Foi um mail lacónico, escrito em português, francês e inglês.
E rezava assim:
“ Lamentamos informar todos os familiares, amigos e conhecidos que o Sr. ………. faleceu hoje, às 5h30 vítima de paragem cardíaca. A partir das 18h00 estará na Igreja da Parede.”
Apenas isto, mandado para muitos endereços, possivelmente todos os que alguém amigo do Manuel, encontrou no seu computador; endereços de amigos, entre os quais o meu…
E assim se perde um Amigo.
Não consigo compreender como estas coisas acontecem…
Ontem, eu dizia que tinha ido ao arraial fazer uma espécie de “prova de vida”, hoje alguém me enviou uma “prova de morte”!!!!
Até sempre, Manuel.
E rezava assim:
“ Lamentamos informar todos os familiares, amigos e conhecidos que o Sr. ………. faleceu hoje, às 5h30 vítima de paragem cardíaca. A partir das 18h00 estará na Igreja da Parede.”
Apenas isto, mandado para muitos endereços, possivelmente todos os que alguém amigo do Manuel, encontrou no seu computador; endereços de amigos, entre os quais o meu…
E assim se perde um Amigo.
Não consigo compreender como estas coisas acontecem…
Ontem, eu dizia que tinha ido ao arraial fazer uma espécie de “prova de vida”, hoje alguém me enviou uma “prova de morte”!!!!
Até sempre, Manuel.
Olha, até me arrepiei, carago!
ResponderEliminarUm abraço forte e meu como mereces.
Um abraço, amigo. Perder amigos é sempre duro, sobretudo porque são tão difíceis de fazer e conservar. Já cantava o Sérgio Godinho "(...) é que hoje fiz um amigo e coisa mais preciosa no mundo não há!". Se ao menos lhes déssemos SEMPRE o valor que têm. Abraço grande.
ResponderEliminarperder um amigo é algo muito triste eles sao unicos abracos
ResponderEliminarÉ de facto uma maneira muito "fria" para receber uma notícias dessas.
ResponderEliminarJá me aconteceu...
É a vida...
Amigo Pinguim, os meus sentidos pêsames nesta hora complicada.
ResponderEliminarAbraço
bolas, João, arrepiei-me... a morte de alguém é sempre complicado, de um amigo só agrava a situação. como costumo e gosto de pensar, foi para um lugar melhor!
ResponderEliminarse precisares de alguma coisa...
abraço
um grande abraço, nesta hora difícil. infelizmente, também eu já provei demasiadas (nem que seja uma apenas, serão sempre demais) vezes essa tristeza...
ResponderEliminarGanhaste uma estrela. Uma estrela do tamanho da amizade: GRANDE!
ResponderEliminarUm grande grande grande beijo de muita força
A vida é feita de morte tambem... Custa muito mas é um facto...
ResponderEliminarForça...
beijinho...
“Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do género humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”."
ResponderEliminarPorque me lembrei de John Donne....porque acho que faz sentido...porque não lido bem com o assunto....e, porque te quero enviar um abraço...
Os meus sinceros pesames, não há pior que perder um amigo, espero que estejas bem.
ResponderEliminarMuita força e abraços!
Olá pinguim ... espero que não te estejas a referir ao Manuel Braga Serrano do blog "memória fracturada". Não o conheço pessoalmente mas leio de vez em quando os textos dele. Não é ele, pois não ...
ResponderEliminarAgora deixaste-me mal disposto. Bem, não conheço nenhum de vocês mas de certa forma, é como se já fizessem parte da minha vida, de alguma forma. Não sei que dizer nestas coisas da morte de pessoas que gostamos. Independentemente de quem for o Manuel, é um amigo teu e isso é muito mau. Espero que não seja o "memória fracturada"
ResponderEliminarabraços
Caros Amigos
ResponderEliminarcomo sabem, é meu uso responder a todos os comentários individualmente; não o farei neste post, pois não me encontro em estado de estar a escrever muito, e òbviamente-me-ia repetir.
