Regressei mais cedo do Algarve, pois por estranha coincidência, me marcaram duas consultas externas para o mesmo dia, uma de manhã e outra à tarde; ambas tinham sido pedidas há meses.
Para mostrar ao Déjan o funcionamento das consultas e como eram os hospitais aqui em Portugal, pois ele está a acabar Medicina, ele foi comigo…
A primeira consulta, de ortopedia estava marcada para as 9 da manhã no Hospital Ortopédico da Parede, mas rezavam as instruções, deveria estar lá, meia hora antes; apresentei-me à hora solicitada e fui atendido…às 11,25, pois o médico chegara atrasado!!!
Já desesperava, mas as notícias da minha artrose num joelho não foram de molde a preocupar-me, sendo as dores sentidas ultimamente, provocadas por uma tendinite no joelho, bem localizada e para a qual fui medicamentado e estou a melhorar; sei também que deverei fazer fisioterapia de preferência numa piscina – do mal o menos.
Vim a casa, e almocei a correr, pois a consulta da tarde no Hospital Amadora/Sintra estava marcada para as 13,40 e era de Urologia, para aquilatar da eventual necessidade de uma cirurgia à próstata; depois da seca da manhã, a antipatia da funcionária administrativa não fazia adivinhar nada de agradável. Pois esperei, esperei que algum dos três médicos a dar consulta se dignasse a chamar por mim, mas nada; sai um, após as suas consultas, sai outro, da mesma forma e quando sai do gabinete do terceiro médico o último paciente, a minha impaciência já era “raiva” e só esperava ouvir finalmente o meu nome; espanto dos espantos, vejo o médico a fechar o gabinete, eram 18,35 (!!!!); e perguntei-lhe meio estúpido, meio incrédulo: “Então e eu, doutor?”
O doutor, meio enfadado perguntou-me o nome e ao ouvir a resposta referiu com muita calma que a minha ficha lhe tinha passado pelas mãos, mas julgava que entretanto tivesse sido visto por algum colega…Contrariado, voltou ao gabinete, voltou a abrir o computador e enfim começou a consulta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Só não explodi de raiva porque, mais uma vez, o resultado da consulta não levou a certezas sobre a necessidade de cirurgia e voltarei em finais de Agosto (talvez seja melhor ir de véspera).
Como é agradável estar doente em Portugal e não ter fortunas para gastar em consultas privadas…
Acho que o Déjan ficou com uma ideia como é a saúde em Portugal.
Para mostrar ao Déjan o funcionamento das consultas e como eram os hospitais aqui em Portugal, pois ele está a acabar Medicina, ele foi comigo…
A primeira consulta, de ortopedia estava marcada para as 9 da manhã no Hospital Ortopédico da Parede, mas rezavam as instruções, deveria estar lá, meia hora antes; apresentei-me à hora solicitada e fui atendido…às 11,25, pois o médico chegara atrasado!!!
Já desesperava, mas as notícias da minha artrose num joelho não foram de molde a preocupar-me, sendo as dores sentidas ultimamente, provocadas por uma tendinite no joelho, bem localizada e para a qual fui medicamentado e estou a melhorar; sei também que deverei fazer fisioterapia de preferência numa piscina – do mal o menos.
Vim a casa, e almocei a correr, pois a consulta da tarde no Hospital Amadora/Sintra estava marcada para as 13,40 e era de Urologia, para aquilatar da eventual necessidade de uma cirurgia à próstata; depois da seca da manhã, a antipatia da funcionária administrativa não fazia adivinhar nada de agradável. Pois esperei, esperei que algum dos três médicos a dar consulta se dignasse a chamar por mim, mas nada; sai um, após as suas consultas, sai outro, da mesma forma e quando sai do gabinete do terceiro médico o último paciente, a minha impaciência já era “raiva” e só esperava ouvir finalmente o meu nome; espanto dos espantos, vejo o médico a fechar o gabinete, eram 18,35 (!!!!); e perguntei-lhe meio estúpido, meio incrédulo: “Então e eu, doutor?”
O doutor, meio enfadado perguntou-me o nome e ao ouvir a resposta referiu com muita calma que a minha ficha lhe tinha passado pelas mãos, mas julgava que entretanto tivesse sido visto por algum colega…Contrariado, voltou ao gabinete, voltou a abrir o computador e enfim começou a consulta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Só não explodi de raiva porque, mais uma vez, o resultado da consulta não levou a certezas sobre a necessidade de cirurgia e voltarei em finais de Agosto (talvez seja melhor ir de véspera).
