Faleceu na passada terça feira, em Inglaterra, com 86 anos de idade a actriz de origem escocesa, Deborah Kerr, cuja carreira de mais de 50 filmes, decorreu, principalmente em Hollywood.
Foi uma mulher muito bela, não tipo “mulher fatal”, mas uma beleza serena, e que curiosamente soube envelhecer conservando esses belos traços de uma senhora distinta, como se viu ainda há poucos anos, quando apareceu em público, numa cerimónia de entrega dos Óscares, em que se juntaram personalidades ainda vivas galardoadas pela Academia.
Curiosamente, o único Óscar que ganhou, foi o da carreira, em 1994, pois das 6 vezes em que foi candidata, como melhor actriz principal, nunca o obteve. A sua segunda nomeação era, porventura, merecedora do mesmo, mas o escândalo que rodeou o filme “Até à eternidade”, de 1953, e principalmente a tórrida cena do beijo entre as ondas, no Hawai, entre a sua personagem, uma mulher casada e um sargento do exército americano (Burt Lancaster), para a época, claro, pois hoje a cena é quase púdica, embora plena de sensualidade, impediram que o Óscar lhe tivesse sido atribuído.
Recebeu, no entanto, um Globo de Ouro pela sua interpretação em “O rei e eu”, de 1957, onde contracenou com Yul Brynner.
Entre a sua vasta filmografia, permito-me destacar numa pessoalìssima escolha os seguintes filmes, para além dos dois já citados:
-“As minas de Salomão” (1950)
-“Quo Vadis” (1951)
-“O Prisioneiro de Zenda” (1952)
-“Júlio César” (1953)
-“O grande amor da minha vida” (1957)
-“Vidas separadas” (1958)
-“Bom dia tristeza” (1958)
-“Os inocentes” (1961)
-“A noite da iguana” (1964)
-“O compromisso” (1969)
E, principalmente um dos filmes mais belos e o primeiro filme sobre homossexualidade, suponho, a ser exibido em Portugal: “Chá e simpatia”, de 1956, e em que contracenava com John Kerr.
E assim continua a ser este, um ano muito triste para o espectáculo, pois é mais uma grande figura que nos deixa.
Foi uma grande actriz, e Hollywood aproveitou primorosamente a sua imagem de mulher elegante e sofisticada. Não esquecer, de facto, filmes tais como 'As Minas do Rei Salomão' e 'O Rei e Eu'. Foi triste ouvir que a actriz britânica intérprete de 'Por Quem os Sinos Dobram' e 'Até à Eternidade', morreu vítima de Parkinson. Fica a obra, como se costuma dizer!!!
ResponderEliminarAmigo Luís
ResponderEliminarobrigado pelas tuas palavras de apoio a esta pequena homenagem a esta magnífica actriz; permite-me apenas uma pequena cotrrecção, pois a acriz de "Por quem os sinos dobram" foi a também admirável Ingrid Bergman; aliás ainda poderia pensar que D.Kerr tivesse sido secundária neste filme, como o foi noutros e muito bem (O compromisso e A noite da iguana), mas eu revi o filme há pouco no Hollywood, e a secundária era uma actiz grega fabulosa, de seu nome Katina Paxinou.
Um abraço grande e um óptimo fim de semana.
acho que palmas são as melhores homenagens para um ator não é?
ResponderEliminarAmigo Foxx
ResponderEliminarobrigado pela tua visita.
e palmas, muitas palmas por uma grande actriz.
Abraço.
Como disse o luís: fica a obra :)
ResponderEliminarEstão todos a partir...
Amigo Will
ResponderEliminarfica a obra e a recordação de uma beleza serena,
Abraço.
Foi mais uma grande personagem a falecer este ano.
ResponderEliminarAdoro alguns filmes dela e esqueci-me de referir o "Por Quem os Sinos Dobram".
Um abraço.
Não te esqueceste, amigo Paulo; o filme dela é "Quando os sinos dobram", que não tem nada a ver com a adaptação do romance de Hemingway; esse é com a Ingrid Bergman.
ResponderEliminarAbraço.
Querido Pinguim,
ResponderEliminarmais do que comentar este teu post, passei por aqui para dizer olá, agradecer a amizade e prometer um regresso em breve às lides blogistas ;)Espero voltar com algo para dizer, para partilhar, sobre estas semanas mais ausentes.