Assim, caros amigos João Manuel, Zé, Avessos, Tong, Kapitão, Paulo, André, Marta, Carpe Diem, Luís, Swear e Brama, um abraço do coração pelas vossas palavras.
Venho descansar o Brama e alguém mais por ventura, de que não se trata do Manuel Serrano, que tem andado desaparecido, mas voltará em breve, espero.
Aproveito para esclarecer algumas coisas sobre este infausto acontecimento: o Manuel tinha 54 anos, pertencia a uma família conhecida da linha de Cascais, mas era uma pessoa simples, embora com uma cultura e educação exemplares; há muito vivia independente e um dos seus "hobbies" era mudar de casa com frequência; conheci-lhe nos últimos 10 anos para aí 4 casas, em sítios diferentes, mas muito semelhantes, para pôr as muitas coisas belas que possuía, pois era requintado no gosto; recebia os amigos de uma forma encantadora e nunca faltava uma palavra simpática em todos os contactos; tratava-me carinhosamente por Joãozinho e foram várias as vezes que jantámos juntos aqui em casa ou nas suas casas..., de vez em quando mudava também de "companhia" e tinha sempre o cuidado de saber o qie pensávamos do novo "objecto" do seu interesse.
Esta noite fui à Parede, ao velório e fiquei chocado e confuso; muita gente, muita "boa gente" que estavam ali num acto social, como estariam num casamento ou num coktail: risos, conversas, enfim, mais uma reunião; passei por toda aquela gente e cheguei ao local onde o corpo estava e onde apenas se encontrava a mãe, presumo que o fosse, pelo ar abatido e mais 3/4 senhoras; voltei cá para fora e senti-me perdido, procurando uma cara conhecida ou até desconhecida, mas tão confusa quanto eu; nada!
Enchi-me de coragem e perguntei a uma senhora mais recatada se estava por perto alguém da família e ela apresentou-me uma das irmãs do Manuel a quem me apresentei como amigo do irmão; de uma enorme simpatia, agarrou-me ambas as mãos e agradeceu-me mais do que a presença ali, o facto de ter sido amigo dele; sempre de mão dadas comigo, contou-me o que se tinha passado desde Abril, data em que ele teve um primeiro AVC; foi ela que o acompanhou sempre, desde então e ainda ontem à noite depois de lhe ter dado o jantar, lhe disse "até amanhã"; hoje pela manhã, telefonaram-lhe do hospital a comunicar que o coração dele não aguentou mais.
Foi ela que enviou o mail e sabia perfeitamente que estava a falar com um amigo gay do seu irmão gay; e foi maravilhosa...
Já me tinha despedido do Manuel, já sabia o que tinha acontecido, já tinha estado com a pessoa mais amiga dele; estava cumprida a minha missão.
A todos vocês um enorme obrigado e desculpem-me este imenso comentário, mas eu precisava de falar...
Abraços.
Nestas alturas nunca sei o que dizer, nunca. Sei apenas que qualquer palavra é algo de pouco e mínimo nunca reflectindo o que certamente sentirás.
ResponderEliminarO Brama ligou-me preocupado e inquieto questionando se eu sabia de algo, se conhecia o Manuel, se lhe poderia dizer alguma coisa. Também fui apanhado de surpresa e até temi vir aqui.
Conheço-te pouco, ainda pouco convivemos mas consigo imaginar perfeitamente a tua expressão triste num momento destes.
É uma situação avassaladora.
Apenas te posso dizer para teres força e pensar nos bons momentos que viveste com o teu amigo que partiu ainda tão novo.
Um bem haja para ti, para a irmã que te segurou as mãos com carinho e para o Manuel.
Um beijinho, João.
P.S. - Sim, é incrível como as pessoas, desde há vários anos, estão nos velórios como se num café se encontrassem. Falam alto, riem, dão gargalhadas e metem a conversa em dia. Muitas raramente se encontram e quando o fazem não sabem distinguir as coisas, os momentos, as situações como esta. Considero tais atitudes de uma imensa falta de respeito.
Salvé Pinguim!
