domingo, 29 de junho de 2008

Prova de vida


Ontem, Dia do Orgulho Gay, resolvi, sair do meu habitual “estado de hibernação” no que respeita à frequência de locais e manifestações gay e fui assistir à Marcha LGBT de Lisboa, a qual não via há já uns anos, e pela noite dei uma saltada ao Terreiro do Paço e participei no Arraial do Pride 2008 de Lisboa.
Quanto à Marcha surpreendeu-me positivamente nalguns aspectos e negativamente noutros; nos primeiros destaco o razoável aumento de pessoas que desfilaram, bastante mais do que eu já tinha visto, e segundo informações, terá sido mesmo a mais participada Marcha até hoje; e destaco o elevado e muito agradável (como postura) número de participações femininas (parece que as lésbicas estão finalmente a ganhar um rosto na sociedade portuguesa); ainda a registar alguma organização no desfile. Os aspectos negativos vão uma vez mais para o eterno problema da representação masculina: eu não me sentiria bem naquele desfile, pois não me integro em 90% dos participantes da marcha; à excepção de poucos, muito poucos homens, que não poderiam nunca ser catalogados como gays, a representação masculina na marcha era composta por activistas do Bloco de Esquerda e pessoas que à distância se poderiam marcar como gays. Não posso nem quero dizer com isto que a Marcha não os integre, antes pelo contrário; mas e onde estavam os homens comuns que são homossexuais e que são muitos, deste país? Já sei, que eu próprio deveria dar o exemplo, mas sentir-me-ia ridículo, ali sozinho a desfilar, só porque sou gay…
Se visse, como vejo lá fora, grupos maciços de homens comuns a participarem descomplexadamente nas marchas, eu não me sentiria complexado e teria desfilado normalmente, até porque não tenho o menor receio de mostrar como sou – este blog é disso exemplo! E é curioso, que eu não vi um, um só, dos meus amigos, dos que conheço da blogosfera e dos outros, bastantes, que conheço e são gays, a desfilar; qual a razão? Possivelmente a mesma que eu invoco. E depois o folclore habitual dos travestis e drag queens; sim, lá fora também os há, mas são naturais, têm uma postura de gozo com o que estão a fazer ao contrário daqui, em que o mais importante é a “postura” para as fotos dos curiosos e principalmente dos media.
Uma palavra final para uma das frases mais gritadas e que, com toda a carga irónica que lhe quiseram dar, resultou, para mim num dito pouco feliz: “homem verdadeiro é o que leva no pandeiro”; é dar trunfos à homofobia, quer-me parecer…

O Arraial foi diferente, aí encontrei o tal ambiente que faltou na Marcha; senti-me perfeitamente integrado no meio de tanta gente de uma heterogeneidade de posturas enorme e em que nada parecia ficar mal, desde pessoas a beijar-se sem problemas, a conversas de grupos animadas, a “bichices” divertidas, etc.
Encontrei imensa gente da blogosfera e encontrei muitos amigos a amigas, desde os mais chegados aos menos íntimos e é curioso que, devido à minha ausência do “meio” nos últimos tempos, este foi um dia, melhor dizendo, uma noite que funcionou para mim, quase como uma “prova de vida”!

Que falta fizeste ali, meu querido e nunca esquecido Déjan!!!!!!

60 comentários:

  1. ola pinguim...passando para conhecer o blog....

    o motivo de os homossexuais é porque são discretos e não gostam de se mostrar....preservar essa integridade é o que importa...não querem ser comparados como as outras...

    mas é um ato errado..já que estão lutando por algo que faz parte da "comunidade" tem que participar...

    agora que é o Déjan?

    Abs:-)

    ResponderEliminar
  2. Concordo no essencial com o que escreves neste post. A marcha nem de longe a vi, e possivelmente pelas razões que apontaste.
    Depois de um jantar com alguns amigos do "sindicato", ainda dei uma passagem pelo arraial, mas muito rápida mesmo

    ResponderEliminar
  3. Eu vi a reportagem na televisão e há algumas coisas que concordo contigo e com o primeiro coment, quando este afirma "o motivo dos homossexuais é porque são discretos". Pois, ora nem mais.
    Pessoalmente, não acho graça às "bichices" pois é como dizes, querem ser alvo da atenção "dos curiosos e principalmente dos media". Notou-se imenso isso naqueles dois que apareceram na TV.

    Mas ao contrário do que possa parecer, eu não sou contra a marcha. Não sou porque acho que todos são livres e também têm direito às mesmas coisas que os hetero têm, por isso, se há possibilidades que se realizarem mais coisas destas que assim seja. Também têm direito a festas não?

    Obrigada pelas tuas palavras!

