Já são conhecidos os prémios Nobel deste ano; não me debruço sobre aqueles que são de áreas mais específicas, como a Física, a Química, a Medicina ou a Economia, para me deter nos dois mais mediáticos, naturalmente o da Literatura e o da Paz.
O Nobel da Literatura premiou uma grande carreira de uma velha senhora inglesa, de origem persa, Doris Lessing, que já havia ganho por assim dizer todos os prémios que havia a ganhar e que agora, como ela diz, com uma graça pouco habitual na sua idade, deram-lhe o Nobel à pressa antes que “pifasse”; tem vários títulos publicados no nosso país e a sua figura fará lembrar a “nossa” Agustina, mas um pouco mais democrática... Este prémio contrariou a maioria das prespectivas, mas a Academia Sueca assim determinou, e quanto a mim, muito bem.
Já o prémio para a Paz foi dividido entre uma instituição pública, o IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, da ONU), e Al Gore. Dando toda a razão da atribuição do prémio ao IPCC, pois esse é um dos temas que mais preocupa as gerações actualmente, já não estou tão seguro do mérito de Al Gore, que, embora bem intencionado, me parece que está mais a investir no seu futuro político, a curto, médio ou longo prazo.
Mas à margem do Nobel e antecendendo-os, foram atribuídos, como é hábito, pela universidade de Harvard, nos EUA, os já muito conhecidos IgNobel, dez prémios que pretendem ditiguir nas diversas áreas, investigações de conteúdo sério, mas improvável, brincando assim com o lado ignóbil de alguns estudos científicos. A cerimónia da entrega dos prémios, nessa mesma Universidade será tudo menos académica, embora quem faça a entrega dos prémios sejam individualidades, que ganharam mesmo os prémios das Academias Sueca e Norueguesa.
Neste ano, o prémio mais polémico, terá sido o da Paz, que premiou a fórmula da bomba gay, e que se resume a usar químicos que influenciem o comportamento humano para desviar a disciplina e moral do inimigo, ou dito de outra forma mais perceptível, sugere afrodisíacos fortes, especialmente químicos que provoquem comportamentos homossexuais..
Aplaudo de pé a escolha de Doris Lessing...não só por ser mulher, mas por ser a mulher que é. Assim , não aconteceu o mesmo do que a Yourcenar e Wolf, que morreram sem terem sido cabalmente homenageadas...
ResponderEliminarCaro Luís
ResponderEliminaracho que a escolha de Doris Lessing acaba por ser consensual, apesar de não ser a favorita, mas nestas questões não se pode dizer que haja favoritos, mas sim...palpites.
Por falar em Yourcenar, ontem ao comentar o teu post, esqueci-me de referir esta mulher admirável, mas estava a escrever, como sempre, ao correr da pena, os nomes iam surgindo, e, de repente, fiquei a recear estar a abusar do "MEU TEMPO" e parei...
Mas é uma falha enorme, pois "As memórias de Adriano" é um dos mais admiráveis livros que já li.
Abraços.
O prémio da Doris Lessing foi merecido, os Ingnóbeis também. Atenção que este prémio nem é suposto ser depreciativo.
ResponderEliminarQuanto ao Nobel da paz, gostei da escolha, embora polémica do Al Gore. Gostei porque é necessário chamar a atenção para o problema. Não sei quais eram os outros candidatos mas se calhar haveria alguns que o mereceriam ainda mais que o Al Gore.
Um abraço
Como em todos os anos, desde que o prémio nobel foi estipulado - há mais de um século - a polémica em torno das atribuições é uma realidade.
ResponderEliminarFiquei feliz pelo prémio nobel da literatura, tenho as minahs dúvidas quanto "inocência" do Al Gore (e sou uma mulher do ambiente). Quanto aos outros: uns sim outros não.
