segunda-feira, 28 de julho de 2008

Sete palmos de terra (o fim)

“Sete palmos de terra” (six feet under) foi, quanto a mim a mais bem conseguida série de sempre. Baseada num núcleo familiar formado por uma mãe e três filhos: dois rapazes e uma rapariga (já que o chefe de família morre no primeiro episódio), que tem como actividade profissional uma agência funerária à frente da qual estão os dois filhos, sendo o mais novo gay e envolvido sentimentalmente com um polícia negro.
Em cada episódio há, de início, uma morte, e é no meio do desenrolar das actividades fúnebres desse falecimento, que se vão expondo as alegrias, os dramas e os sentimentos de cada um dos personagens, não só dos componentes da família, mas dos outros que lhes estão próximos e dos que vão aparecendo e desaparecendo.
Sem nunca cair no drama profundo, e procurando encarar a morte de uma forma o mais natural possível, as personagens vão-se definindo cada vez melhor e vão-nos mostrando, apesar de todos os problemas, laços familiares profundos.
Retrato de uma América longe das grandes metrópoles, esta série teve cinco partes (seasons), e ao longo de alguns anos ganhou variados prémios, quer como série, quer nas primorosas interpretações.
Vi há pouco aqui o vídeo promocional da 4ª. parte, de longe o mais conseguido dos vídeos promocionais, e lembrei-me de mostrar o final da série, os últimos seis minutos do último episódio da 5ª. parte, em que Claire, a filha, numa viagem de automóvel, vai mostrando o que não podia ser mostrado, por ainda não ter acontecido, principalmente os falecimentos de todos os personagens principais, incluindo o dela própria (exceptuam-se os falecimentos do pai e do irmão mais velho, que aconteceram durante o desenrolar da série).
É um vídeo excelente, comovente e que jamais será esquecido por todos, e foram muitos, os que seguiram esta magnífica série.

45 comentários:

  1. excelente!

    uma boa semana, pin!

    beijo

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  2. Excelente é a série, Isabel, e foi vendo o vídeo do teu post, que me lembrei de postar sobre a série.
    Boa semana também para ti.
    Beijinhos.

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  3. Uma das melhores até hoje (a melhor mesmo!)... :)

    beijinhos...

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  4. Uma das mais importantes produções televisivas dos últimos anos. A todos os níveis.
    Lá está... o que é mostrado com naturalidade desdramatiza e despreconceitua muitos fantasmas.

    ('despreconceitua'? Ó pá, estava mesmo a apetecer-me inventar um 'cadito.)

    A BSO tb já está disponível em CD.

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  5. Esta série tinha um texto fantástico e interpretações magníficas.
    Uma óptima escolha!

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  6. Uma série muito boa!
    Pouco mais há a acrescentar.

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  7. Realmente uma série fantástica. Aqui á uns tempos tambem fiz uma especie de "Quiz" sobre isso. De resto aqui o "open minded" tambem gostou muito do seu blog ;)

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  8. amigo, consegui ver alguns episódios. este inclusive. chorei tanto, rapaz. choro tanto quanto vejo este final. para mim,
    é uma das melhores séries de sempre. comovente, muito comovente. pungente. a música também ajuda muito. explode-me a incrível expressão de Heidegger: somos seres-para-a-morte.

    um abraço

    p.s. este vídeo também poderia servir para acompanhar o "ANDAR", os meus "andantes" que pus hoje.

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  9. Excelente, sem duvida. Está tudo dito!
    Abraço

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  10. Cara Carpe diem
    100% de acordo contigo.
    Beijinhos.

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  11. Caro João Manuel
    infelizmente, só tenho a primeira séri, em caixa (DVD), embora tenha todas as outrad gravadas em CD'c; conforme fôr podendo vou tentar compara sa outras 4 caixas.
    Esta série merece um lugar de destaque aqui em casa.
    Abraço.

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  12. JM
    desculpa tantas gralhas no meu comentário anterior, mas têm uma explicação, pois estava a escrever o comentário quando apareceu o Déjan a chamar-me no MSN e eu queria acabar o comentário antes; acabar, acabei, mas ficou cheio de erros...
    Abração.

