráticos numa revolta em Belgrado, a 5 de Outubro de 1999. Embora Milosevic tivesse sido uma personagem sinistra, neste caso do Kosovo, limitou-se a defender os sérvios do extermínio e da expulsão de que estavam a ser alvo, pelos albaneses, no território sérvio do Kosovo. Os bombardeamentos castigaram a Sérvia por defender o seu povo e o seu território e levaram à criação de uma zona “tampão”, governada pelos albaneses, sob o controlo e vigilância das forças da ONU, situação que ainda hoje se mantém. Mas estas forças têm-se limitado a ver os albaneses kosovares fazerem uma operação de limpeza étnica, expulsando por todas as formas possíveis, os sérvios, para criar o primeiro narco-estado da Europa, completamente dedicado ao contrabando da droga, de pessoas (prostituição) e de armas.
Conhecida a história, convém agora reflectir sobre o dia de hoje, e no agudizar da crise, com a entrada em força nesta questão, dos EUA, com múltiplos interesses na região, como já referi.
A política externa norte-americana, nomeadamente após o comunismo na URSS, tem sido a de “guardião do mundo” e “vigilante da paz”, mas nunca uma política conduziu a tantas guerras, a tanta violência, como agora. Acresce que seria extremamente útil ter um estado “amigo” e ainda por cima muçulmano, naquela região europeia, não só para os fins ilícitos ali praticados (o Kosovo é conhecido como a Colômbia da Europa, no que respeita à droga), mas também para a lavagem de dinheiro, tráfico de carne branca e eventuais interesses económicos das suas minas. Mas é extremamente hipócrita esta política americana, pois para serem coerentes, deviam os EUA reconhecer o direito à independência do povo curdo, em relação à Turquia (mas é aliado e parceiro da NATO) ou à Palestina (mas Israel é demasiado importante para os americanos); os problemas, quando começarem a surgir, serão na Europa e não na América e como sempre o território americano sairá imune de qualquer futuro conflito, consequente deste precedente perigosíssimo.
Do lado europeu, a Alemanha foi historicamente , é ainda e será sempre um inimigo da Sérvia e todos sabemos o peso da Alemanha no seio da UE. Mas como reagirão estados como a Espanha (com os problemas autonómicos por resolver, principalmente do país basco), Chipre (com parte do seu território ocupado pela Turquia), a Bélgica, com evidentes dicotomias entre valões e flamengos, e até a Inglaterra, se fosse coerente, em relação ao Ulster, entre outros ? A Grécia sempre foi um fiel aliado da Sérvia; Hungria, Bulgária e Roménia são vizinhos territoriais…Haverá consenso nos 27 ??? Abrir um precedente destes na Europa, será amanhã legitimar a ETA; será dar luz verde à separação da Bélgica entre valões e flamengos; e porque não permitir a independência dos sérvios da Bósnia, que representam 50% da população deste país ? E porque não os portugueses que residem no Luxemburgo ( 1/3 da população do país), pedirem a sua autonomia ?
Finalmente, se por um absurdo da História, milhares de galegos se tivessem fixado entre o Douro e o Minho, e quisessem agora declarar um estado independente, com o apoio do estado espanhol, incluindo esse território, claro está, Guimarães, o berço da nacionalidade portuguesa ? Como reagiríamos nós?
Não é com chantagens políticas, oferecendo à Sérvia o imediato início de conversações para a sua integração na UE, que se consegue vergar um povo; os sérvios sentem-se, e são-no, realmente, enteados e não filhos, numa Europa cada vez mais unida; têm grande vontade e necessidade de integrar a UE, mas nunca o farão como moeda de troca de uma perda do deu território – uma pátria não se vende…
A consideração de uma autonomia quase geral, mas não uma independência, poderá estar nos planos de alguns políticos de Belgrado, mas nunca subjugar-se a uma posição de força. E convém não esquecer Putin e a Rússia de Putin, aliado de sempre dos sérvios , que NUNCA aceitará uma independência unilateral do Kosovo e todos sabemos a necessidade que o novo czar da Rússia tem, de se afirmar internacionalmente; além do mais, a Rússia tem muito mais a dar à Sérvia do que a EU.
Portanto, qualquer resolução via ONU está, a priori, condenada ao fracasso, devido aos mais que certos vetos da Rússia e da China, e os americanos sabem isso perfeitamente.
Houve demasiados erros, ao longo da História, nesta questão do Kosovo e bastantes culpados. Talvez Tito tivesse sido o mais culpado, pois nunca soube, ou nunca quis precaver o futuro da Federação Jugoslava, que assentava em si próprio, e isso levou à guerra dos Balcãs e a esta situação no Kosovo.
Como já afirmei antes, o precedente da independência do Kosovo será perigoso para o mundo, principalmente para a Europa, mas que importa isso ao senhor Bush e à senhora Condolezza Ricce, que lhes importa a História? São demasiado grandes e importantes para se preocuparem com isso e sabem que têm o apoio quase total da EU, que ainda não percebeu que, quer em termos económicos, quer em termos essencialmente políticos, não é, nem poderá vir a ser subserviente em relação ao “expansionismo” americano. Vários actores americanos (George Clooney, Robert de Niro, Sharon Stone, Johnnie Depp, entre outros), já publicamente declararam o seu apoio à Sérvia, aliás como o insuspeito Sean Connery, defensor da autonomia escocesa.
Claro que a situação actual não é a de há 8 anos atrás, pois já não está no poder Milosevic, nem a América, a NATO ou a EU recorrerão a meios violentos para forçar situações; mas o que acontecerá no terreno?
Para finalizar, gostaria de dizer que no passado dia 25 de Janeiro foi publicado um artigo no jornal “Público” sobre este assunto; li-o, em Belgrado, on line; e houve comentários, muitos, mais de 40, não de políticos, não de comentadores políticos ou de “fazedores de notícias”, mas sim de gente anónima; e fiquei feliz por ver que a gente do meu país não é tão inculta ou mal informada como às vezes parece, pois esses comentários, na sua esmagadora maioria, condenavam, com argumentos válidos a independência do Kosovo. Mas, infelizmente quem governa não é o povo e todos sabemos que a posição oficial portuguesa será na EU, a do habitual “yes, sir”!!!!



