Após o post de apresentação:
Porquê? E porquê, agora? Porque não agora?Porque sempre gostei de pôr no "papel", algumas ideias e talvez, com a ajuda de alguém, desenvolver certos temas.Agora, porque tenho mais tempo e, principalmente, sinto-me com a experiência e a "juventude"suficiente para o fazer. Gostaria de ter aqui a "companhia" de algumas opiniões, não necessariamente concordantes, para continuar a acreditar que se aprende em cada minuto da vida.
(Este post teve 1 comentário “anónimo” que dizia apenas: JVT! – um doce a quem adivinhar não quem o fez, é fácil, mas o que “diz”…)
Seguiu-se o primeiro texto:
Os velhos cinemas de Lisboa
É com certa nostalgia que recordo alguns (muitos...) cinemas que existiam, ou existem, mas com outras funções, nesta nossa cidade.Quando jovem, vim estudar para cá, abundavam os cinemas de reprise, onde por meia dúzia de escudos se podiam ver sessões duplas estupendas, e outros com algum outro pretensiosismo, eram chamados "cinemas de bairro".Entre os primeiros, como esquecer o CHIADO TERRACE, paredes meias com o luxuoso S.LUIZ, naquela infelizmente célebre António Maria Cardoso, o PARIS, um pouco mais abaixo o admirável JARDIM CINEMA (o palhinhas), o CINEARTE, o IDEAL, o IMPERIAL, sem esquecer essas fellinianas salas que eram o SALÃO LISBOA, aquele outro ao Arco de Bandeira, e claro o resistente até há pouco OLÍMPIA (este por razões muito específicas e mais almodovorianas).Muitos outros, existem ainda, mas dedicados a outras actividades: o IMPÉRIO, O ALVALADE, o CONDES, o ÓDEON, o ÉDEN, o EUROPA, o APOLO 70 (precursor de um novo estilo) , o ESTÚDIO (memoráveis sessões das 18,30, que me mostraram todo o Bergman possível) e outros que porventura não recordo. Ah, quase esquecia o MONUMENTAL...Noutro aspecto, permanecem com programações distintas, mas existem, o S.JORGE, o S. LUIZ, o TIVOLI, o ROMA.Agora, a oferta das distribuidoras tem múltiplas opções, mas não posso deixar de me congratular com a perseverança de um cinema, que não sendo dos mais antigos, tem já o seu tempo, inovou quando abriu com as suas 4 salas e tem mantido uma programação muito estimulante, quase mesmo alternativa; é o caso do QUARTETO!Também com uma programação diferente é justo referir o NIMAS.Como gostaria hoje de assistir numa cadeira de verga, na Pedro Álvares Cabral, por exemplo a uma dupla de "OS INACTIVOS", de Fellini e de "LADRÕES DE BICICLETAS, de Vittorio de Sicca?
Ambos datados de 6 de Novembro de 2006; é curioso como o tempo vai marcando as situações, pois a “homenagem” que eu fazia à teimosia do Quarteto, hoje e infelizmente já não tem razão de ser.
Com este post, vou repor aqui alguns textos recuperados do meu apagado blog, pois também houve um aumento considerável de leitores, e mesmo dos que havia, na altura, muitos deixaram de existir ou estão há muito inactivos (não é, amigo Lampejo?)
Com este post, vou repor aqui alguns textos recuperados do meu apagado blog, pois também houve um aumento considerável de leitores, e mesmo dos que havia, na altura, muitos deixaram de existir ou estão há muito inactivos (não é, amigo Lampejo?)
Seu texto não deixa de ser uma homenagem ao cinema e a tudo o que ele representa em nossas vidas. Isso me faz recordar idas aos cinemas em outras épocas e projetar expectativas para o futuro.
ResponderEliminarUm grande abraço
Amigo Tarco
ResponderEliminarquando vim estudar para Lisboa, e recorrendo a estes cinemas de "reprise" que hoje acabaram, chegava a ver 4 filmes por dia...
Abraço.
Velhos cinemas que percorri... Lembranças da minha vida lisboeta, que me sabe bem recordar.
ResponderEliminarUm abraço
Também conheci a maior parte deles, principalmente quando fui estudar para Lisboa. Claro que não vale a pena falar nas aulas que faltava para os percorrer... mas isso são outras histórias!!!
ResponderEliminarEste post não o li no teu ex-blogue. Lembro-me de que fui lá parar quando fazia uma busca sobre Moçambique, por onde passei em tempos, e rapidamente percebi que tinha encontrado uma pessoa com um 'património' muito semelhante ao meu.
ResponderEliminarIsto da net não é só malefícios e cuidados redobrados, há encontros amistosos.
Conheci bem a maior parte desses cinemas, mas creio que nunca pus os pés no Chiado Terrace, no Cinema Jardim ou no Salão Lisboa. Nem sei onde ficam.
Já não 'falava' contigo há tempos, espero que continue tudo bem contigo, com o Déjan e o resto.
Um beijo, Joãozinho.