ResponderEliminarPois é! Sabemos que há um único acontecimento na vida, que, sem excepção temos certo...mas raros são aqueles que estaõ preparados/as para tal!Quando se nasce, desconhece-se se vamos ser felizes ou não,se chegaremos a tirar um curso ou não,se nos casaremos..etc. apenas uma coisa sabemos...é que "partimos um dia...sem data anunciada"!Portanto,para se conviver o melhor possível com este facto, basta mentalizarmo-nos ou seja, criar o hábito, de agradecer á vida, porque o anúncio da "viajem" pode acontecer e...já não acordarmos para um novo dia. Não é condição sine qua non estar enfermo, ou ser-se idoso...a alma é que decide quando pretende largar a densidade onde está inserida: corpo físico.
Portanto,ninguém perde ninguém...simplesmente deixa-se por um período de tempo, de ver essa pessoa que regressou ao seu estado original:ser alma! Porém, mesmo não vendo - por existir este véu de maya = ilusão - sempre sentimos fundo, a partida daqueles de quem gostamos... embora os sentimentos nunca morram, estão sempre presentes, fazem igualmente parte dessa consciência!Se em pensamento canalizar bons votos para esse seu amigo que "partiu", receberá o retorno...por alguma via..nem que seja aparecer pela via do sonho, ou cheiro...por exemplo, á colónia ou after shave que ele usava...ou até, pode aparecer o nome dele algures, por casualidade, nalgum meio de C. Social...ou out door, ou através da rádio, ouvir-se algum tema que fosse o favorito dessa pessoa, há variadíssimas maneiras das almas se fazerem presentes e sentirmos que estão connosco. Esta é a linguagem dos "sinais" ou "insights".
Fica aqui algo que espero ajude a esse seu estado...que é compreensível...
ao contrário, dever-se-ia alegrar pois houve mais uma alma que seguiu para a glória onde pertencia - é esse, o seu estado normal! O que vivemos aqui...não! é pura ilusão. Eu não sou suspeita, porque o que aprendi, não foi baseada em qualquer doutrina/religião/seita filosófia, etc. mas sim, pelo estudo e sobretudo, por experiência própria. Não entra aqui qualquer tipo de demagogia.
Deixo-lhe um abraço e grata pela sua visita que já lhe respondi no mesmo post.
Mariz
ESPAVO!
Apenas pelas condolências, pelos paradoxos da vida na sua totalidade...
ResponderEliminarAh, e estamos cá todos, mesmo os que partiram.
Um grande, grande abraço, caro, Caríssimo Pinguim
Carìssimos Graduated, Mariz e Moi.
ResponderEliminarPara vocês também, e pela mesma razão: as palavras aqui deixadas que são testemunho de amizade e comunhão, envio um beijinho(afectuosa e ternurenta lembrança do Graduated).
Deixo-te um beijinho, fica bem...
ResponderEliminarOlá pinguim, tive a ler atentamente tudo o que escreveste e apesar dos apesares e de nenhuma vida ter mais valor do que outra, assumo o meu alívio ao perceber que não foi o "memória fracturada". Desculpa dizê-lo desta forma que até parece egoísta. De qualquer modo, isso não retira o "peso" da morte do teu amigo Manuel e a tristeza que a mesma terá para todos os familiares e amigos e neste caso, também para ti.Calculo que estejas muito triste, a morte é sempre algo que nos deixa sem palavras e num estado estranho e de questionamento face a tudo, ao estarmos aqui, sermos quem somos, ...
ResponderEliminarSabes que fez agora dia 27 de Junho um ano que faleceu uma prima minha, tinha 32 anos. A morte dos outros é sempre um lugar estranho e a ideia do vazio que se cria e a impossibilidade de voltar a ver aquela pessoa para sempre, abate-se sobre nós como uma avalanche. Eu não convivo bem com a morte de quem gosto, de maneira alguma. è mesmo a pior coisa que me pode acontecer.
Gostaria muito de acreditar no que a mariz refere, mas infelizmente creio que acabamos e pronto ... fica assim mesmo.
