sábado, 19 de setembro de 2009

"Cartão Vermelho"


Fui desafiado pelo amigo Maldonado, do blog “A Terceira Via” para dar seguimento ao seguinte desafio: nomear 10 coisas e/ou pessoas a quem eu entenda que deveria mostrar o “cartão vermelho”. Como devem saber, e principalmente na questão dos prémios que gentilmente me têm oferecido, eu raras vezes dou seguimento às correntes, pela simples razão de que não gosto de destacar blogs em detrimento de outros; e assim, limito-me a dar-lhes espaço, com muita satisfação na minha coluna da esquerda, no blog e a responder num comentário ás questões que o “selo” traz para serem respondidas.

Mas aqui não é um selo ou uma distinção; é um desafio, e como gosto de desafios aqui estou a aceitá-lo; e também não me custa escolher 10 blogs a quem passarei o desafio, pois os não estou a distinguir, usando apenas um critério duplo: blogs, que em princípio aceitarão o desafio e que o farão com gosto, mas também blogs a quem nunca “incomodei” com coisas destas.

E aqui vão os meus “cartões vermelhos”: três deles vão para pessoas, e não dou explicações porque lhes mostro o cartão, a não ser uma, mas que é mais que suficiente: porque não gosto mesmo nada dessas pessoas – Bento XVI, Alberto João Jardim e Pinto da Costa!

Restam sete cartões que exibirei a sete conceitos: 1) – Intolerância, que será o pior dos defeitos de um ser humano; admito divergências, incompatibilidades até, mas nunca a intolerância. 2) – Estupidez; talvez muita gente confunda erradamente este conceito com falta de cultura; eu por estupidez entendo a incapacidade humana de perceber e principalmente não querer perceber, o óbvio. 3) – Homofobia, que advém de já ter sentido variadas vezes na minha própria pessoa, o incómodo de ser apontado, descriminado e maltratado, só pelo facto de ter uma sexualidade própria e que não reprimo; continuo a pensar até que alguém me desminta, que o pior homófobo é aquele que não aceita a sua própria homossexualidade. 4) – Hipocrisia, que infelizmente reina em tantas situações e que tem alguns “belos” exemplos aqui mesmo na blogosfera; é para mim inaceitável ouvir alguém pregar o bem e mostrar que é um exemplo para toda a gente e ser por isso adulado e fazer por trás exactamente o contrário, fazer afirmações que sabe serem puras mentiras e mostrar-se impoluto. 5) – Incapacidade de amar; quem não ama, ou não quer amar dificilmente será feliz; e amar não é apenas encontrar uma pessoa que seja agradável, nos dê prazer sexual e seja uma boa companhia; amar é partilhar, ceder, respeitar e tudo isso nem sempre é fácil, mas é belo e compensador. 6) A guerra, esse mal que tantos procuram, por vezes por motivos fúteis e que regista nos tempos de hoje, facetas diferentes das guerras clássicas; um acto de terrorismo, com as sua vítimas inocentes tem o mesmo resultado de um bombardeamento com mortos civis; quantas vidas ceifadas na sua juventude, em nome de ambições políticas e económicas e de extremismos religiosos ou étnicos? 7) – O desconhecimento a nível pessoal, mas principalmente a nível de empresas, organizações e países, do abismo em que o mundo está a cair a nível do ambiente; estamos apressadamente a auto-destruir-nos e a hipotecar o futuro dos nossos filhos.

Estes são os cartões que eu mostraria pessoalmente. Agora gostaria de saber a opinião sobre o mesmo assunto de dez amig@s, que passo a nomear:

Rabiscos e Safanões

The Big Chill

Por uma Second Life menos ordinária

Casado(i)s

Demasiado Fiéis Para Desistir

Apontamentos

Perdida na Noite

Rabiscos e Garatujas

Do You Believe In Angels?

