quarta-feira, 28 de maio de 2008

Filmes de uma vida - "Ladrões de bicicletas"


Roma, nos anos imediatamente a seguir à Segunda Guerra Mundial, é uma cidade ainda sob o espectro da devastação, onde milhões de pessoas vivem em condições de grande desespero. António é um dos incontáveis desempregados que buscam sustento na cidade. Quando encontra uma posição a entregar cartazes de filmes, a sua bicicleta torna-se essencial para as suas rondas. Porém, a bicicleta é roubada e António e o seu filho correm a cidade em busca do seu único meio de sobrevivência.
Exemplo máximo do neo-realismo italiano, este filme rodado em 1947 por Vittorio De Sica, que aqui expôs o credo politico artístico do neo-realismo, criando um filme rodado em cenários naturais, com não actores e filmado num estilo documental que muito contribuiu para a identificação do espectador com os problemas de pessoas bem reais. Uma das mais absolutas obras primas do cinema italiano, bela e pungente, cujas imagens ficam connosco muito além do filme.

46 comentários:

  1. Parece-me um filme interessante ... agora de repente lembrei-me de dos filmes, talvez por associação de alguma forma com aspectos da descrição deste: "A Vida é Bela" e "Cinema Paraíso", este último um dos mais belos e tocantes filmes que já vi.

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  2. É um filme extraordinário, João.
    Além do périplo em que nos conduz toda a narrativa, não perdendo de vista a busca da 'bicla' roubada - numa sequência emocionante de peripécias - a película vale também como documento quase histórico, ao retratar com uma fidelidade tocante toda a miséria, desemprego, desilusão, esperanças e expectativas da sociedade atingida pela guerra (aliás, acho que a sequência inicial gira em torno da busca de trabalho).

    (Olha, agora lembrei-me da Sophia Loren, nem sei bem porquê... talvez por ter sido uma das musas do De Sica. Muito eu gosto desta mulher...)

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  3. Dos melhores filmes produzidos! Com uma grande mensagem!

    Beijinhos

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  4. "Ladrões de bicicletas" e "Três histórias proíbidas", são, quanto a mim, dois filmes que marcaram o neo-realimo do cinema italiano. Tantos anos depois, é interessante encontrar quem lembra um desses filmes.

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  5. Eu ia precisamente lembrar o "Três Histórias proibidas"...
    O vizinho aqui de cima antecipou-se!!!!
    eh eh eh

    Eu hoje também tenho um lindo filme aqui ao lado. Os 6000 enfermeiros vão vibrar com o Quim Barreiros!!!!
    F....-se!!!

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  6. Realmente, maravilhoso! Um clássico para todos os momentos! Já perdi a conta do número de vezes que o assisti.
    Um grande abraço

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  7. Eu nunca ouvi falar desse filme.
    Para ser sincero a nível de filmes italianos eu quase não conheço nenhum e então tratando-se de um clássico muito menos. Apesar de ser fánatico por cinema nunca fui muito chegado aos clássicos. Mas sei que isso é um pecado, pois pelo que muitos me dizes, bons filmes são aqueles que faziam-se antigamente.

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  8. Parece que é um filme que não se deve perder.

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  9. eu vi esse filme há já muitos anos, e é realmente espantoso, um classico não só do cinema italiano, mas do cinema mundial!

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  10. Desconheço o filme mas como alguns que já vi também, sei como podem marcar-nos e deixar a sua semente dentro de nós para sempre...
    Abração grande
    Miguel

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  11. Obrigadaaaaaaaaaaaaaa! já não me elmbrava deste filme. Vou ver se o apanho no clube de vídeo para rever...
    bjocas

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  12. Caro Pinguim

    Confesso que nunca fui particularmente apreciador da est�tica neo-realista, tanto no cinema como na literatura. Este filme, no entanto, tem, de facto, coisas muito interessantes que aqui foram salientadas.
    No cinema italiano, de que sempre gostei muito, o meu filme de refer�ncia � o maravilhoso "Feios, Porcos e Maus", do Ettore Scola, uma com�dia negra e sarc�stica bem ao meu gosto (com um toquezinho neo-realista).

    Um abra�o
    Daquele que agora se d� pelo nome de
    Fugitivo

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  13. O quanto apreciei a tua descrição.
    Aprecio cinema italiano (aliás, europeu e mexicano).
    Um bom filme é, para mim, aquele que me conduz à reflexão.