Apesar de tudo também acho que em momentos senti os tais sinais que a mariz refere. Questiono é se, mais do que sinais evidentes daquela pessoa, não será antes a nossa mente a sugestioná-lo por querer mesmo ter uma mensagem de tal indivíduo.
bem, abraços ... não sei que te possa dizer mais.
Eu acredito que para lá da morte há um mundo onde viveremos - mais tarde ou mais cedo - com todos os que nos são queridos, mas isto sou eu a tentar consolar-me. No fundo tenho muito medo.
ResponderEliminarA hora foi dura para ti, meu amigo. Como é para todos os que sentem com o coração toda a perda humana.
Um aconchego num abraço apertado para ti. :)
(Olha, espairece por favor.)
Amigos Brama e João Manuel
ResponderEliminarsobre os comentários que ambos teceram acarca das palavras da Mariz (a quem deixo uma palavra especial, pois o seu comentário mereceria um comentário meu, mais detalhado), é realmente muito difícil lidar com a ideia da morte, e mais ainda quando ela nos toca de algum modo mais especial; recordo-me de ter aflorado razoàvelmente o assunto num post que publiquei em 2 de Dezembro passado sob o título "Da previsível velhice à inevitabilidade da morte", que agora fui reler com atenção...
Abraço a ambos.
...a dor da perda nunca se apaga!
ResponderEliminarinfelizmente é a outra parte da vida, aquela que temos como certa
coragem...
Amiga Carpe Diem
ResponderEliminarrecebi o mail da Isa e espero podermos encontrar-nos muito brevemente.
Beijinhos.
São as verdadeiras horas tristes desta vida. Pesames sentidos!
ResponderEliminarAbraço
Amigos Carla e Sócrates
ResponderEliminarObrigado sincero por esta visita.
Beijos e abraços.
Complicada essa coisa de se perder um amigo sem aviso prévio, meu caro Pinguim... Mas ninguém - ninguém que tenha tido importância - passa na nossa vida em vão.
ResponderEliminarGrande abraço.
Amigo Pinguim, li o que escreveste e fiquei emocionada. Como tal, era impossível não comentar outra vez. Nestas coisas não há muito para dizer e por vezes é melhor não dizer nada. Não direi que "a vida é assim mesmo" porque esta conversa já toda a gente sabe. O que acrescento ao que disse no outro comentário, é que é de louvar a enorme amizade do Senhor Manuel e pelos vistos a sua alegria de viver. São essas memórias que têm que permanecer no teu coração e não as últimas dele, que de certo estavam mais esbatidas devido à sua doença.
ResponderEliminarSempre que uma Boa Pessoa morre, deveria de haver um impacto no Mundo. Infelizmente não há. Mas podemos ser nós a fazer o tal "impacto". Para tal, é bom falar do Senhor Manuel com um grande sorriso e orgulho, porque era essa a maneira como encarava a vida. (certo?) Deves-lhe seguir os passos, então.
Sempre que precisares de falar, não hesites. Tens o meu blog à disposição, o meu email também está no blog e até aqui no teu. Quero que saibas que apesar de distante eu preocupo-me e gosto de ajudar, por isso, tens aqui uma amiga para tudo. Tudo mesmo.
Um grande beijinho e um abraço apertado
Com certeza Srº Pinguim :)...
ResponderEliminarMais um beijinho com sorriso...
E como é o que temos mais certo nesta vida, desde que nascemos, o melhor mesmo é aproveitar enquanto há pavio!
ResponderEliminarPinguim, já se mudava de assunto, por estas bandas, não?!
"Tratem dos vivos e enterrem-se os mortos" - máxima utilizada na 2ª Guerra Mundial.
Beijinhos grandes aqui da chica!
Caro Oz
ResponderEliminarObrigado pelas tuas palavras.
abraço.
Cara Martinha
sempre amiga. Beijinhos.
Querida Keratina
tens toda a razão; ainda hoje porei novo post.
Beijinhos.
Por isso, para viver... que seja nos limites. Sempre nos limites. Para que no último dia possamos suspirar: está tudo!
