Desde sempre, o homo-erotismo esteve presente na Arte, exceptuando talvez o período obscuro da Idade Média.
Deixo aqui alguns exemplos (muitos mais haveria e de diversa procedências) e procuro fazer um percurso desde a Antiguidade aos nossos dias
No que respeita aos tempos mais remotos escolhi esta
que representa uma imagem de Aquiles cuidando dos ferimentos de Patrócolo (séc. V A.C.)
e também uma pintura oriental que desconheço a sua época, mas que é extremamente explícita
Passando ao Renascimento duas representações de grandes mestres
Uma obra de Caravaggio - "Os músicos"
E a estátua de David, de Miguel Ângelo, a sua obra prima no campo da escultura.
Já no século XIX, podemos encontrar
de William Adolphe Bouguerau - "Dante e Virgílio no Inferno"
e de Édouard Henri Avril - "Ancient Times Plate XVIII from "De Figuris Veneris"
Já no século XX, a escolha recaiu em
Salvador Dali
Frida Kahlo - "Dois nus num bosque"
Francis Bacon - "Study from the human body"
e Andy Wharol - "Auto retrato"
Finalmente num tipo de arte mais modernista, dois exemplos
Um trabalho fotográfico de Aymeric Giraudel - "The Profecy"
e uma tela de Steve Walker
Não podia deixar de referir um caso muito especial de homo erotismo, já no campo da desproporção das formas, de modo a aumentar a carga erótica
Trata-se como é óbvio de um desenho de Tom of Finland (contive-me e não escolhi um dos mais ousados).
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Pintura homo-erótica
Publicada por
João Roque
à(s)
03:35
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Etiquetas:
arte,
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Ai os desenhos do Tom of Filand :)
ResponderEliminarTantas vezes suspirei por alguns bonecos e não só ;)
Abraço
É muito boa a escolha.
ResponderEliminarGostei especialmente da pintura oriental sobre a revolução industrial.
É naturalmente uma pintura sobre comboios :p
Francisco
ResponderEliminarjá há muito tempo publiquei um post só sobre o Tom of Finland.
Abraço amigo.
Sad eyes
ResponderEliminarrealmente vê-se perfeitamente o modelo do comboio e não parece um TGV. Só não consigo encontrar a locomotiva...
Abraço amigo.
O Tom of Finland era um mestre. Tenho um livro de postais dalguns dos seus desenhos... são de olhar e chorar por mais.
ResponderEliminarConheço uma grande parte das obras que partilhaste hoje porque a homossexualidade ao longo da historia sempre foi um tema que muito me interessou. Haveriam muitas mais obras deste género, principalmente da antiga Grécia se os cristãos puritanos não as tivessem destruído.
ResponderEliminarBem se gostas do trabalho do Tom of Finland podemos considerar que sempre há ai um pequeno gosto pela bd :p
Um abraço
Não é novidade nenhuma que a homossexualidade sempre existiu. Já os antigos pagãos o eram, muitos deles.
ResponderEliminaradorei todas as imagens :)
ResponderEliminarLuís
ResponderEliminaracho que todos nós temos ou tivemos alguma coisa do Tom of Finland, pois revolucionou com a exuberância das suas formas físicas, principalmente dos genitais masculinos, todas as fantasias que fomos construindo.
Estou a referir-me a nós, como é óbvio, aos homo e bissexuais, mas não me admiraria que também desperte algum interesse a alguns heterossexuais que se recusam a admitir certos factos.
Abraço amigo.
André
ResponderEliminara arte da antiga Grécia, onde a homossexualidade era admitida com toda a normalidade está repleta de figuras pintadas em paredes ou vasos, de cenas alusivas ao assunto; da mesma forma se encontram inúmeras alusões na arte indiana, chinesa e islâmica.
Muita coisa foi destruída por esse período obscuro da História que foi a Idade Média.
Eu não digo que não gosto de BD; se tu soubesses quantos livros de quadradinhos li quando era miúdo, desde almanaques da Disney a cowboyadas (Zorro, Cisco Kid, Buck Jones, Roy Rogers, etc.), e passando pelo Tin-Tin (tenho todos os seus álbuns), já não dizias isso.
Eu não aprecio muito são as animações do cinema, embora reconhecendo as sofisticações técnicas, principalmente aquelas coisas de ficção científica.
Mas Tom of Finland é um caso à parte...
Abraço amigo.
Firehead
ResponderEliminarcomo o eram quase todos, senão todos os autores aqui representados.
E como o eram Alexandre, Tchaikovsky, Shakespeare, da Vinci e tantos outros génios de diversas áreas.
Abraço amigo.
Frederico
ResponderEliminarhaveria muitas, muitas mais...
Abraço amigo.
Amigo, como hetero que sou vejo algumas dessas imagens e "estranho" :D
ResponderEliminarAbraço.
Catso
ResponderEliminarclaro que entendo isso perfeitamente, mas ninguém fica indiferente a uma tela de Dali ou Caravaggio ou à estátua de David.