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  13. Amigo Com senso
    e souberam dar-lhe este final fantástico. Aliás a personagem de Claire é, quanto a mim, das mais ricas da série e foi muito bem escolhida para esta peregrinação ao futuro...
    Abraço.

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  14. Tens razão, caro Tong
    apenas apetece rever outra vez...
    Abraço.

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  15. Caro Arsène Lupin
    muito agradado com a tua visita, que irei retribuir, com certeza.
    Renovo, agora por via directa, os votos de uma festa de casamento bonita e as maiores felicidades para vocês os dois.
    Cada vez acho mais que a vossa família é realmente uma Família!
    Quanto ao "open mind" ainda bem que gostou do blog; pode ser que volte...
    Abraço.

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  16. Amigo Paulo
    não é único a chorar ao ver esta cena; ainda esta noite, quando resolvi publicá-la, via-a de novo, fiquei de lágrima no olho, fiz o texto, compus o post e fui incapaz de não a ver de novo.
    Toca-nos, aliás não há uma única personagem que não nos toque: a mãe, Claire e Brenda são as personagens que mais me interessaram, e é curioso, são todas mulheres...
    Abração.

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  17. Caro Sócrates
    ainda há-de aparecer o primeiro a dizer que viu algum episódio e não gostou...Duvido que haja...
    Abraço.

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  18. Vi na dois, já tinha revisto por aqui mas é sempre emocionante voltar a (re)ver esta viagem final!

    (eu quero um mini_fúnebre para viajar com os meus medos, num caixão, assim, estrada fora... olha, lembrei-me daquela série com o cão vadio que ajudadva pessoas: "O Vagabundo", creio eu!)

    Grazzie Pinguino!

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  19. "De niente, amicci mio"...
    Fico sempre muito feliz quando "por aqui" aparecem coisas de que as pessoas gostam, vero...
    Abrazzi, caro Ophiu
    Ciao!!!!

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  20. Calma. Calma. Calma.
    Isto é um assunto muito sério.
    Six Feet Under. Six Feet Under?
    Bom… ainda está para ser construída a Biblioteca de Alexandria que possa albergar tudo o que se pode dizer sobre Six Feet Under.
    Aqui fica o meu contributo para essa Biblioteca.
    - Six Feet Under, não é a melhor série alguma vez feita.
    E só não o é porque existe uma coisa chamada Brideshead Revisited.
    E isto… (Brideshead Revisited), não é um caso muito sério.
    É UM CASO FORA DE DISCUSSÃO!
    Gostaria agora de chamar a vossa atenção não para os 6 últimos minutos da série, mas sim para as palavras do poeta Turco – Rumi.

    Poem at Nate's funeral, by Turkish poet Rumi:

    Our death is our wedding with eternity
    What is the secret? "God is One."
    The sunlight splits when entering the windows of the house.
    This multiplicity exists in the cluster of grapes;
    It is not in the juice made from the grapes.
    For he who is living in the Light of God,
    The death of the carnal soul is a blessing.
    Regarding him, say neither bad nor good,
    For he is gone beyond the good and the bad.
    Fix your eyes on God and do not talk about what is invisible,
    So that he may place another look in your eyes.
    It is in the vision of the physical eyes
    That no invisible or secret thing exists.
    But when the eye is turned toward the Light of God
    What thing could remain hidden under such a Light?
    Although all lights emanate from the Divine Light
    Don't call all these lights "the Light of God";
    It is the eternal light which is the Light of God,
    The ephemeral light is an attribute of the body and the flesh.
    ...Oh God who gives the grace of vision!
    The bird of vision is flying towards You with the wings of desire.

    Na minha viagem final…, Mário de Sá Carneiro ou Rumi…, um deles vai comigo.
    Existe maior felicidade?

    GRITOMUDO

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  21. Caro Gritomudo
    é entusiasmante o teu entusiasmo, e eu estou contigo.
    Para mim continua a ser "Six feet under" a melhor série, porque no sentido de série eu refiro-ma a diversas temporadas: ora "Brideshead revisited" não tinha este formato, pertence a uma época anterior a estas séries que os americanos agora fazem; eu chamar-lhe-ia um filme em episódios.
    E serm pretender fazer comparações, posso desdejá dizer-te que a minha apreciação de BR, é superlativa; já vi e revi várias vezes e já li o livro de Evelyn Vaugh.
    Aliás a grande diferença é uma ser americana e a outra inglesa, pois temas e épocas à parte, têm em comum uma excelência total.

