domingo, 5 de fevereiro de 2012

Para desopilar...

Dedicada a tod@s as pessoas amigas que tenho no Alentejo (vivi quatro maravilhosos anos em Serpa), uma daquelas histórias velhinhas que nos fazem rir e que têm por protagonistas um simpático casal de alentejanos.

Devido à crise, o Aníbal e a sua Maria não tinham sítio recatado para os seus devaneios amorosos e assim num momento de arrebatadora paixão e intenso desejo, apeteceu-lhes algo que apetece tantas vezes a qualquer casal: dar uma "queca"!
O problema de não haver lugar mais privado foi facilmente resolvido pelo casal: uma via férrea ali ao lado, e ali mesmo, "aí vai disto"...
Estavam o Aníbal e a Maria no momento " crítico", quando aparece ao longe, numa curva uma velha automotora, cujo condutor ao ver o que se passava lá adiante, começa a apitar o mais possível. Pois sim, o casal continuava a sua "brincadeira" e até parecia não ouvir qualquer som, senão os seus próprios sons, que não deixo aqui reproduzidos, porque isto não é um filme pornográfico...
A automotora abrandou, abrandou e o condutor teve que meter travões a fundo, tendo parado exactamente uns poucos metros antes daqueles dois loucos.
Louco estava o Zé, o condutor do comboio, que saltou para a linha a berrar e com toda a razão com o Aníbal e com a Maria: que o iam desgraçando, pois se os tivesse atropelado ele é que ficaria com as culpas; que  havia outras maneiras de se matarem; que estas coisas só acontecem em Portugal, etc. e tal...
Só então, o Aníbal levantou a cabeça (só a cabeça) e lhe disse com aquele ar que só os alentejanos têm nestes momentos "apertados": "Compadre, eu estava-me a vir, a minha Maria estava-se a vir, o comboio estava-se a vir...parou quem teve travões, compadre!".

(Claro que os nomes do casal são mera coincidência, eheheh...)

30 comentários:

  1. Coincidências... são coisas que cada vez são mais raras.

    Mas gostei da anedota. lol

    ResponderEliminar
  2. Aposto que oro que ganha o Aníbal mal dá para uma noite num Ibis! LOL

    * E que rica musica aqui tens a tocar!

    ResponderEliminar
  3. Excelente postagem, e a demonstração de que a realidade supera a ficção, pois nos tais momentinhos não é assim tão simples achar travões: quem os tiver, que pare!

    ResponderEliminar
  4. Delicioso... :P

    (E à parte, relembrei-me de um filme x-rated que vi há uns anos atrás, e do qual não me lembro do nome, que tinha uma cena filmada mesmo ao lado da ponte do Luso e da linha do comboio... e a tripla ali a dar-lhe em grande ao lado da linha, e o comboio Intercidades a passar mesmo ao lado...)

    Abraços

    ResponderEliminar
  5. O dito Aníbal e a dita Maria não me parecem o tipo de pessoas que dão "quecas" por aí em qualquer lado. Ou muito eu me engano!
    Estou-me agora a lembrar de um senhor deputado do PSD (já não sei dizer quem) que uma vez a propósito da IVG disse que as pessoas só deviam ter relações sexuais quando era para procriar! Lembram-se de quem seria a besta?
    Lembro-me isso sim que um outro deputado lhe perguntou, em seguida, quanto filhos ele tinha, ao que o senhor deputado respondeu que só tinha um rebento. Ao que o outro, concluiu: então, o senhor deputado só teve relações sexuais uma vez na sua vida! É só rir, é só rir!

