O monumento original foi encomendado pelo regime de Oliveira Salazar ao arquitecto Cottinelli Telmo (1897-1948) e ao escultor Leopoldo de Almeida (1898-1975), para a Exposição do Mundo Português (1940), e desmontado em 1958.
O actual monumento, é uma réplica, foi erguido em betão com esculturas em pedra de lioz, erguendo-se a 50 metros de altura. Foi inaugurado em 1960, no contexto das comemorações dos quinhentos anos da morte do Infante D. Henrique, o Navegador.
O monumento tem a forma de uma caravela estilizada, com o escudo de Portugal nos lados e a espada da Casa Real de Avis sobre a entrada. D. Henrique, o Navegador, ergue-se à proa, com uma caravela nas mãos. Em duas filas descendentes, de cada lado do monumento, estão as estátuas de heróis portugueses ligados aos Descobrimentos. Na face ocidental encontram-se o poeta Camões, com um exemplar de Os Lusíadas, o pintor Nuno Gonçalves com uma paleta, bem como famosos navegadores, cartógrafos e reis.
Eis a lista completa das 33 personalidades representadas no monumento:
Infante Pedro, Duque de Coimbra (filho do rei João I de Portugal)
Filipa de Lencastre
Fernão Mendes Pinto (escritor)
Frei Gonçalo de Carvalho
Frei Henrique Carvalho
Luís de Camões
Nuno Gonçalves (pintor)
Gomes Eanes de Zurara (cronista)
Pêro da Covilhã
Jácome de Maiorca (cosmógrafo)
Pêro Escobar (navegador)
Pedro Nunes
Pêro de Alenquer (navegador)
Gil Eanes
João Gonçalves Zarco (navegador)
Fernando, o Infante Santo (filho do rei João I de Portugal)
Infante Dom Henrique, o Navegador
Afonso V de Portugal
Vasco da Gama
Afonso Gonçalves Baldaia (navegador)
Pedro Álvares Cabral
Fernão de Magalhães
Nicolau Coelho (navegador)
Gaspar Corte-Real (navegador)
Martim Afonso de Sousa (navegador)
João de Barros
Estêvão da Gama (capitão marítimo)
Bartolomeu Dias
Diogo Cão
António Abreu (navegador)
Afonso de Albuquerque
São Francisco Xavier
Cristóvão da Gama (capitão)
A norte do monumento uma rosa-dos-ventos de 50 metros de diâmetro, desenhada no chão, foi uma oferta da África do Sul em 1960. O mapa central, pontilhado de galeões e sereias, mostra as rotas dos descobridores nos séculos XV e XVI.
No interior do monumento existe um elevador que vai até ao sexto andar, e uma escada que vai até ao topo de onde se descortina um belo panorama de Belém e do rio Tejo. A cave é usada para exposições temporárias.
Uma das mais interessantes perspectivas do monumento pode ser observada a partir de oeste, à luz do pôr do sol.
(Notas tiradas da Wikipédia)
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Um dia eu conheço "ao vivo"!!
ResponderEliminarEdu
ResponderEliminarespero bem que sim e eu serei o cicerone.
Beijo.
Muito instrutivo o post, não fazia ideia de todas as personalidades representadas. Mas já lá subi acima e tem de facto uma vista magnífica.
ResponderEliminarAbraço.
Tinha ideia que a rosa-dos-ventos tinha sido uma oferta do Brasil... mas tens razão foi uma oferta da África do Sul.
ResponderEliminarArrakis
ResponderEliminarnem eu; foi precisamente o facto de ter recebido um mail com essas explicações que me levou a pôr este post.
Abraço amigo.
Luís
ResponderEliminarsabes que já houve sessões do Queer Lisboa no pequeno auditório instalado no interior da cave?
Lembro-me de lá ter visto um filme do Dereck Jarman - "Jubilee".
Abraço amigo.
Conheço bem o Padrão (ainda estive com a minha filha o passado Julho, como contei cá no meu blog). Desde a primeira vez que o vi (há mais de 20 anos, quando era estudante na Univ. Clássica de Lisboa) gostei dele, apesar das escuras motivações da sua origem salazarista, e sempre tive vontade de conhecer os nomes das figuras, o que agora graças ao Pinguim consegui.
ResponderEliminarOs serões de primavera ao pé dele, com aqaueles tons de rosa e malva, são inesquecíveis.
Obrigado mais uma vez.
Eu o conheco... mas achei-o desta vez, por tuas explicacoes, muito mais interessante!!!!!
ResponderEliminarAdoro posts históricos. :)
ResponderEliminarNão acrescentaria nada à tua exposição escrita. Está fantástica. Para além de ser uma bonita referência, é uma boa elucidação para quem não conhece Belém e o seu valor histórico.
Nacionalismos de parte, somos um povo com uma história lindíssima com que nos deveremos orgulhar. Fomos, durante os inícios do século XV, a maior potência mundial (do que até então se conhecia do mundo, que era bem pouco). Isso, e o facto de termos "achado" (termo que prefiro a "descobrir", que revela uma visão puramente eurocêntrica) uma parcela significativa da massa terrestre, faz com que fiquemos marcados, de forma indelével, para todo o sempre na História mundial.
Abraço.
Kaplan
ResponderEliminareste conjunto estatutário está muito bem enquadrado, visto estar por assim dizer em cima do Tejo, com o Mosteiro dos Jerónimos ao fundo e tendo por perto a Torre de Belém, fazendo do local, com o seu Jardim, a Fonte Luminosa, quando aberta no Verão e até o modernismo do Centro Cultural de Belém, um dos mais conhecidos e movimentados locais turísticos de Lisboa.