    Beijinho grande

    ResponderEliminar
  4. Eu também não acredito muito nos efeitos desta marcha... pelo menos em Portugal. Os media estão tão ávidos de folclore que a mensagem da marcha acaba sempre por ficar desvirtuada. Depois é como dizes, é extremamente politizada (ainda que não seja organizada nesse sentido).
    Eu tenho uma amiga que faz parte da organização da marcha, ela é super activista, com quem tenho discussões (saudáveis) sobre este tema. Eu digo-lhe que acredito que consigo no dia a dia fazer mais pela dita comunidade do que uma marcha anual... Podes imaginar o resultado desta frase... Só não andamos à pancada porque... somos amigos! :D Enfim, são pontos de vista.
    O que mais me irrita é a postura de quem vai e acha que todos devem ir. Mas afinal de contas... esta marcha não apela também à liberdade? Ao direito à individualidade?
    Ah e de facto o "slogan" que descreves é muito pouco feliz... Fez certamente muito gente pensar "vão lá mas é para casa levar no pandeiro".

    ResponderEliminar
  5. Bem amigo Pinguim, não podia estar mais de acordo com o que diz neste post. As vezes chego a pensar até que ponto estas marchas não contribuiem ainda mais para a homofobia... Quem lá desfila é a imagem que todos conhecem, que a sociedade cataloga tão facilmente, mas os "sérios" e que sei que me entedes bem e que por si só mudaria muitas imagens que a nossa sociedade tem, não aparecem lá... Eu não fui e não perdi nada... Continuo a achar que estas marchas acabam por ser pro-homofobicas... Não precisamos ter orgulho naquilo que somos... somos e pronto...
    Abração grande
    Miguel

    ResponderEliminar
  6. Olá Pinguim, obrigado pelo teu comentário. De facto só não vou à marcha porque tenho MEDO de dar a cara e acho que é essa a razão pela qual muita gente não vai (ainda que utilize o argumento da "marcha de folclore" com a qual não se identifica). Mas a verdade é que o peso que o "folclore" tem na marcha é inversamente proporcional às "nossas" ausências. Se milhares de homossexuais participassem, como acontece na maioria dos outros países, terias em Portugal a marcha que todos gostaríamos de ter. Claro que são tristes os slogans de que falaram e a cobertura das TVs (muito especialmente a da TVI, porque a RTP1 foi capaz de ser muito mais séria). Quanto à frase "Não precisamos ter orgulho naquilo que somos...", acho, algbiboy, que sim que precisamos ter orgulho por oposição à vergonha que a sociedade nos faz sentir e que tradicionalmente nos rotula e discrimina. E quanto ao "Eu digo-lhe que acredito que consigo no dia a dia fazer mais pela dita comunidade do que uma marcha anual", ilovemyshoes, claro que o que de maneira geral todos fazemos no nosso quotidiano tem uma importância enorme, mas isso não substitui o peso público e político de uma marcha, que acredito poder, quando a sua expressão é grande, obrigar governos a mudar políticas e pessoas a mudar mentalidades.

    ResponderEliminar
  7. Olá :)...

    Comprendo o que dizes, mas sabes que se não fossem essas pessoas mais "extrovertidas" provavelmente até hoje ninguem faria uma manifestação pública como esta. E quando ninguem dá o primeiro passo, ele fica por dar! Tenho ido à marcha (sozinha), pois acho que é importante, mas sei que à noite é que todos aparecem, o medo de serem reconhecidos e "etiquetados" ainda é muito, mas como costumo dizer... "Se ninguem fizer nada para alterar as coisas que acha incorrectas, não se queixe de que nada muda"...

    Beijo e bom domingo...

    ResponderEliminar
  8. Que bom que aproveitaste: a vida é assim, uma colecção de bons momentos. O resto é pura ilusão...
    bjs

    ResponderEliminar
  9. Enquanto essas marchas forem mostruários de paneleirice oportunista e de ostentação de maricagem em vez de, manifestações de sério desagrado para com uma Sociedade de dois pesos e duas medidas, jamais integrarei uma. Não me revejo na postura, na forma, no propósito, nem sequer no alcance de algumas mensagens. Eu não tenho qualquer orgulho nesta condição. A orientação sexual de cada um só é motivo de orgulho para quem nem sequer entende o significado do termo. É o mesmo que dizer que se tem orgulho em ter os olhos verdes ou castanhos. Já estou a ficar um pouco farto dos gays, para ser sincero, pelo menos desse tipo de gays.

    Onde estão os gays que são simultaneamente pessoas normais????

    Achei graça à tua expressão "... à excepção de poucos, muito poucos homens, que não poderiam nunca ser catalogados como gays ..." .Sei o que queres dizer, mas é a tal coisa ... existe uma imagem commumente aceite ... quem é exactamente corrente ou convencional, causa estranheza quando se confirma ser homossexual.

    pinguim, é óbvio que nunca verás alguns dos teus amigos da blogosfera nessas loucuras ... a mim, como já te referi, não verás certamente ... pelo menos enquanto se tratar de uma passerelle de pulsos quebrados e mão na anca e não uma reivindicação de direitos sérios. Recuso-me a fazer parte dessa equipa só porque sou gay ...lamento mas é assim.

