terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Crises

A crise está aí!
É o que se ouve dizer e é verdade, nós sentimo-la, todos os dias, nos mais variados aspectos da vida.
E também chegou aqui, à Blogosfera, nalguns casos mais directamente relacionados com ela, como se pode notar na acentuada ausência de postagens de alguns bloguistas (refiro-me é claro, aos que habitualmente leio e comento), que costumavam ser mais assíduos, e que agora, por falta de tempo ou motivação, têm andado desaparecidos; infelizmente, esta “crise” na Blogosfera, tem também uma outra razão, bem mais grave e triste, e que se refere àqueles que não postam ou comentam, por razões de saúde suas ou de entes queridos; a esses a minha solidariedade nunca regateada.
Mas, mesmo nos que continuam a “dizer qualquer coisa”, ou se rareiam as postagens ou então se fica por pequenos apontamentos, uma música e pouco mais (o que não significa que sejam assuntos desinteressantes); eu próprio sinto isso em mim, e por vezes falta-me a paciência para “construir” posts com alguma substância.
Hoje, por exemplo, hesitei muito na escolha do tema, e por isso optei por estar aqui a divagar…
Apetecia-me deixar uma referência ao desaparecimento de António Alçada Baptista, que mais do que um “escritor de afectos” como é comum chamar-lhe, foi para mim uma pessoa amiga, embora há já tempos que com ele não privasse; as nossas famílias sempre foram amigas, já que somos da mesma cidade, Covilhã, e quando eu era pequenito ele me levava às costas nas férias estivais nas Penhas da Saúde; fica a saudade do Homem e dos tempos…
Apetecia-me falar de dois factos da política nacional, que tiveram algum relevo nos últimos dias: o descarado apoio do Governo a um banco, que não o mereceria, pois os únicos prejudicados com a sua eventual queda, são pessoas possuidoras de enormes fortunas e cuja “infelicidade” em nada me preocupa; foi mau de mais…E o descalabro total no seio do PSD, que tinha uma soberana ocasião para, no Parlamento, contribuir juntamente com o resto das oposições, derrotar a maioria absoluta do partido do Governo, já que se sabia antecipadamente da ausência de vários deputados do PS e o voto contrário de outros, na questão da suspensão do modelo de avaliação dos professores, mas que, inconsciente ou conscientemente, contabilizou na altura da votação, a falta de 30 deputados; assim, Sócrates continua a sorrir e apesar de toda a contestação, a subir nas sondagens...Um outro aspecto que gostaria de focar, é pessoal, e tem a ver com a crise, mais propriamente com a crise da Justiça, a qual me afecta bastante no momento actual, pondo inclusive em risco a minha deslocação a Belgrado, no início de Fevereiro; mas, a este respeito, quero e devo voltar, mais tarde, com o relevo que merece, e espero que o possa fazer o mais breve possível. Para mostrar como em Portugal também há processos kafkianos…
Enfim, a crise vai continuar, na blogosfera, em Portugal e no mundo, com violência, tragédias e poucas, muito poucas alegrias.
Esperemos por dias melhores, mas quando???

domingo, 7 de dezembro de 2008

Better



Our love has changed
It's not the same
And the only way to say it
is say it..it's better

I can't conceal
This way I feel
For all the times we spend together
Forever just gets better

Seem what I'm try to say is
You make things better
And no matter what the day is
With you here it's better

I stand by you
If you stand by me
I think it's time that I reveal it
Cause I believe it
It's better

Seem what I'm try to say is
You make things better
And no matter what the day is
If you're here it's better

Ooh the more I write song to you
I'm fall in love with everything you do

Oooh..

Seem what I'm try to say is
You make things better
And no matter what the day is
With you here it's better

Our love has changed
It's not the same
And the only way to say it
is say it..it's better



Esta música é linda e o clip é bem conseguido.
Dedico-o a uma pessoa - a TI!
VOLIMTE CHAKO PAKO

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Passado e presente: 10 - Redacção: os pinguins

Retomando a recuperação da parte do meu blog perdido, aqui vai um texto publicado em 24 de Novembro de 2006, pretendendo imitar as redacções da escola primária. A foto é da sala de minha casa.

Redacção: -"OS PINGUINS"

Os pinguins são uns animais muito bonitos. São aves, mas não voam. São como os patinhos, pois podem nadar.

Vivem em grupos muito grandes, nas terras geladas.

São animais de que toda a gente gosta. Eu também gosto muito de pinguins. É o meu animal preferido. Até faço colecção de pinguins e já tenho muitos...

Aqui em casa, há pinguins por todo o lado, e até há uma pessoa a quem chamo "Pinguim"!

Se calhar, foi por causa dessa pessoa que passei a gostar ainda mais de pinguins.