Individual(mente)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

"Traces"

Vem aí o Queer Festival; em geito de intróito apresento aqui uma curta, em duas partes, que vi recentemente e muito me comoveu.
É ao mesmo tempo, um sinal para os jovens que vivem o problema de uma vida não compartilhada com os familiares mais chegados, e principalmente para os pais que tantas vezes não se apercebem da vida dos filhos, não entendem os seus sinais e quantas vezes ao inteirarem-se da realidade os regeitam (não é o caso)...
É uma curta com uma duração de 20 minutos (cada vídeo cerca de 10 minutos), mas que vale a pena ver e refectir.

domingo, 13 de setembro de 2009

Jorge de Sena

Jorge Cândido de Sena nasceu em 2 de Novembro de 1919 em Lisboa. Terminou em 1936 o seu curso de liceu (média de 13 no 5º e 6º anos, média de 14 no 7º ano), ano em que se inscreveu nos preparatórios para a escola naval . Formou-se em engenharia civil na faculdade de engenharia do Porto (licenciou-se com 13 valores).

Até 1959 foi funcionário da Junta Autónoma de Estradas, data em que se exila no Brasil, onde conclui o doutoramento em letras e rege as cadeiras de teoria da literatura e literatura portuguesa na Universidade de Araquara.

A partir de 1965 passa a viver nos E.U.A. acompanhado da esposa Mécia de Sena, de quem teve 9 filhos, sendo professor catedrático na Universidade de Winsconsin e, posteriormente na Universidade da Califórnia - Sta. Bárbara, onde dirigiu o departamento de literatura portuguesa e espanhola. Recebeu ao longo da sua vida vários prémios, entre eles a Grã-Cruz de Santiago.

Faleceu em 4 de Junho de 1978.

Os seus restos mortais foram trasladados na passada sexta-feira, 11 de Setembro, para o cemitério dos Prazeres, dando finalmente satisfação aos seus desejos de repousar na terra portuguesa, que o não soube conservar em vida e tanto tempo demorou a recebê-lo de novo.






CARTA A MEUS FILHOS
Os Fuzilamentos de Goya

Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso.
É possível, porque tudo é possível, que ele seja
aquele que eu desejo para vós. Um simples mundo,
onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém
de nada haver que não seja simples e natural.
Um mundo em que tudo seja permitido,
conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso prazer,
o vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros por vós.
E é possível que não seja isto, nem seja sequer isto
o que vos interesse para viver. Tudo é possível,
ainda quando lutemos, como devemos lutar,
por quanto nos pareça a liberdade e a justiça,
ou mais que qualquer delas uma fiel
dedicação à honra de estar vivo.
Um dia sabereis que mais que a humanidade
não tem conta o número dos que pensaram assim,
amaram o seu semelhante no que ele tinha de único,
de insólito, de livre, de diferente,
e foram sacrificados, torturados, espancados,
e entregues hipocritamente â secular justiça,
para que os liquidasse «com suma piedade e sem efusão de sangue.»
Por serem fiéis a um deus, a um pensamento,
a uma pátria, uma esperança, ou muito apenas
à fome irrespondível que lhes roía as entranhas,
foram estripados, esfolados, queimados, gaseados,
e os seus corpos amontoados tão anonimamente quanto haviam vivido,
ou suas cinzas dispersas para que delas não restasse memória.
Às vezes, por serem de uma raça, outras
por serem de urna classe, expiaram todos
os erros que não tinham cometido ou não tinham consciência
de haver cometido. Mas também aconteceu
e acontece que não foram mortos.
Houve sempre infinitas maneiras de prevalecer,
aniquilando mansamente, delicadamente,
por ínvios caminhos quais se diz que são ínvios os de Deus.
Estes fuzilamentos, este heroísmo, este horror,
foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha
há mais de um século e que por violenta e injusta
ofendeu o coração de um pintor chamado Goya,
que tinha um coração muito grande, cheio de fúria
e de amor. Mas isto nada é, meus filhos.
Apenas um episódio, um episódio breve,
nesta cadela de que sois um elo (ou não sereis)
de ferro e de suor e sangue e algum sémen
a caminho do mundo que vos sonho.
Acreditai que nenhum mundo, que nada nem ninguém
vale mais que uma vida ou a alegria de té-1a.
É isto o que mais importa - essa alegria.
Acreditai que a dignidade em que hão-de falar-vos tanto
não é senão essa alegria que vem
de estar-se vivo e sabendo que nenhuma vez alguém
está menos vivo ou sofre ou morre
para que um só de vós resista um pouco mais
à morte que é de todos e virá.
Que tudo isto sabereis serenamente,
sem culpas a ninguém, sem terror, sem ambição,
e sobretudo sem desapego ou indiferença,
ardentemente espero. Tanto sangue,
tanta dor, tanta angústia, um dia
- mesmo que o tédio de um mundo feliz vos persiga -
não hão-de ser em vão. Confesso que
multas vezes, pensando no horror de tantos séculos
de opressão e crueldade, hesito por momentos
e uma amargura me submerge inconsolável.
Serão ou não em vão? Mas, mesmo que o não sejam,
quem ressuscita esses milhões, quem restitui
não só a vida, mas tudo o que lhes foi tirado?
Nenhum Juízo Final, meus filhos, pode dar-lhes
aquele instante que não viveram, aquele objecto
que não fruíram, aquele gesto
de amor, que fariam «amanhã».
E. por isso, o mesmo mundo que criemos
nos cumpre tê-lo com cuidado, como coisa
que não é nossa, que nos é cedida
para a guardarmos respeitosamente
em memória do sangue que nos corre nas veias,
da nossa carne que foi outra, do amor que
outros não amaram porque lho roubaram.