    ResponderEliminar
  10. Este teu post, o arraial e a manifestação levar-me-iam a escrever aqui um comentário imenso com múltiplos aspectos a considerar. Não o vou fazer porque já há anos que falo neste assunto e, honestamente, estou cansado de repetir a minha opinião acerca do mesmo.
    Em relação à manifestação, basicamente, muito, muito basicamente, tudo se resume à amplamente muito infeliz frase que ouviste gritar na dita. Uma frase que, quanto a mim, não traduz o ser-se homossexual e ainda nos minimiza perante a sociedade. É uma frase que poderia ter a sua piada, mas nunca como lema para aceitação da homossexualidade na sociedade. É um lema triste e digno da mais pura infelicidade ao nível da inteligência.
    Se é assim que as pessoas querem ser aceites, é com elas. Assim, ainda serão menos aceites, mais descriminadas e alvo de homofobia. Assim, em Portugal, não se vai lá, não, não.
    Eu não me revejo nestes espectáculos que me deprimem.
    Ao Arraial fui durante anos, sempre achei agradável e com um ambiente muito diferentes da manifestação, mas cansei-me, sinto-me muito farto dos ditos ambientes gay e, este ano, preferi não ir.
    No que concerne à história do "Orgulho"... nem quero entrar por aí, não mesmo.

    Mas ainda bem que te divertiste no Arraial e que encontraste pessoas que te são queridas. Isso é bom, muito bom.

    Um abraço

    ResponderEliminar
  11. Olá Binhosampa
    obrigado pela tua visita; não concordo muito contigo, amigo, porque eu não tenho medo algum de me mostrar, mas sinto que não pertenço a nenhuma "comunidade", isso é meter-me num ghetto o qual rejeito; apenas sou como sou e exijo que me respeitem como tal, sem ter que tomar atitudes que vão contra a minha maneira de ser; e obrigado a ir, é que nunca serei, pois sou um ser que preserva a liberdade de opção; respeito todavia quem pense de maneira diferente...
    Abraço.

    ResponderEliminar
  12. Desculpa...esqueci de te dizer que o Déjan é o meu namorado...

    ResponderEliminar
  13. Caro Tong
    foi pena não te ter visto no arraial para poder dar-te um abraço.
    Vai aqui um...

    ResponderEliminar
  14. Martinha
    eu sou tudo menos contra a marcha, tanto que fui vê-la; não me apetece, mesmo nada, é integrar-me nela, pelo menos nos moldes em que está...
    Beijinhos.

    ResponderEliminar
  15. Amigo I love my shoes
    é na parte final do teu comentário que mais me revejo, pois sou totalmente contra os que pensam que só pelo facto de ser homossexual, "devo" lá ir; e o meu "querer", o que faço dele????
    Abraço.

    ResponderEliminar
  16. Amigo Miguel
    não irei ao extremo de considerar estas marchas como homofóbicas, mas que com slogans como o que referi, estamos a dar trunfos à homofobia, lá isso é verdade...
    Abraço.

    ResponderEliminar
  17. Amigo Gonçalo, o teu comentário daria pano para mangas...
    Não acredito muito que haja assim tanta gente a "tapar" o medo de dar a cara, que é legitimo, com a desculpa do folclore (por mim falo); quanto ao orgulho, ele é em si próprio tão contraditório (para alguns é defeito, para outros é qualidade), que é um factor extremamente subjectivo: eu tenho orgulho em ser como sou, e isso não interfere com o factor "homossexual" mais do que com outros que formam a minha maneira de ser.
    E finalmente estou 100% de acordo com a opinião do I love my shoes, pois eu sinto o mesmo: é a minha postura, como homossexual, claro, mas como membro de uma sociedade que desejo me veja como um ser "não diferente" que tem levado, sem palavras de ordem, sem exibicionismos a várias pessoas que conheço a terem hoje uma visão do homossexual, completamente diferente da que tinham antes; e disso tenho muito orgulho, sim, é verdade...
    Mas mais uma vez repito, que nestes assuntos, cada um pensa pela sua cabeça e deve respeitar opiniões diversas; é o que faço...
    Abração.

    ResponderEliminar
  18. Cara Carpe Diem
    é realmente grande a diferença de "estar" na marcha e no arraial; será porque de noite, todos os gatos são pardos???
    Resta esperar que da noite se faça dia, neste caso das celebrações do Pride...
    Beijinhos.