Há muitos amigos que me oferecem pinguins, e às vezes até tenho alguns iguais.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Metamorfoses



"Ser diferente pode tornar-nos solitários. Mas, dos nossos casulos, nós lutamos para sair, renascidos e levantamos voo com asas construídas de delgados fios, e abraçamos o que realmente somos..."



Pintura de Michael Breyette, que podem ver com mais desenvolvimento aqui e aqui.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O HIV mata...

São dois vídeos "roubados", o primeiro aqui e o segundo ali, mas não posso deixar de os partilhar, porque me impressionaram muito; são fortes, mas a doença, infelizmente também o é..




sábado, 29 de novembro de 2008

Musicalidades



Dando seguimento ao desafio do Ima, e embora não seja um perito em música, aqui estou, mas tive que me socorrer dos velhos tempos de um dos grupos que ficará para sempre na história da música: “The Beatles”.

O desafio é responder às perguntas com nomes de músicas de apenas uma banda ou cantor à nossa escolha e depois lançar o mesmo desafio a mais pessoas.

Aqui vai:
O que é o passado?
YESTERDAY
Tenho um pneu furado…
HELP!!!
Estás mesmo bem?
LET IT BE
Déjan
I WANNA HOLD YOUR HAND
Ando farto da vida…
ALL YOU NEED IS LOVE
A gaja está-me a comer com os olhos
SHE LOVES YOU
A próxima viagem
ACROSS THE UNIVERSE
Meio de transporte
YELLOW SUBMARINE
A noite passada
A HARD DAY’S NIGHT
O que Portugal precisa
REVOLUTION
Vou conseguir fazer isso
WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Estás tão só…
COME TOGETHER


E agora tenho que arranjar alguém que ache piada a isto e lhe dê seguimento


Cá vai disto: “X-Bear” e “Work in Progress

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Datas - 2



Outra data que quase escapava a um reparo, e que seria imperdoável, foi o facto deste blog ter desde o dia 6 do corrente, a “provecta” idade de dois anos!!! Foi realmente a 6 de Novembro de 2006 que coloquei o meu primeiro post, que se intitulava “Para começar”; depois veio a perda do blog, o qual quase integralmente foi recuperado (e que tenho, dentro do que é viável, apresentado mais recentemente), e a um ritmo cadenciado, nem muito rápido, nem demasiado lento, os posts vão surgindo, uns mais pessoais, outros mais interventivos, aqui e ali um pouco mais ousados, mas sempre dentro do esquema e dos princípios que regem a minha vida.
Nesta segundo ano, o blog “cresceu” muito, não só em número de amigos que tenho linkados, como nos comentários e também conheci muita gente ao vivo, grande parte devido ao jantar de Abril, que espero se repita em Abril do próximo ano e com sucesso ainda maior, mas também devido a encontros posteriores, que se proporcionaram, e o pic-nic, organizado pelo Miguel, nas Caldas, em Julho ajudou, assim como a ida ao porto com o Déjan, em Junho.
Houve pessoas, que por razões várias “saíram do barco”, poucas aliás, se comparar com as que “embarcaram”, e a maior parte das que saíram, foi porque desistiram dos blogs, o que é sempre uma pena; claro que a vida está difícil, e essa dificuldade reflecte-se em tudo, e nota-se nos últimos tempos um certo “abrandamento” das postagens, porque as pessoas têm coisas mais importantes em que pensar, obrigações dobradas, enfim, e há os ciclos de maior ou menor interesse bloguístico.
Uma coisa me enche de satisfação e que é a quantidade de bons amigos que aqui ganhei e que estou certo, com ou sem blog, continuarão a sê-lo; qualquer referência seria deselegante, mas é-me impossível não nomear uma pessoa, dessas a quem me ligam já laços de uma grande amizade e que vive momentos difíceis; a ele, ao Catatau dedico este meu post de aniversário e mando-te um desafio, João: quero-te à minha beira com o teu J., em Abril próximo, no futuro jantar de bloguistas.
A todos, que me lêem, que me comentam e que fazem o favor de serem meus amigos, um enorme obrigado e para tod@s, beijos e abraços.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Datas - 1

Com esta longa postagem dos Cadernos de Viagem, ficaram variados assuntos para trás e que teriam decerto merecido outra atenção; mas há duas datas que entretanto passaram, e que mesmo com atraso não quero deixar passar sem uma referência.
A primeira foi no dia 2 deste mês, precisamente o último dia em Itália, aquele passado no Lago de Como; foi dia de aniversário de alguém demasiado importante para aqui não ser lembrado: a minha Mãe que nesse dia cumpriu 87 lindas Primaveras; é uma felicidade quando se chega a essa idade com saúde física e mental; claro que a idade não perdoa e a locomoção faz-se com maior dificuldade do que há uns anos atrás, mas está linda a minha Mãe!!!
Para homenageá-la, embora saiba que ela não vem ver este texto, (mas talvez agora no Natal lho mostre), a sua canção preferida de há muitos anos, o “Innamorata” pelo Dean Martin e porque ser mãe é a coisa mais linda do mundo, aproveito para prestar uma homenagem a todas as mães deste mundo, pondo aqui este vídeo, que “rapinei” aqui.