Como é agradável estar doente em Portugal e não ter fortunas para gastar em consultas privadas…
Acho que o Déjan ficou com uma ideia como é a saúde em Portugal.
Visto que és ex-militar, não poderias optar pelo Hospital Militar na Lapa?
ResponderEliminarÉ com o encerramento dos Hospitais Distritais, a afluência dos Centrais será ainda maior.
Valeu-te as boas notícias (pelo menos não precisas de ir à faca!).
Beijinhos e que Ganhe Portugal!
Como trabalho no sector na saúde (e no SNS) tenho sempre um bocado a tendência para descupabilizar as coisas, mas isso que te aconteceu no Amadora-Sintra é de todo indesculpável e asbolutamente intolerável. mais do que um ataque de raiza, é daquelas coisas que só por milagre não terminam com um murro nas trombas de alguém.
ResponderEliminarfizeste uma reclamação? pode não adiantar de nada, mas é sempre uma coisa que incomoda e mais não seja por isso vale a pena reclamar.
um abraço, meu caro, e espero que dessas desventuras pelo SNS não resulta nada de mal para a tua saúde.
tantos erros no meu comentário anterior. desculpa, Pinguim, mas foi com a vergonha pela forma como te trataram ;)
ResponderEliminarmais uma abraço
Pinguim, que santa paciência! Não tenho dúvidas de que o meu verniz me teria saltado! Ouvi alguém dizer há dias que a classe médica portuguesa é uma previligiada. Políticos a sério teriam tomates para dificultar a vida a esses acomodados e acarinhar os dedicados à profissão. Um abraço.
ResponderEliminarBem, amigo Pinguim, escusado será dizer qual é a minha opinião, pois para quem trabalha no sistema nem sempre é fácil, mas estas coisas acontecem e os utentes não devem ser tratados assim... Ainda bem que não foi nada com enfermeiros senão revoltava-me a sério, mas quanto aos médicos, essa classe inquebrável que tudo pode, é de lamentar...
ResponderEliminarAbração grande amigo Pinguim e volte a acreditar no SNS porque ele até funciona (ás vezes)...
Miguel
Nada que não te surpreenda, não é, Pinguim? Acho que todos os portugueses já sabem bem o que esperar do SNS. Eu quase preciso de tomar uns calmantes e só quando não posso é que vou ao Centro de Saúde. Claro que o teu rapaz ficou com uma excelente imagem da nossa saúde, mas o bom nisto tudo são as notícias! Ainda bem que nada é de preocupante. Que alívio!
ResponderEliminarE um abraço aos dois
Querida Keratina
ResponderEliminaro Hospital da Parede, apesar deste atraso do Sr. Dr., é um hospital essencialmente ortopédico e bom, portanto. O outro fica ao pé de casa e já lá estive internado quando fiz um cataterismo e até nem tive razões de queixa; mas agora...
E quanto a livrar-me da "faca", ainda não estou totalmente safo...
Agora vou realmente ver o jogo.
Beijinhos.
Caro Miguel
ResponderEliminarnão fiz reclamação, mas vontade não faltava...Mas até já não podia fazê-la, pois já estava tudo fechado quando saí de lá. E que ganhava eu????
Abração.
Falta pouco para chegar ao teu blog...
Amigo Zé
ResponderEliminareu paciência não tinha; e várias vezes indaguei porque pessoas com consulta marcada para as 4 eram atendidas primeiro; a resposta, seca e desagradável da tal funcionária era sempre a mesma: "o dr. chama pela ordem indicada no computador", mas com base em que critérios, indagava eu? Pergunte-lhe a ele, respondia ela...
Paciência depois disto? Parecia um animal selvagem fechado numa jaula...
Abraço.
Eu tenho muito respeito, amigo Miguel, pelo pessoal de saúde que na generalidade se esforça muito; mas um médico chegar para as consultas com mais de 3 horas de atraso é uma falta de respeito; e acima de tudo, o que mais me indigna é o sistema e o ar permanentemente chateado dos funcionários administrativos; estão chateados? podem até ter razão para isso, mas não transfiram essa chatice para cima dos utentes...
ResponderEliminarAbraço amigo, senhor enfermeiro!
Paulinho
ResponderEliminaro Déjan lá desculpava a situação dizendo que isto acontece em todo o lado, que na Sérvia, é o mesmo e até em países avançados da Europa há muitos problemas...