    ResponderEliminar
  19. Por acaso não pode ir! Mas gostava... Mas tambem digo meu amigo, acredito que a maiora que vai não é no sentido de fazer com que as coisas mudem! mas sim puro exibicionismo! É pena que pensei dessa forma.
    Mas estava a ver que este tema estava esquecido, ainda bem que te temos a relembra-lo! Estou contente por ti! por tudo o que podes-te vivenciar. Assim deixo aquele abraço com um carinho especial, e o meu Obrigado!
    VS

    ResponderEliminar
  20. Querida Jasmim
    fosre a única pessoa até agora que fizeste uma referência ao título do post e à razão que me levou a colocá-lo; e isso tem a ver com o que o Amor faz às pessoas; eu desde que conheci o Déjan, não mais senti qualquer necessidade de me deslocar a quaisquer sítios públicos de convivência gay; e tenho sido criticado por isso, por certos amigos; ora se eu quero encontrar esses amigos, há outras formas de o fazer; mas quanto áquele "pequeno mundo" de conhecimentos, já pensariam que eu teria desaparecido, devido à minha prolongada ausência assim aproveitei o arraial para lhes mostrar( e muitos foram os que encontrei), que estava vivo, e de bem comigo!!!!
    Beijinhos.

    ResponderEliminar
  21. Caro Brama
    tudo o que disseste, estou, na essência, de acordo; quando me referi ao facto de não ter visto ninguém das pessoas que conheço dos blogs, na marcha, é pelo facto de alguns terem afirmado que marcariam presença; claro que aqueles que não conheço, até lá poderiam ter estado...
    No arraial, tive o prazer de me encontrar com vários!
    Abraço.

    ResponderEliminar
  22. Caro Graduated
    reside na frase o maior desapontamento do que vi (neste caso, ouvi), durante a marcha; tudo o resto já está mais que debatido.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  23. Amigo Vítor
    mais uma vez, obrigado pelas tuas palavras.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  24. Ora aqui está como me sinto, o ultimo post deste blog acerta na mouche como não me identifico com as paradas gays, com os travestis e bichonas aos saltos, acho que não preciso de andar de mão quebrada e andar esquisito no meio da rua com uma camisola a dizer "sou gay e adoro mamar" ou coisas do género...
    Mas como foi dito também respeito quem o faz, ok, estão no seu direito, mas depois não fiquei "lixados" por vos meterem (aliás, "por nos meterem") todos no mesmo saco. Eu tenho e digo-o com muito orgulho, que tenho mais amigos heterosexuais que homosexuais, mas sou homosexual e não gosto nada de ir a bares gays e afins, e fico algo "estranhado" quando vejo homosexuais que só têm amigos gays, vai ao encontro um pouco no que o pinguim disse em relação aos "guettos" à auto discriminação, mas pronto, isto é outro assunto, que também dava pano para mangas (para mim que sou ainda muito novo).

    Bem haja neste post, no passado sempre fiquei na duvida que eu sendo homosexual teria de me "dar" com pessoas assim, mas começo a perceber (ou já percebi à alguns anos para cá) que não tem de ser assim, e ainda bem, porque acho que "mudava" para hetero se tivesse de ser!! xD

    Enfim, post de metro e meio, se calhar devia criar um blog...:|

    ResponderEliminar
  25. Amigo Just...
    apreciei, claro, o teu comentário,que agradeço; é por assuntos cono este e tantos outros, em que gostamos de expressar os nossos pontos de vista, que vale realmente a pena ter um blog; e olha, que se fazem amigos, homossexuais e não...
    Abraço.

    ResponderEliminar
  26. “Homem verdadeiro é o que leva no pandeiro”?!? Ora foda-se, Pinguim. Se essa gente é homossexual eu quero ser hetero!

    Sabes qual é a mimha opinião, não sabes?! Enquanto o assumir-se passar mais por tudo o que é ritual e público, em vez de ser um processo espiritual e íntimo, eu passo. Definitivamente.

    Boa semana, menino! :)

    ResponderEliminar
  27. Amigo João Manuel
    já sabia que vinha daí algo parecido....
    Quanto à frase, é do mais infeliz, e pronto, está dita e é pena; mas não é por isso que vou deixar de ser homssexual, claro.
    Tens razão quando dizes que o assumir deve ser um processo espiritual e íntimo, mas não necessáriamente privado; pode ser público, mas não ritual, pois eu não quero ter dois processos de vida, um público e outro privado: quero ser EU! O único limite que separa o público do privado nesse meu assumir são as minhas normas de bem estar, e não as que a sociedade me impõe, note-se; pese embora que nas minhas normas pessoais tenho em linha de conta a sociedade, não castradora e que não seja homofóbica, pois nesse caso sou perfeitamente "anti-social"...
    Abraço.

    ResponderEliminar
  28. Estimado João,

    vais desculpar-me mas penso que séries com six feet under, brothers and sisters e mesmo angels in américa fazem mais por uma causa do que um conjunto de plumas a desfilar por qualquer avenida. Penso que o investimento em qualquer tipo de causa, seja esta a que aludes ou outra deve ser pela qualidade. Dúvido um pouco da eficácia das frases que tu citaste....penso até que isso é dar ouro ao bandido. Mas quem sou eu para opinar?

    Um abraço

    ResponderEliminar
  29. Caro Luís
    não tens que te desculpar, pois prnsamos da nesma forms.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  30. Confesso que também acho que a mudança não se faz pelas plumas e pelo exibicionismo.