Quanto ao teu post, realmente tem sido um ano negro...de Deborah Kerr gosto especialmente da "Noite da Iguana", com o fabuloso Richard Burton. Um dos grandes actores do nosso tempo, uma das vozes mais belas que já ouvi. Era um homem fabuloso, lindo de morrer. E claro, o filme baseado numa peça de Tennessee Williams, de quem sou fã incondicional. A "equipa" não podia ser melhor.
Bom fim de semana!
Beijoquitas enormes!
Que bom ler-te de novo, minha querida Cris; e saber que vais "regressar"...
ResponderEliminarQuanto ao teu comentário, terei que ir mais longe, primeiro; pois D.Kerr, além de uma bela e boa actriz, entrou nalguns filmes realmente importantes na história do cinema; e é curioso, que as várias pessoas vão referindo filmes dela que as marcaram, como eu falo do "Chá e simpatia", outros falam do "Até à eternidade", decerto o seu filme mais polémico, e tu referes e bem "Anoite da iguana" desse realizador fabuloso que foi John Huston, e se me permites juntar ao teu ídolo Burton (a voz é realmente notável), a minha diva Ava Gardner, esse filme marcou-me muito, como quase todas as adaptações do T. Williams ( e que belos foram feitos da sua obra...)
Mas, a homenageada aqui é esta senhora actriz, que não sei porquê nunca deixei de ver como senhora, e que foi Deborah Kerr; ainda parece que estou a vê-la no alto do Empire State Buiding, num dos melhores filmes românticos de sempre: "O grande amor da minha vida".
Para ti, um óptimo fim de semana e beijoquitas grandes.
Fora do contexto, amanhã vou ser cobaia de um novo prato que irei confeccionar: polvo à lagareira! depois conto se gostei ou se me auto reprovei...
Pois tens razão fiz uma confusão de títulos. Um é a adaptação de Hemingway e o outro, já vi há uns bons anos, sobre um grupo de freiras num convento perdido nos Himalaias.
ResponderEliminarUm abraço.
Correcto, amigo Paulo
ResponderEliminaros títulos tão parecidos induzem em erro, e isso já tinha acontecido com o Luìs; por vezes, eu fico tão confuso com as traduções dos títulos em português, que me baralho e já me vou habituando aos títulos originais.
Ainda não temos uma IMDB em português, ehehehehe.
Abraço.
7 Dias
ResponderEliminar7 Imagens
7 Palavras
7 Emoções
7 Sentires
7 Paixões
7 Contradições
Espero-te em metamorfoses 7
Um beijo de sentir em 7
Gostei de saber...
ResponderEliminarDesconhecia a obra e a história à volta dos óscares.
Interessante!
Um abraço para ti, amigo Pinguim.
Cara Metamorfoses
ResponderEliminarobrigado pela tua visita; já espreitei o teu blog e vi que está no começo; as maiores felicidades.
Caro João
ResponderEliminara história do Cinema é feita de pequenas histórias e fico satisfeito, se por acaso transmito algumas delas aqui no blog; é esse um dos objectivos da blogosfera: partilhar.
Um abraço amigo.
Uma mulher luminosa. A todos os níveis. :)
ResponderEliminarÉ um adjectivo extremamente bem aplicado, caro João Manuel.
ResponderEliminarAbraço e boa semana.
Sabes o que me assusta nas "partidas"? É a impossibilidade da substituição. Aquela coisa simples de trocar "isto" por "aquilo". É por isso que isto custa...
ResponderEliminarAmigo Kokas
ResponderEliminaré muito curiosa e acertada essa tua conclusão, pois sem pôr em causa a velha máxima de que "ninguém é insubstituível" (e o facto aqui, é que o cinama continua sem a Deborah Kerr), a sua presença, as suas interpretações, enfim o que ela deu ao cinema, não se pode substituir; e até em vida, muitas vezes isso acontece, pois e ainda referindo DK, um dos seus melhores filmes de sempre, com a célebre cena do Empire S.B., "O grande amor da minha vida", teve uma nova versão muitos anos depois com a Meg Ryan, que ficou muitos furos abaixo...
Boa semana e um abraço.