Abraço amigo.
Sabemos todos...
ResponderEliminarBoas melhoras, espero que não precises de lá ir frequentemente...
boa semana
Espero bem que sim, mas para já tenho que voltar a ambos, um em Agosto e outro em Novembro...
ResponderEliminarBeijinhos.
A pior história de espera e mau atendimento de uma funcionária, que tenho passou-se há muitos anos e foi num consultório particular. Chama-se o cardiologista pediátrico, Prof Agua Lusa!!!
ResponderEliminarFiz "uma casa" tão grande que ele teve de se render e receber-me... é que a barulheira era tanta que, dizia ele, não conseguia dar a consulta.
No final chamei de "tudo" a Sra Enfermeira!!!
E creio que ainda vai ser pior, porque este governo está apostado em acabar de uma vez por todas com o Serviço Nacional de Saúde, entregando TUDO de mão beijada aos privados!
ResponderEliminar(As tuas melhoras...:))
Sim, ainda bem que lhe mostraste para ele ter uma noção. Mas também basta uma vez, até porque a probabilidade de as coisas decorrerem de forma "normal" são em si, improváveis. Será possível que os médicos se atrasem sempre?!
ResponderEliminarE se tivessem uma avaliação em que um dos parâmetros fosse a pontualidade e a assiduidade, será que continuariam a chegar a atrasados?!
Se calhar as coisas mudavam um pouco de figura.
sim, mal de quem tem problemas de saúde neste país e mal de quem, tendo horários de trabalho tem de recorrer aos hospitais e centros de saúde, prevendo-se já que terá de esperar horas sem fim para ser atendido.
Mas há uma coisa que se chama Livro de Reclamações e que as pessoas continuam a não fazer uso.
sns com os dias contados. corrida aos seguros de saúde!
ResponderEliminarque bom não teres que ser operado, pelo menos, já.
beijos
Triste, muito triste...
ResponderEliminarLamentável e "nojento".
Aos professores tudo é exigido - e então nós, os mais novos, temos horários, ordenados e turmas quase inauditas. Os médicos continuam a classe elitista que pode tratar de qq forma as pessoas... Felizmente nem todos são assim.
Mas tb no privado se verificam semelhanças, à excepção da antipatia. Vivemos no "Eu quero, posso e mando"...
As melhoras.
Coragem e força,
Lost
Meu Deus, João, a mim tinha-me saltado a tampinha na segunda situação. Eu sei que estas coisas até podem ser excepções (quero acreditar que sim), mas acontecerem-te duas num dia é decididamente bingo!
ResponderEliminarEu tinha utilizado o livro de reclamações. Pelo menos aliviava-me e havia de escrever um relambório do tamanho de uma procissão. Alguém havia de me responder, dassssse.
O Déjan deve ter ficado com uma noção terceiro-mundista da saúde em Portugal (e é capaz de não andar muito longe nesta terra onde o senhor doutor é tratado com uma reverência canina - pois é: a saúde é o maior bem).
É sinistro sabermos que a maior parte dos portugueses está dependente de um totoloto que o trata muitas vezes abaixo de cão.
Olha, sabes o que no fundo, no fundo te desejo?! Que tenhas muita saúde e que faças ao médico apenas "visitinhas de médico". ;)
Caro Tong
ResponderEliminarQue raio de nome o do médico! Parece muito terapêutico...
E parece que as "coisas" não correm apenas mal nos hospitais públicos, pelo que dizes.
Abraço.
Cara Justine
ResponderEliminaro "Amadora/Sintra" já é meio privado...e o regabofe existe na mesma.
Beijitos.
Caro Brama
ResponderEliminaré preciso não esquecer nestes dois casos, que eram consultas externas,marcadas para determinada hora, através de uma comunicação enviada por carta, para casa; no caso da ortopedia, era uma segunda consulta, a pedido do médico, após 6 meses da primeira, para avaliar a evolução de uma artrose e que foi comunicada no balcão do hospital, logo após essa primeira consulta; no caso da urologia, a consulta foi pedida directamente pelo Centro de Saúde, pela minha médica de família, em...Novembro de 2007 e só agora me chamaram...
Infelizmente já tive que recorrer por duas vezes às urgências do "Amadora/Sintra" e é um caos total, logo a começar na triagem.
Enfim, continuamos a viver num paraíso, à beira-mar plantado...
Abraço.