Tadic, o candidato mais europeísta venceu, e agora? Fala-se que a proclamação unilateral da independência será feita esta semana… a ver vamos…

32 comentários:

  1. Ena, grande lição de história, mas eu percebo: é a proximidade afectiva. Como também já te disse antes, nem sempre os bons são assim tão bons, nem os maus tão são maus como os pintam (quer dizer, às vezes ainda são piores). Neste caso, o quadro pintado sobre a Sérvia no Ocidente é demasiado negro.
    Continuo a achar que isto é um barril de pólvora pronto a explodir a qualquer momento.
    Um abraço

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  2. A história nunca pode ser pintada como vemos nos filmes: De um lado os bons do outro os maus.
    Eu estou cá longe mas penso que a vitória de Tadic já é um facto bom, o outro parecia-me muito mais radical, esperemos pelos próximos capítulos.
    Obrigado pela lição de história, ajuda bastante a compreender as razões do conflito.
    Um abraço.

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  3. Caro Paulo
    é estranho, ainda há pouco comentava com o Déjan o facto de eu, via Déjan, claro, mas já acima disso, começar a gostar daquele país, e gostar muito; talvez por ter começado a conhecer pessoas, a ver o povo e a sua maneira de reagir, e acima de tido a compreendê-los na sua enorme frustração dee se sentirem "não compreendidos". Gostaria muito de ver um dia a Sérvia ser aceite de igual para igual pelos outros, com os seus defeitos e qualidades, commo todos os povos têm.
    Quanto ao futuro do Kosovo, estou um pouco menos pessimista, pela vitória de Tadic.
    Abração.

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  4. A vitória de Tadic penso que não agradará muito aos americanos, pois prefeririam em Belgrado uma linha dura, que lhes desse mais oportunidades para imporem medidas mais gravosas. Como dizes, aguardemos, meu caro Paulo.
    Abraço.

