O actual conceito de liberdade não contempla a liberdade do amor desde que não seja considerada sob o ponto de vista normal do amor heteropatriarcal, e muito menos legaliza e ratifica esse amor aos olhos da sociedade e do estado (para não falar já, de um Deus…)
Reclamemos pois a liberdade da própria palavra Liberdade, que nos dias de hoje está sequestrada nas mãos de uns traficantes que apenas a querem prostituir em bordéis mediáticos. Libertemos a liberdade para a colocar no lugar que merece, que não seja a liberdade que protege os interesses e privilégios de alguns, mas sim a liberdade para amar como quisermos, para invocar o deus ou a deusa que mais nos inspire ou a nenhum, e para falar e escrever sem medo das represálias ou da enorme sombra de falsos rumores convertidos em verdades. Liberdade para ir cimentando uma futura convivência mais harmónica e plural.
(Lucía Etxebarria, in “Zero”)
Reclamemos pois a liberdade da própria palavra Liberdade, que nos dias de hoje está sequestrada nas mãos de uns traficantes que apenas a querem prostituir em bordéis mediáticos. Libertemos a liberdade para a colocar no lugar que merece, que não seja a liberdade que protege os interesses e privilégios de alguns, mas sim a liberdade para amar como quisermos, para invocar o deus ou a deusa que mais nos inspire ou a nenhum, e para falar e escrever sem medo das represálias ou da enorme sombra de falsos rumores convertidos em verdades. Liberdade para ir cimentando uma futura convivência mais harmónica e plural.
(Lucía Etxebarria, in “Zero”)
Amigo Pinguim,
ResponderEliminarmais um post com tanto pra dizer...
Como sabes ando a mil, mas só quero que saibas que tu mesmo sem saberes ajudas os outros a serem cada vez mais livres e a pintarem a sua vida do côr que bem lhes apetecer...
Um beijinho com o maior dos carinhos
Duxa
Querida Duxa
ResponderEliminarachei esta passagem de um artigo de opinião da L.Etxerrabia tão actual, tão verdadeiro, que não resisti a partilhá-lo com os meus amigos; pode ser que gostem...
Beijinhos.
Está lá (quase) tudo. Não é preciso acrescentar mais. Preciso é sim não deixar cair em saco roto todas as palavras e intenções que não são vãs.
ResponderEliminarAbraço, Pinguim.
Amigo Oz
ResponderEliminaresse quase é relativo e subjectivo, variando para mais ou para menos, conforme cada caso pessoal.
Abraço.
Bonito, lapidar e urgente. :)
ResponderEliminarAmigo João Manuel
ResponderEliminarcomentário simples,conciso e correcto, como é hábito.
Abraço.
Muito bem dito, muito bem lembrado...
ResponderEliminarAbraços para vós,
E para vós também, que há muito põem isto em prática, amigos Luís e Gonçalo.
ResponderEliminarliberdade. bom tema, exelente reflexão.
ResponderEliminarabraço
Amigo Sócrates
ResponderEliminarmais do que liberdade, é a liberdade de a exercer!
Abraço.
Sempre achei um espanto que algumas pessoas - não sei se muitas se poucas, só se ouvem as que fazem barulho - gastem tempo e energias a regular a vida dos outros. E até nem me refiro só a homossexuais, porque estes vigilantes da vida alheia decidem sobre todos os comportamentos. E mais, nem se questionam porque raio haviam 6 mil milhões de pessoas de viver de acordo com os padrões de um.
ResponderEliminarOlha, que sejas feliz, que eu também quero ser.
Amor é amor, independentemente da forma que adopte para se manifestar.
ResponderEliminarHá tanta falta de, que as pessoas andam "cegas". Mas é só parar para dar e receber.
Hetero/Homo, o que importa é a qualidade dos sentimentos e a dignidade das acções.
Bjinhu e é sempre um gosto passar por aqui.
Vamos libertar a liberdade, principalmente a liberdade para amar.
ResponderEliminarUm abraço.
Mar_maria
ResponderEliminaré isso que procuro fazer, embora o bom seja sempre inimigo do óptimo; e é o que eu sdesejaria que toda a gente fosse: feliz; principalmente as pessoas a quem quero bem...
Beijinhos.
Amor, minha cara Keratina. sempre foi, é e será entre duas pessoas, não entre dois gèneros necessáriamente diferentes, como bem dizes.
ResponderEliminarBeijinhos.
Meu caro Paulo
ResponderEliminaré esse exactamente o objectivo deste post.