Lisboa, 25 de Junho de 1959

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Fotos de dor

Na sequência das fotos de desporto premiadas no ano passado e que aqui deixei há umas semanas atrás, venho hoje incluir fotos menos belas, mas não menos perfeitas, e conseguidas, por vezes, em condições extremamente adversas: imagens de dor! A esses profissionais da fotografia, a minha homenagem.










quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Queer Lisboa 13 - 1


Foi apresentado ontem o programa do 13ª. Festival de Cinema GLBT de Lisboa. o "Queer Lisboa 13", que vai decorrer no cinema S. Jorge, de 18 a 26 do corrente mês de Setembro; serão apresentados 95 filmes, sob várias temáticas, e com actividades paralelas: conferências, debates e até um fim de tarde musical com a banda do momento " Amália hoje".
A sessão de abertura será porventura das mais esperadas, já que será apresentado o novo filme de João Pedro Rodrigues "Morrer como um homem",
Na sessão de encerramento outro bom filme - "Where the world mine".
Já ontem me debrucei atentamente sobre toda a programação e já fiz a minha calendarização para essa semana; para quem pouco sai de casa, vai ser exactamente o contrário, quase vou passar o tempo no S. Jorge.
Expectativas? As de sempre, embora já conheça meia dúzia de filmes e me pareça uma programação menos rica que o ano passado, mas às vezes isso depois não é verdade...

E porque quero dar satisfação a um pedido de Manuel Braga Serrano, em vez de um trailer sobre um qualquer filme do festival, deixo um vídeo, mais um dos Contemporâneos (sorry Eva e Abraço-te), sobre uma situação divertidíssima que até podia ser uma curta do festival - grande, grande Nuno Lopes!!!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Bjorn Andresen


Este nome ou esta foto sugerem-lhe alguém?
Penso que não, mas ele é afinal , ou melhor, foi, bastante conhecido. Como o tempo passa...

Johan Björn Andresen (nascido em 26 de Janeiro de 1955 em Estocolmo (Suécia) é um actor e músico sueco. Ele é quase unicamente conhecido entre nós por ter interpretado com 16 anos de idade a personagem de Tadzio na adaptação ao cinema do livro de Thomas Mann “Morte em Veneza” por Luchino Visconti em 1971 .

Andrésen só tinha aparecido antes num filme, En Karlekshistoria (1970) quando foi lançado em Morte em Veneza, que lhe valeu o reconhecimento internacional . Andresen foi notado pelo seu desempenho como Tadzio, o menino bonito polaco com quem o protagonista do filme Gustav von Aschenbach (Dirk Bogard) se torna obcecado. O historiador de cinema Lawrence J. Quirck comentou no seu estudo sobre os Grandes Filmes Românticos (1974) que algumas fotos de Andresen "poderiam ser pendurados nas paredes do Louvre e do Vaticano".