(Fechar o som) .



Parabéns Mãe, amo-te muito!

sábado, 22 de novembro de 2008

Cadernos de viagem 7 - Lago de Como e Bellaggio

Para terminar estas crónicas de viagem, vou hoje falar sobre o nosso último dia em Itália, um domingo, pleno de sol, convidativo a um passeio só possível de fazer-se de carro, e assim na companhia dos nossos anfitriões, Francesco e Luigi, fomos dar a volta ao Lago de Como, a norte de Milão, mesmo junto á fronteira suíça. A estrada que circunda o lago vai de Lecco a Como, é estreita e sinuosa, mas apresenta-nos paisagens idílicas, tendo a possibilidade de parar o carro variadíssimas vezes, pois fazem pequenos parques (para um ou dois carros apenas), de quando em quando.
O lago é grande e tem a particularidade de ladear como que uma península, na ponta da qual está a mais bela povoação das margens do lago – Bellaggio; eu já tinha feito noutra altura o percurso Como-Lecco; agora fizemos o itinerário inverso.
É lindo, lindo este percurso, menos povoado de Lecco até Bellaggio, do que a outra parte, mas sempre magnífico.
Bellaggio é uma jóia, muito turística durante todo o ano,
com muitos e bonitos hotéis, ruas estreitinhas e escadinhas maravilhosas entre os dois níveis da povoação, ou seja entre as duas ruas principais.
Foi aqui que almoçámos, na esplanada de um hotel, e comemos o tradicional “risotto” com peixe do lago, que é um risotto acastanhado, (fazendo lembrar a nossa cabidela, mas só na cor), e o peixe é uma delícia; só que, embora bom, e com uma apresentação um pouco “desmesurada” – um prato enorme e aquela tampa prateada, destapada ao ser servida, desilude pela sua pequena quantidade, e quanto ao preço, é melhor eu calar-me, pois foi a refeição que nós pagámos, como o mínimo agradecimento por tanta gentileza para connosco e ficou lá uma “grande nota”…
Depois descemos para Como e visitámos, por fora uma das muitas e maravilhosas “villas” que os famosos têm naquelas margens (não era a do George Clooney) e regressámos a Milão, pela auto-estrada, depois de passarmos a 100 metros da fronteira suíça (Chiasso).

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Cadernos de viagem 6 - Vigevano e Cremona

Nos últimos dias que passámos em Milão, a chuva apareceu, o que limitou o nosso plano de visitas; mesmo assim e aproveitando uma tarde sem chuva, fomos fazer uma visita a uma pequena cidade situada apenas a 35 kms a oeste de Milão, já quase no Piemonte; trata-se da cidade de Vigevano, célebre pelo seu Castelo, curiosamente ligado ao nome de Luchino Visconti, mas não é o célebre realizador, mas um duque da família Visconti, provavelmente antepassado do cineasta, já que este pertencia a uma família nobre; mas mais conhecido que o seu castelo é a Praça Ducal da cidade, magnífica, com um dos seus quatro lados preenchidos por uma belíssima Catedral, embora não grande; toda a praça é muito bonita, com o Castelo por detrás; aliás a cidade de cerca de 50.000 habitantes é toda ela muito simpática, com algumas igrejas e edifícios muito bonitos.

Depois de deixarmos Milão, e de regresso a Treviglo, pois o nosso anfitrião rumou entretanto para Istambul, ao encontro do seu namorado, tínhamos à nossa frente o último fim de semana; por sorte o tempo melhorou e assim no sábado, o Francesco levou-nos a Cremona, a capital do violino, onde se fabricam os melhores violinos do mundo;
é uma cidade muito bela, com uma praça principal deveras interessante, dominada por um Duomo enorme em espaço e beleza
mas também com outros motivos de interesse.
Havia um enorme mercado nas ruas principais da cidade e aproveitámos para ficar com uma recordação da nossa visita à cidade.