ResponderEliminarAquele grande abraço!
Salvé PINGUIM
ResponderEliminarLi alguns comentários que se referiam a mim...e vou responder - caso não se importe - a fim de que algumas dúvidas se dissipem, quer para os mais "receosos", como para os "incrédulos"!
Eu sofri uma experiência de pos-mortem e creiam que foi maravilhosa!
DESCRIÇÃO:
Ia numa velocidade vertiginosa, deitada, pelo "tal túnel" escuro, rindo, o mais bem disposta possível. Também a "tal Luz" aproximava-se cada vez mais e mais e mais...até que, mal cheguei perto, ofuscou-me...quase não consegui olhá-la de frente e quando a passei a sensação foi de alívio - a Luz não tem forma, parece uma bolha de água mas consistente. A sensação maior, é como se fossemos num foguetão em direcção ao sol - depois, o que se sente nessa Passagem para "o outro lado"...tentem imaginar o que é irem num carro com alguma velocidade e passarem uma lomba...o que é que sentem? quase que falta o ar...e o estômago parece que se cola ao coração...não é? Então é isso mesmo! Do OUTRO LADO havia uma imensa pradaria...sem calor, sem frio, uma temperatura amena,uma luz esbranquiçada com alguma névoa, eu nunca coloquei os pés no cháo..fiquei a uns poucos metros..acho se isso acontecesse, não voltaria! Mas lá em baixo, estavam todos aqueles que já tinham partido até áquela altura....os meus familiares, os amigos/as, os conhecidos e todos estavam contentes e a dizerem-me adeus.Infelizmente não fiquei! E digo infelizmente, não porque eu sinta esse estado aqui, nesta vivência de materialidade, mas porque o ambiente é de uma Pax profunda, duma serenidade, amor, indescritíveis! Nunca aqui, quem quer que seja, até o mais evoluído...saberá o que se sente LÁ!
Quando voltei, estava a suar, o coração parecia que explodia, sentia-me exausta...e vi-me ali sózinha, sem saber muito bem o que me tinha acontecido...sem saber muito bem onde estava...
Deixo-vos outro "SINAL" que se passou em 2003 - no anterior tinha eu 45 anos e foi a partir daí, que comecei a "despertar" e a minha vida nunca mais foi a mesma!
Mas....no dia 18 de Maio daquele ano, ia a levantar-me da cama para assistir á cerimónia da missa do 7º dia do meu pai - pessoa que penso ter sido a minha alma gémea; isto só para imaginarem ao ponto em como o AMOR é GRANDE - reparei, estupefacta, mal quando coloquei o pé fora da cama, o chão estava repleto de pétalas de camélia branca...e isso prolongava-se até ao sofá de algodão cru, que se situava aos pés da minha cama; num dos braços daquele, o resto da flor por desfolhar. Aí sim, eu chorei! Até á data não deitei uma lágrima sequer...para mim era já, tudo tão natural....
E isso aconteceu - percebi depois - porque fui uma das pessoas d quem ele não se despedira porque não me via há 10 dias. Foi ele então...despedir-se de mim depois. Preparei com toda a calma, a cerimónia do funeral, incensei-o, meditei com ele, encaminhei-o para a Luz, rezei sózinha o salmo 23 para o entregar a DEUS, já depois na campa, apanhei um punhado de terra, toquei com ela no meu coração, beijei-a e deitei sobre a urna. ("do pó vieste, ao pó regressarás" - sou absolutamente contra gavetas e algo do género).
Também o meu pai tivera um AVC fulminante. Vesti-o, chamei TODOS OS ANJOS POSSÍVEIS PARA O ENCAMINHAREM - aprendi isso com a Cabala Mística - e ele seguiu!
ESta foi a maior prova que veio confirmar a minha anterior experiência!
Por isso meu caro Pinguim, meus senhores e senhoras da blogosfera, quando escrevo algo é por experiência e porque aquilo que venho aprendendo ao longo destes mais de 10 anos, venho colocando no terreno e as coisas são assim mesmo!