    Acredito em marchas sérias que pugnem pela igualdade de direitos civis mas abomino desfiles carnavalescos que só "dão ouro ao bandido", como refere o Luís.

    Quanto ao arraial, fui e gostei... não por lhe reconhecer algum mérito pela tal luta que referi, mas pela música, bebida e, claro, pela companhia :)

    Gostei de te ver!

    ResponderEliminar
  31. Também foi um prazer ter-te encontrado e bem "acompanhado"; que a companhia dure uma eternidade, amigo Will.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  32. mmm que dizer dentro de tanta coisa... eu adorava ter ido, sou muito a favor da pride, e do que ela representa, da luta... Tenho pena que seja muitas vezes ridicularizada. Tenho pena que a comunidade bear não seja mais activa em Portugal no sentido de dar outra perspectiva as pessoas que vêm no desfile, um reflexo dos estereotipos já enculturados dentro de elas.
    Mas mesmo que isso acontecesse, provavelmente não teria espaço na comunicação social, que prefer claramente menter os preconceitos, pode ser que haja mais mortes e assim mais noticias.
    Acho também que é preciso coragem para desfilar, e não é só uma questão de folklore, uma coisa é dizer aos nossos amigos e familia que somos gays, outra coisa é aparecermos na televisão.
    Em relação à pride promover a homofobia, não sou dessa opinião, quem promove a homofobia em grande parte é o governo, como podem eles dizer e promover a igualdade, e serem contra a disciminação, quando disciminam os casais homosexuais ao impedir que se possam casar, ou ainda impedir que possam adoptar crianças como casal.
    O Governo tem o dever de defender todos os seus cidadãos e de proporcionar os mesmos direitos a todos!

    ResponderEliminar
  33. Como cidadão de segunda categoria, porque não haverei de ser maltratado pelos de primeira...

    Abraço

    ResponderEliminar
  34. organização. até disse ao Zé, se organizasse uma coisa destas, mexia em muitas coisas. em tudo. é fácil de entender que lhe falta gente... heteros, por exemplo. falta-lhe políticos e caras famosas. falta-lhe gente "normal", comum, diária. fico feliz pelo número expressivo de mulheres, mas o marketing apostado no choque deixa-me de pé atrás, os dois para ser sincero. acho que sabes como sou tolerante, como também acho que deve haver espaço para todos se manifestarem, mas quadrozinhos de miséria, não, please, a bem da não poluição visual. afinal, acho que dificilmente me apanham numa marcha assim.
    quanto ao arraial, é giro, mas também lhe falta muito. ah, as pessoas querem divertir-se, até exigir o reconhecimento de direitos, mas acho que nada se lucra com o gozo a propósito de algumas figurinhas ridículas. como registou o Luís Galego, filmes e séries fazem mais pela causa que gritar palavras de ordem que serão mal interpretadas.
    e insisto: faltam modelos onde as pessoas em geral possam ancorar uma visão mais realista do que é ser-se homossexual. com "modelos", refiro-me obviamente a pessoas famosas que assumam a sua orientação. enquanto isso não acontecer, as pessoas reterão uma imagem e extrapolá-la-ão (lindo verbo, hein...) erradamente, como são erradas todas as generalizações incautas.
    não fui por ter medo, não irei por ter medo (até fui à primeira e até poderia ser reconhecido na foto que o público publicou na altura), mas assim nem insistirei com o Zé para irmos. venha lá a luta diária e já nos chega.
    abraço

    ResponderEliminar
  35. Também não me revejo no folclore das plumas e do exibicionismo mas gosto da marcha. Este foi o meu segundo ano, confesso que passo mais tempo a tirar fotografias do que a tomar atenção aos slognas. Reconehço que muitos deles eram infelizes. No entanto é pena que estas coisas afastem os outros que não gostam destes exibicionismos, o que também compreendo.
    Revejo-me em certas coisas nos comentário do Gonçalo e do Unfurry e retenho uma coisa muito importante dita pelo Paulo sobre as personalidades homossexuais que não se assumem. São tantos, e nós até conhecemos alguns, seria bom que dessem a cara, iria com certeza ajudar a abrir certas mentalidades.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  36. Percebo que que na sociedade hipócrita em que vivemos seja um orgulho ter a coragem de remar contra a maré, mas acredito que determinadas lutas se devam fazer noutras arenas e com outras armas.
    Neste tipo de eventos há que calcular o efeito negativo de uns media ávidos de espectáculo e sensacionalismo...
    Defendo acerrimamente que as leis de estado se devem fundamentar em valores universais de cidanania e não em morais relativistas e religiosas.
    Quanto ao preconceito(esse juízo pejorativo e discriminatório) a questão já é outra e todos temos a nossa quota parte de responsabilidade- todos somos de alguma forma vítimas de algum tipo de preconceito, mas também todos somos seus agentes mesmo que de forma inconsciente.