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  5. Olá Pinguim,
    gostei da lição de História do Kosovo porque já era tempo de algumas verdades serem ditas, viver e aprender.
    Este texto está na "mouche".
    Beijinhos
    Yo

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  6. Querida Yo
    era precisamente isso que eu pretendia com este texto; obrigado pelo teu apoio.
    Beijinhos.

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  7. Amigo, estava ansiosa por vir aqui ler-te :))

    E que bem que me soube esta lição escrita com tanta firmeza mas ao mesmo tempo com o coração como sabemos ...
    Tenho a certeza que um dia, que espero que seja breve e que tu nessa data ponhas aqui um post do outro mundo ...a Sérvia e todos os Déjan do mundo sejam aceites como dizes , de igual para igual com todos os defeitos e qualidades como todos os povos têm.
    Vi nas noticias o que todos vimos mas obrigada por me ajudares a compreender melhor todo o sofrimento desse povo.
    Um beijo de esperança desta vez para o teu amor, Déjan

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  8. Sónia, querida Amiga
    A capacidade de sofrer daquela gente é mais que muita; eles têm a certeza que lhes vão tirar o Kosovo e estão, infelizmente, conscientes de que nada poderão fazer para o impedir e é essa impossibilidade que mais lhes dói, porque nada custa mais a alguém, ser vitima de uma injustiça e ser impotente para o evitar; quem não passou já, ao longo da sua vida por situações dessas?
    Beijinho muito amigo.

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  9. pinguim,
    gosto de história. ler o teu post hj foi um doce. No que diz respeito ás regiões da ex-yoguslavia, sempre me fez confusão como é que gente que consegue viver junto em paz durante algum tempo como vizinhos, colegas de trabalho, etc. passam a odiar-se como se fossem inimigos de outro planeta. Mistérios...
    abraço

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  10. Amigo Sócrates
    também eu gosto muito de História e acho que só indo à História conseguimos encontrar respostas a muitas questões de hoje; por isso me atrevi a alongar-ma no preãmbulo histórico em vez de deixar apenas as minhas opiniões finais.
    Um abraço amigo.

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  11. Caro Pinguin,
    mais do comentar o texto (que li com a atenção de um estudante) gostava de comentar a resposta que deste acima ao Paulo (do Felizes Juntos). Porque acho que nessa resposta dizes uma coisa importantíssima. Muitas vezes as nossas opiniões baseiam-se na ignorância e no seu irmão mais novo, o preconceito. Quando nos interessamos, seja por outra pessoa, por um grupo de pessoas, ou mesmo, como neste caso, por um país e o seu povo, vamos conhecendo mais e melhor, e à medida que o nosso conhecimento aumenta, cresce também a nossa capacidade de compreensão e mesmo a nossa capacidade de amar, pois só verdadeiramente amamos o que conhecemos. Não há nada como olhar as coisas de perto para perceber que a realidade nunca é a preto e branco, antes se fixa sempre nos milhares e subtis matizes do cinzento.
    Lembraste-nos pois de uma coisa importante, de que nunca devemos desprezar o que não conhecemos.
    um abração

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  12. Meu caro Miguel
    estas coisas dos blogues e respectivos comentários são como as cerejas...
    O teu comentário fez-me pensar algo que há muito pergunto se faço bem ou mal, e que é comentar os meus comentadores; faço-o por 2 motivos; por uma questão de educação e agradecimento; e principalmente, porque muitos deles trazem uma riqueza ao texto, o que faz com que eu complete ideias não totalmente explanadas, e isso é óptimo e é aí que reside a verdadeira partilha.
    Quanto ao que dizes sobre a maior facilidade de compreensão das pessoas e das coisas, se as percebermos melhor e as começamos a amar, é totalmente verdade, mas devemos ter o cuidado de não estarmos sempre de acordo, pois no Amor, também cabe a palavra "não", mas dita com um espírito construtivo.
    Sobre o assunto do texto, é-me grato ver que há interesse em descobrir coisas que não se sabiam, para assim podermos melhor expressar opiniões.
    Abraço amigo.