Abraço.
Sabes, pinguim, este texto é tão mais urgente quanto vejo, de dia para dia, alguns focos de vontades de suprimir liberdades, várias liberdades... Então a liberdade para amar, nem se fala. Temo por uma certa ideia de futuro que cada vez mais vejo quebrar-se... Abraço!
ResponderEliminarÉ por concordar inteiramente contigo, que este texto aí está.
ResponderEliminarAbraço.
Vou apenas "chover no molhado"...dizendo que, este texto esta excelentemente arquitectado, dando as tacadas certas nos contextos exactos....
ResponderEliminarÉ o mal do Todo pela Parte...e da Parte pelo Todo...
Urge-se uma abertura de olhos senão como diz o ali o Rato, o futuro quebra-se...
Abraço:)
Amigo Hydra
ResponderEliminarfocaste um ponto, como o Rato, fundamental para mim: o futuro.
O futuro é um pau de dois bicos, em todos os aspectos, e eu, que de conservador, nada tenho, já muitas vezes pensei neste "admirável mundo novo"...é tão maravilhoso, no campo prático, ter tanto meio à nossa disposição, e no entanto ir perdendo a noção do humano em favor dos automatismos; no campo do pensamento, a coisa, embora completamente diferente e mais passível de ser moldada por nós próprios tem também perigos, que são o excesso "vocacionado" da palavra liberdade; não sei se me fiz entender, mas foi um dos temas pelo qual "peguei" neste pequeno mas muito actual tema.
Abraço.
João, tu que já viveste uns aninhos, tal como eu, tens a noção de que o mundo já é outro. É outra coisa. E que a conotação da palavra liberdade também. Acho que para uma ou duas gerações a liberdade ainda é a 'liberté' do Paul Eluard, mas neste momento ou está suspensa, ou mudou irreversivelmente. Não é bom nem é mau, é assim.
ResponderEliminarSur mes cahiers d'écolier
Sur mon pupitre et les arbres
Sur le sable sur la neige
J'écris ton nom
Enquanto que até aos anos 80/90 o entendimento desta palavra seria relativamente comum a toda a cultura ocidental, não sei se hoje soará dentro das pessoas do mesmo modo. Liberdade, mas... Liberdade, se...
Acho que não, as palavras e os conceitos são do mais dependente que há.
Não vou fazer a apologia do 'antes', pelo contrário, os melhores tempos são sempre aqueles em que vivemos, apenas noto que numa mesma geração o significado de palavras que se manteve estável durante décadas começa a deslizar. Sem saudosismos, apenas alguma apreensão. É muito bom ir deste cantinho à fronteira russa sem dar cavaco a ninguém, mas também é muito bom que um novo torniquete não molde as nossas cabeças.
bjinhos
Minha amiga
ResponderEliminarse ainda tinha alguma dúvida sobre o teor do meu próximi texto, este teu comentário tirou-a; perceberás porquê, quando o leres.
Beijinhos.
Liberdade para sempre, mas desde quando? Desde quando é que nós somos livres? Já o fomos alguma vez? Apesar de vivermos em semi-liberdade, ainda há tanto por libertar...
ResponderEliminarAbração
Miguel
Amigo Miguel
ResponderEliminarcompreendo e aceito o teu desabafo; não sei que idade tens, mas com certeza não viveste como eu vivi o antes do 25/Abril, pois a diferença na questão da liberdade é abissal...
Mas que há ainda muito por libertar, completamente de acordo.
Abraço.
Absolutamente de acordo!
ResponderEliminarE cada vez mais importa reclamar a Liberdade, sob pena de a podermos perder, na pluralidade e multivalência dos seus aspectos. Porque reduzir ou entender a liberdade numa acepção monológica será deprimente e, indubitavelmente, conduzirá à sua supressão.
Abraço:)
Amigo Kapitão
ResponderEliminarem primeiro lugar um agradecimento pela tua visita; já tinha intenção de visitar o teu blog, como outros, dos quais fui lendo comentários aqui e ali, mas com uma tão grande lista de amigos para ir visitando, foi ficando adiado...
Ká retribuí a visita e gostei sinceramente do teu espaço, pelo que tomei a liberdade de linkar o teu blog; espero que não te aborreças...
Quanto ao tema do post, pois é urgente tomar posições, nos diversos aspectos a que essa palavra fundamental - Liberdade - vem sendo posta à prova. Ainda bem que estamos de acordo.
Abraço.