Este nome ou esta foto sugerem-lhe alguém?
Johan Björn Andresen (nascido em 26 de Janeiro de 1955 em Estocolmo (Suécia) é um actor e músico sueco. Ele é quase unicamente conhecido entre nós por ter interpretado com 16 anos de idade a personagem de Tadzio na adaptação ao cinema do livro de Thomas Mann “Morte em Veneza” por Luchino Visconti em 1971 .
Andrésen só tinha aparecido antes num filme, En Karlekshistoria (1970) quando foi lançado em Morte em Veneza, que lhe valeu o reconhecimento internacional . Andresen foi notado pelo seu desempenho como Tadzio, o menino bonito polaco com quem o protagonista do filme Gustav von Aschenbach (Dirk Bogard) se torna obcecado. O historiador de cinema Lawrence J. Quirck comentou no seu estudo sobre os Grandes Filmes Românticos (1974) que algumas fotos de Andresen "poderiam ser pendurados nas paredes do Louvre e do Vaticano".
Circularam rumores no momento do lançamento do filme de que Andrésen era homossexual (como o papel exigia que ele trocasse olhares romântico com o protagonista e noutra ocasião ser beijado e acariciado por outro adolescente). Andrésen negou totalmente esses factos, e contou mais tarde o seu desconforto por ter sido forçado pelo director Luchino Visconti durante as filmagens a visitar um bar gay, onde atraiu a atenção de homens mais velhos. No entanto, foi relatado que, numa entrevista de 1971 na revista Du und Ich , ele disse que tinha tido um caso com um homem mais velho. Ansioso para dissipar os rumores sobre sua sexualidade e para afastar o seu "menino bonito" da imagem, depois Andrésen evitou papéis homossexuais em filmes e peças para as quais foi imensamente solicitado e ficou muito aborrecido quando a escritora Germaine Greer usou uma fotografia dele na capa de seu livro The Beautiful Boy (2003), sem primeiro obter a sua autorização pessoal. ] Embora Greer tenha falado com o fotógrafo David Bailey (que possuía os direitos de autor para a imagem), antes de publicar o livro, Andresen afirmou que é prática comum quando alguém usa uma imagem de uma pessoa que previamente a informe e que ele não teria dado o seu consentimento para Greer usar asua imagem, se ela o houvesse informado de seus planos.
Após o lançamento de Morte em Veneza, Andresen passou um longo período de tempo no Japão,onde actuou em vários anúncios de televisão e também gravou duas canções pop.
Andrésen também apareceu em vários outros filmes realizados na Suécia, e continua a ser actor actualmente.
Em 1976, ele chegou a ser acusado de envolvimento na morte do actor Sal Mineo, (que foi conhecido pela sua homossexualidade e teve uma morte prematura e nunca completamente esclarecida) e algumas fontes alegaram ter sido ele um amante de Sal Mineo.. Andrésen negou ter conhecido Mineo a todos e afirmou que ele não estava mesmo nos Estados Unidos no momento do assassinato.; nunca foi indiciado pela sua conexão com a morte de Mineo
Além de ser um actor, Andresen é também um músico profissional, na banda Sven Erics.
Ele vive actualmente com sua esposa e filha em Estocolmo.
(Este texto foi adaptado livremente da Wikipédia)
Nunca reconheceria o rosto magnífico de Tadzio nessa foto que publicas! E quero guardar apenas o que vi no filme inesquecível de Visconti,o meu preferido de sempre.
ResponderEliminarE este Adaggio de Mahler, e tudo junto: a perfeição!
Justine
ResponderEliminarreconheço que há algo de sado-masoquismo na inclusão da foto actual do actor, pois como dizes, o filme é tão perfeito, em todos os aspectos, que mereceria não ser este actor transformado em Dorian Gray...
Mas o texto é sobre isso mesmo e não sobre o filme, sobre a terrível verdade física que pesa sobre todos nós, mas é mais pesado naqueles que ficaram célebres pela sua beleza; recordo que já muito tempo publiquei aqui no blog (talvez na parte desaparecida) fotos recentes e outras quando eram cobiçados fisicamente, de duas celebridades: Brigitte Bardot e Marlon Brando - chocante!!!!
Mas, e voltando ao post, redimo-me com o sublime vídeo de fotos de Andrésen no filme ao som do Adaggio da 5ª. Sinfonia de Mahler: é para ver e ouvir!!!
Beijinho.
Nunca, mas nunca o identificaria. Por vezes há traços que numa observação mais atenta se reconhecem, mas este mudou completamente de feições.
ResponderEliminarNunca mais soube nada dele até hoje, nem daquilo que foi circulando a seu respeito. Como se afastou do mundo do cinema, fiquei-me por aí.
Tenho a agradecer-te mais este post.
beijinho
Mar_maria
ResponderEliminarpor vezes pensamos que só nós é que envelhecemos; a inexorável marca do tempo atinge-nos a todos...
Beijinho.
Curioso este teu post. Eu simplesmente adoro biografias. É sempre interessante verificar o percursos de certas pessoas, principalmente se foram famosas cedo. A fama precoce, pode ter efeitos tão nefastos como sabemos em vários casos. Olhando mais atentamente para a foto, é possível talvez identificar traços aqui e acolá, mas evidentemente nunca o reconheceria. Quanto ao filme e ao tema, já sabes...
ResponderEliminarbeijinho
Os anos passam, não é? Só a música de Mahler continua igual.
ResponderEliminarEva
ResponderEliminarrealmente é bastante perigosa a fama precoce, e podemos tomar como exemplo o actor dos "Sozinho em casa"...
