Domingo, dia 27 realizam-se eleições legislativas no nosso país; na minha opinião qualquer eleição é importante, pois uma democracia – regime político que deveria ser universal – é o povo que manda, através do voto expresso; mas estas, pela conjuntura mundial de crise, com aspectos tremendos no nosso país, assume uma acrescida responsabilidade. Daí, o meu primeiro apelo: votem, não fiquem em casa para poderem amanhã emitir opiniões, de consciência tranquila.
Há inúmeras forças políticas em jogo, mas apenas cinco delas têm assento no Parlamento: PS, PSD, CDU, BE e CDS; depois um razoável número de partidos dos quais confesso, alguns desconheço e talvez devesse conhecer; apenas conheço partido de extrema direita (e pelas piores razões), os eternos POUS e MRPP (uma palavra de simpatia para a persistência de Carmelinda Pereira e Garcia Pereira), aquele patético partido de
O PS governou a actual legislatura em maioria absoluta e não está isento de algumas atitudes próprias das maiorias absolutas, que tendem sempre a “abusar” do poder (já foi assim com Cavaco); mas fez coisas, mexeu em coisas que nenhum outro partido tinha ousado mexer; nem sempre o fez da melhor forma, como no caso dos professores ( e aqui distingo os professores, da educação, pois na educação de uma forma mais geral não esteve mal, mas teve o azar de encontrar um comunista mais “casseteiro” que o Cunhal (Mário Nogueira), que chegou a ser mais inflexível que o Governo e a meu ver acabou até por prejudicar indirectamente os professores.
Mas parte do mau governo de Sócrates fica a dever-se à péssima oposição que teve…
Só o BE, quando ainda tinha ideais, e ainda não tinha ambições políticas de governação (uma perfeita utopia), esteve à altura, na oposição; e uma pessoa, que embora defendendo ideologias conservadoras e populistas, é mesmo um político:
Vieram as europeias e os resultados mostraram , uma vez mais, como o povo português não é estúpido; um cartão vermelho muito bem mostrado ao PS e a subida esperada do BE e menos espertada do PSD; mas, isso aconteceu numas eleições que não trariam grandes consequências governativas ao país: não puseram MFL a governar nem puseram Louçã a fazer parte de planos governativos. Direi mesmo que o beneficiado foi o PS, que não só tirou as devidas ilações políticas, mas colheu os benefícios eufóricos do Bloco e do PSD…
E agora?????
Votar PSD acho que só o irá fazer aqueles PSD’s crónicos e que andarão perto dos
Por tudo isto penso sem ser demasiado optimista que o PS irá ganhar as eleições, até com uma margem relativamente confortável, mas sem maioria absoluta, o que lhe permitirá governar com apoios pontuais não necessariamente muito alargados.
Para isso contará com o meu voto.
E também, porque votando PS estou a contribuir efectivamente para um reformular fundamental da vida LGBT do meu país!A utlilização dos textos deste blogue, qualquer que seja o seu fim, em parte ou no seu todo, requer prévio consentimento do seu autor.