    ResponderEliminar
  37. Caro Swear
    eu só referi a frase citada como uma frase infeliz que leva os homofóbicos a sentir-se ainda mais a pensar que têm razão.
    Quanto ao resto, fica ao critério de cada um, mas as opiniões que aqui têm caído são maioritàriamente de opinião que a marcha assim não os conquista, e eu penso o mesmo...sempre respeitando o contrário.
    Vi há pouco um vídeo do Pride de Paris e aí, ia com certeza, pois havendo folclore (terá sempre que haver), ele era natural,não prá objectiva; e havia muita gente nada foclórica, muitas organizações, gays e não gays e gente conhecida, a dar o seu apoio...
    Enfim...pode ser que isto mude...
    O governo, peço desculpa, não manda nas mentalidades e as leis sobre os gays são muito idênticas entre a França e Portugal.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  38. Caro Paulo
    não digo mais nada, já disseste TUDO!
    Abraços.

    ResponderEliminar
  39. Amigo Paulo
    dou-te valor por teres ido à marcha, acredita. Eu também gostaria de ter ido, mas não consigo e medo não tenho, com certeza; mas nunca gostei de rótulos nas costas; prefiro as palavras na altura própria e acima de tudo a coerência com a minha maneira de ser.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  40. Acertadas palavras as tuas, amiga Ana
    e concordo que todos, na sua quota parte somos responsáveis por esta situação.
    Beijinhos.

    ResponderEliminar
  41. Pinguim: eu não me estava a referir a esta marcha em particular, como disse não pude participar para dar um opinião sobre a mesma, estava mais a responder aqueles comentários sobre criticas ao Pride em geral... e quando escrevo faz tudo muito sentido, mas porque que ninguem me lê os pensamentos hahahah
    E concordo contigo, esse slogan é uma coisa vergonhosa.
    Em relação ao "Governo" refiro me a todos os governos supostamente avançados e que suportam supostamente a igualdade, as mentalidades mudam se também pelo governo, houve uma bastante grande mudança nas mentalidades em Espanha com o entrada em vigor do casamento gay.
    Espero fazer mais sentido :D
    Abraço

    ResponderEliminar
  42. A verdade é que o mundo gay não apenas "aquilo" que passou na marcha, mas também é aquilo... Por muito que nos custe, "aquilo" por muito minoritário que seja, por muito louco e até "rasca" que seja, existe!
    E se existe tem direito de lá estar!
    A visibilidade que tem é porque a maioria dos gays, nos quais eu me incluo, não tem coragem para desfilar, não tem coragem para lá ir!
    Quando não se comparece, deixa-se o caminho livre e aberto a quem tem a coragem de marcar presença!
    Quando vi o que vi na televisão, só senti que eu era um dos culpados da visão distorcida que a marcha estava a dar do que é a homossexualidade masculina.
    Infelizmente confesso que não tive coragem!

    ResponderEliminar
  43. A verdade é que o mundo gay não apenas "aquilo" que passou na marcha, mas também é aquilo... Por muito que nos custe, "aquilo" por muito minoritário que seja, por muito louco e até "rasca" que seja, existe!
    E se existe tem direito de lá estar!
    A visibilidade que tem é porque a maioria dos gays, nos quais eu me incluo, não tem coragem para desfilar, não tem coragem para lá ir!
    Quando não se comparece, deixa-se o caminho livre e aberto a quem tem a coragem de marcar presença!
    Quando vi o que vi na televisão, só senti que eu era um dos culpados da visão distorcida que a marcha estava a dar do que é a homossexualidade masculina.
    Infelizmente confesso que não tive coragem!

    ResponderEliminar
  44. Caro Swear
    é evidente que fazes muito mais sentido; mas mesmo que não clarificasses o que tinhas dito, continuavas a fazer sentido, pois são as tuas opiniões e há que respeitá-las.
    Forte abraço.

    ResponderEliminar
  45. Amigo Sal gay ro
    não discordo um milimetro do que dizes e só não assino por baixo, porque há uma pequena diferença nas motivações que nos levaram a não participar na marcha...
    Abraço.

    ResponderEliminar
  46. devemo-nos ter cruzado no arraial!

    foi a 1ª vez que fui e gostei. apesar de ter tido uma forte sensação dos limites.

    vou enviar-te um mail.

    beijo, pin

    ResponderEliminar
  47. Olá Isabel
    já recebi o teu mail e ainda hoje te telefonarei.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  48. Esse tipo de exibicionismo é que durante muito tempo me fez pensar que eu não era homossexual pois não me revia nesse folclore. Hoje já tenho um conceito mais equilibrado, até graças a muito deste mundo dos blogues. Respeito quem se sente bem a exibir assim a sua orientação sexual. Eu não.
    Abraço

    ResponderEliminar
  49. Já calculava que seria essa a tua postura, amigo Sócrates, mas realço, na tua especial situação, a tolerância para quem pensa e age doutra forma: salutar!
    Abraço.

    Tive há dois dias, notícias de um nosso amigo comum; fiquei, como imaginas, muito satisfeito...

    Abraço.