Aqui, não se tratará propriamente de efeitos nefastos, já que Andrésen procurou desmarcar-se dessas situações e é hoje um actor normal no seu país, fugiu a uma ribalta dourada que lhe poderia ter custado cara.
Mas o tempo não perdoa e ele é sobretudo impiedoso para quem é "demasiado" belo, como é o caso.
Quanto ao filme e ao tema musical, esses não envelhecem, jamais.
Beijinho.
Caro Paulo
ResponderEliminarpassam e deixam marcas...
Mas como bem dizes, este andamento da sinfonia de Mahler é sublime!!!
Abraço grande.
Quando mencionaste o Tadzio fiquei de boca aberta ao ver como envelheceu menos bem este senhor. Mas a imagem do Tadzio ficou gravada na minha memória e veio-me imediatamente, viva como quando vi o filme a primeira vez, décadas atrás, apesar do tipo de beleza que Visconti preferiu (tê-la-á considerado adequada ao filme em causa, e tão bem o fez que ainda hoje não esqeci) não faça parte dos meus canônes.
ResponderEliminarA minha reacção instantânea foi a de me olhar ao espelho, e, mais uma vez constato (todos o sabemos, mas alguns de nós - eu inclusive - tendemos a não reparar) que afinal ninguém fica incólume, pode-se é envelhecer melhor ou pior.
A música, apesar de produto humano, escapa a este efeito ... interessante!
Obrigado pelo post, que me fez retornar ao passado.
Abraço
Manel
E hoje já aprendi mais alguma coisa. Valeu a pena vir aqui.
ResponderEliminarObrigada!
belo post, Pinguim. desconhecia em absoluto a história do tão amado Tadzio.
ResponderEliminarabração
Olá Manel
ResponderEliminareu penso como tu e o Tadzio apenas o considero estéticamente belo, perfeito mesmo, como um anjo; mas nunca seria alvo da minha cobiça e ponho aqui um aviso que a idade não está em causa aqui, apenas a beleza em si.
E talvez por essa quase etérea beleza, choque um pouco a realidade actual; o senhor é um homem normal nos seus "cinquentas", suecamente seco de carnes, mas nada "compatível" com aquele querubim que seria a paixão da personagem de Dirk Bogard e possívelmente do próprio Visconti...
A música perdurará sempre para além do tempo que envelhece e mata.
Abraço amigo.
Violeta
ResponderEliminarque bem me fazes sentir quando dizes isso, perdoa-me a falta de modéstia.
Beijinho.
Miguel
ResponderEliminaro Visconti além de um realizador magnífico, de uma personalidade com uma vida fascinante (um burguês comunista ou vice-versa), devia ter sido um predador terrível com os jovens rapazinhos de beleza acentuada - Helmut Berger foi no entanto o seu Rei!!!
Abraço amigo.
Muito longe de conhecer o actor, assim como a obra. Fica o apontamento.
ResponderEliminarAbraço
Já tinha saudades de ler coisas deste género.Well, hoje estou demasiado saudosista..
ResponderEliminarBeijinhos
L.
ResponderEliminarnão acredito que não conheças o filme "Morte em Veneza"?
Tens que o ver, pois é uma das grandes obras primas do cinema.
Abraço amigo.
Martinha
ResponderEliminarrecordar grandes filmes e músicas assim, é sempre um prazer renovado.
Beijinho.
a insustentável crueldade do tempo...
ResponderEliminarMorte em Veneza um dos mais belos filmes da história do cinema...
Luís
ResponderEliminarduas verdades incontestáveis.
Abraço amigo.
Uau, o tempo não perdoa! :-o
ResponderEliminarDe facto esse filme de Visconti marcou-me bastante devido à sua intensidade psicológica. É inesquecível! :)
Olá Madonado
ResponderEliminare quem não foi marcada por ele?
Visconti tinha uma habilidade única para nos mostrar as personagens por dentro; o filme foi e é uma obra prima; Visconti foi um dos melhores realizadores de sempre, na história do cinema.
Abraço amigo.
Pinguim, ainda hoje (ontem) comentamos, uma amiga e eu, sobre crianças e seu desenvolvimento no mundo do cinema: Macaulay Culkin, Drew Barrimore, Elijah Wood, Dakota Fanning e muitos outros, em função de interpretações arrasadoras e que depois se diluem no tempo tal qual Tadzo. Não me espanto com a poeira do tempo e tampouco com ela me alegro ao ver quase que uma pintura, ao tempo do filme citado, transformada numa sombra distante do que foi: me é bastante difícil lidar com essa decadência. E não se trata de aparência física, não. Trata-se de como, ao menos no Brasil, somos tratados quando velhos, meio que desprezados pelo resto da manada elefantina que de nós se isola para que morramos em paz. A inexorabilidade do tempo na foto que postastes somente reafirma esse temor. Abraço!
ResponderEliminarCaro Redneck
ResponderEliminaralém de ser incontestável o que afirmas, não é apenas no Brasil que isso sucede...
Outra coisa, já mais particular é a situação, no mínimo triste, mas algo pior, talvez revoltante, é o caso dos homossexuais de terceira idade, cujo envelhecimento, muitas vezes sem apoio familiar é muito penoso; penso nisso muito e não me refiro às necessidades sexuais, que naturalmente também serão menores, mas à dignidade da sua vida humana.
Abraço grande.
Oi!!
ResponderEliminarvim trazer uma musiquinha boa
pra vc ouvir!
boa semana!
http://www.youtube.com/watch?v=MDKBS6EuqfU
Olá Tetê
ResponderEliminare eu que gosto bastante do Djavan, iria dedicá-la a alguém que até não tem um nome muito diferente, eheheh.
Obrigado.
Abraço amigo.