Gsotei de conhecer o seu blog
Meu caro Paulo
ResponderEliminaras minhas "reservas" acerca do nobel para Al Gore, nada têm a ver com o seu trabalho em defesa do ambiente; apenas haja aqui algum anti-americanismo primário, terei que admitir, pois tirando a simpatia que tive para com ele, quando adversário de Bush, sempre me pareceu um indíviduo muito ambicioso e que dá passos sempre muito estudados; há uma outra razão, embora não o possa confirmar; é que fui informado por alguém que sabe do assunto, que Gore será um dos principais apoiantes de uma das muitas "máfias" que proliferam nos EUA, no caso, a máfia albanesa, ao que consta, bastante mais poderosa do ue um país como a Albânia, poderia fazer supôr.
Abraço.
Olá, amiga Jasmim
ResponderEliminarem primeiro lugar, um obrigado por esta visita, que suponho vir, através do blog do Luís Galego, o que é logo sinónimo de uma sintonia em muitas coisas; o meu blof é muito especial, como eu sou, sendo constituído por vários bocados que constituem o meu todo, é assim que me entendo, e quem me conhece, é assim que me aceita...
Li o teu blog, desde os últimos posts, e há vários posts que me apeteceria ter comentado, pelo que vou linkar-te, esperando que não leves a mal.
Quanto ao meu post dos nobel, parece-me que também tu, porás algumas reservas, não à obra, mas sim ao autor, no que respeita a Al Gore.
desculpa tratar-te por tu, mas é o tratamento que uso aqui na blogosfera, sem que isso signifique falta de respeito; espero que o faças também, em próximas visitas, pois serás sempre benvinda.
Beijinho.
Pinguim, não vou comentar os prémios, mas sim a música fantástica. Nem gosto particularmente do Bob Dylan, mas gosto desta música:
ResponderEliminarHow many roads must a man walk down
Before you call him a man?
São tantas perguntas...
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.
Melancolia pura.
É todo um hino dos anos 60, amigo Paulo.
ResponderEliminarAinda bem que gostas; eu também, é claro...
Abraço.
Sábias as palavras de Lessing, e a demonstrar que a idade não serve apenas para nos trazer rugas e cabelos brancos...
ResponderEliminarAl Gore? O tempo dirá...
Bomba (cocktail) gay? Em teoria tem graça, mas só mesmo em teoria...:)
Bom domingo!
Amigo Oz
ResponderEliminarpara já é um prazer reler-te!
Pois, parece que Doris Lessing assumiu o seu Nobel com imensa piada e até algum sarcasmo, pouco habituais na sua idade - "velhos são os trapos...".
Quanto a Al Gore, é isso mesmo, só o tempo dirá se há uma continuidade ou não do seu labor e se ele terá ou não outros alcances, além dos que, realmente, e é preciso não esqucê-lo, já teve; os prémios IgNobel, com a teoria do cocktail gay, enfim, é um divertimento, com base em dados que existem , de facto, mas que têm que ser vistos na necessária visão do impropvável.
Um abraço amigo.
Olha lá, será que andaram a fazer testes da bomba g no Chiado?! ;))
ResponderEliminarA escolha de GORE é uma vergonha. Eu pergunto: porque é que esse senhor, enquanto foi candidato à Casa Branca, nunca encheu a boca para falar do perigo das alterações climáticas? Gostava era de ter sabido, nessa altura, o que pensava sobre o protocolo de Quioto. Não agora. Agora cheira a oportunismo político, puro!
ResponderEliminarAquele abraço
Só no Chiado, João Manuel?
ResponderEliminar"Ela" anda aí a ser disseminada sorrateiramente pelas forças do mal, disfarçadas de intenções de paz; abriga-te, amigo, antes que os "efeitos" te atinjam; eu, à zona do Principe Real, já não vou, e ao Chiado, só com protector...
Abraço.
Caro Kokas
ResponderEliminarainda bem, que não só confirmas as minhas reservas, mas também as amplias, como deve ser. Obrigado.
Abraço.