    ResponderEliminar
  50. Concordo a 100% com o que disse o brama num comentário ali atrás, mas acho que há uma grande diferença entre uma Pride e um Arraial.

    Não me revejo de forma nenhuma na Pride. É um circo autêntico e o propósito da igualdade de direitos dos homossexuais esfuma-se completamente e acaba mais por ser uma cena do género: 'Vestimos cor-de-rosa, temos plumas, OLHEM PARA NÓS'. O slogan 'homem verdadeiro é o que leva no pandeiro' diz tudo! Não tenho qualquer orgulho e condeno Prides Gay ao máximo.

    Já o arraial é uma ideia muito mais interessante. É como que uma festa pública, aberta a TODOS. Quem não é gay tem uma oportunidade de se aproximar e conhecer um pouco mais da comunidade gay e quem sabe mudar a sua opinião.

    Muitas vezes, para quem não está devidamente informado, a sociedade é composta por 2 tipos de pessoas: heterossexuais e as bichas. Arraiais deste género, entre muitas outras coisas, podem ajudar a incluir outra classe: os que não sendo bichas de mão na anca, são homossexuais, não querem chatear ninguém e só querem ser respeitados e ter os mesmos direitos de um qualquer outro cidadão.

    Costumo dizer isto: para mim, ser gay é apenas uma característica minha, como por exemplo sou do grupo sanguíneo A+. E tal como não ando por aí a espalhar a toda a gente que sou A+, não tenho necessidade nem vontade de manifestar a minha homossexualidade.

    ResponderEliminar
  51. Porra!!!!!
    até que enfim alguém disse tudo, mas TUDO aquilo que eu sempre quis dizer.
    Eu sou excactamente da terceira classe, aquela que tão bem caracterizas: nem heterossexual, nem bicha...
    (já sei que não faltará quem diga que todos os gays são bichas, mas "vozes de burro não chegam aos céus", e eu até acho bem que haja bichas, desde que se sintam bem nesse papel - eu não me sinto.)
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  52. Concordo plenamente com o que disse o Gonçalo. O resto são desculpas.
    Só acrescentaria:
    -o que se vê na marcha de lx (folclore,etc) tb se vê em qqer marcha (e muito mais) por esse mundo fora-S.paulo,Paris,Amsterdão,Madrid,etc. Só que nesses sítios a participação de pessoas comuns (e de figuras públicas) é tb muito maior;
    -concordo que frases como a que citas são infelizes porque dão uma visão redutora do que é ser homossexual e não ajudam,claro. Mas os 'slogans' não se resumiam a esse...O lema deste ano era 'Fracturante é a discriminação';
    -a marcha devia ser mais politizada, ou reivindicativa, se quiserem-o que não falta neste país são festas e arraiais...;
    -se os gays não são todos iguais, a marcha deveria traduzir a diversidade da 'comunidade' lgbt. Se aqueles que não se identificam com o 'folclore' não aparecem, apenas ajudam a perpretar os estereótipos e não o contrário;
    -além do mais, quanto a folclores, máscaras, excessos e figuras tristes, não foi há muito tempo que vi tudo isso aqui em Portugal, a propósito do Euro e no entanto não vi tanta indignação e dissenção como
    a propósito da marcha...

    Amigo Pinguim, quem é vivo sempre aparece e é sempre bom ver-te aparecer...um abraço.
    Eu acho que tu até querias ir à marcha, mas gostarias de te sentir mais acompanhado.;-)

    ResponderEliminar
  53. Amigo Rui
    aceito a tua opinião e até fico satisfeito com ela, pois é da diversidade que se obtém o consenso.
    Não estás certo quando afirmas que eu queria ir à marcha; eu queria vê-la, isso sim, e se visse que estava diferente de outros anos, não teria o mínimo problema em nela me ter incorporado, só ou acompanhado de amigos conhecidos; infelizmente não estava e eu fiquei no passeio...
    Abraço.

    ResponderEliminar
  54. Se eu tivesse tido coragem, também eu teria ido a essa Marcha e depois ido ao Arraial mas... no meu caso era preciso muita coragem para lá ir.
    É estupido da minha parte mas nessas situações iria sentir-me um pouco mal. Primiero porque no meio de muitas pessoas iria na mesma sentir-me só e não saberia o que fazer.

    ResponderEliminar
  55. Caro Ermelindo
    olha que para ir ao arraial não era preciso muita coragem, pois havia toda a espécie de gente.
    Causa-me algum espanto, e não me julgues mal por isso, por favor, que uma pessoa como tu, bastante empenhada, na escrita em publicações que divulgam a homossexualidade, tenhas um medo tão grande de te expor; repara que a exposição, por vezes, encontra os maiores escolhos, não nos outros, mas em nós próprios...
    Abraço grande, Amigo.

    ResponderEliminar
  56. "What does it mean to regret when you have no choice? It's what you can bear. And there it is... It was death. I chose life." - "As Horas" de Stephen Dalore.