Abraço amigo.
São obras diferentes mas bastantes interessantes, pela intensidade das sensações que transmitem em cada passo da história.
ResponderEliminarGosto de ver e de descobrir novos artistas, obrigado.
Adorei a música.
Abraço doce
Sairaf
Olá, Pinguim e olá Sad Eyes, também não consigo encontrar a locomotiva ;-)
ResponderEliminarUm abraço
muito interessante. confesso que pouco sei sobre esta vertente "artística". Deverão existir certamente livros sobre a temática gay e a sua influência na arte. Recomendas algum?
ResponderEliminarSairaf
ResponderEliminarcomo sabes procuro sempre uma música, minimamente relacionada com o tema e sendo os "Pet Shop Boys" um conjunto(excelente) abertamente gay, pareceu-me uma boa escolha e a música é particularmente boa.
Beijinho.
Sérgio
ResponderEliminarmistérios insondáveis de certos "comboios" perfeitos (como os círculos)...
Abraço amigo.
Speedy
ResponderEliminarachei fantástica a tua pergunta, porque me deu um trabalhão descobrir na net, certas telas, os seus nomes, etc., e afinal tinha aqui mesmo, na minha frente um excelente livro, de que não me lembrei e que é completíssimo sobre este assunto; trata-se de um livro grande, daqueles bons quando sequer ofertar um bom presente e deve ser bem caro (também o recebi como presente, curiosamente de uma amiga francesa heterossexual) e que se chama "L'Amour Bleu", da autoria de Cecile Beurdelei, com texto em inglês e pertence a uma editora espanhola.
Abraço amigo.
Tom of Finland rules!
ResponderEliminarEnviei-te um e-mail, a propósito de outro assunto.
ResponderEliminarSei que costumas ver o correio, mas por descargo de consciência vim aqui alertar.
abc
Backpacker
ResponderEliminarof course, ever...
Abraço amigo.
Sad eyes
ResponderEliminarpois olha que nada recebi, pelo menos, por ora...
Abraço amigo.
a seguir com atenção. :)
ResponderEliminarbeijos.
Margarida
ResponderEliminarobrigado pela visita. Volta sempre que queiras.
Beijinho.
Yeap, Tom Finland era muito à frente--- Os orientais naquele comboio, vai lá vai...
ResponderEliminarA música do dia, uma das minhas preferidas, lembrei-me do cruzy nights, aliás cruzy tardes porque eu só podia entrar nas matinés....
Grande Abc
André
ResponderEliminarbem, definitivamente o Tom of Finland leva a palma destas fotos.
E ninguém fala do David do Miguel Ângelo???
A música, sim, é um "must"!!!
Abraço amigo.
Algumas obras são maravilhosas!
ResponderEliminarBeijinhos.
Pat.
ResponderEliminartens toda a razão...
Beijinho.
Belas imagens!
ResponderEliminarCumprimentos cinéfilos e FELIZ 2012!
O Falcão Maltês
António
ResponderEliminarAs minhas preferências vão para as renascentistas, a escultura de David que já vi ao vivo por 3 vezes e a tela de Caravaggio.
Bom ano e bom cinema.
O homoerotismo sempre esteve presente na Arte, mas, como bem disseste, na Idade Média houve um apagamento dessa manifestação artística, devido, em larga medida, à repressão da Igreja Católica não só em relação à homossexualidade, como também em relação a toda a Arte. Não é à toa que a Idade Média é conhecida como a "Idade das Trevas". Todo o espírito liberal da Antiguidade Clássica fora perdido, restando apenas a obscuridade que, timidamente, haveria de desaparecer, primeiro com o Renascimento, já na Idade Moderna, em que o Homem passou a ser o centro da Arte (tal como nos clássicos); em segundo, já nos nossos tempos, nas modernas sociedades ocidentais.
ResponderEliminarAbraço, my dear. ^^
Mark
ResponderEliminarsabes que gosto imenso de História e tu és uma barra nisso.
Fico satisfeito de saber que também tu te decepcionas com esse obscurantismo da Idade Média.
Há um livro, e um filme dele adaptado que mostra bem todo esse aspecto negativo, decadente e de um desmesurado poder religioso desse tempo: "O Nome da Rosa".
Abraço amigo.
Tenho um professor que oferece uma disciplina na faculdade chamada Homoerotismo na Literatura. Queria muito fazer, pena que não será oferecida neste próximo semestre. Mas assim que ele a ofertar, vou me inscrever!
ResponderEliminarGiovana
ResponderEliminarolha que interessante.
Quando isso acontecer, dá notícias sobre isso, valeu?
Beijinho.
sabia que tinha um comentário a rever. Aqui está ele. Obrigado pela sugestão Pinguim. Já anotei o nome :)
ResponderEliminarSpeedy
ResponderEliminartalvez não seja difícil encontrá-lo numa boa livraria, tipo Bertrand.
Mas deve ser carote...
Abraço amigo.