domingo, 16 de novembro de 2008

Cadernos de viagem 5 - Veneza

E chegou a vez da “Sereníssima”, da cidade dos Doges e do amor…
Veneza é única no mundo, não só porque é bela, mas pela sua ímpar particularidade de não haver avenidas, nem sequer ruas, e consequentemente não haver tráfego viário; há ruelas estreitas em cada lado dos canais e praças pequenas, a que chamam “Campos”, exceptuando, claro, a ampla e maravilhosa Praça de S. Marcos, e a sua continuação que é a Praça do Palácio dos Doges e o extenso passeio marítimo a que a mesma dá acesso.
Chega-se a Veneza de comboio ou de automóvel, depois de atravessar a extensa ponte que a separa de Mestre; e deixado o automóvel no enorme silo perto da Estação de Santa Lúcia, todos os caminhos vão dar a dois destinos: a Ponte de Rialto e a Praça de S. Marcos – basta para tanto seguir as imensas indicações nas ruelas ou tomar o “vaporetto”, ou seja o autocarro local que cruza intensamente o Grande Canal,
juntamente com os táxis fluviais, as gôndolas, algum transporte fluvial, pouco comum e serviços públicos, como polícia e ambulâncias…
Um dos itinerários aconselhados é ir seguindo a pé, ladeando de preferência pela esquerda o Grande Canal, apreciando igrejas, edifício e praças, espreitando de quando em vez o grande Canal, para apreciar aqueles palácios como o “Cá d’Oro” por exemplo, até chegar à mais bela ponte de Veneza, “Rialto”; conseguir uma nesga de espaço para sacar uma ou mais fotos é tarefa difícil.
Depois seguindo, sempre a pé até à Praça de S. Marcos, parando para apreciar a reconstrução do famoso Teatro de la Fennice, que curiosamente tinha ardido poucos dias antes da minha última visita, há dez anos atrás.
A chegada à famosa praça percorre-nos um arrepio ao vislumbrar a Catedral de S. Marcos, tão afamada igreja bizantina

e o conjunto que faz com a torre do Relógio e o imponente “Campanile” de subida obrigatória e de onde se tem uma vista deslumbrante da praça e das ilhas de S. Michelle (cemitério da cidade), S. Giorgio Maggiore e Guidecca .

Depois apreciar o resplandecente Palácio dos Doges e a praça com os típicos candeeiros rosados e as duas colunas, uma das quais como o Leão, símbolo da cidade.


À volta, tomar o vaporetto e apreciar em detalhe os maravilhosos palácios do Grande canal, passar sob a velha Ponte de la Accademia e ainda ter tempo para parar em S.Tomá, para apreciar a igreja de Santa Maria Gloriosa dei Frari e o Campo de San Rocco, na ilha de Guidecca; retomar o vaporetto, apreciar a ponte de Rialto da laguna e chegar enfim à estação.
Claro que Veneza é só turismo, e como uma cidade que vive do turismo tem preços proibitivos, que roçam o absurdo; se assim não fosse teríamos ido a ver Murano e oseus vidros e talvez ao Lido.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Cadernos de viagem 4 - Florença

Visitar Florença em apenas onze horas, só não é coisa de loucos, porque eu sou louco por esta cidade, numa opinião subjectiva, a mais bela de Itália e uma das mais belas do mundo. E como já foram várias as vezes que ali estive, não quis perder a oportunidade de voltar e de mostrar o essencial ao Déjan.. Só o facto de conhecer bem a cidade e de o que há de importante a ver ficar num perímetro relativamente curto permitiu esta visita.
Claro que não entrámos na “Galleria del Uffizzi”, uma das mais belas pinacotecas que conheço; não visitámos por dentro o Palazzo Pitti e os seus famosos jardins, mas deu para muito e para chegar ao fim do dia exausto e feliz.
Logo à chegada e para evitar grandes filas, fomos à Galeria da Academia, admirar de novo, a mais bela estátua que existe: o “David” de Michelângelo e ficámos largos minutos sentados e à volta da estátua, extasiados com tamanha beleza e perfeição.
Daí e sempre a pé, que as distâncias são curtas, chegámos á praça onde está o imponente e magnífico Duomo, enorme em tamanho e beleza,e ali mesmo ao pé, o maravilhoso Baptistério, com a sua famosa porta dourada e a abóbada interior que é admirável.
Dali fomos visitar outra igreja famosa, mesmo junto à estação central – Santa Maria Novella, e sempre apeados, chegámos ao rio Arno, a uma ponte anterior à mais conhecida, a Ponte Vecchia, mas de um onde se pode admirar melhor essa ponte, única no mundo;

fomos passando por lindos “palazzos” até chegar à sala de visitas da cidade, que é a Piazza della Signoria, com o fabuloso conjunto de estátuas, em que ressalta toda a beleza do Neptuno e as estátuas mais pequenas , debaixo da “loggia”, com destaque para o "Perseu";

vimos (por fora) as Galerias del Uffizzi, sem tempo para ver os admiráveis Boticelli que estão dentro (entre outros) e chegámos à famosa ponte, a qual atravessámos para chegar ao Palácio Pitti, enorme e cujos jardins de Bobolli gostaria de ter visitado outra vez, mas o bilhete era para todo o palácio e não havia tempo.