    ResponderEliminar
  6. Ribatejano
    claro que foi uma brincadeira, perfeitamente absurda, já que os ditos cujos, são algarvios e penso que os seus bons costumes e a moral os impediria de tal ousadia.
    Mas afinal estamos perto de um Carnaval, que também absurdamente não vai haver...
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  7. Félix
    num Ibis? nunca! Só para um "Intercontinental"!!!
    Quanto à música fui buscar a versão mais pimba, como devia ser, é claro.
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  8. Kaplan
    os travões "sexuais" são sempre imponderáveis, meu amigo...
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  9. Arrakis
    é tão velhinha esta anedota...
    Até me admira que alguém não diga que já a conhecia.
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  10. Ricardo
    assim, "ali ao lado", há um comboio que bate todos os records de quecas observadas: o trem das praias da Caparica!
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  11. Francisco
    é bom que vocês gostem.
    É necessário rir, nos tempos que correm.
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  12. Lear
    recordo-me desse episódio, mas mais recentemente, isso foi observado, se não estou em engano, pela Manuela Ferreira Leite.
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  13. Conheço Serpa, amigo. Estive lá muitas vezes. Tenho um bom amigo de lá: Zé Maria. Ele e seu bigodão. Foi com ele que conheci uma das mais belas cidades do mundo: CASTELO DE VIDE.
    Saudades,

    O Falcão Maltês

    ResponderEliminar
  14. A moral e os bons costumes não impedem um devaneio de vez em quando. Quem nunca o fez? Pelos vistos, até a Maria e o Aníbal.

    ResponderEliminar
  15. António
    olha que bela surpresa...
    Esse Zé Maria, nome muito comum no Alentejo, ou é da minha geração e eu conheci-o com toda a certeza ou se for mais novo terá sido meu aluno lá.
    Não achas Serpa um encanto?
    Quando vieres a Portugal ainda vamos beber uma imperial ao "Zé Lebrinha"...
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  16. Um coelho
    é esse o espírito deste post e atenuar o cinzentismo que prolifera no nosso povo, e com mais do que razão.
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  17. E vivá boa disposição, Pinguim!!Dá-nos algum distanciamento e espírito crítico!
    Abraço:-)))

    ResponderEliminar
  18. eu não conhecia, confesso... :)
    bjs.

    ResponderEliminar
  19. Justine
    não é que ela reine; é mais a pedir-lhe força, hehehe...
    Beijinho.

    ResponderEliminar
  20. Masgarida
    isso só valoriza a partilha.
    Beijinho.

    ResponderEliminar
  21. Um Anibal destravado... a gozar como quer e é o Zé que tem que travar se... não é ele que se trama! Aliás, em abono da verdade, o Zé está sempre tramado... faça o que fizer!
    Uma bela e divertida metáfora!
    Um abraço!

    ResponderEliminar
  22. Luís
    a anedota é realmente velha e fala em dois alentejanos, pois é um tipo de pessoas com a "calma" necessária para fazerem e dizerem estas coisas.
    Por essa razão não fiz a deslocalização (palavra muito em moda), da história para o Algarve...
    De resto o chamar nomes aos protagonistas é iniciativa minha, sim, e não é inocente, confesso.
    Foste o primeiro a fazê-lo e se era fácil conotar o Aníbal com o tipo da Quinta da Coelha, já pouca gente teria reparado que a automotora somos nós, o nosso país, conduzido pelo "mais que contido" Zé...
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  23. Será que foi mera coincidência? Bem que eles são uma anedota são. Beijinhos

    ResponderEliminar
  24. Mary
    claro que não foi pura coincidência.
    Na anedota original há o homem, a mulher e o maquinista, apenas.
    Mas a minha "perversidade" arranjou estes nomes, incluindo o Zé do comboio, que neste caso é o país, pois é sempre quem trava...
    Beijinho.

    ResponderEliminar
  25. Ahahahah. :D Gostei!

    O Alentejo é, sem dúvida, uma das zonas do país de que mais gosto e, curiosamente, uma vez que conheço mal o nosso país, é uma das zonas que melhor conheço. Os avós têm lá uma propriedade. ^^

    ResponderEliminar
  26. Mark
    e os alentejanos são umas excelentes pessoas.
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar

Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!