Circularam rumores no momento do lançamento do filme de que Andrésen era homossexual (como o papel exigia que ele trocasse olhares romântico com o protagonista e noutra ocasião ser beijado e acariciado por outro adolescente). Andrésen negou totalmente esses factos, e contou mais tarde o seu desconforto por ter sido forçado pelo director Luchino Visconti durante as filmagens a visitar um bar gay, onde atraiu a atenção de homens mais velhos. No entanto, foi relatado que, numa entrevista de 1971 na revista Du und Ich , ele disse que tinha tido um caso com um homem mais velho. Ansioso para dissipar os rumores sobre sua sexualidade e para afastar o seu "menino bonito" da imagem, depois Andrésen evitou papéis homossexuais em filmes e peças para as quais foi imensamente solicitado e ficou muito aborrecido quando a escritora Germaine Greer usou uma fotografia dele na capa de seu livro The Beautiful Boy (2003), sem primeiro obter a sua autorização pessoal. ] Embora Greer tenha falado com o fotógrafo David Bailey (que possuía os direitos de autor para a imagem), antes de publicar o livro, Andresen afirmou que é prática comum quando alguém usa uma imagem de uma pessoa que previamente a informe e que ele não teria dado o seu consentimento para Greer usar asua imagem, se ela o houvesse informado de seus planos.

Após o lançamento de Morte em Veneza, Andresen passou um longo período de tempo no Japão,onde actuou em vários anúncios de televisão e também gravou duas canções pop.

Andrésen também apareceu em vários outros filmes realizados na Suécia, e continua a ser actor actualmente.

Em 1976, ele chegou a ser acusado de envolvimento na morte do actor Sal Mineo, (que foi conhecido pela sua homossexualidade e teve uma morte prematura e nunca completamente esclarecida) e algumas fontes alegaram ter sido ele um amante de Sal Mineo.. Andrésen negou ter conhecido Mineo a todos e afirmou que ele não estava mesmo nos Estados Unidos no momento do assassinato.; nunca foi indiciado pela sua conexão com a morte de Mineo

Além de ser um actor, Andresen é também um músico profissional, na banda Sven Erics.

Ele vive actualmente com sua esposa e filha em Estocolmo.

(Este texto foi adaptado livremente da Wikipédia)

sábado, 5 de setembro de 2009

"Bent"

Hoje falo sobre um filme que data já de 1997 e que terá passado algo desapercebido em Portugal, sendo mais conhecida a peça em que o mesmo se baseou, já representada mais de uma vez no nosso país; trata-se de “Bent”, um filme dirigido por Sean Mathias, com argumento do próprio autor da peça, Martin Sherman. Claro que para quem viu a peça e não viu o filme, poderá pensar que será demasiado lenta e repetitiva toda aquela imensa cena em que os dois prisioneiros vão deslocando as pedras de um local para outro, ao longo dos meses, debaixo de um sol escaldante ou de um frio terrível e quase sem dizerem uma palavra, na peça essa longa sequência preenche quase todo o tempo de representação, não sendo demasiado importante a história inicial, senão para nos situar perante a situação homossexual do protagonista, Max.

Já no filme, essa cena ou cenas que antecedem o que se passa no campo de concentração de Dachau, ganha um maior relevo e mostra-nos numa noite de orgia, algo exagerada, a condição homossexual de Max, mas também alguns aspectos interessantes sobre a Berlim desse tempo e dos métodos implacáveis da Gestapo. È nestas cenas que aparecem as personagens do sempre admirável e assumido Sir Ian McKallen e do surpreendente Mick Jagger num admirável travesti.

A história torna-se verdadeiramente interessante quando, se dá o encontro dos dois prisioneiros, ambos homossexuais, mas em que um, Max, interpretado pelo conhecido Clive Owen, esconde a sua homossexualidade e tem pois o triângulo amarelo de judeu, ao passo que o outro prisioneiro, Horst - Lothaire Bluteau - ostenta com orgulho o triângulo rosa que identificava os homossexuais.

Vivendo o seu dia a dia em silêncio, eram raras as ocasiões que trocavam palavras, mostram na sua monótona, árdua e completamente inútil tarefa, uma solidariedade que se vai desenvolvendo para lá das terríveis contingências em que se encontram laços mais profundos de amizade.

O final é dramático e algo previsível, mas de uma intensidade que nunca é gratuita e se ambos os actores têm um desempenho bom, o desconhecido Lothaire Bluteau supera-se e é fantástico.