Tomámos então o autocarro que nos levou ao cimo, à Piazalle Michel Ângelo, onde à vista de uma enorme reprodução do David, se tem a mais bela vista de Florença e do Arno.
Florença, a cidade que mais admiro, faz-nos regressar ao tempo do Renascimento, aos Médicci e a outras ilustres famílias.








terça-feira, 11 de novembro de 2008

Cadernos de viagem 3 - Milão

Milão é a grande metrópole do norte de Itália e o centro nevrálgico da zona mais industrializada e rica do país, contrastando com a pobreza do Sul. É uma cidade típica de uma zona industrial, com algumas particularidades: alguns monumentos importantes, uma intensa actividade de serviços, uma das grandes capitais da moda mundial e um importante pólo turístico.
No seu todo não é aquilo a que se possa chamar uma cidade bonita, mas sim uma cidade com algumas coisas bonitas e interessantes. Tem um serviço de transportes públicos bastante deficiente, à excepção do metro, uma imponente estação central com um movimento impressionante e tem dois aeroportos, Linate e o mais recente Malpensa, em localizações opostas.
O centro de Milão converge na praça do Duomo, um dos mais belos templos góticos do mundo
onde estão também situadas as famosas e belas Galerias Vittorio Emmanuelle,as quais desembocam na praça onde está o famoso Scala e a estátua de Leonardo da Vincci;perto do Duomo fica também outra atracção de Milão, que é o Castelo Sforzza, ainda integrado no amplo parque da cidade; do Duomo parte a principal e mais animada rua de Milão, a Via Manzoni, com a qual se cruza uma das mais emblemáticas ruas da cidade, a Via Montenapoleonne, onde estão situadas todas as lojas dos grandes estilistas: é bom de ver, mas fingir não ver os preços…
Uma outra atracção de Milão são as muitas igrejas, também não longe do centro; a maior é Santa Maria de la Grazzia, muito bela arquitectónicamente, e junto à qual se encontra o famoso “Cenáculo” de Leonardo; infelizmente a venda de bilhetes é feita sob reserva, via net ou comprada antecipadamente e no dia em que lá fomos, só havia vaga para daí a duas semanas...Outra belíssima igreja é Santo Ambroggio, padroeiro de Milão, que não se pode perder.


Perto da casa do nosso amigo Ferruccio, onde ficámos alojados fica outra atracção de Milão, que é o Cemitério Monumental, com um edifício muito bonito e com “ruas” pejadas de jazigos, que são autênticas obras de arte; entre outros ali repousa Verdi.


Finalmente, e sendo o Déjan e eu também, adeptos de futebol, fomos ver um jogo ao famoso estádio de S.Siro; foi um jogo entre o Inter e o Génova; Mourinho, tal como em Inglaterra é um deus para os “tiffosi” do Inter e é odiado pelos outros; o Figo não jogou, por estar lesionado e o Quaresma jogou tão mal que saiu ao intervalo; o resultado foi um empate a zero e eu torci inteiramente pelo Génova.

domingo, 9 de novembro de 2008

Cadernos de viagem 2 - Bérgamo



Quando há anos fiz uma viajem a Itália, de automóvel, com o Duarte, durante quase um mês, vi muito daquele país, indo mesmo até Roma.. Uma das cidades que mais nos impressionou foi Bérgamo, no norte da Lombardia, e que se compõe de duas partes distintas: a cidade moderna e monumental ao mesmo tempo, cá em baixo; e a “Citta alta”, velhinha e murada, plena de ruas estreitinhas e lindas; curiosamente, como íamos de carro, não parámos senão na “Citta alta”, a qual percorremos e vimos os belos monumentos, que se distribuem ao redor da Piazza Vecchia, com relevo para a Catedral.
Curiosamente, notámos na altura a particular simpatia dos habitantes desta cidade.
Tudo isto, para dizer, que nesta viagem com o Déjan, estando nós a cerca de 40 Kms de distância, foi a nossa primeira visita: fomos de comboio (cerca de meia hora desde Treviglo) e passámos lá o dia; foi uma bela surpresa a parte baixa da cidade, que eu praticamente não conhecia e que agora percorri demoradamente a pé: magníficos edifícios na avenida principal que vai desde a estação até ao funicular que serve para ir como alternativa ao autocarro até à “Citta alta”, muita vegetação, uma urbanização muito cuidada.
Enfim, na parte alta da cidade, o mesmo deslumbramento de há anos, a mesma simpatia nas pessoas, o mesmo feitiço de uma das mais belas cidades do norte de Itália; como curiosidade, não tentem perceber o dialecto bergamasto, pois de italiano nada tem; é assim como que o catalão para o castelhano, e até livros editados há nessa “língua”.
Um passeio maravilhoso, uma cidade a conhecer.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Cadernos de viagem 1 - Chegada e Treviglo