Querida Isabel
ResponderEliminartemos realmente que ir ao lado positivo do dia tormentoso por que passei: é que em ambos os casos, embora não haja curas milagrosas, há pelo menos a certeza de processos que poderão ser travados ou atenuados, de imediato; pior seria um atendimento óptimo, mas com notícias alarmantes.
Beijinhos.
Caro Paulo
ResponderEliminarnão é de todo, desadequada a comparação entre as duas classes profissionais que referes, ambas eivadas com um peso elevado de responsabilidade: os professores e os médicos; sem pretender ser redutor e tomar o todo pela parte, é notório, de uma forma geral, o elevado elitismo que transparece em muitos médicos do nosso país, que se estão borrifando para o cumprir de horários e ninguém lhes pede satisfações pelos incumprimentos, ao contrário do apertado esquema de horários a que o professor está sujeito.
Abraço.
O que é mais deprimente no meio disto tudo é que muitos dos problemas que surgem nem têm que ver com políticas de saúde, têm que ver com a falta de profissionalismo dos funcionários.
ResponderEliminarAssisti há poucos dias, numa clinica privada, a atitudes de puro desprezo e até de agressividade, de algumas funcionárias para com um estrangeiro (indiano) que não sabia como preencher uma ficha, cujos elementos estavam todos em português... E elas não conseguiam perceber o inglês do paciente...
A falta de vocação em profissões ligadas aos serviços de saúde é algo de terrível, pois exactamente quando estamos doentes é que mais precisamos da boa vontade e da simpatia de quem está nesses lugares.
Mesmo com dinheiro e bons equipamentos, com gente desta os nossos serviços de saúde nunca prestarão um bom serviço...
Caro João Manuel
ResponderEliminaressa hipótese do Livro de Reclamações, foi algo que me passou pela cabeça; mas e ainda bem, eu por vezes pondero as coisas, mesmo "a quente" e pensei, que eu terei em breve uma nova consulta com o mesmo médico, e que tal me poderia prejudicar...(sim, eu sei que a razão me assistia e perante a razão não há que ter receios, mas...); e até porque a queixa era mais contra a (des)organização do hospital, do que para o próprio médico.
Enfim, esperemos que na próxima vez, tenha mais "sorte".
Abraço.
Caro Com_senso
ResponderEliminaré esse um dos pontos base, é a insensibilidade (e má educação) dos funcionários administrativos que me choca e enerva; tenho assistido a cenas no Centro de Saúde a que vou habitualmente, que me incomodam mesmo, ainda que nada tenham a ver comigo; e não há NUNCA um sorriso naquelas caras, caramba...
Abraço.
assim anda a saúde neste país à beira mal plantado, lamento apenas que quando se trata de cobrar importos, taxas, ou aumentar o preço dos bens essenciais a lentidão não seja tanta
ResponderEliminaras melhoras
boa semana
beijos
Dá tempo para morrer, fazer missa de 2 anos e só passado esse tempo todo é que se lembram de nós! Tristeza...
ResponderEliminarSim, também acho. O melhor mesmo é em Agosto "acampar" no hospital por uns dias. Pode ser que os médicos reparem no espalhafato e se lembrem que afinal a consulta estava marcada para 6 horas antes...
Ai ai ai
Beijinhos
Se há uma coisa que não suporto é os nossos hospitais e o serviço de saude... eu nunca vi tamanha incompetência... mas acho que vou é fazer um post no meu blog a contar uma pequena história que aconteceu há já 8 anos....
ResponderEliminarAbraço
Meu caro Pinguim isto é tudo inadmíssivel ainda mais porque se repete todos os dias. Aposto que o Dejan ficou com uma ideia bem trsite do sistema de saúde em Portugal. Mas o que mais interessa é que está tudo bem contigo.
ResponderEliminarUm abraço
Hoje estou assim frágil!
ResponderEliminarObrigado por gostares de mim.
Um abraço peludo!!!
Amiga Carla
ResponderEliminarinfelizmente essas duas velocidades de que falas estão bem patentes no dia a dia.
Beijitos.
Pois Martinha
ResponderEliminaro problema é quando implica consequências que ponham em risco a vida de alguém, que não foi o caso, mas todos sabemos já terem acontecido.
Beijinhos.
Meu caro Swear
ResponderEliminarsó para publicares o post em questão, já valeu este texto; é verdadeiramente um nojo, o que relatas...
Abração.