    Li e reli o poema, que nos mostra "o outro lado" da morte e na escolha da tua companhia, para a derradeira viagem, venham os anjos e escolham, mas deixa isso par depois, ok?
    Abraço amigo.

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  22. "Apareceu o Déjan" no msn?! Ó João, as gralhas foram pela melhor causa que podia existir! :)

    Abraços para ele na próxima "chamadela" e um grande para ti, que vou amanhã para o monte onde o mar é vertiginosamente azul. ;)

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  23. Caro João Manuel
    diverte-te e não apanhes demasiado pó...
    Abração.

    Os abraços serão mais que justificados, pois comprou hoje um portátil para podermos falar todos os dias, quando fôr passar férias com o pai a Zadar; fiquei feliz...

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  24. É tão boa, tão boa, tão forte, tão intensa que nos mexe com as entranhas. Chega a ser emocionalmente difícil ver os episódios.
    O que eu "voava" às segundas-feiras para estar a horas em frente ao ecrã.

    Notável!!!

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  25. Caro Graduated
    e cabou no momento certo...
    Há séries boas que se "eternizam" e acabam por ser mais do mesmo; aqui, definitivamente NÃO!
    Abraço.

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  26. Este vídeo é fantástico, deve ser o mais belo final de uma série que eu já vi.
    Um abraço.

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  27. Estou totalmente de acordo contigo, amigo Paulo.
    Abraço.

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  28. Uma série excelente (das melhores que já vi) e um final estrondoso, inesquecível e que nos deixa a pensar sobre a vida, a sua fragilidade e o que realmente importa.
    Abraço

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  29. Principalmente sobre a fragilidade da vida e também , de uma certa forma de uma desdramatização da morte, amigo X.
    Abraço.

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  30. qundo do último espisódio, escrevi um post sobre a série que passo a reproduzir (desculpa a extensão do mesmo):

    "Uma magnífica série, sendo que o último episódio é perturbador, ainda mais que os que o precederam. Excelentemente interpretada, e com vários temas, qual deles o de maior interesse. Claro que o tema-base só podia ser a Morte, uma vez que é a história de uma família cujas várias gerações se dedicam à profissão de agentes funerários. Mas afinal trata-se é de Vida. Uma personagem no último episódio pergunta “Para que existe a morte?” e é-lhe respondido “Para a vida ter valor.” E se cada episódio começa com uma morte, ela torna-se familiar, até porque nestes funerais os corpos são embalsamados e isso é um trabalho onde tem de existir distância. E na família centro da história, os problemas focados são da maior relevância e actualidade. A mãe de família, bem comportada, dona-de-casa exemplar, que já com mais de 50 anos teve um affair de que se culpabiliza profundamente. Mas com a morte do marido volta a viver e a sentir-se desejada e bem consigo. O filho mais novo, gay escondendo-se e vivendo o seu caso com vergonha. O irmão mais velho que só volta a casa porque o pai morre e tinha a dor de pensar ter sido uma decepção para ele... Rapaz de ligações leves, que se desinteressa pelas mulheres quando elas correspondem, só desejando o que não tem, até ter encontrado “a tal”. E esta “tal”, figura sensacional, filha de 2 psiquiatras (muito maltratados!) mulher cheia de força, que suporta o peso imenso de uma família de alienados. A irmã adolescente, jovem criada numa casa que é simultaneamente uma Agência Funerária, casa onde na cave, muito asséptica, se fazem os embalsamamentos. As cenas do último episódio são marcantes...
    Assistimos a uma série de ficção do melhor que alguma vez nos foi dado a ver. Um momento de televisão raro, preenchido com qualidade, com passagens memoráveis. Em cada episódio houve sempre algo de novo, sempre um desenrolar das vidas daqueles personagens improváveis, que nos abana a consciência e nos põe a pensar. Six Feet Under são a representação da vida tal como ela é, num realismo tão possível quanto a ficção o permite.".