Deixo aqui um vídeo com aquela que é para mim a cena mais bela do filme e que mostra a força da mente humana quando o “querer” é realmente forte.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Vale tudo...


Será quase consensual que o tipo de jornalismo que Manuela Moura Guedes praticava actualmente no seu Jornal Macional, às sextas feiras, na TVI é o exemplo do que não deve ser um jornalismo decente: isento e pluralista. Tomando como alvo do seu ódio – e os ódios de MMG são demasiado conhecidos ao longo da sua vida profissional – o Primeiro Ministro José Sócrates, ela nunca olhou a meios para obter trunfos para a sua cruzada, e sentia-se perfeitamente protegida, internamente pelo marido, José Eduardo Moniz, senhor todo poderoso desta estação televisiva, pertença do grupo espanhol Prisa.

Toda a gente viu como um sujeito, pelo qual também não nutro especial simpatia, o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, a desmascarou em pleno programa descendo ao nível dela, mas finalmente dizendo-lhe o que ela mereceu ouvir.

Na sua campanha contra Sócrates, o caso Freeport foi o grande manancial onde MMG foi buscar material para obter os seus fins, e já agora, um aparte: porque razão este caso não foi nunca resolvido e só se torna “interessante” em anos de eleições (2005 e 2009)??? Estranha coincidência…

Claro que Sócrates reagiu como qualquer cidadão com responsabilidades às calúnias e mostrou publicamente o seu desagrado; pergunto eu, quem no seu ligar o não faria? Se o não tivesse feito lá viriam o “quem cala consente” ou o “silêncio insuportável”…

A três semanas das eleições, ontem, MMG toma conhecimento de que o seu programa é cancelado, decisão do grupo espanhol Prisa, e contra a qual está toda a direcção portuguesa desta estação; de imediato, o conjunto das oposições reage e de uma maneira velada ou desabrida conecta esta decisão a Sócrates, com especial destaque para o “mordomo” de Manuela Ferreira Leite, Aguiar Branco.

Sendo, e disso não resta qualquer dúvida, além da visada MMG, Sócrates e o seu partido os grandes prejudicados, neste momento eleitoral, com a suspensão do programa, seria uma asneira, uma autêntica burrice política, senão mesmo um suicídio político (só comparável às asneiradas de Santana Lopes), que Sócrates tivesse alguma responsabilidade nesta decisão.

Podem chamar-lhe mentiroso, detestá-lo, caluniá-lo, eu sei lá mais o quê, mas penso que NINGUÉM, nem os seus mais acérrimos opositores o considerarão estúpido!

Houve uma exigência de Sócrates para que a Prisa esclarecesse este despedimento, o que o grupo já explicou; não me venham a dizer que a Prisa, por estar conotada com o PSOE espanhol o fez para “ajudar” Sócrates; será que Sócrates tem poder tal para isso? Ridículo! Será que Zapatero é também suficientemente estúpido para “ajudar” Sócrates? Ele tem problemas suficientes no seu país.

O que é vergonhoso é que a oposição reaja como reagiu a este caso, principalmente com a pompa e circunstância “magoada” como o fez Aguiar Branco; este lacaiozito de serviço que não se esqueça que era Ministro da Justiça quando o PSD mandou calar a voz incómoda, na altura, de Marcelo Rebelo de Sousa na mesma TVI; assim como o PCP vem agora invocar a liberdade de imprensa, mandando às malvas o velho caso “República” do Raul Rego ou os saneamentos em massa do director do DN, em pleno PREC, José Saramago.

Esquecem-se dos telhados de vidro…

Parece-me que esta campanha eleitoral está a enveredar, pela parte do PSD, do “vale tudo”, até foram agora buscar um assunto do ano passado, mas que agora é necessário usar para denegrir ainda mais Sócrates ( a história mal contada de um tipo qualquer chamado Relvas) – NOJENTO! E parece que mais coisas hão-de vir; quando não se tem argumentos políticos ou alternativas, faz-se assim, é a política do “bota abaixo”.

Porra! Porque não falam da “excelência” da Ministra da Educação que foi Ferreira Leite em vez de virem a dar pancadinhas nas costas dos professores, sabendo que fariam o mesmo ou pior quanto ao método de avaliação (propõem algum? Não, claro, depois se verá…). Porque não falam nas medidas tomadas por Ferreira Leite como Ministra das Finanças e que agora são completamente viradas do avesso pela própria MFL?????