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  13. Estou a ver que anda por aqui muito boa gente que gosta de história, rsrsrsrs. É óptimo: as pessoas que não gostam de história raramente se questionam, raramente reflectem, quase nunca respeitam os outros.
    Em relação ao que contas - bem contado, por sinal - o rumo é inexorável. Será pelos nacionalismos que a paz tardará.

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  14. Caro João Manuel
    penso da mesma forma que tu, quanto ao papel da História, na questão de quanto melhor se conhece a História, mais fácil se torna o acordo sobre muita coisa.
    Eu adoro História e acho que deveria mesmo ter seguido os estudos por essa via, mas o destino por vezes prega-nos partidas...
    Quanto ao assunto do post, parece que realmente os nacionalismos exarcebados estão a levar o mundo para uma via de violência, o que é pena.
    Abraço.

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  15. Tenho-te seguido, mas é-me muito complicado comentar acontecimentos que não domino. Abraço!

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  16. Amigo Rato
    admito que sim, é uma situação demasiado complicada.
    Abraço.

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  17. “Este é o milagre que acontece a todos os que amam verdadeiramente – quanto mais dão, mais têm”.

    grande lição de história contemporânea. Aproveitei para ver e sentir outros posts aqui deste cantinho e de facto, palavras para quê??? sempre com carimbo de qualidade. Apreciei particularmente a frase que aludo supra.

    Um abração

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  18. Olá, amigo Luís
    li esta frase há pouco, embora aprecie R.M.Rilke há muito e ela "prendeu-me" muito, talvez por a ver tão bem representada no meu caso pessoal.
    Quanto ao Kosovo e à sua história, acho que era preciso mostrar algo que muita gente não conhecia (como eu, até há pouco), para melhor se poder ter uma opinião sobre o presente e sobre o futuro.
    Abraço muito amigo.

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  19. Pinguim,

    foi mesmo um grande prazer poder conhecer-te! quando à forma como te recebi, é a forma como recebemos os amigos.

    também vim conhecer o teu canto e, depois na nossa conversa ontem, era o que eu tinha idealizado ;)

    um abraço!

    ps: não me aborreço nada! o teu também já está linkado!

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  20. Caro Astor
    obrigado mais uma vez e por esta visita; volta sempre que queiras, a porta está aberta...
    Espero que a festa tenha continuado animada, por outras paragens; eu cheguei sem precalços a casa.....uffff!
    Abraço.

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  21. Apesar de gostar bastante de história, a mesma sobre os balcãs é-me completamente desconhecida. Tenho algumas luzes sobre os conflitos dessa zona da europa, mas muito pouco. Com esta tua segunda lição, acrescentei um bocadinho mais de conhecimento ao meu desconhecimento. Obrigado pela partilha.
    A sensação que tenho é a mesma que alguém já referiu mais acima, essa zona é um barril de pólvora e acrescento, com uma bomba relógio lá dentro. Esperemos então por desenvolvimentos mais pacíficos, agora com os resultados destas últimas eleições.
    Um abraço

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  22. Caro Graphic
    mais uma vez fico com a satisfação de ter contribuído um pouco para o esclarecimento de alguns factos que melhor ajudem a entender esta situação.
    curiosamente, ontem mesmo falei com uma amiga minha sérvia, que tem um restaurante perto do sítio onde moro, que me disse que Tadic virá a Portugal ainda este mês; fico curioso o que lhe dirão as entidades portuguesas sobre o Kosovo...
    Abraço.

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  23. Finalmente consegui um tempinho com algum sossego para ler o teu post. Confesso que sei muito pouco do história contemporânea e, por essa razão, aprendi imenso com o teu texto.
    Para além disso, tiro uma outra conclusão (como se não a tivesse tirado já...), a comunicação social e as "peças" que vamos vendo aqui e ali, enganam muito...