Pinguim! a frase que se repetia na guerra era tão só um dos ensinamentos que o tal HOMEM que passou por aqui há mais de 2000 anos deixou e se chamava EMANUEL - quer dizer em hebraico: "DEUS CONNOSCO"! Todos o conhecem por JESUS. Talvez por isso o meu pai se chamasse Manuel...(nome DELE derivado) e o meu nome, apareceu apenas na pia baptismal, porque até lá nem pai nem mãe sabia que nome dar-me - veja-se! Isto aconteceu, no Mosteiro de Stª Maria de Belém, mais conhecido por Mosteiro dos Jerónimos; saibam que escolhemos,por qualquer razão, o nome mantemos até ao dia final e esse registo é depois passado a quem tomar conta de nós. Eu escolhi antes de nascer - como todos aliás - o nome de Maria Manuela - cujo significado é o mesmo que Emanuel - e sinto-me muito feliz com isso...sendo eu "livre" de qualquer ideologia...porém conheço um pouco de todas...e todas referem a mesma coisa: AMAR é o principal mandamento!
Tive muito prazer em lhe/vos escrever...e que fique para memória futura.
Um abraço para todos e o Amor não advém da tristeza, mas sim da alegria e da Glória! - Upaaa, Pinguim! Upaaa!
Mariz
ESPAVO! - "reconhecendo a Luz que há em VÓS"! - é o que quer dizer literalmente esta saudação que sempre utilizo.
(peço perdão de me ter alongado)
Esqueci dereferir que a frase que a Keratina mencionou como sendo "uma máxima" na guerra mundial...esqueceu-se de referir igualmente quem a deixou escrita, para reflexão de todos os homens/mulheres da terra e que é: "deixem os mortos e venham cuidar dos vivos"! - a resposta está aí.
ResponderEliminarA resposta foi dada, portanto...e para que conste.
Abraço Pinguim!E grata pela oportunidade de colocar tudo a limpo, ou seja:casa arrumada!
Mariz
ESPAVO!
João Carlos: como oferecer-te uma flor assim, com estas palavras - tu que sabes como eu estou nestas últimas semanas?!?
ResponderEliminarAmigo Kokas
ResponderEliminarembora de uma maneira geral tenda a não viver como dizes "nos limites", há alturas em que penso se não valeria a pena, dado o efémero da vida, não irmos mais em frente...
obrigado pela tua visita.
Aquele abraço.
Amiga Mariz
ResponderEliminarli com atenção os teus testemunhos; que cada um os julgue a seu modo...
Não te preocupes com o espaço tomado.
Beijo.
Sp, meu querido amigo
ResponderEliminarontem o sofrimento não foi só pelo Manuel, espero que me acredites...
Também foi por ti, por ver-te fragilizado fisicamente; espero sinceramente que hoje estejas melhor. E também sofri de outra forma, sabes a que me refiro, mas para essa espero ter a calma suficiente por esperar (até quando ?????)...
Abraço peludo e muito sofrido!
Que mais posso dizer?
ResponderEliminarApenas mandar um GRANDE ABRAÇO!
Obrigado Paulo.
ResponderEliminarOutro para ti.
A vida tem destas coisas; mas saber assim foi duro.
ResponderEliminarFica bem!
Agradeço a resposta e atenção da mesma, da parte da mariz. A experiência que relata é mais uma experiência entre muitas que ouvi e com isto não quero de alguma forma minimizá-la ou sequer pô-la em causa. Se efectivamente ela a experenciou e teve o cuidado e atenção de partilhá-la comigo e todos os restantes, só tenho de agradecer. Não deixa contudo de ser A SUA experiência e vivida e sentida como tal. A mesma experiência permitiu-lhe ver a vida e a morte com outros olhos a partir de então e acreditar noutras dimensões do ser e do estar. è interessante a partilha que dela faz mas não quererá com a mesma que todos acreditem através de si porque, porventura antes de a vivenciar também ela (a mariz)questionaria muita coisa nos outros ou até mostraria o seu cepticismo, quiçá. Sinceramente, gostaria muito de sentir algo semelhante, viver algo de outra dimensão para também o poder partilhar e dessa forma, melhorar talvez a minha relação com a morte e com a própria vida. Mas a verdade é que nunca vivi nada assim com esses contornos. Por outro lado, há outro dado ao qual a mariz nunca poderá responder. Ela viveu uma experiência pos-mortem mas regressou à vida, não morreu efectivamente. Ela acabou por viver e sendo assim, quem me garante que não sentimos algo de outra natureza no delírio de uma quase morte, mas que se apaga em absoluto quando a morte nos ceifa sem esse retorno, restando daí o nada total?!