    Bjs

    Lost

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  14. O cinema italiano tem "pérolas" como a que descreves. Conheço alguns filmes. Este ainda não. Fica na lista.
    (Não resisti a ir "fungar" mais uma vez no post anterior...)
    Abraço

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  15. bom...
    não estava à espera...
    ver aqui; agora; do nada...
    Vittorio De Sica, "Ladri di Biciclette"
    devo dizer que fiquei colado à cadeira.
    não quero dizer muito mais.
    digo só que à questão - um filme; um livro; uma musica?
    eu respondo: "Ladri di Biciclette"
    é o filme da minha vida.
    desculpem..., não quero dizer mais nada.

    NAUMON

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  16. Caro Brama
    embora tenha gostado muitìssimo de qualquer dos filmes italianos que mencionas, não há outros pontos de relação com este a não ser que são italianos e que são bons.
    "Ladrões de bicicletas" inicia uma nova corrente no cinema italiano, o neo-realismo, em que se dá uma especial atenção aos problemas sociais e não interessa ter grandes nomes de actores; De Sicca e Roberto Rosselinni são talvez os dois grandes realizadores do neo-realismo, e não tenho qualquer dúvida que este filme é o expoente máximo dessa corrente, que foi bastante comum nas décadas de 40 e 50 do século passado.
    Abraço.

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  17. Caro João Manuel
    para não me repetir muito vamos falar da Loren, uma "bomba", que se estreou curiosamente num filme operático, bastante mau - "Aida", e depois fez valer os seus atributos em comédias banais, com De Sicca, como actor, os célebres "Pão, amor e...(qualquer coisa)", até que Carlo Ponti, a redescobriu e fez dela uma actriz e sua mulher, também; arrasou na "Ciocciara", que lhe valeu um mais que merecido óscar e fez filmes deliciosos de parceria com Mastroianni, principalmente o fabuloso "Una giornatta particulare". Enfim, foi rainha do cinema em Itália, em Hollywood e foi sempre uma Senhora e ainda o é, conservando-se com uma serenìssima beleza.
    Abraço.

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  18. A grande mensagem deste filme é a realidade social da itália de então, querida Marta.
    Beijinhos.

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  19. Caro João Videira Santos
    obrigado pela sua visita; também gostei muito do filme "Três histórias proíbidas" principalmente por ter uma intérprete da qual, hoje, ninguém se recordará, mas que me marcou imenso: Eleonora Rossi-Drago; que mulher e que actriz, enchia o ecran...
    Abraço.

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  20. Caro Tong
    se nada podes fazer contra eles...junta-te a eles.
    Abraço.

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  21. anotado!

    próxima da lista do cinema em casa.

    beijo pin

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  22. Caro Tarco
    fico satisfeito de sentir o eco do teu entusiasmo por este filme.
    Abraço.

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  23. Caro Ermelindo
    é nos clássicos, e para um filme ser considerado clássico tem que ter valor, que está o verdadeiro gosto pelo cinema; não quero com isto dizer que não se faça hoje bom cinema, mas se leres o que diz qualquer bom realizador actual, é sempre o mesmo: foi na visão dos clássicos que se inspiraram, de uma forma ou outra para fazerem os seus filmes. Vê este e outros grandes filmes e ficarás então sim a gostar de cinema, o que é diferente de gostar de ver um filme...
    Abraço.

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  24. Caro Rui
    obrigado pela tua visita be pelo teu comentário.
    Deves mesmo tentar ver este filme, que existe em DVD.
    Abraço.

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  25. Dizes bem, caro Swear, do cinema mundial.
    Foi um período crucial para o cinema europeu, pois a Europa "acordava" de um enorme pesadelo, que foi a IIGG, mas começou a mostrar-se e a conquistar projecção mundial no final da década de 40.
    Abraço.

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  26. Que bom convocares esta perola que é uma tocante viagem à condição humana. Um conto sobre o desespero, a esperança, a perda ..., repleto de sequências extraordinárias que ficam para a História do Cinema. Retrato da sociedade italiana da época Ladrões de Biciletas é igualmente um canto aos laços entre pai e filho e isso só por si já é suficiente para me deixar de rastos.