    A minha frase favorita do filme... Parece que não mas faz todo sentido com o teu post. Convém escolher a vida em vida! Enquanto há hipótese de escolhermos algo... :)

    ResponderEliminar
  57. Caro Natcho
    é realmente bom podermos escolher, pois há quem não possa...
    E escolher, claro, sempre a vida; mas a vida em que me sinto realizado...
    Abraço.

    ResponderEliminar
  58. Sim. Agora reparei nos postes posteriores ao meu. Quer-me parecer que existe muita homofobia latente entre os próprios homossexuais. Vamos lá ver se me faço entender: Na Europa do séc. XIX quando a homossexualidade era criminalizada seria impensável para um homossexual assumir a sua condicção. O projecto de felicidade passava pela constituição de familia e procriacção. A homossexualidade deixa de ser crime, há o stonewall, o aparecimento dos movimentos LGBT's nas sociedades ocidentais e não só, e reinvidicação legitima do casamento e da adopção em democracia integrantes. De certa forma, o movimento LGBT lutando pela igualdade quer que os homossexuais tenham direito a fazer uma escolha fazendo com que o acesso ao casamento e à adopção seja uma realidade reconhecida pela lei. O mesmo projecto de vida heterossexual. Opcional claro. Estamos a falar de OPÇÕES. Quando me deparo com comentários do género "são todos umas bichas na marcha" e "eles não são homens", comentários esses que tem como alvo os homossexuais efeminados fico um pouco preocupado com a incoerência da variante "OPÇÕES". Porque raio um gajo pode optar por usar o cu para ter relações e não pode fugir ao comportamento que lhe é imposto e corresponde ao seu sexo biológico? Isso nada tem de grave ou incomodativo. A meu ver prende-se com questões de recriação de homofobia heterossexista dentro da comunidade gay, provocando cisões muitas vezes tão semelhantes ao eterno conflito homofóbicos vs. homossexuais. Eu não vejo nenhuma diferença conceptual entre os conflitos heterossexual vs. homossexual, homem vs. mulher, homosexual masculino vs. homossexual feminino ou se quisermos activo vs. passivo. Focault deve explicar melhor isso do que eu. A mim parece-me uma necessidade macabra de hierarquizar uma minoria. Com critérios machistas em que o másculo é sempre superior ao feminino. Quanto à questão do orgulho ("ah e tal não percebo porque é que se tem que ter orgulho em ser gay") já referi milhões de vezes que enquanto existir uma brecha entre as duas orientações sexuais em que a heterossexualidade é o modelo e a homossexualidade algo a abater é preciso que haja orgulho para combater a vergonha que nos é infligida por sermos homossexuais. Orgulho gay funciona como um mecanismo de defsa e vimos isso claramente no polémico anúncio da Tagus. Não deixem que as ideologias homofóbicas criem cisões entre homossexuais. Mas isso é um processo muito enraizado. Tal como a homofobia geral. Deixo-te um link interessante: http://devir.wordpress.com/2007/11/06/militancia-e-ativismo-a-problematica-homossexual-em-foucault-deleuze-e-veyne/

    Abraço :)

    ResponderEliminar
  59. Amigo Natcho
    por muito que argumentemos, não saímos daqui...
    Eu gostei muito de um comentário aí atrás que refere que há uma tendência para resumir os homens, sexualmente falando, em duas grandes categorias. os heterossexuais e as bichas (neste termo que considero pouco abonatório, estariam os travestis e principalmente os efeminados); ora eu não estou em nenhum dos campos, mas não condeno ninguém por a eles pertencer; seria incapaz de ter relações sexuais com alguém efeminado, mas sou capaz de ter qualquer amigo efeminado; o que eu não concordo nas marchas gay, aqui em Portugal, é que se dê a mostrar quase só à sociedade essa componente e que os leve a tomar o todo pela parte; estou-me perfeitamente borrifando quem, numa relação homossexual é activo ou passivo e faço nesse campo, o que me apetece e não o que é consentâneo com a minha postura de não efeminado; condeno muito mesmo, o artificialismo de certas pessoas que vão à marcha apenas por puro exibicionismo, e sabes que há bastante gente assim; ser efeminado porque se é assim, é diferente de ser efeminado por que é dia de o ser...
    Gostei muito da postura feminina da marcha deste ano, em quantidade e "qualidade"; e dou todo o valor aos movimentos activistas, mas por favor, escolham slogans, que só por serem irónicos, não deixam de ser ridiculos: o que se pretende numa marcha gay é lutar por igualdade de direitos e não para ter a liberdade de usar o cú, como cada um muito bem lhe apeteça!
    Para mentalidades curtas e de homofobia latente, isso é atear a fogueira, com benefícios para quem??????
    Enfim, estaríamos aqui a chover no molhado, horas e horas...
    É sempre bom ter pessoas com ideias e sabendo-as expor, para enriquecer e completar um texto. Obrigado.
    Abraço.

    ResponderEliminar

Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!