Caro Paulo
ResponderEliminarele relativizou...como eu teria feito numa situação análoga; enfim, também é bom mostrar o que não é tão bom assim, do nosso país.
Abraço.
Amigo Sp
ResponderEliminarobrigado por este teu comentário e as fragilidades de um dia apenas nos tornam mais fortes para o dia seguinte.
É dificil não gostar de ti, sabes?
Abraço peludo.
a saúde e muitas das nossas instituições hospitalares são ainda a tradução da nossa derrota em termos de direitos humanos. confesso que me envergonho quando assisto ao que se passa em salas de urgência. a falta de respeito, a falta de humanidade, a falta de tudo. Só seremos um país civilizado quando encaramos a saúde e ao acesso aos seus cuidados como prioridade. espero, no entanto, e isso é que é o importante que MELHORES!!!
ResponderEliminarAmigo Luís
ResponderEliminarinfelizmente a tendência será hoje para piorar(...)pois o Déjan vai amanhã embora.
Mas tens razão, é nestas questões da saúde e do ensino, entre outras, que se vê quão longe ainda estamos de um país progressista.
Abraço amigo.
Bj e feliz dia...
ResponderEliminarFiquei vazia, no bom sentido, agora posso voltar a preencher com coisas boas!Mas estar vazia também é estranho.
Quem vai ficar vazio hoje, serei eu, querida Jasmim; vazio de presença física, já que me sinto cheio de felicidade, salvaguardando a aparente contradição.
ResponderEliminarBeijinhos.
Olá amigo! Sabes, eu também conheço e bem estas tristes histórias, como a grande maioria dos portugueses. Mas felizmente na zona onde vivo agora, não tenho a mínima reclamação do Centro de Saúde onde vou em caso de urgência. O pessoal é extremamente dedicado, os médicos são cautelosos e os enfermeiros são bons profissionais. Há uns anos a minha irmã foi mordida de raspão por um dos meus cães ao tentar separar dois em luta. Levei-a de imediato ao centro onde fez o penso, levou a injecção que devia e marcaram-lhe logo as consultas seguintes. Foi sempre tão bem tratada que ela até comentou comigo que se este assunto fosse tratado no Amadora-Sintra que seria quase tratada a pontapé. Mais tarde uma amiga veio passar férias com um filho ainda pequeno que se tinha queimado numa mão e vinha com um penso posto também no Amadora Sintra. Como era altura de o mudar, aconselhei-a a ir ao nosso Centro de saúde. Ela vinha encantada porque o pessoal ao tentar tirar o penso que estava todo agarrado à zona queimada e por isso difícil retirar de forma a não fazer sofrer o pequenito, ficaram escandalizados por verem que um profissional tinha colocado o penso directamente em cima da pele danificada sem porem uma pomada protectora. Ela depois perguntou-me a rir se podia cá ficar até não ser preciso fazer mais pensos.
ResponderEliminarSabes? É uma zona pequena em que as pessoas se conhecem e os empregados e enfermeiros vivem na zona e são familiares ou vizinhos de toda a gente que aparece ali. É raro haver um grande atraso de um médico a não ser por algum imprevisto. Mas enfim, percebo a razão de ser destas diferenças. Aqui perto há o Hospital de Tondela que não funciona para este tipo de urgências mas onde se fazem uma série de cirurgias. As pessoas que conheço e que fizeram operações neste hospital falam-me dele com muito carinho. Foi lá que veio a falecer a minha sogra com um avc (há 2 anos)e sempre acompanhada por médicos e enfermeiros o que era fácil de constatar nas visitas frequentes que fazíamos. Conheço uma empregada de um supermercado aqui perto que é de um país do Leste (agora não me consigo lembrar de qual) que me contou que o marido tinha sido operado a uma hérnia neste hospital. Estava satisfeitíssima com a maneira como tinham sido tratados por todo o pessoal. Contou-me também que no país dela, os doentes têm de se munir de pacotes de algodão, gaze e uma série de produtos indicados numa lista que recebem antes da cirurgia. Em Portugal ainda não se lembraram disso... por enquanto!
Nâo é para desculpar o que aconteceu contigo que te conto estas coisas. Sei do que falas porque vivi aí até há pouco tempo. Mas noto bem a diferença de tratamento que acontece aqui.. se calhar também por enquanto.
Fico satisfeita por ambas as consultas terem acabado em bem.
O teu texto merecia ser publicado num jornal com grande saída. Todos sabemos o que se passa com a saúde em Portugal mas é bom fazermos cada vez mais denúncias deste tipo.
