Roma, nos anos imediatamente a seguir à Segunda Guerra Mundial, é uma cidade ainda sob o espectro da devastação, onde milhões de pessoas vivem em condições de grande desespero. António é um dos incontáveis desempregados que buscam sustento na cidade. Quando encontra uma posição a entregar cartazes de filmes, a sua bicicleta torna-se essencial para as suas rondas. Porém, a bicicleta é roubada e António e o seu filho correm a cidade em busca do seu único meio de sobrevivência.
Exemplo máximo do neo-realismo italiano, este filme rodado em 1947 por Vittorio De Sica, que aqui expôs o credo politico artístico do neo-realismo, criando um filme rodado em cenários naturais, com não actores e filmado num estilo documental que muito contribuiu para a identificação do espectador com os problemas de pessoas bem reais. Uma das mais absolutas obras primas do cinema italiano, bela e pungente, cujas imagens ficam connosco muito além do filme.
Exemplo máximo do neo-realismo italiano, este filme rodado em 1947 por Vittorio De Sica, que aqui expôs o credo politico artístico do neo-realismo, criando um filme rodado em cenários naturais, com não actores e filmado num estilo documental que muito contribuiu para a identificação do espectador com os problemas de pessoas bem reais. Uma das mais absolutas obras primas do cinema italiano, bela e pungente, cujas imagens ficam connosco muito além do filme.
Parece-me um filme interessante ... agora de repente lembrei-me de dos filmes, talvez por associação de alguma forma com aspectos da descrição deste: "A Vida é Bela" e "Cinema Paraíso", este último um dos mais belos e tocantes filmes que já vi.
ResponderEliminarÉ um filme extraordinário, João.
ResponderEliminarAlém do périplo em que nos conduz toda a narrativa, não perdendo de vista a busca da 'bicla' roubada - numa sequência emocionante de peripécias - a película vale também como documento quase histórico, ao retratar com uma fidelidade tocante toda a miséria, desemprego, desilusão, esperanças e expectativas da sociedade atingida pela guerra (aliás, acho que a sequência inicial gira em torno da busca de trabalho).
(Olha, agora lembrei-me da Sophia Loren, nem sei bem porquê... talvez por ter sido uma das musas do De Sica. Muito eu gosto desta mulher...)
Dos melhores filmes produzidos! Com uma grande mensagem!
ResponderEliminarBeijinhos
"Ladrões de bicicletas" e "Três histórias proíbidas", são, quanto a mim, dois filmes que marcaram o neo-realimo do cinema italiano. Tantos anos depois, é interessante encontrar quem lembra um desses filmes.
ResponderEliminarEu ia precisamente lembrar o "Três Histórias proibidas"...
ResponderEliminarO vizinho aqui de cima antecipou-se!!!!
eh eh eh
Eu hoje também tenho um lindo filme aqui ao lado. Os 6000 enfermeiros vão vibrar com o Quim Barreiros!!!!
F....-se!!!
Realmente, maravilhoso! Um clássico para todos os momentos! Já perdi a conta do número de vezes que o assisti.
ResponderEliminarUm grande abraço
Eu nunca ouvi falar desse filme.
ResponderEliminarPara ser sincero a nível de filmes italianos eu quase não conheço nenhum e então tratando-se de um clássico muito menos. Apesar de ser fánatico por cinema nunca fui muito chegado aos clássicos. Mas sei que isso é um pecado, pois pelo que muitos me dizes, bons filmes são aqueles que faziam-se antigamente.
Parece que é um filme que não se deve perder.
ResponderEliminareu vi esse filme há já muitos anos, e é realmente espantoso, um classico não só do cinema italiano, mas do cinema mundial!
ResponderEliminarDesconheço o filme mas como alguns que já vi também, sei como podem marcar-nos e deixar a sua semente dentro de nós para sempre...
ResponderEliminarAbração grande
Miguel
Obrigadaaaaaaaaaaaaaa! já não me elmbrava deste filme. Vou ver se o apanho no clube de vídeo para rever...
ResponderEliminarbjocas
Caro Pinguim
ResponderEliminarConfesso que nunca fui particularmente apreciador da est�tica neo-realista, tanto no cinema como na literatura. Este filme, no entanto, tem, de facto, coisas muito interessantes que aqui foram salientadas.
No cinema italiano, de que sempre gostei muito, o meu filme de refer�ncia � o maravilhoso "Feios, Porcos e Maus", do Ettore Scola, uma com�dia negra e sarc�stica bem ao meu gosto (com um toquezinho neo-realista).