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  27. Abristes-me o apetite por este filme ;-)

    Obrigado

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  28. Amigo Miguel
    será decerto o caso, não tenho dúvidas.
    Abraço.

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  29. Amiga Jasmim, a edição vídeo tem cerca de 2 anos, penso; portanto não será difícil alugá-lo ou eventualmente adquiri-lo na Fnac.
    Beijinhos.

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  30. Amigo Fugitivo
    estou completamente de acordo contigo ao encontrares algumas influências do neo-realismo nesse grande filme "Feios, porcos e maus", de Ettore Scola, um dos grandes realizadores italianos (é dele o "Giornatta particullare", de que falei acima, num comentário).
    Abraço.

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  31. Caro Paulo
    de uma maneira geral também gosto mais do cinema europeu, que do americano, está mais de acordo com o nosso quotidiano, a nossa realidade; é pena ver-se tão poco, pois o mercado distribuidor é quase exclusivamente americano.
    Quanto ao cinema mexicano, conhecido como tal sempre o achei piroso, desculpa a sinceridade; mas nos últimos 2/3 anos têm aparecido alguns realizadores e filmes muito curiosos, que estão a impôr-se internacionalmente.
    Abraço.

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  32. Caro Sócrates
    o cinema italiano foi ao longo da minha vida de estudante, de longe a mais fecunda em idas ao cinema, aquela que mais me marcou, por via de alguns realizadores fora de série: Visconti, Felinni, Antonioni, Pasolini, De Sicca, Scola, enfim um conjunto de pessoas que deram muito à história do cinema da segunda metade do séc. XX.
    Abraço.

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  33. Amigo Naumon
    disseste tudo!!!
    Que bom ter-te lembrado, uma vez mais este filme da tua vida: fico feliz.
    Abraço.

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  34. Amiga Isabel
    quando vires o filme queremos algo no teu blog sobre o mesmo; combinado?
    Beijinhos.

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  35. Amigo Luís, espero convocar outras, porventura não tão consensuais, mas o que leva alguém a gostar de um filme, é sempre algo subjectivo.
    Abraço amigo.

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  36. Amigo Sérgio
    obrigado pela tua visita; vi de raspão o teu blog, que me agradou deveras, e onde voltarei com um pouco mais de tempo; e o sinal de que gostei é que já o linkei,espero não te ser incómodo.
    Quanto a ter-te aberto o apetite para veres este filme, isoo é muito bom.
    Abraço.

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  37. Realmente, um filme para não se esquecer...Sem os apelos visuais do cinema atual, o filme prende nos fios da emoção...Que bom, tê-lo trazido!
    Beijos e muita luz...

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  38. Olá Zélia
    um obrigado pela visita e pelo amável e criterioso comentário.
    Beijinho.

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  39. Para uma cinéfila quase compulsiva(quase, porque muito selectiva...)este é um dos que ficam para sempre arquivados no nosso coração.
    A rever, sempre
    Abraço

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  40. Adoro neo-realismo italiano. é incrível como as histórias nos tocam bem no fundo do coração. Lembro um filme comovente do Sicca que deves conhecer, o "Humberto D". Sobre um velho pensionista que de repente se vê a viver na rua na companhia do seu cão, o seu único amigo. É magnífica uma cena na rua em que ele tenta começar a pedir mas um ultimo resto de orgulho não deixa.

    http://www.youtube.com/watch?v=ift2ptZ6JXE

    Um abraço

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  41. Caro anónimo
    obrigado pelo teu comentário.
    Abs.

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  42. Caro Paulo
    Recordo perfeitamente esse outro filme de V.De Sicca, um filme muito triste, mas muito, muito humano.
    Abraço amigo.

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  43. Cara Justine
    é bom ser selectivo, pois a oferta é imensa e o mercado está invadido por filmes, a maior parte das vezes sem grande interesse; mais vale rever algumas pérolas do passado, como é o caso.
    Beijinho.

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  44. Muito obrigada pelo comentário! Está muito querido! Agradeço muito as palavras! :)

    Beijinho grande

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  45. Nada tens que agradecer, minha Amiga, apenas disse o que sinto.
    Beijinhos.

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  46. dizer que pareço uma Madalena quando vejo este filme é dizer quase tudo...

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