    Um abraço

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  31. Tenho que ir à fnac!!!!!!!!

    beijinhos

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  32. Caro Luís
    este teu post retrata maravilhosamente bem e de uma forma aimples as principais personagens desta série excepcional.
    Obrigado por teres complementado este post, que essencialmente é um vídeo, com tais descrições.
    Abraço.

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  33. Martinha
    eu não acredito que tu não tivesses visto esta série???
    Diz-me que estou a tirar conclusões apressadas, vá lá...diz...
    Beijinhos.

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  34. Lamento desapontar mas eu nunca vi esta série! Há quantos anos deu?

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  35. * é recente? é que eu séries séries só comecei a ver para aí há uns 4 anos...

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  36. Querida Martinha
    a primeira série de 13 episódios foi exibida nos EUA em 2001, mas começou a ser exibida nas famosas segundas feiras em Portugal, no dia 10 de Junho de 2002.
    Depois...foi sempre a andar até acabar a quinta e última.
    Suponho que houve pelo meio alguma reposição, sempre na "2"...
    Na FNAC, podes encontrar caixas de todas as séries, sendo a caixa da primeira particularmente bonita , com uns grandes lábios vermelhos; é carota, pelo menos era, entre 40/50 euros cada...
    Mas podes sempre arranjá-las por outra via, bastante mais barata: a famosa "mula" (eu não disse nada, hein...)
    Beijinhos.

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  37. Entre a vida e a morte tudo pode acontecer.
    Cadinho RoCo

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  38. Caro Cadinho Roco
    Obrigado pela sua visita.
    O teu comentário engloba inúmeras questões...dá para pensar...
    Abraço.

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  39. Sem dúvida que estamos perante a série mais bem construída de sempre. Com princípio meio e fim no tempo e hora certa. Uma série que acompanhei desde o primeiro momento na rtp2. Quanto a este final é impossível não ficar indiferente. Choro sempre. Mas à parte disso é de louvar a genialidade de toda esta construção chamada: sete palmos de terra. Como diz na caixa em forma de lápide com as cinco séries: You will be sadly missed.

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  40. Olha Pedro
    estás a dar-me uma novidade, com essa dica da caixa, com as cinco séries; deve ser muito cara, mas estou deveras interessado.
    Abraço.

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  41. O que eu chorei quando vi esse final pela primeira vez, pela segunda, terceira e ... ok, choro sempre que o vejo. Toda a série foi das melhores que já vi até hoje, senão a melhor mesmo e o final, simplesmente espectacular.
    Os autores acabaram assim com qualquer hipótese de se voltar a pegar nas personagens em novas séries. Excelente!
    Bom fim de semana

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  42. É curioso, amigo Graphic, que embora sempre considerasse esta série totalmente finalizada, nunca tinha considerado este arrebatador final como uma forma também, de não permitir a ressureição da mesma, o que por vezes acontece noutras séries, alguns anos depois.
    Abraço.

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  43. Tb a tenho como uma das melhores séries que já vi,pela forma como lança uma luz decantada sobre a vida de pessoas comuns.Talvez por isso não seja dificil não nos revermos de uma forma ou de outra nesta série.
    Já que falas em preferências por personagens (e a mim custa-me vê-los como personagens e não como pessoas) a Brenda tb era das minhas preferidas.

    (só um reparo,não é que tenha importância para a apreciação da mesma, mas a série passa-se sobretudo em Los Angeles, que é a maior metropole dos EUA.;-))

    Um abraço.

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  44. Só outra coisa que já me esquecia.Tb não gostaria de ver uma sequela desta série e muito menos um 'Six Feet Under-The Movie...lol

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  45. Amigo Rui
    não sei onde fui buscar a "informação" de que a série se passava fora das grandes metrópoles, enfim, deve ser da P.D.I.
    Sobre a Brenda é curioso notar que, a meu ver, ela foi sempre o grande amor de Nate, mesmo depois da separação; por muito amor que mostrasse pela sua segunda ligação, olhava-a quase mais como mãe da sua filha, continuando a amar Brenda até ao fim.
    É impossível qualquer sequela ou filme sobre esta série, podes estar sossegado; só um louco o faria...
    Abraço.

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!