Um abra�o
Daquele que agora se d� pelo nome de
Fugitivo
O quanto apreciei a tua descrição.
ResponderEliminarAprecio cinema italiano (aliás, europeu e mexicano).
Um bom filme é, para mim, aquele que me conduz à reflexão.
Bjs
Lost
O cinema italiano tem "pérolas" como a que descreves. Conheço alguns filmes. Este ainda não. Fica na lista.
ResponderEliminar(Não resisti a ir "fungar" mais uma vez no post anterior...)
Abraço
bom...
ResponderEliminarnão estava à espera...
ver aqui; agora; do nada...
Vittorio De Sica, "Ladri di Biciclette"
devo dizer que fiquei colado à cadeira.
não quero dizer muito mais.
digo só que à questão - um filme; um livro; uma musica?
eu respondo: "Ladri di Biciclette"
é o filme da minha vida.
desculpem..., não quero dizer mais nada.
NAUMON
Caro Brama
ResponderEliminarembora tenha gostado muitìssimo de qualquer dos filmes italianos que mencionas, não há outros pontos de relação com este a não ser que são italianos e que são bons.
"Ladrões de bicicletas" inicia uma nova corrente no cinema italiano, o neo-realismo, em que se dá uma especial atenção aos problemas sociais e não interessa ter grandes nomes de actores; De Sicca e Roberto Rosselinni são talvez os dois grandes realizadores do neo-realismo, e não tenho qualquer dúvida que este filme é o expoente máximo dessa corrente, que foi bastante comum nas décadas de 40 e 50 do século passado.
Abraço.
Caro João Manuel
ResponderEliminarpara não me repetir muito vamos falar da Loren, uma "bomba", que se estreou curiosamente num filme operático, bastante mau - "Aida", e depois fez valer os seus atributos em comédias banais, com De Sicca, como actor, os célebres "Pão, amor e...(qualquer coisa)", até que Carlo Ponti, a redescobriu e fez dela uma actriz e sua mulher, também; arrasou na "Ciocciara", que lhe valeu um mais que merecido óscar e fez filmes deliciosos de parceria com Mastroianni, principalmente o fabuloso "Una giornatta particulare". Enfim, foi rainha do cinema em Itália, em Hollywood e foi sempre uma Senhora e ainda o é, conservando-se com uma serenìssima beleza.
Abraço.
A grande mensagem deste filme é a realidade social da itália de então, querida Marta.
ResponderEliminarBeijinhos.
Caro João Videira Santos
ResponderEliminarobrigado pela sua visita; também gostei muito do filme "Três histórias proíbidas" principalmente por ter uma intérprete da qual, hoje, ninguém se recordará, mas que me marcou imenso: Eleonora Rossi-Drago; que mulher e que actriz, enchia o ecran...
Abraço.
Caro Tong
ResponderEliminarse nada podes fazer contra eles...junta-te a eles.
Abraço.
anotado!
ResponderEliminarpróxima da lista do cinema em casa.
beijo pin
Caro Tarco
ResponderEliminarfico satisfeito de sentir o eco do teu entusiasmo por este filme.
Abraço.
Caro Ermelindo
ResponderEliminaré nos clássicos, e para um filme ser considerado clássico tem que ter valor, que está o verdadeiro gosto pelo cinema; não quero com isto dizer que não se faça hoje bom cinema, mas se leres o que diz qualquer bom realizador actual, é sempre o mesmo: foi na visão dos clássicos que se inspiraram, de uma forma ou outra para fazerem os seus filmes. Vê este e outros grandes filmes e ficarás então sim a gostar de cinema, o que é diferente de gostar de ver um filme...
Abraço.
Caro Rui
ResponderEliminarobrigado pela tua visita be pelo teu comentário.
Deves mesmo tentar ver este filme, que existe em DVD.
Abraço.
Dizes bem, caro Swear, do cinema mundial.
ResponderEliminarFoi um período crucial para o cinema europeu, pois a Europa "acordava" de um enorme pesadelo, que foi a IIGG, mas começou a mostrar-se e a conquistar projecção mundial no final da década de 40.
Abraço.
Que bom convocares esta perola que é uma tocante viagem à condição humana. Um conto sobre o desespero, a esperança, a perda ..., repleto de sequências extraordinárias que ficam para a História do Cinema. Retrato da sociedade italiana da época Ladrões de Biciletas é igualmente um canto aos laços entre pai e filho e isso só por si já é suficiente para me deixar de rastos.