Não! Nada disso interessa, o que interessa é rasgar, é negar, é culpabilizar, e não importam os meios.

Que tristeza!!!!!!!Que nojo!!!!!

P.S. (sem piada) - Fala-se já há tempos da eminente saída de José Manuel Fernandes de director de "O Público"; devem estar a aguardar a última semana da campanha para o Belmiro o "despedir" e criar mais um "grave atentado" á liberdade de imprensa...esperem para ver...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

"Ansiedad"


O Déjan foi ontem operado a uma fístula que há muito o incomodava, e teve que passar a noite no hospital; tudo correu bem, mas estranhei imenso o facto de não o ter "encontrado" como todos os dias, no MSN, e o desejo de estar junto a ele, neste momento é enorme.
Telefonou-me várias vezes do hospital, e o meu desejo era voar para Belgrado, de imediato.
E lembrei-me desta velha e linda canção do eterno Nat King Cole.

Para ti, meu amor.

Ansiedad, de tenerte en mis brazos
Musicando,... palabras de amor
Ansiedad, de tener tus encantos
Y en la boca, volverte a besar.

Tal vez este llorando mis pensamientos
Mis lagrimas son perlas que caen al mar
Y el eco adormecido, de este lamento
Hace que este presente en mi soñar.

Quizás este llorando al recordarme
Estreche mi retrato con frenesi
Hasta tu oido llegue la melodia selvaje
Y el eco de la pena de estar sin ti.



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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O mordomo e a "lady"

Mais uma amabilidade da Ana e este é daqueles vídeos que vai subindo de tom: ao princípio rimos, e no final estamos "bêbados"de riso, é de ver até ao fim...


segunda-feira, 31 de agosto de 2009

"Viajar pelo mundo!"

































Estas fotos que aqui deixo, sobre a cidade de Berlim, foram todas tiradas da última entrada de um blog que acompanho há tempos, da autoria de uma senhora brasileira e que se chama "Viajar pelo mundo!".
É um blog magnífico e que é de uma utilidade extrema para quem quiser viajar e encontrar nele uma postagem sobre a cidade que quer visitar.
A autora é de um preciosismo fabuloso e documenta-se de uma forma que nos sugere o melhor a visitar em cada sítio.
É um blog que eu aconselho VIVAMENTE!!!!
E houve a feliz coincidência de nele aparecer quase simultâneamente com o meu post anterior, esta entrada http://www.viajarpelomundo.com/2009/08/berlim-ano-vinte.html - claro que teria que aproveitar o conteúdo e a oportunidade de dar a conhecer este blog.
A blogosfera é partilha, não só do que escrevemos, mas também daquilo que os outros escrevem... e bem.

domingo, 30 de agosto de 2009

Berlim pela Primavera


Costumo encontrar-me com o Déjan três vezes por ano, durante 15 dias de cada vez; é mês e meio no conjunto de 12 meses e só nós dois sabemos como isso nos custa e dói…

Mas, por ora, não pode ser de outra forma; tirando duas excepções; Londres e Milão, os nossos encontros ou são aqui em Portugal ou na Sérvia (uma vez estivemos na casa do seu Pai, em Zadar, na Croácia).

E tudo isto porque nos é impossível pagar alojamento noutras cidades que muito gostaríamos de visitar, a começar por irmos a Paris; Londres e Milão foram possíveis, porque aí temos amigos que nos receberam amavelmente em suas casas e agora para visitar outras cidades, temos que encontrar quem nos acolha…

Pois hoje, estou muito feliz, pois o meu amigo Fernando que há muitos anos vive em Berlim, mas é um homem que não pára quieto devido à sua vida profissional, me confirmou que podemos ficar no seu apartamento naquele que será o nosso primeiro encontro de 2010, possivelmente lá para Março, altura do meu aniversário. Ele não estará lá, pois irá passar o primeiro semestre em Espanha (presidência espanhola da EU), mas o apartamento estará por nossa conta!!!!

Assim, quando me despedir no Outono do Déjan, em Belgrado, será com um “Auf wiedersen” até Berlim!