Rhomer tinha quase 90 anos e foi um dos fundadores da famosa revista de cinema francesa "Cahiers du Cinéma", da qual foi editor e de onde surgiram os grandes vultos da então (anos 60) chamada Nouvelle Vague, cujos nomes maiores foram François Truffaut e Jean-Luc Godard.
Autor de uma vasta filmografia, quase todos os seus filmes mais importantes estavam incluídos em "séries" que eram tão só filmes com uma raiz comum, mas muito pessoal.
Assim, a primeira série foi a dos "Seis Contos Morais", sendo os três primeiros filmes médias metragens; pertencem a estes "contos": "La colleccioneuse" (67), "Ma nuit chez Maud" (69), "Le genou de Claire" (70) e "L'amour l'après midi" (72).
Uma outra série foi "Comédias e Provérbios", entre os quais se destacam "La femme de l'aviateur" (81) e "Pauline à la plage" (84); e uma terceira série, os chamados "Contos das quatro estações" ou seja: "Conte de Printemps" (90), "Conte d'Hiver" (92), "Conte d'Été" (96) e "Conte d'Automne" (98). Mas teve muitos outros fora dessas séries, como "Les nuits de plaine lune" (84), "L'Anglaise et le Duc" (01), "Triple agent" (04) e o seu último filme datado de 2007 "Les amours d'Astrée et de Céladon".
Autor de várias curtas metragens e de numerosos trabalhos para a televisão, Rhomer tinha uma característica muito sua nos filmes que dirigia e que eram as longas conversas entre as personagens principais..
Curiosamente revi a semana passada um dos seus melhores filmes, que de novo me encantou, "Ma nuit chez Maud", do qual aqui deixo um vídeo.
Uma perda, sem dúvida.
ResponderEliminarSabe aquele filme que indiquei, o iraniano "Procurando Elly"? Um crítico daqui comparou o diretor a
Rohmer...
Mas não tenho tanto conhecimento assim sobre cinema para julgar essa afirmação.
Se você for assistir, diga-me depois se concorda, ok?
bj
Ok, Gentil carioca
ResponderEliminarRhomer era um poeta do cinema; caso possas vê alguns dos filmes dele, valerá a pena.
Beijinho.
Je suis tres ignorant, não conheço o senhor mas acredito em ti e na qualidade dos videos que vi! ;)
ResponderEliminarAbraço
Félix
ResponderEliminarninguém é obrigado a conhecer tudo de tudo.
O cinema francês, como quase todo o cinema europeu é desconhecido em Portugal, infelizmente, devido a um quase monopólio do cinema americano.
Este realizador escapou um pouco a essa "ocultação" porque os seus principais filmes foram realizados nos últimos decénios do século XX e porque Rhomer foi mesmo um dos expoentes máximos de uma corrente importante do cinema não só francês, mas também mundial, que foi a Nouvelle Vague.
Os seus filmes são passados com frequência nos canais televisivos culturais, como o "2" português, na Cinemateca e nos quase extintos Cine Clubes.
É muito curioso o fenómeno subjacente a este post e que tem a ver com o declínio da língua francesa no mundo; se o vídeo aqui junto fosse falado em inglês, muito mais pessoas se interessariam por indagar algo sobre este grande vulto do cinema...
Mas, cést la vie...
Abraço amigo.
Deixa para nós um pouco de si.
ResponderEliminarVioleta
ResponderEliminarum pouco se si, que é muito...
Beijinho.
Ontem tentei ver um dos filmes desse realizador na RTP 2 à noite e acabei por adormecer. :(
ResponderEliminarJá ouvi falar dele, mas, que me lembre, nunca vi nenhum dos seus filmes.
Maldonado
ResponderEliminarnem sequer sabia que a "2" tinha programado um filme dele para ontem; agora fiquei curioso em saber qual...
Foi pena teres adormecido.
Abraço amigo.
Ontem na RTP 2, em homenagem a Eric Rohmer foram transmitidos estes dois filmes:
ResponderEliminar- A minha noite em casa de Maude (22.45h)
- O joelho de Claire (00.37h)
O que perdi foi o segundo e o primeiro não cheguei a ver.
Maldonado
ResponderEliminarO primeiro é o que tenho no vídeo e que revi há duas semanas atrás e é para mim, o seu melhor filme; "O Joelho de Claire" é também muito bom e ambos pertencem aos "Seis contos morais"; foi uma bela escolha da "2"...
Abraço.