Eu não tenho problemas com o tal video. Mas depois do que escreveste, resolvi colocar o endereço. Assim quem não conseguir entrar de uma maneira, pode entrar pela outra.
Um beijinho grande
Não basta os problemas de saude, também se tem que apanhar com este estilo de "tratamentos"...
ResponderEliminarNão creio que seja tanto o sistema, mas a mentalidade das pessoas. Parece que estão a fazer um favor... e mau!
Abraço e melhoras
Olá Ana
ResponderEliminaré por razões dessa ordem, que muita gente está a fugir da cidade; além de um maior contacto com a natureza, há a afabilidade resultante das pessoas se conhecerem melhor; claro, há a falta de eventos culturais, entre outras coisas também, mas não se pode apanhar o céu com as duas mãos, como se diz.
Beijinhos.
Caro Sócrates
ResponderEliminaré realmente a mentalidade das pessoas; mas o que me espanta é que as pessoas, quase sempre do sexo feminino, que estão no atendimento dos hospitais e centros de saúde, são, com rarìssimas excepções, escolhidas a dedo, dispõem logo mal, quando se chega a um lugar desses e todos sabemos que quando ali vamos, não estamos bem...
Abraço.
Tantas queixas sobre a saúde! Basta ser prático e aparecer 2 horas depois. lol Agora a sério: eu no Santa Maria faço sempre assim e ainda espero uns minutinhos... Estou a meio do curso de Medicina e não tenho problemas em dizer que as coisas funcionam mal porque não há escrutínio nenhum do que se passa nos hospitais. ninguém cumpre horários, há uma imensa falta de respeito pelas pessoas... O problema não é do sistema de saúde, é das pessoas que lá trabalham!
ResponderEliminarCaro G
ResponderEliminarprimeiro um obrigado pela tua visita; dei um saltinho à "tua casa" e além de ter gostado do conteúdo, reparei que temos amigos comuns, e dos bons...prometo voltar com mais tempo.
Quanto à saúde, não posso estar mais de acordo com o que dizes, que o problema é das pessoas que trabalham nesses locais; por exemplo, no meu centro de saúde, tirando algumas caras carrancudas no atendimento, tive a sorte de me ter calhado em rifa uma excelente médica de família e tudo ali funciona bem comigo...
Abraço.
Olá Amigo. Tornei a voltar para acrescentar mais uma pequena coisinha. Quando vim para aqui um dos meus receios era precisamente esse de estar muito longe dos eventos culturais. Mas aos poucos fui percebendo que afinal as coisas eram muito mais simples do que eu pensava. Já há Fnac em Viseu e por isso a possibilidade de comprar bilhetes para qualquer espectáculo em qualquer ponto do País. E atendendo que os grandes espectáculos acontecem em Lisboa ou no Porto, fazer uma viagem para os ver, até é agradável podendo aproveitar para visitar os amigos. Na Figueira daFoz também se fazem alguns espectáculos interessante algumas vezes até com exibições de companhias de ópera. Mais perto, no Acert de Tondela além de ter um bar que frequentemente apresenta música ao vivo, também tem várias salas para outro tipo de espectáculos e é lá que se fazem os festivais de teatro reunindo várias companhias de teatro do País incluindo a residente que é óptima e se chama Trigo Limpo. E depois tambem pensei noutra coisa: é que quando trabalhei em Lisboa, a vida era tão stressante que poucas vezes ia ver um espectáculo... era mesmo só de tempos a tempos.
ResponderEliminarJulgo que não perdi nada. Hoje até vejo mais do que quando morava aí perto.
Sobre os amigos também é melhor porque quando me querem visitar, ficam por cá uns dias e a ligação é muito mais forte e divertida.
Mas infelizmente falta-me uma coisinha: a proximidade do mar que sentia quando morava na Parede.
Vou mais vezes à Figueira... mas não é a mesma coisa.
Desculpa lá outro testamento :))
Beijinhos
Ana
ResponderEliminarque bom ler este teu testemunho; a cultura, quando nos interessa acabamos sempre por encontrá-la e realmente vai havendo locais disseminados que, como bem dizes, até nos permitem um pouco mudar de ares; falaste na Figueira, e como eu gosto da Figueira, pois sempre foi a grande praia dos beirões, e eu sendo da Covilhã, ali passei muitos meses de Agosto da minha infância e adlescência.
É uma vida muito salutar a tua.~
Beijinhos.