Bem... eu em Lisboa só fui a um único cinema - o S. Jorge. Vi lá o "Melhor é Impossível", de óptima memória. Tem ou teve salas que são verdadeiros clássicos, ao que vejo e ao que adivinhava. Quando morre um cinema, morre um pouco do paraíso, como toda a gente viu no filme homónimo. Morre um sonho e a possibilidade de uma evasão.
ResponderEliminarNós, por cá (Porto), também tivemos as nossas glórias (quase todas na Baixa): o Trindade, o Batalha ("Vai no Batalha!...", quando a peripécia soava a "Castello Lopes"), e a sua Sala Bébé, o Águia D'Ouro das cobóiadas, O duplex Lumière (underground literalmente)... tudo fechado em nome da rentabilidade que não existe quando o coração do Porto está deserto e ninguém lá mora. O Foco, elitista, na zona do Graham também desapareceu há muito, bem como o popular cinema do Terço (dinamizado pelo asilo de crianças que tinha o mesmo nome).
Já nem o Estúdio 444 existe na Foz (mas o edifício de finais dos 70's está de pé). Dos velhinhos permanece o resistente Nun'Álvares. Até quando?... O reino dos céus de sonhos alcandora-se agora nos centros comerciais. Fast-cinema. Nada contra, para quem goste de packs de colas e pipocas em sessões sem intervalo. Tudo contra, para quem apreciava o ritual de vaguear pelo foyer, do intervalo para fumar um cigarrito e discutir a 1ª parte, enquanto se pastava as vistinhas pela turba e se tomava um café de saco.
O meu primeiro filme vi-o no Cinema do Terço. O tal popular, com cobertura amovível nas quentes noites de Verão. Tinha seis anos e chorei como se não houvesse amanhã, perante a maquiavélica Bruxa Má da Branca de Neve e os Sete Anões...
Sim, sou eu, o Catatau. Desculpa. :)
ResponderEliminarO anónimo sou eu. :)
ResponderEliminarDassssse. :D
ResponderEliminarO cinema é como um chocolate. V-I-C-I-A-N-T-E !!!!
ResponderEliminarBeijinhos
Dassssse.
ResponderEliminarEle há dias...
saudades de alguns destes cinemas, o último o quarteto!
ResponderEliminarResta-me o King e o Nimas. Voltei avir de lá outra vez.
Bjos
Amigo Teddy
ResponderEliminarmuitos lembrar-te-às, mas outros já não existiam, quando aqui estudaste, por exemplo, o Jardim Cinema (Palhinhas, pois as cadeiras eram de verga...)
Mas, são sempre memórias.
Abraço.
Caro Tong
ResponderEliminaracreditas que eu não faltava às aulas para ir ao cinema? Fazia era um enorme equilíbrio dos meus tempos livres e a oferta fora do cinema, era algo limitada e muito pontual.
Abraço.
Pinguim: Já tivemos oportunidade de conversar sobre o assunto. Dos primeiros, conhecia e só de nome, o Chiado Terrace. Os outros nunca ouvi falar. Do Império para baixo conheci todos. Lembro com saudade o Monumental, o Éden e o Tivoli e o Condes. Os que eu mais frequentava eram os da Avenida da Liberdade pois naqueles tempos de adolescente chegava ao Rossio e eram os que estavam mais a jeito.
ResponderEliminarHoje em dia só está o S. Jorge em funcionamento e só em festivais ou ciclos especiais.
Hoje, infelizmente, os portugueses renderam-se ao cinema pipoca dos grandes centros comerciais.
Um abraço.
Querida Mar_Maria
ResponderEliminarmentiria se te dissesse que tenho estranhado a tua ausência, mas como não tens blog, não sabia como comunicar contigo; aliás, gostaria muito que tivesses estado no jantar.
Sobre os cinemas, vou dizer-te onde eram esses 3 cinemas: o Jardim, de que falei no comentário ao Teddy, ficava na Av.Pedro Álvares Cabral, no lado direito, de quem vai do Rato e depois funcionou nesse espaço o estúdio das produções do Carlos Cruz. O Chiado Terrace, ficava quase em frente do S.Luiz, é um edifício muito bonito, e hoje é um banco; finalmente o Salão Lisboa era dos mais pobres e mal afamados de Lisboa, com uma frequência chunga e era no princípio do Martim Monis, numa das várias casa muito degradadas que vieram abaixo há já muito tempo; era lá que passavam as cowboyadas de quinta ordem, mas tinha piada e foi lá que começou o "engate" em cinemas de Lisboa...
está tudo óptimo comigo e com o Déjan, o único problema é a distância, mas no próximo dia 2 está aqui para passar 2 semanas.
Beijinhos e espero que contigo tudo esteja bem também.
Meu caro Anónimo 1, aliás Anónimo 2, aliás Anónimo 3, aliás Catatau, aliás João Manuel
ResponderEliminarO S. Jorge que refiro é anterior a esse, só tinha uma sala e era dos melhores e mais selectos de Lisboa.
Claro que em relação ao Porto, recordo o Batalha, o S. João e o Águia d'Ouro, os 3 ali na Batalha, o Passos Manuel, o Carlos Alberto, o Trindade e um que havia perto da Constituição, que não recordo o nome; depois o Foco e os Lumiére e a sala Bébé do Batalha. E havia também um Olímpia, salvo erro, perto do Coliseu, que anos depois foi um pequeno bingo.