Cheguei a Malpensa – aeroporto de Milão, ao terminal dois, reservado aos voos “low cost” e num autocarro do próprio aeroporto fui para o terminal um, onde chegaria o Déjan, uma hora e meia depois; apercebi-me que o meu telemóvel não funcionava e a minha inabilidade para esses brinquedos não me permitia pô-lo a funcionar. Do Francesco, nosso anfitrião, nem rasto, e eu sem poder contactá-lo; pouco antes do avião do Déjan aterrar lá apareceu o Francesco acompanhado do seu namorado desde há 3 anos e que eu não conhecia, o Luigi, uma simpatia de pessoa.
O Déjan chegou à hora prevista e depois da emoção do reencontro conseguiu pôr o meu telemóvel operacional; como Malpensa fica a cerca de 35 Kms de Milão e nós iríamos para Treviglo, onde habitam o Francesco e o Luigi, (casa do Francesco e do Luigi, em Treviglo)
e que dista de Milão outros 35 Kms na direcção oposta, resolveu-se ir jantar a Milão e aí encontrarmos o Ferruccio, antigo namorado do Francesco e seu grande amigo, até para que pudéssemos conhecer o namorado do Ferruccio, o jovem e lindo de morrer Erçin, um turco, jovem arquitecto e que regressaria a Istambul na manhã seguinte. Encontrámo-nos no Parque da Cidade, junto ao Castelo dos Sforzza, e foi bom reencontrar o Ferruccio, em cuja casa de Milão iríamos ficar uma semana; o jantar, a seis foi animado, pois havia 3 italianos, um turco, um sérvio e um português.
Depois do jantar rumámos a Treviglo, pequena e pacata cidade, onde o Francesco comprou um apartamento, para residir com o Luigi, que trabalha numa grande quinta familiar, nos seus arredores; apesar de o Francesco trabalhar em Milão, onde é professor universitário, prefere viver ali e vai todos os dias de comboio para Milão.No dia seguinte, fomos os dois, eu e o Déjan, conhecer a pequena e tranquila cidade e deu para descansar (?) do cansaço da viagem; no dia seguinte iríamos passar o dia a Bérgamo.(Catedral de Treviglo)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Caminhei até junto de ti...


Como o povo sabiamente afirma, “não há bem que sempre dura, nem mal que nunca acaba” e assim aqui estou de novo, depois de duas semanas muito estimulantes, na companhia da pessoa que mais adoro, e de quem me vejo de novo separado; embora esta nova separação seja, tudo o indica mais breve, “apenas” três meses, pois conto estar em Belgrado no início de Fevereiro, custa sempre muito a separação.
A Itália é um país maravilhoso e foi para mim um imenso prazer voltar a ver e agora mostrar, sítios maravilhosos ao Déjan; aqui darei conta de alguns deles, mas para já, não posso deixar de referir a extrema afabilidade com que o Francesco nos recebeu em Treviglo ( e que sorte tem ele de ter encontrado um tão maravilhoso companheiro, o Luigi, que eu não conhecia); e também a maravilhosa disponibilidade do Ferruccio, em casa de quem ficámos em Milão, e que também encontrou um novo amor, lindo de morrer, o turco Ercin, que foi uma pena termos conhecido pouco, pois partiu, pouco depois da nossa chegada para Istambul..
Enfim, o tempo esteve quase sempre bom e deu para visitar bem Milão, Bérgamo, Florença, Veneza, Vigevano, Cremona e o maravilhoso lago de Como.
Agora é o regresso à rotina, e é o reencontro com algumas tristes realidades, infelizmente; nunca esqueci um grande amigo que aqui está a passar um tempo menos bom, mas que tem tido e vai continuar a ter uma enorme força e eu e todos os que gostamos dele, e somos muitos, estaremos com ele.

sábado, 18 de outubro de 2008

Finalmente...


“Dio, como ti amo”, Déjan!!!
Amanhã, finalmente, um abraço, um longo e forte abraço e nele todo um imenso mundo de sentimentos…
Não serão muitos, apenas quinze, os dias, mas serão plenos, estou certo. A Itália, com epicentro em Milão, vai ser abalada por um terramoto de afectos e carícias, que afectarão toda a Lombardia, o Piemonte e a bela Toscânia. O Francesco, nosso anfitrião vai ajudar-nos a construir o mapa do sismo.
Assim, durante duas semanas este blog vai estar de férias, merecidas, pois está, também ele cansado.
Gostaria muito de lembrar alguém que “vai comigo”, no meu coração; sim, porque um Amigo cabe sempre no meu coração: Força, estamos contigo!!!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Um Boy George quase viril...

Ainda se recordam de Boy George? Mas talvez não se recodem dele com um ar tão "masculino" como nesta canção dos inícios dos noventas, se não estou em erro...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Há muito tempo...