A vista, lá do cima é magnífica e para completar, só basta depois ir aos Pastéis de Belém e comer quantos couberem, pois são de chorar por mais...
Abraço do Pinguim.
Ricardo
ResponderEliminarnada como uns breves momentos de leitura para apreciarmos melhor o que só por si, já nos agrada.
Beijo.
Mark
ResponderEliminarapostava que pararias por aqui para dizer algo, devido a essa tua veia histórica que tanto aprecio em ti.
Abraço amigo.
Pinguim
ResponderEliminaresta semana vi LISBOA, de 56, do Ray Milland.
O filme é bobinho, mas tem belas imagens da velha Lisboa e uma participação muito especial de Amália.
Conhece?
Cumprimentos cinéfilos!
O Falcão Maltês
António
ResponderEliminarsim, conheço.
Quando da tua postagem sobre actrizes latinas, eu falei-te de Amália Rodrigues, que teve bastantes participações no cinema, algumas delas estrangeiras, uma das quais foi "Les Amant du Tage", com o Daniel Gélin.
Abraço amigo.
Sempre que passeio por ali perto fico a olhar e a tentar identificar todos os outros personagens, para além do Infante D. Henrique... é tão giro saber agora quem são! :)
ResponderEliminarBackpacker
ResponderEliminarjá valeu a pena ter posto este texto...
Abraço amigo.
Já lá estive em cima "Sim Senhor", bela vista de Lisboa.
ResponderEliminarJá aprendi acerca de quem são as estátuas :)
Forte Abraço
Tenho várias histórias passadas ali, como na Torre de Belém e Cristo Rei :)
Abraço
Francisco
ResponderEliminarque histórias?
No teu blog nada consta, hehehe...
Abraço amigo.
Cultura pura esse post.
ResponderEliminarFavoritei seu blog na minha timeline pra acompanhar mais de perto. AbCS!
Raphael
ResponderEliminarsim, para um não português, este post tem mais interesse e desperta o interesse para vir até cá.
Apesar de tudo, a maior parte dos portugueses desconhece o nome das figuras que compõem o grupo escultural.
Abraço amigo.
Eu estive lá à pouco tempo, gosto desta zona de Lisboa.
ResponderEliminarAbraço
Sérgio
ResponderEliminare deve dar para umas belas fotos...
Abraço amigo.
Finalmente um post em que deixas de falar de sexo:)!
ResponderEliminarContinua, estas etiquetas são a minha onda.
Dylan
ResponderEliminarhá alturas para tudo...
E é um bocado ao sabor do vento.
Abraço amigo.
Outro belo post, João!
ResponderEliminarQuando mencionou Infante Dom Henrique lembrei da rua da minha antiga casa, era esse o nome. E o panorama deve ser magnífico!
Beijinhos
Pat.
ResponderEliminaro panorama é belíssimo; de um lado, Lisboa, com os Jerónimos mesmo ali em frente. Do outro, o Tejo, no seu imenso estuário e dos lados, num a Ponte 25 de Abril e do outro a Torre de Belém.
Quase impossível pedir melhor.
Beijinho.
Gosto imenso do padrão dos descobrimentos, e é um dos pontos do meu roteiro para amigos turistas. Agora a propósito de descobrimentos, apesar da história portuguesa ser riquissima e termos sido os verdadeiros promotores do conceito atual de 'aldeia global', existe uma tentativa vigente de ocupação da história pelos ingleses. Por exemplo, estive há uns dias a olhar para a História do Canadá, especialmente da Terra Nova. Na wikipedia portuguesa, lá está a referência a João Vaz Corte-Real e Álvaro Martins Homem. Na versão inglesa foi um italiano ao serviço, claro, de Ingleterra!
ResponderEliminarCoelho
ResponderEliminarisso é verdade, mas eles não podem negar a História.
Além de Portugal, só os Espanhóis descobriram novos mundos.
As armadas inglesas eram essencialmente usadas para fazerem a guerra e em actos de pirataria.
Abraço amigo.
A vista lá de cima é fantástica!!! Já lá estive duas vezes e espero repetir.
ResponderEliminarMz
ResponderEliminarsempre que recebo amigos que não conhecem Lisboa, é ponto obrigatório da visita.
Beijinho.
No padrão disponibilizam um folheto com a identificação das personagens e é interessante vê-lo no local.
ResponderEliminarDeixo uma nota:
Consta que o Cottinelli, que é autor de grande parte da dita Exposição e de outras obras que perduram no local, sempre se opôs a construção do monumento de forma definitiva em betão e pedra, porque tinha sido concebido para ser efémero. Por isso essa reconstrução só ocorreu após a sua morte.
(e está lá o "nosso" Pêro, claro :)
Sad eyes
ResponderEliminara próxima vez que lá for, hei-de seguir o teu conselho.
O "nosso" Pero teria que lá estar; afinal também foi um descobridor.
Abraço amigo.
fui lá muito novinho, mal me lembro...mais "recentemente" mostrei-o a um viajante do Brasil que estava ansioso po conhecer e ficou arrepiado quando o viu ao vivo:-)
ResponderEliminarIma
ResponderEliminarfaz parte obrigatória de quando queremos mostrar Lisboa a amigos e vale bem a pena.
Abraço amigo.