Se estiver errado, corrige-me...
Não me recordo de nenhum cinema na Foz, mas curiosamente também houve aqui em Lisboa um Estúdio 444, ao Campo Pequeno.
Quanto à grande quantidade de comentários teus, hoje aqui no blog, devo concluir que resolveste fazer a receita que eu indiquei ontem...("penso eu de que"...)
Abração.
Querida Marta
ResponderEliminarembora reconheça que nada tira a visão de um filme no ecran de uma sala, eu perdi o vício e vejo-o mais còmodamente em cas ou na TV ou no Pc.
Beijinhos.
Sim, querida Jasmim, tanto o Nimas como os King vão remando contra a enxurrada de filmes americanos e das grandes "majors"; espero que continuem a fazê-lo.
ResponderEliminarBeijinhos.
É isso, amigo Paulo e as excepções são o Nimas e os King, como referi no comentário anterior.
ResponderEliminarAbraço.
Amigo Pinguim,
ResponderEliminarTu vê lá... não comeces a ficar nostálgico em demasia!! :)
Mas parece-me bem, porque assim posso ler alguns dos poucos textos do teu blogue que não cheguei a ler...
Abraço
Que ao menos não me tirem o cinema King, que ainda é um espaço alternativo no mundo massificado da arte cinematográfica lisboeta. Tenho saudades do Quarteto, dos seus ciclos, da sua forma de ser diferente.
ResponderEliminarCaro Maurice
ResponderEliminareu não estou a ficar nostálgico em demasia; apenas e só, sou nostálgico, por natureza.
O que se há-de fazer...
Abraço amigo.
Meu bom Luís
ResponderEliminarseria uma catàstrofe cinematográfica; mas com o que estou a ver noutros sectores (editoras, p.ex.), já não digo nada...
Abraço.
O S. Jorge que te referes, pinguim, era o S Jorge com música no intervalo. Subia o orgão e havia um "macaco" que o tocava. Salvo erro era um tal "Cabeleira".
ResponderEliminarLembro-me que vi lá o Lawrence of Arabia. Vivi tanto este filme, mas tanto, tanto, que quando cheguei a casa tinha areia nos sapatos
lolololololololololol
Só tu, Tong, para me pores a rir a esta hora; mas olha que não estou assim tão certo do "Lawrence" ter passado no S. Jorge; aliás o filme era em 70 mms, penso e só havia 3 salas em Lisboa que podiam passar esses filmes: O Tivoli (acho que foi aí que passou), o Monumental e o Império.
ResponderEliminarQuanto ao S. Jorge era esse mesmo, com o José Cabeleira ao piano e a Gertrudes Tomaz a inaugurar todos os anos a "árvore de Natal" no foyer do balcão.
Abraço.
Ah ah ah ah!... Só tu, ó T-Z! :D
ResponderEliminarPinguim, a Gertrudes-Tomaz-corta-fitas? Aquela de banana que tinha uma cara que desafiava soco?
Essa mesma, João Manuel, mas que apesar de tudo era mais simpática que a filha, Natália, que era tão feia que lhe chamavam o "Canhão de Navarone"...
ResponderEliminarTambém gosto da magia dos espaços desde sempre dedicados à sétima arte. Infelizmente tudo se vai perdendo, assim como o comércio tradicional, mercê do crescimento como cogumelos, de múltiplos espaços comerciais açambarcadores de tudo, comércio, serviços e populaça.
ResponderEliminarQunado estudei em Lisboa sei que fui algumas vezes ao Nimas, Quarteto, S. Jorge e Monumental, que era mesmo perto da minha residência universitária. Tudo passa nesta vida.
Infelizmente, amigo Brama e saudosismo de certas coisas, não significa saudosismo dos tempos delas, como é óbvio.
ResponderEliminarAbraço.
Que pena tenho dos espaços que vão sendo "suicidados". Parece que os governantes não se importam. Enfim...
ResponderEliminarAbraço!
Infelizmente, este é um fenómeno que acontece um pouco por todo o lado, quer por todo o país, quer lá fora; é a lei do mercado a imperar em busca da rentibilidade, com as pipocas incluídas...
ResponderEliminarAbraço, caro Miguel.
também estou numa fase de ver os filmes em casa. posso parar quando quero.
ResponderEliminarÉ uma grande vantagem e encontramos a comodidade que não temos numa sala de cinema; mas fica-nos a faltar o "espectáculo" e a emoção que se vive "dentro de um ecran".
ResponderEliminarBeijinhos.
Hummmm....mas que maravilha , tudo tão diferente do que já li...
ResponderEliminarSobrevoei nas asas do vento
Parei em teu cantinho
Deixando aqui cair
Todo o meu carinho.
Deixando também a paz
Que de mim emana
E te desejando
Um lindo fim de semana.
Beijinho prateado
SOL
Olá Lua prateada
ResponderEliminarObrigado pela tua visita e pelas amáveis palavras.
Volta sempre, a porta está sempre aberta.
Beijinhos.