domingo, 29 de janeiro de 2012

Desporto ao mais alto nível

Faltam-me as palavras para descrever o evento desportista mais emocionante que vi nos últimos tempos  -  a final singular masculina do Austrália Open,  disputada entre os dois tenistas que ocupam actualmente os dois primeiros lugares do  ranking  ATP : o sérvio Novak Djokovic  (Nole) e o espanhol Rafael Nadal (Rafa). Ninguém merecia perder, após um desgastante encontro de quase 6 horas de duração, com 5 partidas (sets) e alternância na liderança.
Claro que o meu coração pendia para Nole, não só porque o considero o melhor tenista da actualidade, mas também, como é óbvio por ser sérvio e eu já ter um bocadinho de sérvio em mim próprio.
Nos encontros disputados por estes dois monstros do ténis mundial, de há um ano a esta parte, a vantagem era nitidamente de Djokovic, mas havia o handicap deste ter disputado 48 horas antes um outro encontro histórico, de 5 horas, em que derrotou nas meias finais o escocês Andy Murray. No entanto, Djoko parece ir buscar forças ao cansaço e acabou por vencer.
Aliás ele venceu os últimos três grandes torneios mundiais (Wimbledon, USA Open e agora este); se tivesse vencido Roland Garros tinha-os ganho a todos desde o Áustrália Open do ano passado, que também conquistou.
Chegaram ambos ao fim, perfeitamente esgotados e enquanto ouviam os discursos do encerramento, quase caíam, por não se aguentarem de pé, tendo-lhes sido trazidas cadeiras para se sentarem, facto que julgo inédito.

Nos  agradecimentos ambos foram de um extremo desportivismo, tendo Djoko declarado: “Rafa, tu és um dos melhores jogadores da história. Um dos jogadores mais respeitados do circuito. Escrevemos história esta noite e infelizmente não podemos vencer os dois. Desejo-te a melhor sorte possível para o resto da temporada. Espero que tenhamos outras finais como esta».

Parabéns Rafa, por nunca desistires. Parabéns Nole, porque és o maior e …parabéns meu amor, meu Déjanito, porque hoje, mais que nunca tens o enorme orgulho de ser sérvio. É que no mesmo dia, hoje, além deste triunfo a Sérvia venceu a final do campeonato da Europa, de water-polo. É obra!!!
E eis um vídeo do último ponto (match point) que deu a vitória a Djokovic







22 comentários:

  1. Desportistas de Alta Qualidade!
    Parabéns!

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  2. Rosa
    e também de elevadíssimos rendimentos...
    Beijinho.

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  3. Muito suor, sangue e lágrimas, mas acima de tudo muito fairplay, penso que outras modalidades deviam ter isso como exemplo. Muito bonito!!!!
    Adoro a música de hoje, dá-me esperança, caro pinguim.
    Abraço doce

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  4. Sairaf
    o ténis é um desporto muito especial, com características próprias e que não desce a níveis baixos como muitos outros desportos.
    Aqui os adversários respeitam-se...
    Beijinho.

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  5. E o Novak Djokovic é tão jeitoso a rasgar a camisola...

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  6. Confesso que aprecio mais os desportistas que o próprio desporto em si. Mas, isto é a minha opinião que pouco ou nada vale...

    Gostei :)

    Abraço

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  7. Não vi o jogo mas ouvi dizer que de facto foi mesmo emocionante. Assim é que vale a pena :)
    Abraços

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  8. A música adequa-se perfeitamente ao post. Os meus parabéns ao Dejan, e a ti também, por afinidade. ;)

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  9. Luís
    ele é ainda mais jeitoso é sem camisola...

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  10. Francisco
    isso é uma visão que aceito (e também tenho as minhas preferências, nesse campo, como é normal), mas quando assisto a um encontro desportivo, abstraio-me disso e vejo o evento, como desporto mesmo.
    E é nesse campo que este jogo raiou o sublime.
    Abraço amigo.

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  11. André
    absolutamente dramático.
    Para quem gosta de ténis foi arrepiante.
    Abraço amigo.

