Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
Ao longo dos quase 34 anos da sua existência, o Teatro «o bando» tem procurado intervir activa e civicamente na sociedade, destacando-se no panorama teatral português, pela singularidade e criatividade dos seus espectáculos. As máquinas de cena e os espaços cénicos insólitos (vi uma peça passada em duas viagens de um comboio em andamento, e outra representada numa pocilga), constituem o apanágio de um grupo cuja contemporaneidade se produz, também, no respeito pelas raízes históricas e culturais nacionais e no seu questionamento através da dimensão estética. Os espectáculos criados surgem como pretextos escultóricos, musicais, de actualidade política, capazes de estimular a criação teatral, a qual se pretende seja sempre surpreendente e incómoda, sempre estranha e reconfortante quando se grava enigmaticamente na memória.*
O seu director artístico, João Brites, encenou esta peça operática – “SAGA – ópera extravagante”, a partir de dois textos de Sophia ( “Silêncio” e “Saga”), em co-produção com a Marinha, através da excelente Banda da Armada, dirigida pelo maestro Carlos Ribeiro, e com uma muito conseguida composição musical de Jorge Salgueiro. Uma só actriz, Ana Brandão, vários cantores líricos, quase todos bastante jovens, dois cantores populares, sendo um deles o “eterno” Francisco Fanhais e ainda o vocalista do grupo de Heavy metal “Moonspel”, são os participantes deste espectáculo, muito bem construído, encenado, musicado e cantado. O local (claustro do Museu da Marinha) não poderia estar mais adequado a um espectáculo que tem como tema o mar e a paixão da protagonista por ele…
O frio (muito) que se fazia sentir, ia desaparecendo com o “crescendo” da peça e a imagem da inesquecível Sophia esteve sempre presente naquelas suas palavras que tendo o mar como base, não poderiam ser mais adequadas.
Uma palavra para a excelência dos músicos que constituem a Banda da Armada.
*)- esta parte do texto é essencialmente tirada do programa do espectáculo.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
Ao longo dos quase 34 anos da sua existência, o Teatro «o bando» tem procurado intervir activa e civicamente na sociedade, destacando-se no panorama teatral português, pela singularidade e criatividade dos seus espectáculos. As máquinas de cena e os espaços cénicos insólitos (vi uma peça passada em duas viagens de um comboio em andamento, e outra representada numa pocilga), constituem o apanágio de um grupo cuja contemporaneidade se produz, também, no respeito pelas raízes históricas e culturais nacionais e no seu questionamento através da dimensão estética. Os espectáculos criados surgem como pretextos escultóricos, musicais, de actualidade política, capazes de estimular a criação teatral, a qual se pretende seja sempre surpreendente e incómoda, sempre estranha e reconfortante quando se grava enigmaticamente na memória.*
O seu director artístico, João Brites, encenou esta peça operática – “SAGA – ópera extravagante”, a partir de dois textos de Sophia ( “Silêncio” e “Saga”), em co-produção com a Marinha, através da excelente Banda da Armada, dirigida pelo maestro Carlos Ribeiro, e com uma muito conseguida composição musical de Jorge Salgueiro. Uma só actriz, Ana Brandão, vários cantores líricos, quase todos bastante jovens, dois cantores populares, sendo um deles o “eterno” Francisco Fanhais e ainda o vocalista do grupo de Heavy metal “Moonspel”, são os participantes deste espectáculo, muito bem construído, encenado, musicado e cantado. O local (claustro do Museu da Marinha) não poderia estar mais adequado a um espectáculo que tem como tema o mar e a paixão da protagonista por ele…
O frio (muito) que se fazia sentir, ia desaparecendo com o “crescendo” da peça e a imagem da inesquecível Sophia esteve sempre presente naquelas suas palavras que tendo o mar como base, não poderiam ser mais adequadas.
Uma palavra para a excelência dos músicos que constituem a Banda da Armada.
*)- esta parte do texto é essencialmente tirada do programa do espectáculo.
Deve ter sido belíssimo. Estive quase para ir mas a preguiça falou mais alto :)
ResponderEliminarUm abraço.
Perdeste um espectáculo muito bom, Paulo.
ResponderEliminarAbraço.
Deve ter sido um lindo espectaculo, eu agora tenho espectaculo em casa haha, mas parece mais o circo Chen que outra coisa haha
ResponderEliminarQue boa escolha musical, sempre adorei o muitas vezes esquecido Charles Trenet, e esta musica é um classico da época!
gostava muito de ter visto esta peça, mas são os custos da interioridade ;) aliás tenho muitas saudades de ver teatro.
ResponderEliminarvi muito poucos espectáculos d'o bando, mas os que vi foram sempre muito bons e estimulantes.
abração
Bom dia... Pelo que me parece gostaste bastante... Eu estou a tentar arranjar bilhestes :)...
ResponderEliminarbeijinho de bom dia... :)
bem...espero ainda ir a tempo... : (
ResponderEliminarExtraordinário como este grupo se mantem há 30 anos, fazendo parte da história do bom teatro que se faz em Portugal. mais curioso ainda é que as suas produções principais ocorrem em Palmela, num sitio praticamente deserto, mas onde é um prazer ir. Esta produção não vi, mas tenho pena!!!
ResponderEliminarEstes sujeitos são superlativos, se olharmos para a morrinha criativa de muita produção portuguesa.
ResponderEliminarNão me cheira que tenham a coisa agendada para o Porto. Lá está: tá mal!
(E agora para algo completamente diferente: o dito-cujo pic-nic ainda está de pé? Vou ver se consigo - à rasquinha, claro, mas não prometo - dar lá uma saltada às Caldas.