ResponderEliminarPois eu não sei ... sei que quem vivenciou experiências idênticas ou até diferentes, mas fora da dimensão terrena está vivo e cá para contá-las ... não morreu portanto.
Reitero mais uma vez que gostaria de sentir algo semelhante, talvez mudasse também a forma como concebo tudo ... mas essa hipótese nunca me assistiu. Assim, vou continuar a pensar em conformidade com os dados que tenho e esses dizem-me que morremos e pronto. Infelizmente não vejo, nem sinto acontecer mais nada. De facto é verdade que já percepcionei certos sinais muito subrepticiamente ... mas creio que será a minha mente a trair-me e não mais que o poder da sugestão desta.
Quanto à segunda situação, a das pétalas de camélia aos pés da cama, respeito-a e acredito que a mariz esteja a dizer a verdade ... mas não porque estas surgiram naturalmente, alguém ou algo as colocou lá de alguma forma, antes dela ter acordado. Peço desculpa, não quero ferir susceptibilidades nem magoar a sua crença, mas eu não acredito e assite-me esse direito. Não acredito que as pétalas apareceram aos pés da cama assim inexplicavelmente, por uma força não terrena ou diferente do mundo que conhecemos.
abraços
E tu pinguim, força ... é a única coisa que te sei dizer. Dediquei-te um post para ficares um pouco mais animado (se é que é possível), quando puderes vê.
ResponderEliminarabraços
Querida Jasmim
ResponderEliminarcomo tu bem sabes, por experiência própria, há que levantar a cabeça e seguir em frente.
Beijinhos.
Meu caro Brama
ResponderEliminartenho andado stressado e ainda não pus isto (blogosfera) em dia.
Vou postar algo diferente agora, pois já chega de tristezas e logo irei ver os blogs que ainda não vi; mas desde já te agradreço.
Abraço.
Salvé Pinguim!
ResponderEliminarPeço perdão uma vez mais mas assiste-me dizer algo: EU NÃO MINTO!
E quanto ao "sinal" que o meu pai deixou, eu estava sózinha, vivia sózinha...como agora...e nunca fui tão, tão feliz. Aceito a desconfiança, aceito o septicismo, aceito a descrença, mas peço que se dêm a vós próprios um pouco mais de valor interior...ou seja ao vosso SER - quer queiram ou não, é lá que reside a vossa divindade...é lá que cada um se identifica como alma e se encontra. Caso não tivessemos alma e fossemos clones, é óbvio que "acabaríamos e pronto!" - como diz o Brama!
A propósito: porque razão escolheu esse nick name? Sabe que nada do que fazemos, escolhemos etc. é por acaso? Brahama - como é o correcto escrever quer dizer DEUS, a Consciência Suprema, em Indy...de quem recebi alguns ensinamentos dos mais belos que possam imaginar...como por exemplo, AGEADECER O DIA E TUDO O QUE POSSUÍMOS.
Se calhar...Brama, talvez debruçando-se um pouco mais sobre SI, sobre esse Deus interno que o vivifica, quem sabe não chegaria a ouras conclusões?
Fique(m) em PAX
sem lamechas, sem doutrinas, sem religiões retrógradas e castradoras, sem MEDOS, sem beatices baratas, sem mãos batendo no peito, como que anunciando qualquer culpa. Ninguém deve sentir-se culpado de nada, porque mesmo inconscientemente e NÃO DESPERTOS/AS, estão caminhando para algo que a vossa ALMA PROGRAMOU e bem ou mal, queiram ou não, desconfiem ou não, é para LÀ para CASA que todos caminham!