Há muito tempo não necessitava tanto de encontrar o forte abraço do Déjan, como hoje…
Há muito tempo não tinha a noção da grandiosidade da palavra AMIZADE…
Há muito tempo não me sentia tão só, numa casa compartilhada a dois, mas “vazia”, porque alguém está merecidamente de férias…
Há muito não se me humedeciam os olhos, em momentos diversos do dia…
Há muito tempo não pensava na precariedade da vida…
Há muito tempo não reparava no imenso alcance da frase lapidar que tanto uso, mas poucas vezes interiorizo: “Muito triste estava por não ter sapatos, mas alegrei-me ao encontrar um homem sem pés”…
Há muito tempo não via os meus gatos virem ter comigo e lamberem-me (as feridas do coração)…
Há muito tempo sabia que as amizades virtuais da blogosfera se transformam por vezes, em grandes Amizades, mas nunca como hoje…
Há muito tempo não pensava que a solidariedade pudesse ser tão poderosa…

E tudo isto, porque ontem levei um incrível e doloroso murro no estômago!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Passado e presente: 9 - Antony and the Johnsons


A primeira vez que ouvi algo deste intérprete, foi ao ver um magnífico filme, “Wild Side”, de Sébastien Lifshitz, sobre a vida de um travesti, com uma soberba interpretação de um tema fortìssimo, cantado “a cappella”, e reparei na peculiar e andrógina figura do intérprete. Aguardei os créditos finais e fixei o nome da canção, "I feel in love with a dad boy”" e também do intérprete, Antony, do grupo “Antony and the Johnsons”.
Posteriormente, procurei explorar o que havia sobre este grupo e fiquei rendido, apenas lamentando ter perdido o concerto que trouxeram há bem pouco tempo a Lisboa, e que inclusive havia visto publicitado no "Y" do "Público", até na 1ª.página. Mas ainda não sabia o que vim a perder...É óbvio que há temas que me marcam mais que outros. Além do citado, o meu preferido é "Fistfull of love”", embora cite também "Spiralling", "The lake" e "You are my sister" (com a colaboração de Boy George). Foi com alguma surpresa e muito agrado que vim a encontrar num destes dias num blog extremamente agradável e bem elaborado “Bichos de seda”, uma animação do tema "The Lake", da autoria de Adam Shekter, o qual vivamente recomendo, bem como outras animações do mesmo autor sobre temas deste grupo.

Adenda: este post foi publicado em 20 de Novembro de 2006; entretanto, o Blog "Bichos de seda", infelizmente cessou a sua publicação; e encontrei no "Dailymotion" a animação de que falava, e que com muito gosto aqui deixo.



sábado, 11 de outubro de 2008

Sobre as praxes...


Permito-me transcrever aqui um texto publicado neste blog, e que eu não me importaria de assinar por baixo, no que diz respeito a tudo o que está escrito, à excepção do primeiro parágrafo, pois nunca estive envolvido nestes “rituais”. Não me venham com o argumento de que é uma forma de integrar os novos alunos na Universidade, pois há variadíssimas formas disso ser feito com decência e originalidade. È pena que muita gente se “acobarde” e não denuncie casos de que foram vítimas, como alguns já surgiram, felizmente.


“Eu fui praxado, fiz tudo o que me foi exigido e não bufei, tentei levar a coisa com alguma descontracção. Eu já praxei. A praxe que fiz foi levar uns quantos caloiros a beber uns copos (uns pagos por eles, outros pagos por nós, os que estávamos), e pintalgar a cara de outros tantos. E mesmo quando era jovem e inconsciente era incapaz de tirar da humilhação ou do sofrimento de alguém qualquer tipo de prazer ou satisfação. Vou-vos descrever agora aquilo que eu já vi nas praxes: cabelos cortados, simulações de sexo, exibição dos genitais, caras enfiadas em excremento de cavalo, longas caminhadas com os pés descalços, raparigas obrigadas a vestir a roupa interior por cima de toda a outra, caloiros bombardeados com tudo quanto é imundice, extorsão de dinheiro, ameaças de agressão física, ingestão de bebidas altamente alcoólicas contra-vontade, deglutição de papel higiénico, humilhação pública extremada sob as mais diversas formas. Tudo isto, no perímetro das instalações da escola onde estudei, com o conhecimento da Direcção da mesma. Integração? Convivência académica? Vão mas é dar banho ao cão e vender essas patranhas a quem vo-las compre. Gostava que algum iluminado me explicasse de uma forma plausível o nível de integração que pode atingir alguém que é obrigado a enfiar a sua cabeça dentro de um balde de merda. A praxe é a grande oportunidade que os broncos e os socialmente inadaptados têm para brilhar alguns dias. A praxe é uma prática medieval. A praxe contraria todos os princípios de uma educação académica e social superior. A praxe é um circo romano académico em que são libertados os mais selvagens instintos de pessoas que se dizem civilizadas, com quase total impunidade. A praxe é uma palhaçada sem jeito que, espero sinceramente, não tardará muito a ser banida do meio académico. Morte à praxe.”