Caro Pinguim...
ResponderEliminarAntes de mais obrigado pela tua mensagem.
Aproveitei para dar aqui um saltinho e curiosamente falas de um peça sobre a qual estivemos à conversa no meu almoço de aniversário...Porquê?
Umas das presenças neste almoço foi da minha amiga Sara Belo, do marido Miguel e da filha Maria Raquel. A Sara que faz de mulher do silêncio... a menina dos malabarismos vocais... que está branco nessa peça...
Ela bem me desafiou para o espectáculo que eu vou tentar ir ver no próximo fim-de-semana... já que sai de cena dia 13.
Entretanto.. deixo-te um abraço e votos de uma boa semana.
Caro Swear
ResponderEliminaralgo me dizia que irias falar no tema musical; preferia ter encontrado um poema declamado da Sofia, sobre o mar, mas não encontrei, e então lembrei-me do "mar" do Trenet...
Abraço.
Caro Miguel
ResponderEliminar"O bando" dá-nos à partida duas garantias: qualidade e originalidade; ambas não foram defraudadas.
Abraço.
Carpe, cara amiga
ResponderEliminarainda tens o próximo fim de semana (de 5ª. a domingo).
Beijinhos.
Caro Rocket
ResponderEliminarlê o que disse no comentário anterior; podes marcar por telefone da bilheteira do CCB e ir levantar 48 horas depois; dou um conselho que recebi e agradeço - vale a pena gastar mais 3 euros, pois as cadeiras são bem melhores e o espectáculo é longo.
Abraço.
Caro Luís
ResponderEliminarhá outra característica muito curiosa, deste grupo de teatro, e que é a sua forma de receber; ontem, havia uma tenda com café e...pastéis de Belém!
E quando no inverno, fazendo frio, se vai a Barris, há sempre uma sopa, uma bebida quente e uma manta quentinha; é gente boa!!!!
Abraço.
Amigo João Manuel
ResponderEliminareste espectáculo, pela complexidade da sua estrutura, terá que ser para vários dias e não só para 2/3 dias; e sendo um espectáculo que movimenta muita gente - a orquestra é enorme - não será muito viável levá-lo a qualquer sítio.
Aliás é essa uma das características de muitos dos seue espectáculos: fugir ao normal, ao clássico; daí a sua ida para Barris (Palmela) para uma enorme propriedade onde eles podem dar aso às suas saudáveis loucuras; mas é preciso ir lá....
A razão da não ida ao Porto, deve ser apenas essa.
Abração.
Olá, amigo João
ResponderEliminarolha que coincidência... e que bem que ela canta, sem favores ou lisonjas...
Abraço.
Que inveja... no bom sentido, claro!!!
ResponderEliminarDeixo-te aqui este abraço...sempre sem tempo marcado....
ResponderEliminarOBRIGADO por saberes gostar de mim!
Caro Tong
ResponderEliminaressa é a inveja saudável...
Abraço.
Obrigado, amigo Sp, por esse abraço (sem tempo marcado).
ResponderEliminarQuanto ao teu obrigado, acertaste realmnente, pois gosto muito de ti, embora por vezes seja difícil compreender-te.
Abraço.
adoraria ter visto o espectáculo!! :(
ResponderEliminarbeijinhos
Ainda bem que gostaste. valeu a pena!
ResponderEliminarSophia é Sophia, o único senão que lhe encontro é ter gerado um filho como aquele que a gente sabe...
Também digo o mesmo!
ResponderEliminarpelo texto não percebi, pelos comentários, sim. gostaste, ainda bem. e vê lá se avisaste!
ResponderEliminarÓ João, pergunta ao Paulo do Felizes o que é preciso fazer para ser convidado a comentar lá no blog! ;))
ResponderEliminarEstas coisas encriptadas... tsk tsk.
Mar,
ResponderEliminarMetade da minha alma é feita de maresia.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Será necessário dizer algo mais?
NÃO!...
GRITOMUDO
Martinha
ResponderEliminarestou certo que irias adorar, até porque o texto fala de uma ilha, que no meu imaginário só poderia ser a tua.
Beijinhos.
Querida Jasmim
ResponderEliminarainda lhe chamas filho? o que tem aquele "aborto" a ver com a Sophia????
Beijinhos.
Caro Sp
ResponderEliminarparece que estás algo chateado?
Gostaria que não estivesses,valeu?
Aquele abraço peludo...
Carìssimo Paulo
ResponderEliminarclaro que gostei. O João Brites ainda há-de nascer de novo antes que me faça não gostar de uma peça sua...
Abraço.
Parece ser uma simples e pouco demorada tarefa de manutenção, amigo João Manuel; até já deve estar solucionado...
ResponderEliminarAbraço.
Caro Gritomudo
ResponderEliminara peça é Sophia; Sophia é mar...
Abraço.
Ah... era uma 'supresa'. ;))
ResponderEliminarTu metes-me em cada uma...
ResponderEliminarAbração.
Amigo pinguim,
ResponderEliminarAchei belíssimo todo este fabuloso espectáculo como te havia dito. Ainda não me foi possível repetir... vamos ver se consigo arranjar um tempo. Pena não o poder ter partilhado contigo.
Um abraço
Caro Mike
ResponderEliminaressa é uma das características minhas: partilhar o belo! Quando vejo algo de que gosto muito e estou só, fico com a sensação de que se estivesse ao meu lado alguém a usufruir o mesmo prazer, me sentiria ainda melhor.
Por isso teria sido um prazer a tua companhia.
Abraço amigo.