ResponderEliminarAbristes-me o apetite por este filme ;-)
ResponderEliminarObrigado
Amigo Miguel
ResponderEliminarserá decerto o caso, não tenho dúvidas.
Abraço.
Amiga Jasmim, a edição vídeo tem cerca de 2 anos, penso; portanto não será difícil alugá-lo ou eventualmente adquiri-lo na Fnac.
ResponderEliminarBeijinhos.
Amigo Fugitivo
ResponderEliminarestou completamente de acordo contigo ao encontrares algumas influências do neo-realismo nesse grande filme "Feios, porcos e maus", de Ettore Scola, um dos grandes realizadores italianos (é dele o "Giornatta particullare", de que falei acima, num comentário).
Abraço.
Caro Paulo
ResponderEliminarde uma maneira geral também gosto mais do cinema europeu, que do americano, está mais de acordo com o nosso quotidiano, a nossa realidade; é pena ver-se tão poco, pois o mercado distribuidor é quase exclusivamente americano.
Quanto ao cinema mexicano, conhecido como tal sempre o achei piroso, desculpa a sinceridade; mas nos últimos 2/3 anos têm aparecido alguns realizadores e filmes muito curiosos, que estão a impôr-se internacionalmente.
Abraço.
Caro Sócrates
ResponderEliminaro cinema italiano foi ao longo da minha vida de estudante, de longe a mais fecunda em idas ao cinema, aquela que mais me marcou, por via de alguns realizadores fora de série: Visconti, Felinni, Antonioni, Pasolini, De Sicca, Scola, enfim um conjunto de pessoas que deram muito à história do cinema da segunda metade do séc. XX.
Abraço.
Amigo Naumon
ResponderEliminardisseste tudo!!!
Que bom ter-te lembrado, uma vez mais este filme da tua vida: fico feliz.
Abraço.
Amiga Isabel
ResponderEliminarquando vires o filme queremos algo no teu blog sobre o mesmo; combinado?
Beijinhos.
Amigo Luís, espero convocar outras, porventura não tão consensuais, mas o que leva alguém a gostar de um filme, é sempre algo subjectivo.
ResponderEliminarAbraço amigo.
Amigo Sérgio
ResponderEliminarobrigado pela tua visita; vi de raspão o teu blog, que me agradou deveras, e onde voltarei com um pouco mais de tempo; e o sinal de que gostei é que já o linkei,espero não te ser incómodo.
Quanto a ter-te aberto o apetite para veres este filme, isoo é muito bom.
Abraço.
Realmente, um filme para não se esquecer...Sem os apelos visuais do cinema atual, o filme prende nos fios da emoção...Que bom, tê-lo trazido!
ResponderEliminarBeijos e muita luz...
Olá Zélia
ResponderEliminarum obrigado pela visita e pelo amável e criterioso comentário.
Beijinho.
Para uma cinéfila quase compulsiva(quase, porque muito selectiva...)este é um dos que ficam para sempre arquivados no nosso coração.
ResponderEliminarA rever, sempre
Abraço
Adoro neo-realismo italiano. é incrível como as histórias nos tocam bem no fundo do coração. Lembro um filme comovente do Sicca que deves conhecer, o "Humberto D". Sobre um velho pensionista que de repente se vê a viver na rua na companhia do seu cão, o seu único amigo. É magnífica uma cena na rua em que ele tenta começar a pedir mas um ultimo resto de orgulho não deixa.
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=ift2ptZ6JXE
Um abraço
Caro anónimo
ResponderEliminarobrigado pelo teu comentário.
Abs.
Caro Paulo
ResponderEliminarRecordo perfeitamente esse outro filme de V.De Sicca, um filme muito triste, mas muito, muito humano.
Abraço amigo.
Cara Justine
ResponderEliminaré bom ser selectivo, pois a oferta é imensa e o mercado está invadido por filmes, a maior parte das vezes sem grande interesse; mais vale rever algumas pérolas do passado, como é o caso.
Beijinho.
Muito obrigada pelo comentário! Está muito querido! Agradeço muito as palavras! :)
ResponderEliminarBeijinho grande
Nada tens que agradecer, minha Amiga, apenas disse o que sinto.
ResponderEliminarBeijinhos.
dizer que pareço uma Madalena quando vejo este filme é dizer quase tudo...
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