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

"Brando, mas pouco"



“A intensidade animal que Marlon Brando transmitiu a Stanley Kowalski em “ Um Eléctrico Chamado Desejo” é a mesma destas páginas baseadas em material reunido ao longo de toda a vida por Darwin Porter, repórter veterano de Hollywood. O fecho éclaire dos jeans que Brando tornou famosos nessa interpretação abre-se numa biografia que traça o resultado fiel e sem tabus do maior actor cinematográfico do século XX. Um retrato cru, implacável e “para adultos”. De símbolo sexual a gordo desmazelado, Brando foi a estrela mais original do mundo do cinema. Bissexual assumido, seduziu mais mulheres e homens do que qualquer outro actor de Hollywood. Os seus encontros secretos com figuras como Greta Garbo e Cary Grant são relatados com naturalidade, tal como o são as suas “f**** caridosas” com estrelas como Joan Crawford, Bette Davis ou John Gielgud. Pela cama de Brando passaram famosos e engates desconhecidos(…)”

Esta é parte da contra-capa do livro “Brando, mas pouco”( Bradon Unzipped), de Darwin Porter, editado entre nós pela Editora “Pedra da Lua”. O seu autor relata-nos em pequenos capítulos a vida de Brando, assente sobretudo na vertente sexual, ainda antes do seu avassalador êxito na peça "Um Eléctrico Chamad Desejo", encenada por Elia Kazan e da autoria de Tenesse Williams, apresentada na Broadway, até á realização do seu único filme “Cinco Anos Depois”. O mais curioso para mim, neste livro, não é tanto o lado voyeur das sua múltiplas aventuras sexuais, algumas descritas ao pormenor pornográfico, mas a uma visão bastante completa da vida da Meca do cinema, nas décadas de 40 a 70; passam pelos nossos olhos todos os grandes actores e actrizes, os principais filmes, e, confesso, nunca imaginaria uma “putice” tão grande naquele meio. Para quem gosta de cinema é um manual imprescindível, focado nessa mítica figura de Marlon Brando, que teve tanto de bom actor, como de homem intratável e perfeitamente promíscuo, elevado à potência máxima…
Lê-se com agrado, embora demasiado grande, mas nunca chega a ser “massudo”.Ao pé de Hollywood daqueles tempos, e porventura de sempre, qualquer episódio escandaloso relatado numa primeira página do “24 Horas”, é um livro para crianças….

terça-feira, 7 de outubro de 2008

[A]

Este é o nome do blog da minha amiga Ana, a quem roubei este vídeo e que é dos blogs que mais aprecio na "minha" blogosfera, e a quem dedico, naturalmente este post.
Conheci a Ana, quando em Junho fui dois dias ao Porto com o Déjan, apresentada pela nossa querida cicerone Duxa, de quem é amiga; aliás a Ana esteve para vir ao nosso jantar de bloguistas, mas ao próximo, não lhe perdoarei a ausência. Ela é uma jovem estilista, nada convencional, e que me parece estar a ter uma carreira profissional promissora.
O seu blog, tão minimalista como o nome escolhido [A] demonstra uma tremenda sensibilidade e se em muitos casos está directamente ligado à sua actividade profissional, até nesses posts ela põe um cunho pessoal que interessa a toda a gente que gosta do belo; noutras situações partilha connosco, imagens, vídeos e músicas do seu gosto e que nunca me deixam indiferente; as palavras são mínimas neste blog, e nem fazem muita falta. Este vídeo é disso exemplo.





Ballet maar dan toch zeer "koel"

domingo, 5 de outubro de 2008

Ser professor hoje


Há muito que leio, oiço e constato quão ingrato é ser-se professor hoje em dia, no nosso país; fui professor durante vários anos e gostava muito da minha profissão, de dar aulas, de contribuir para dar aos miúdos e menos miúdos algum contributo que lhes fosse útil mais tarde; tenho hoje, muitos amigos, professores, e revejo na sua quase totalidade, esse mesmo gosto pela profissão que têm.
Confesso, independentemente de conceitos políticos e de conjunturas pontuais, que, se eu continuasse a ser professor hoje, estaria profundamente desiludido, pois sentiria que todas as energias voluntáriamente gastas no exercício do meu mister, estavam a ser "queimadas" em burocracias que além de transformarem um ser humano numa máquina, acabam por ser contraproducentes pois obrigatóriamente o professor não pode , como antes, zelar pelo mais elementar cumprimento da sua profissão e que é ENSINAR, aqui incluindo, não só a transmissão de conhecimentos, como também toda uma complexa mas apaixonante envolvência com os alunos, com os seus problemas e anseios, substitiundo em muitos casos, os próprios pais, que se demitem dessa fundamental tarefa.
Ser professor hoje, continua a ser exercer uma profissão nobre, talvez das mais importantes do mundo actual, mas é também, e cada vez mais, uma profissão de risco.
Eu hoje, e tenho muita pena de o afirmar, não gostaria de ser professor!!!!