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  24. Amigo Tonghzi
    a essa tua outra conclusão já eu tinha chegado há muito tempo e por isso me dei ao trabalho de explanar este assunto e pelo que dizes, já valeu a pena.
    Abraço.

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  25. Olá amigo,
    Já me tinhas dado umas luzes sobre este dossier, no jantar claro. Mas assim as coisas ficam mais transparentes. Sabes que sou e sempre serei um defensor da autodeterminação dos povos quando a isso seja possível associar uma raíz cultural vincada. Não é o caso, segundo explicas. A ver vamos como serão os próximos episódios, desejo que pacíficos!

    Aquele abraço!

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  26. Caro Kokas
    é a velha história do nem 8 nem 80; eu, como tu defendo, quando isso é justo a autodeterminação, e mesmo recentemente a Europa central e de leste foi bastante "mexida", nalguns casos com efeitos mesmo de voltarem a existir nações que já o haviam sido, como por exemplo as repúblicas bálticas; o caso da exjugoslávia é um bom exemplo, com o aparecimento de vários países, alguns envolvidos em devastadora guerra, mas outros de uma forma quase não violenta (Eslovénia) ou mesmo pacífica (Macedónia e mais recentemente, o Montenegro); não é o caso do Kosovo, "país" formado artificialmente por razões políticas, que têm por base uma imigração massiça de um povo que recusou viver na pátria natural - a Albânia.
    Parece ser um processo irreversível, infelizmente, e o futuro dirá, decerto que a História tem sempre razão.
    Abraço.

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  27. Pinguim,
    verdades e não verdades!
    "Macedonia"???????? Como??? Quando??? Fazes referência ao pais chamado FYROM? Só podes, não é?
    Pfv, corrige.
    bjkas

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  28. Olá Viz
    para já obrigado pela tua visita.
    Não sei a que te referes quando falas em verdade e não verdades, se é em relação ao texto, a primeira parte, relato histórico, não é senão verdade, é o relato dos factos que realmente aconteceram; na parte das minhas opiniões, é claro que não pretendo que façam história, são a minha visão bastante fundamentada do assunto e nada mais.
    Finalmente, não sei porque devo emendar Macedónia para FYROM, pois internacionalmente é muito mais conhecido o país chamado República da Macedónia do que former Yugoslav Republic of Macedónia.
    Beijinhos.

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  29. Pinguim,
    verdades porque em realação ao restante texto, concordo contigo. Não verdades porque o estado que muitos abusivamente chamam Macedónia não existe como tal. Trata-se só de um abusivo diminuitivo do FYROM. A Macedónia existe claro e existiu há muitos mais anos do que o FYROM.
    Vale a pena pergunar a um Macedónio o que tem em comun com um habitante de Skopje, e a resposta é fácil : nada.
    Bejinhos e obrigada pelas boas vindas.

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  30. Amiga Viz
    talvez tu tenhas razões que eu desconheço, para afirmares que o nome real do país é FYROM e quem sou eu para o desmentir; é claro que eu não misturo os conceitos da Macedónia de Filipe e de Alexandre com a macedónia (FYROM) de hoje.
    Mas o que é um facto é que em todos os "media" aqui ou lá fora o país actual é conhecido como Macedónia; posso dar-te 2 exemplos simples: no festival da Eurovisão quando há votos para o país, qualquer "speacker" de qualquer país diz Macedónia; e nos meios desportivos, nas competições internacionais, é como Macedónia que é tratada.
    Mas não quero fazer disto uma "guerra", ok?
    Beijinhos.

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  31. Guerra que façam mas é "os fazedores de notícias" como bem dizes! Nós não ;O)
    Beijinhos mais uma vez

    PS1 Razões há, e válidas, sim senhor.
    PS2 Adorei o teu blog
    PS3 Beijinhos mais uma vez :O)

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  32. Obrigado, mais uma vez por este diálogo; detesto os "yes, sir", é sempre salutar confrontar ideias e fico à espera de um dia ficar a saber mais do PS1.
    "Beijinhos mais uma vez", eh eh eh.

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!