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  12. Um coelho
    procurei deliberadamente esta música porque gosto muito dela e porque foi o tema musical de um filme que glorifica os heróis do desporto.
    Sim, o Déjan ontem estava eufórico e com toda a razão, pois até eu vibrei intensamente com o desempenho do Djoko,que posso imaginar o que ele sentiu.
    Aliás, na Sérvia, o país esteve suspenso quase na manhã de ontem por esta transmissão e ele, Djoko nunca deixa de referir o seu nacionalismo em todas as ocasiões, pois sabe o que ele representa para o povo sérvio - o seu maior estandarte.
    Não foi por acaso que ele ganhou destacado, no ano passado o prémio internacional do melhor desportista do ano, em todas as modalidades, logo seguido do campeão de fórmula 1, Wattel e de um basquetebolista da NBA (C.Ronaldo ficou em sexto, apesar de tudo, e foi o melhor em futebol).
    Abraço amigo.

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  13. Hum não sou muito ligado em esportes, mas não pude deixar de reparar na beleza do moço ehehhe

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  14. Frederico
    Djoko é um desportista completo, até no físico.
    Abraço amigo.

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  15. pinguim um esforço premiado o que levará a uma moral super elevada, dele e do seu povo. Em Portugal é o futebol que consegue fazer esquecer os devaneios políticos.
    Beijinhos

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  16. Mary
    muito bem premiado, não tenhas dúvidas pois o "prize money" deste torneio era absurdamente alto.
    Mas isso não invalida o esforço de ambos, é claro.
    E no seu país, como em todos os outros, e isso é normal, estes feitos são sempre usados como uma "alavanca" patriótica de que todos os países tanto carecem(?), nestes tempos em que o patriotismo já não é o que era.
    Beijinho.

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  17. Eu não sou grande fã de ténis (excepto do ténis feminino pelos motivos óbvios e mesmo assim...), mas fogo, 6 horas inteirinhas a jogar?! Confesso que só conhecia o Nadal devido ao mediatismo que ele tem, mas estou em crer que a vitória assenta bem ao sérvio. O ténis, tal como outro desporto qualquer, também se pauta pelas vitórias e pelas derrotas. Nadal foi um digno vencido e Djokovic foi um justo vencedor.

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  18. FireHead
    completamente de acordo, na impossibilidade de haver dois vencedores.
    Já a final feminina foi extremamente rápida, pois além de ser à melhor de três partidas e não de cinco, como nos homens, a bielo-russa Azarenka esmagou a russa Sharapova.
    Abraço amigo.

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  19. Pronto, junta o útil ao agradável:

    http://obomsacana.blogspot.com/2012/01/sim-foi-um-bom-fim-de-semana-desportivo.html

    :)

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  20. Dylan
    independentemente de eu ser fã incondicional de Djokovic, ele é mesmo muito bom e muito mais importante, o ténis é um desporto maravilhoso, objectivamente.
    Abraço amigo.

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  21. Só não merecia o USopen porque na meia-final contra o Federer até ele já pensava que tinha perdido e só ganhou (ou começou a reviravolta) numa jogada sensacional, mas que foi em desespero e que nem ele pensava que passasse...

    Neste ponto, serei sempre intransigente na defesa de Federer, que foi sliás o carrasco de Djoko (quando este fazia a melhor série de vitórias consecutivas) em Roland Garros.

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  22. Johnny
    sucede uma coisa interessante entre os três primeiros do ATP, independentemente do seu nível. Nos confrontos com Federer, Djoko geralmente vai-se abaixo; o mesmo sucede com o suíço perante Nadal, e curiosamente o mesmo sucede com este perante Djoko.
    Pelo menos, de há dois anos a esta parte...
    Quanto ao que apontas, Federer, por tudo o que fez ao longo da sua já longa carreira é um Senhor, mas a idade não perdoa, e dentro de um ano ou dois, vai começar a ceder.
    Mais margem de manobra têm Nadal e Djoko. Só que em situações extremas Djoko vai buscar forças não sei onde e tem jogadas absolutamente deslumbrantes.
    Será difícil ceder durante esta época a hegemonia do ténis mundial.
    Até porque nos torneios do Grande Slam, o acasalamento beneficia-o, pois geralmente defronta o nº.4 nas meias finais e só irá encontrar o vencedor do duelo Nadal/Federer, na final.
    Abraço amigo.

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