Nada mais tenho a dizer...o tempo fará com que UM DIA mudem essas ideias...
Um abraço apertado e sentido.
Mariz
ESPAVO!
Nestas alturas não há muito a dizer. Chega o silêncio e o canto. Para tagarelice já basta a da vida.
ResponderEliminarApesar disso, um abraço amigo.
Outro,agradecido para ti, Rui.
ResponderEliminarMariz, primeiro em nenhum momento do meu longo texto afirmei que mente. Por acaso leu o meu comentário com atenção, afastando-se um pouco daquilo que é a sua verdade e tentando percepcionar ou imiscuir-se da verdade dos outros?!
ResponderEliminarA mariz guia-se pela verdade dos seus contactos ou dos seus sinais. Eu respeito-a. Mas não tente impor a sua verdade aos outros.
Eu tenho exactamente o mesmo direito de dispor de uma outra verdade que é a minha até então. Se eu nunca participei de experiências de outra dimensão sensorial ou outro domínio diferente do real, não tenho de forçosamente acreditar numa realidade que não me é perceptível. Talvez um dia sinta algo diferente e a minha opinião mude radicalmente, mas esse dia ainda não chegou se é que chegará alguma vez. Neste momento guio-me pela verdade que conheço e é a minha. Se a sua é outra, muitos parabéns, acredito que se sinta mais feliz do que eu nesse aspecto mas isso não altera o meu acreditar. Terei de ser eu a experenciar algo dessa natureza.
Escolhi Brama (ou Brahama), que também está correctamente escrito desta forma (pelo menos em português), porque sempre tive desde cedo uma atracção pelo subcontinente indiano, pelo misticismo daquelas paragens, pela riqueza da sua diversidade cultural,étnica, religiosa, ..., pelo facto de Brama ser o primeiro Deus da Trindade hindu, sendo o Criador dos deuses e dos homens.
Neste caso (no meu caso), Brama (eu) tem como nome próprio aquele que, tal como referiu, significa "Deus connosco" ou "Deus entre nós" ... mas só por acaso. Até preferia ter outro nome diferente que não vou dizer qual para não me chamarem herege ou algo assim esquisito, que também não interessa para aqui.
Talvez nada do que escolhemos ou fazemos aconteça por mero acaso, mas certamente em todo o processo complexo de estar aqui, muitos dados no nosso percurso são perfeitamente aleatórios ou mais ou menos arbitrários.
Para finalizar direi apenas que esta "discussão" (chamemos-lhe assim) pode ser absolutamente interessante mas simultaneamente disprovida de sentido porque, aqui sim, não se chega mesmo a conclusões que tenham alguma base de certeza, veracidade, credibilidade ... whatever, que as sustente com a exactidão que eu entendo que deve existir. Entrar em discórdia ou algum tipo de incompatibilidade em assuntos de domínio muito ambíguo é mesmo aquilo que acabará, tarde ou cedo, por não nos levar a lado algum.
E agora chega ... estou cansado de escrever.
beijos e abraços.
(NOTA: desculpa pinguim pelo longo texto e pela "usurpação" do teu espaço, ainda por cima sobre um tema tão sensível, para este fim)
Nunca sei o que dizer... A morte é uma grande prova de vida.
ResponderEliminarUm abraço para ti Pinguim
Amigos Mariz e Brama
ResponderEliminareste espaço está e estará sempre disponível para troca de pontos de vista, feitos de uma maneira elegante e educada, como foi o vosso caso.
Simplesmente, parece-me o assunto esgotado, pois ninguém convence ninguém!!!
Beijos e abraços a ambos.
Amigo X
ResponderEliminartens toda a razão.
Abraço agradecido.
Numa situação dessas nunca sei o que dizer. Um abraço e os meus sentimentos...
ResponderEliminarE um repito um grande obrigado por uma situação que me abalou muito mais do que pensei quando escrevi este post, acredita.
ResponderEliminar